terça-feira, 6 de novembro de 2012

QUEM É NARAYANA E QUEM SÃO OS AVATARAS


 Por: Sri Vájera Yogui Dasa


 Pintura de Edilene Lasmar


Narayana  na ciência espiritual do Suddha Dharma Mandalam estabelece-se a existência de um excelso ser denominado Sri Bhagavan Narayana quem, em conjunto com uma plêiade de Anjos, Siddhas e Yoguis, que vivem em diferentes planos da matéria, dirige a evolução de todos os seres existentes na natureza.

Este excelso ser é quem envia ao plano deste mundo terrestre os Avatares tais como foram: Rama, Krishna, Buda, Jesus e outros.
Para que este estudo fique bem claro teremos que especificar três diferentes aplicações da palavra Narayana a qual, por sua vez, tem diferentes significados, de acordo a que feito é dirigida.

A palavra Narayana pode significar o governador, consciência diretora do universo. Também pode indicar o Hierarca Diretor da evolução dos seres habitantes de um planeta, do mesmo modo pode expressar a consciência diretora de um indivíduo. Resumindo:

a)      O Narayana Cósmico ou Consciência Universal
b)      O Narayana Diretor de um planeta habitado
c)      A consciência pessoal diretora de um indivíduo

Parabrahmam: Antes de continuar este estudo é necessário  explicar o significado da importante e fundamental palavra Parabrah-mam a qual podemos sintetizar:

Para – Supremo. Transcendente. Infinito. Sem começo e nem fim.
Brah – Brilho. Consciência. Sabedoria.
Mam – Poder. Energia. Vontade.

Resumindo o significado destas três palavras dizemos: A Substância Pura, Raíz do Onipotênte Poder que mantém eternamente a ordem mecanica e consciênte de todos os mundos e seres.


Tudo surge de D'eus,  nada é feito por Ele

Dessa Substância Pura, plena de todos os Poderes, surgem harmonica e constantemente as sementes de toda manifestação consciente mundial.

 Essas sementes, arquétipos nunca tiveram princípio e nunca terão fim.
 Elas surgem em imensuráveis períodos, um após outro.
 Esses ciclos de Paramanus, os átomos sementes, lançados aos diferentes estados de matéria, evoluem da inconsciência à consciência, percorrendo toda infinita escala de pares de opostos: luz-sombra, doce-azedo, amor-ódio, sofrimento-felicidade, ignorância-sabedoria, etc.


 Eterna Evolução de todos os Seres

A Bíblia Cristã diz: “Todos os seres existiam, antes da criaçao do mundo, no seio de Abrahão”.

Provenientes do Espaço Infinito surgiram, e continuam surgindo, em cósmicos períodos todos os seres.

Neste mundo terrestre os seres nascem, geração após geração, vivem por algum tempo e morrem.

Naturalmente, nesta trajetória da existência física, a consciência se desenvolve passando por inumeráveis situações, uma após a outra ocupando diversas formas humanas para continuar, assim, adquirindo o conhecimento da Vida obedecendo as leis da ação e reação sobre todos os atos.

 O espírito individual de um ser começa a evolução humana com uma consciência rudimentar a qual, vida após vida, vai adquirindo “o conhecimento da árvore da ciência do bem e do mal”.

Assim é que uma criança recém-nascida não tem consciência, mas ela se desenvolve passando por dias e noites, meses e anos, até chegar com mais consciência a idade adulta.

Ampliando esse caso individual da criança a um sentido muito mais amplo direi que há Seres que já evoluíram milhões de épocas anteriores a atual em que nós estamos vivendo, agora são pura Luz, possuidores de Divinos Poderes.

 De acordo com o grau de perfeição e poder que alcançaram formam as hierarquias angélicas dos infinitos mundos que circulam no espaço sem limites.

 É assim que os Anjos, Arcanjos ou mais elevados Seres através de éons de séculos evolutivos chegaram a ocupar esses sublimes Graus Divinos.

São Eles plenos de Graça e Méritos.

Se os Anjos ou outras Entidades Espirituais tivessem sido criados espontaneamente, sem nenhum mérito, isto é, já como Deuses, seria uma grande injustiça da Suprema e Divina Consciência que nos obriga, a nascer ignorantes e com escassos poderes, a sermos perfeitos. 
Nós, assim como os Deuses, seguiremos as leis da evolução eterna como Eles já o fizeram e continuam fazendo, percorrendo a Senda do progresso sem fim.

Segundo a sabedoria dos Grandes Hierarcas do Suddha Dharma Mandalam o avanço da consciência é eterno.

Um ser, ao chegar ao estado de Anjo, ajuda desde os planos celestiais os humanos, inspirando-os a se aperfeiçoarem na terra e depois continua sua assistência quando o homem permenece nos planos sutís entre uma encarnação e outra.

 Além disso, uma determinada categoria angélica, considerando o Karma, conduz os espíritos a uma nova encarnação, determinando o país, família e momento propício para que obtenham, em sua nova existência, maior avanço espiritual.

Segundo esta doutrina, jamais, alguém  ficará eternamente estagnado em um inferno inútil ou em um céu estático.
O progresso é eterno.

A Sabedoria Cósmica é perfeita.

Não deixa escapar nada nem nunca se equivoca.

No livro “Luz no Caminho”, de Mabel Collins, lemos a seguinte frase: “Entrarás na Luz, mas jamais alcançarás a chama”.

É o mesmo que aparece no livro de Jacó, naquele símbolo da escada que se eleva da Terra ao Céu e pela qual, sobem e sobem os Anjos.
Quando em um planeta se alcança um alto grau de evolução angelical o Espírito mais experiente, poderoso, sábio e glorioso pode passar a ser um Narayana, ou seja, um Creador e Diritor de um novo mundo.

Ele, então, escolhe seus ajudantes, estabelecendo com Eles as leis físicas e espirituais para o progresso das nascentes sementes de vida que terão que evoluir seguindo os ciclos de desenvolvomento sem fim da Sabedoria na vida Cósmica.

No livro Sanathana Dharma Dipika, versículo 248, página 168, diz o seguinte: “Há milhões de Narayanas, pois os governantes dos mundos são considerados Narayanas.”


Os Avataras

O progresso dos seres em um mundo se dá em incontáveis milhões de anos. Nos mundos surgem e afundam continentes, onde nascem e morrem gerações de evolutivas existências as quais, devido ao insipiente estado de consciências, comumente quebram ou estagnam as leis da ordem material e espiritual.

 Quando isso ocorre no plano inferior terrestre e não há ninguém que possa, com poder e sabedoria, corrigir e guiar a humanidade a um maior  e feliz progresso, Bhagavan Narayana, o Supremo Chefe da Hierarquia Espiritual,  Organizador do Céu e da Terra, chama a sua Excelsa Presença os Siddhas, ou Arcanjos, que querem  sacrificar-se, descendo do luminoso Plano de Glória no qual estão, ao escuro e denso plano inferior para comunicar aos humanos a Sabedoria das Leis Eternas da Vida Universal que conduzem a felicidade da liberação do nível terrestre para continuar a ascensão através dos cinco planos sutis que juntos formam um mundo. 

Esses Siddhas, que se apresentam para o descenso, são chamados de Senhores de Compaixão e é esse ato de renúncia ao Glorioso estado que ocupam, o que atua como um feliz sacrifício que promove Neles maior glória, inteligencia e poder ao terem cumprido sua missão.
 Assim é com todo ato, seja ele material ou espiritual, que executado com maestria impulsiona o ser a um superior estágio hierárquico que  corresponda por seus próprios méritos. Não teria valor nenhum ser Anjo, Avatar ou um Narayana sem méritos conquistados.

Quando aceito por Bhagavan Narayana o Siddha que vai descer ao mundo denso, a Divina Hierarquia trabalha para preparar as condições sutís e densas que servirão para o maior êxito da Missão que o Enviado Angélico vai cumprir ao qual, na Índia, se lhe da o título de Avatar ou seja, o que Descende.

 Dentre as ajudas proporcionadas por Narayana aos Avataras  podemos citar que o mesmo Senhor Narayana conecta uma parte de seu Ser com a Alma do escolhido e, segundo a proporção e a forma da união acidental, o Avatara recebe diferentes denominações. Pode ser um Krishna-Vatara, quando o Senhor Narayana lhe infundiu a metade de seu poder;  um Hamsa-Vatara; um Siddha-Vatara; um Avesha-Vatara;  ou outras classes mais.

O Instrutor Externo da Suddha Dharma Mandalm e Diretor da revista “The Suddha Dharma” publicada em Madras, Índia, Sri Janardana, escreveu o que transcreverei abaixo, mas antes parece-me conveniente, repetir as palavras do próprio Narayana, quem se dá a conhecer por Si mesmo no versículo 70 do capítulo um sobre os Dasas, no livro Sanathana Dharma Dipika, que diz assim: “Eu sou o Rishi nascido de um Hamsa de Brahman e radiante com sua luz. Descendi de Vishnu a Badari Vana para o bem do mundo”.

A felicidade e a dor são dirigidos pelo Narayana planetário

Vejamos agora o que diz Sri Janardana com respeito Supremo Hierarca Divino: “Voltando novamente ao texto do Chandogya, o termo Skanda também expressa ao Iniciador e sinaliza a advinda do Grande Ser, há milhões e milhões de anos atrás, vindo do planeta Vênus (Sukra), para encarregar-se, nesta terra, da evolução de vários reinos, desde o elemental até o humano, Ele tem que continuar com esta imensa responsabilidade até que a vida evolucionária passe completamente ao seguinte globo de nossa cadeia.

 Foi à sua vinda, como se acaba de indicar, que Ele chegou a ser o Senhor do Mundo e único Representante do Iswara de nosso sistema solar, cujo nome por excelência é Narayana”.

A razão pela qual os Livros Sagrados chamam ao representante pelo mesmo nome é que Ele governa e protege ao mundo sob sua responsabilidade, com um poder e uma capacidade como o faz Iswara com seu universo.

 Isto é, Ele é o Diretor da Hierarquia e é o que exerce o mais elevado poder em tudo que concerne ao Globo Terrestre. 

Por exemplo, obedecendo ao seu comando é que velhos continentes afundam no mar e novos deles surgem. 
A ascensão e queda de nações e civilizações são igualmente por Ele controladas.”
Não há nada que afete o bem estar de nosso mundo que não esteja na consciência do Senhor, cuja aura de grande poder, que sempre o rodeia, emana fulgor em qualquer lugar para cumprir seus próprios propósitos.
 Pode transcorrer muito tempo antes que o aspirante principiante seja capaz de se encontrar frente a frente com Aquela Grande Presença, cuja luz é de imensa radiância.

 Esse tempo chegará para aqueles que se dediquem de coração a obter tal perfeição e que incessantemente se empenhem para isso executando atos completamente altruístas na “causa” do avanço da humanidade.

 Para dar maior enfase a este dever do serviço completamente não egoísta, os Membros da Organização, no primeiro grau, recebem o nome de Dasas e se lhes aconselha uma prática de vida diária para que obtenham efeitos úteis.”

As frases reveladoras da vontade do Narayana Planetário, no sentido destruidor e espantoso indicado acima, são corroboradas pelas páginas do Gênesis nos capítulos e versículos que transcreverei.
 Antes porém, farei algumas reflexões necessárias sobre “O D'eus Planetário”, chamado na Bíblia de “Jeová” o qual, neste livro, é considerado antropomórfico, sem a qualidade divina da Onisciência e com índoles piores que as humanas. 
É este ser que promove a destruição da Terra, com quase todo ser vivente, através de um dilúvio universal do qual se salvam unicamente alguns poucos conduzidos por Noé na Arca, cuja construção foi ordem do mesmo Jeová.

Vejamos alguns versículos Bíblicos do Gêneses.

Capítulo 6, versículo 5: “E vendo Deus que era muita a maldade dos homens sobre a terra e que todos os pensamentos do coração eram inclinados para o mal o tempo todo.”

Versículo 6: “Arrependeu-se de ter criado o homem na terra e tocado de grande dor de coração.”

Versículo 7: “Varrerei, disse, da face da Terra o homem que criei, do homem até os animais, do réptil até as aves do céu, por que me arrependo de tê-los feito.”

Versículo 17: “Trarei águas do dilúvio sobre a Terra, para destruir toda carne, em que há espírito de vida debaixo do céu. Todas as coisas que há na terra perecerão.”

Capítulo VII, versículo 12: “E se fez chuva na Terra, quarenta dias e quarenta noites.”

Versículo 21: “E pereceu toda carne que se movia sobre a Terra, de aves, de animais, de bestas, e de todos os répteis que se arrastavam sobre a Terra. Todos os homens.”

Versículo 22: “E tudo no que há alento sobre a Terra morreu.”

Versículo 23: “E riscou de sobre a Terra toda substância, desde o homem até a besta, tanto os répteis como as aves do céu.
 E foram varridos da Terra.
 E ficou somente Noé e os que com ele estavam.”


FALSAS REPRESENTAÇÕES DE D'EUS NA TERRA

E Jeová, o D'eus Bíblico, se engana no céu nomeando a Luz-Bel seu principal secretário, o qual, depois se rebela e arrasta uma grande quantidade de anjos em uma formidável insurreição. 

Posteriormente engana-se novamente no Paraíso Terreno onde, ignorando se Adão e Eva são ou não obedientes ou submissos a suas ordens, o submete à prova da árvore do fruto do bem e do mal.

As falsas representações do D'eus da Terra interpretadas ao pé da letra sem o conhecimento esotérico colocam ao D'eus da Terra como sendo um simples ignorante, que depois de ver seus erros se arrepende do feito e exclama, como o faz depois da devastação do dilúvio: “ Não ferirei mais a toda Anima vivente como o fiz.” (Gênesis, Capítulo 8 versículo 21).

Recorde o leitor o transcrito no versículo 6 do CapítuloVI do Gênesis, no qual Jeová se arrependeu de ter feito o homem na terra e sofre uma íntima dor do coração.

Tudo é completamente sem lógica pois o D'eus da terra é Onipotente, Onisciente, Radiante de Puríssima Luz de Glória e Imutável para sempre.

Nos livros da Grande Fraternidade Branca dos Himalaias, ao D'eus da Terra, Bhagavan Narayana, é considerado de Suprema Sabedoria, sem que jamais se arrependa ou sofra pelo que Ele ordena, sempre conduzindo ao bem maior de todos os seres.

 A exposição de um D'eus Terrestre que fracassa em seus propósitos e depois se lamenta, nada mais é  que uma grande ignorância da eterna e perfeita Sabedoria Divina, mas no fundo desses erros existe a verdade de que um D'eus, ou um Narayana, dirige a evolução de todos os seres em uma ordem constante e eterna, como está expresso na Bhagavad Gita, publicado em Madrás, Índia, em 1939 e posteriormente traduzido ao espanhol e publicado no Chile em 1978 pela Seção Chilena da Suddha Dharma Mandalam, no qual constam vários versículos que tratam sobre Narayana e os Avataras, no Capítulo III denominado “ Avatara Dharma Gita”.

Versículo 3º: “ Sendo Eu de perpétua transcendência, de Infinita Inteligência e Diretor da criação animada e inanimada, Me manifesto por Minha mesma Shakti, encarnando com Kalyani-Prakriti.”

Versículos 12, 13 e 14: “As pessoas carentes de percepção Átmica somente me consideram como um ser humano, quando me apresento como homem entre elas, não reconhecendo Meu estado supremo de Maheswara, O Transcendente.”

“Sempre que Oh! Bhárata! diminue a retitude e sobrevém uma predominância da injustiça, então, Me manifesto como um Siddha, para ensinar o verdadeiro conhecimento do Sanatana Dharma.”

“Para a proteção dos justos, para a transmutação da iniquidade em retidão e para se estabelecer o Sanatana Dharma, Me manifesto em lindas e benéficas encarnações para ajustar o Dharma às necessidades dos tempos.”


AS DIFERENTES CATEGORIAS DE AVATARAS

É claro que quero mostrar as duas principais classes de Enviados Divinos. 
Os Avataras propriamente dito são Aqueles cujas almas são unidas à Radiância de Narayana antes de nascer como seres humanos. 
Nos livros sagrados se diz que: “ A alma de Sri Krishna foi unida antes de nascer, com a metade do poder de Narayana. Esta união é inquebrantável enquanto viva o Avatara sobre a Terra, ela se desprende, plano após plano, à medida que o Enviado retorna, por seu próprio poder, ao sítio glorioso do qual veio ao mundo material denso.

 Um Avatara desta classe não pode morrer destruído pela velhice, doença, fogo, bala, etc, nem tampouco por uma explosão atômica pois Narayana, que venceu a morte, em virtude do poder adquirido em sua evolutiva peregrinação através de incontáveis reencarnações em diferentes mundos, não deve jamais experimentar a agonia da morte.

A outra categoria Avatarica é a composta pelos Avesha Avataras os quais unem-se com parte do poder do Senhor do Mundo, depois de ter nascido.

Jesus de Nazaret é denominado Avesha Avatara, pois a união com o  poder de Narayana efetuou-se após o nascimento, com o rito sagrado do batismo levado a efeito no rio Jordão pelo Mestre Iniciador conhecido pelo nome de João Batista. 

Depois da divina união da Luz Crística com o Santo Espírito de Narayana, Jesus de Nazaret recebe o nome de Jesus-Cristo, isto é, o Salvador Iluminado. 
Essa união hipostática foi retirada de Jesus antes que acontecesse sua morte e essa é a razão de suas palavras: “ Pai, por que me desamparastes?” Temos que pensar que o supremo D'eus, jamais por nenhum motivo, pode abandonar algum ser, pois Ele Mesmo é a Vida de sua Vida.

O Eterno D'eus Cósmico, Onipotente, permanece Imutável, copenetrando pelo Universo, como também o Supremo Governador do Mundo, Narayana, permanentemente cuida da evolução dos seres que vivem nos planos espirituais e materiais.

 O Senhor Narayana retirou a porção de Seu Espírito Santo, que o havia unido ao Ser Divino de Jesus, no batizado efetuado por João Baptista.

H.P. Blavatsky, na Doutrina Secreta(Volume 1, instância 6, vrs 7, Os Sete Graus da Iniciação) se expressa sobre Narayana  utilizando-se dos lindos termos que reproduz a continuação:”
  Sentado no umbral da Luz, Ele a contempla desde o interior do Círculo da escuridão que Ele não quer atravessar, nem abandonará seu posto até último dia deste ciclo de existência”.

“Por que o vigliante solitário se mantem no posto que Ele escolheu? Por que permanece sentado junto à Fonte da Sabedoria Original da qual já não bebe, já que nada mais têm a compreender que Ele não conheça nem nesta Terra nem em seus Céus?”

“Porque os peregrinos, solitários e cansados, que estão regressando ao seu Lar, jamais se sentem seguros até o último momento, de não perder seu caminho neste deserto ilimitado de ilusão e matéria que se chama Existência Terrena.

 Porque venturoso, deseja  ensinar o caminho a essa região de liberdade e luz, da qual Ele mesmo é um Exilado Voluntário, a cada prisioneiro que conseguiu liberar-se, do que o ligava à carne e à ilusão.Por fim, Ele se sacrificou pelo bem da humanidade, mesmo quando poucos Escolhidos podem obter proveito do Grande Sacrifício.”

No Sanátana Dharma são feitas várias alusões referente à Sri Bhagavan Narayana  e  quem estuda e compreende esses ensinamentos, saberá que os Avataras são pessoas distintas que não devem confundir-se com o Supremo Deus Para-Brahman, nem com Baghavan Narayana , o Chefe Planetário.

Resumindo: o Supremo Deus(Parabrahman), é o Onipotente, mecânico e consciente Poder do Infinito.

Sri Bhagavan Narayana é o nome de uma semente contida no Para-Brah-Man, que têm evoluído através do ilimitado tempo passado, até chegar a ser, atualmente, o Supremo Chefe da Evolução de todos os seres em um planeta habitado.
 “Há milhões de Narayanas, pois os governantes dos mundos são considerados como Narayanas”.

“Sou Narayana, o Senhor da Vontade Pura e proclama ao mundo minha Doutrina da Vida e Luz à toda Criação”.(Sanátana Dharma Dípica, vrs.248-252).



A HIERARQUIA ANGELICAL


Está composta por inumeráveis consciências que evoluíram em outros planetas ou neste, através de inumeráveis eternidades.


OS AVATARAS DIVINOS OU SIDDHAS SALVADORES

São seres divinos de Compaixão Divina que, com imenso amor, se entregam ao sacrifício, de descender dos Planos de Glória para ajudar a evolução dos seres, sob sua inspiração da Bhagavan Narayana, Quem os ajuda com parte de seu poder.

Utilizando um exemplo da baixa qualidade, em comparação com o grandioso feito que efetua o Senhor Narayana, para dar apoio a seu Representante Enviado á Terra, direi o seguinte, pedindo a quem leia o aqui escrito, que use sua intuição e sua imaginação para obter um lampejo do fenômeno hipostático, o que caracteriza um verdadeiro Avatara.

Por outro lado, há que se considerar que o exemplo é material e o ato de transferir o Divino Poder ao Siddha Avatar, é um feito espiritual.

Suponhamos, pois, que uma criança é enviada para levantar e transportar para longe um grande peso  e não consegue por não ter força física suficiente, então o mesmo Senhor que o enviou lhe introduz na manga da veste, segundo o que considera conveniente,  um dedo, uma mão ou todo o braço, para cumprir o propósito que tinha em vista, para que,  as poucas forças da criança, somadas às grandes forças do Senhor, consigam  levantar o enorme Peso e transladá-lo ao lugar em que deve ficar .   

Agora podemos dizer que, se a criança foi ajudada, com um só dedo, é a cooperação de uma décima sexta ava parte, da Shakti, a Energia do Superior Ser, que o ampara.

Se a ajuda foi com a mão, seria uma oitava fração e se foi com todo o braço, a ajuda considerar-se-ia de um grau maior.
Assim, continuaríamos, progressivamente, até chegarmos à metade do poder de Narayana.

 É por essa diferença de graus, na transferência  dessa Energia,que os Enviados Divinos recebem diferentes nomes, nos Graus Avatáricos. 
Os Videntes da Verdade, sabem que o Avatara Sri Krishna , que desceu a esse mundo, há doze mil anos, no começo do Kali-Yuga, atuou como um meio do Poder de Bhagavan Narayana, no entanto, o Avatara Sri Bhagavan Mitra Deva, nascido na época atual, possui somente um oitavo dessa Divina Shakti. 

Estas proporções variam, segundo trabalho que têm que cumprir o Enviado, como também conforme a menor ou maior pureza do veículo físico do qual se manifesta.

Quanto mais opaco for o vidro de uma lâmpada, mais volts serão necessários para se conseguir uma adequada luminosidade.

 Os Hierarcas da Suddha Dharma tem revelado que um oitavo da força da Shakti de Bhagavan Narayana pode, Bhagavan Mitra Deva, manfestar muitos extraordinários poderes, como nunca foram vistos antes neste planeta terra.
 Agora, Mitra Deva, está influenciando, sutilmente, as decisões políticas, sociais, científicas e religiosas de toda a humanidade e a Ele devemos que, no presente, a religião da Suddha Dharma está sendo difundida por todo o mundo.

O Avatara Rama, como também Krishna, Cristo, Mitra Deva e outros destes Excelsos Seres, são representantes do poder e vontade de Narayana, Senhor do Mundo.

É por isso que quem visualiza a qualquer um Deles honra simultaneamente a Sri Bhagavan Narayana. 

Não quero deixar de dizer que também existem os Avataras mulheres, dependentes da Divina Mãe Sri Yoga Devi.

 Elas são as Mães Virgens que geram o corpo físico destes Misericordiosos Seres citados anteriormente.

Este ensino esotérico, intuído pelos Hierofantes Egípcios, está simbolizado por Apis, o D'eus Boi, o qual nasce de uma vaca virgem para redimir o povo Egípcio ao ser sacrificado em um dos lagos ou sisternas do templo.

O Maha Rishi Bhagavan Narayana é o Divino Ser que em um planeta dirige, para a perfeição, a todos os seres, mediante a Hierarquia de Mahatmas e Yoguis os quais, desde as diferentes localidades espirituais, através dos éteres, inspiram os egos viventes nod reinos da natureza.

Mas, quando a alma dos seres humanos se tem pervertido e hão endurecido seus respectivos veículos, impossibilitando a captação das inspirações divinas e, na vida mundana, prevalece a inveja, o egoísmo, o ódio, guerras, crimes e morte, então o Maha Rishi Narayana envia um emissário, o Avatara, ao mundo afim de que continue o processo evolutivo que não teve princípio nem jamais terá fim.( Sanatana Dharma Dípika, versículo 140)


MELCHISEDECH

Entre os que já foram Enviados Divinos somente nomearei aos três sublimes seres que pisaram a terra nos últimos séculos, Krisha, Buddha e Cristo o qual, em repetidas frases que aparecem na Bíblia diz: “Isto não sou Eu que o faço, mas sim o Pai que me enviou”.

Quem é o Pai que O enviou?
 Para nós, os discípulos dos Mestres do Mandalam é Sri Bhagavan Narayana. 
Na Bíblia, me parece, que este Sublime Ser também é chamado de Melchisedech, concordando, este pensamento, com o exposto no interessante livro entitulado “O Cristo não nascido”, cujo autor é o senhor Sérgio Barreto, presidente do Ashram Subramanya-Ananda da Suddha Dharma Mandalam em Ribeirão Preto-SP. Nesta obra são revelados conhecimentos da Mundial Fraternidade Espiritual.
Para certificar minha opinião copiarei alguns versículos bíblicos. Gênesis capítulo XIV, versículo 18: “Mas Melchisedech, rei de Paz...era sacerdote de D'eus Altíssimo”.

De acordo com este versículo, este Ser é um representante do Supremo D'eus, o Para-Brah-Man o qual, enviou Cristo à Terra como se deduz  no versículo 5 do capítulo V da Epístola de São Pedro aos Hebreus: “Assim também não se glorificou Cristo a si mesmo para se fazer pontífice, senão a aquele que lhe disse: Tú és meu filho, Eu hoje te gerei”. Na mesma epístola versículo 1, São Pedro expõe com mais detalhes quem é Melchisedech: “Sem pai, sem mãe, sem genealogia, que nem teve princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao filho de D'eus, permanece sacerdote para sempre.”

Pergunto agora: Quem pode haver nesta Terra que não tenha pai, nem mãe, nem genealogia alguma, permanecendo eternamente sacerdote como Altíssimo Filho de D'eus?
 Neste mundo terrestre ninguém pode autorgar-se essas qualificações.
 Estes misteriosos versículos podem ser compreendidos tendo-se um claro conhecimento da existência espiritual de Sri Bhagavan Narayana, representante do Para-Brah-Man.


HOUVERAM MUITOS AVATARAS E VIRÃO Á A TERRA MUITOS MAIS


Ao D'eus da Terra nada nem ninguém pode impedi-lo.
 Se já enviou a Jesus o Cristo e a outros Avataras anteriores, continuará enviando redentores todas as vezes que Ele julgue necessário para benefício e felicidade de todos os seres. 
Os Sábios da Suddha Dharma revelaram a existência do Avatara encarnado de nossos tempos, Sri Bhagavan Mitra Deva quem, como um Amigo Divino, está inspirando a muitos homens e mulheres da Ciência da Suddha Raja Yoga para que, com esta Sabedoria Divina, os homens perversos se convertam em serviçais seres humanos, os humanos em Santos e os Santos em Divinos.


GLÓRIA AO SENHOR DO MUNDO
OM NAMO NARAYANAYA



Nota: 
Importantíssimo lembrar que, Sri Vájera escreveu seus artigos a quase 100 anos atrás.
Ele morava em Santiafo/ Chile, um país essencialmente Católico.
Sendo assim, para não sofrer rejeições, optou por sempre  mencionar inúmeras citações da Bíblia Cristã como exemplos de suas idéias.
Segundo seu entendimento, isso facilitaria a compreensão de seus leitores, já que a cultura oriental é bastante diferente da ususal.
Portanto, temos que elaborar nossa mente para um entendimento mais próximo do original, tendo sempre como ponto de partida, a aceitação de que Suddha Dharma NÃO é religião....e que esta Ciência está além do discernimento humano, porém como Ela é adaptável em Tempo, Lugar e Circunstância, Ela é moldável e expressiva em qualquer filosofia ou religião deste reino hominal.