segunda-feira, 5 de novembro de 2012

AS ORAÇÕES E SÚPLICAS TEM RESPOSTAS

Nossos agradecimento pela tradução realizada pelo Dasa  Alfonso Prellwitz.



Sri Vájera Yogui Dasa


P: Estou interessado em saber se nossas súplicas são ouvidas e obtem resposta do D'eus pessoal, dos Anjos, dos Santoa ou de outras entidades espirituais.
 É muito comum pedir que nos purifiquem, que nos livrem de más tentações ou de baixos pensamentos, em uma palavra, que nos façam puros, bons e felizes.
 Imploramos-lhes que nos façam inteligentes, com uma mente clara e pronta para resolver os problemas ou dificuldades da vida. Imploramos-lhes que nos proporcionem bens materiais, saúde, fortuna e tudo aquilo que nos possa fazer felizes.
Faço minha pergunta: Respondem as entidades espirituais a nossas súplicas?
R: Não coloco em dúvida que esses rogos ativam nossa consciência  em direção à Sabedoria e até certo ponto inspiram para a conquista de bens terrenos, nada mais, por que por mais que peçamos ao Senhor e às invisíveis potencias que nos purifiquem, senão soubermos faze-lo devidamente e não adquirimos os méritos necessários, os Divinos Seres não nos vão santificar nem nos trarão os bens pedidos.
 Se, por exemplo, rogamos ao D'eus da Terra que nos infunda inteligencia e não adestramos nossa mente com meditações e estudos, não nascerá nem um grau mais do que a que temos.
Se Lhe pedimos fortuna, tampouco a vai dar gratuitamente, isto é, sem merece-la.
Para esclarecer estas idéias lhe esporei um exemplo dado por um Instrutor espiritual: conta o Guru que um camponês ignorante e beato sentava-se ao pé de uma árvore que crescia frondosamente em sua própria fazenda e assim meditava egoísta e profundamente em D'eus, pedindo-Lhe que em seus campos se enchessem de trigo, que os grãos amadurecessem graúdos e assim ter uma boa colheita. Rogava e rogava sem cessar, sem exercitar os talentos e forças de que dispunha. Passou o tempo do plantiu e das colheitas. O beato continuava meditando ao pé da árvore. Os campos, sem regar, estavam secos. Nenhuma única espiga se via em suas terras e o agricultor não obteve o ansiado fruto.
Por outro lado, havia um vizinho que tinha sus campos cheios de espigas de bom trigo. O agricultor do campo árido nunca o havia visto a meditar, nem pedir publicamente nada a D'eus, mas o viu semeando, regando e cuidando, ele mesmo, com afinco, de suas terras. Havia se sacrificado esforçando-se no rude trabalho, sem abandoná-lo quando o sol fazia arder a terra nem quando a chuva, o relâmpago ou o trovão ressoava no infinito. A abundante colheita havia-lhe custado estudo e mil continuados esforços. Não há dúvida alguma que o êxito foi obtido pela própria e constante atividade planejada com inteligência.

P: O que querem dizer, com esta parábola, os Mestres?
R: Eles nos advertem que nós, a medida que tomamos e desenvolvemos energias, temos que utilizá-las junto com a ação, sem interrupção de nossas práticas e orações diárias que energizam nosso ser e ativam a inteligência. Por mais clara e radiante que seja a luz do sol, não a vemos senão fizermos o esfôrço de abrirmos os olhos.
Nunca devemos esquecer que todos nós, a medida que adquirimos energia, temos que atuar.

P: Quer dizer que ao mesmo tempo que executamos nossas práticas espirituais e fazemos nossos pedidos aos Santos e Anjos devemos utilizar os poderes que já temos para atualizá-los cada vez mais?
R: Se aspiramos inteligência, temos que adestrar o corpo mental com o estudo. Quem quer sabedoria tem que abservar, comparar e recordar. Todas as artes e as ciências devem ser analisadas com método. É uma das maneiras para desenvolver a capacidade mental.
Temos que estudar e praticar para adquirirmos conhecimentos úteis. Podemos receber tudo de D'eus, mas temos que aprender um método para conseguirmos o que desejamos ou desfazer-nos do que nos incomoda. Se queremos alcançar  triunfo espiritual, é necessário antes de mais nada, estudar a ciência do espírito da alma.

P: Compreendo claramente que é correto implorar aos ocultos poderes e fazer o esforço individual para conseguir aquilo que suplicamos. Mas qual o método que temos que aprender para conseguir o que desejamos?
R: Os Mestres da Suddha Dharma Mandalam ensinam o método conhecido como Suddha Yoga. Esse é um sistema que se ensina aos alunos graduados que verdadeiramente querem progredir mediante meditações, comtemplações, mantras ou orações e cerimônias que consagram grande poder. Além disso, esta escola de Yoga, tem um corpo de Sacerdotes Yoguis que ministram verdadeiras iniciações as quais, puruficam o discípulo e o conduzem a um rápido despertar espiritual. Essas iniciações, além do conhecimento na arte religiosa, tranferem energias que são recebidas pelo aluno bem preparado.
P: Explique isso das iniciações, que não entendi bem.
R: Colocarei um novo exemplo: o que acontece com uma semente que a plantamos em boa terra?
A semente aí depositada toma da água, do sol e da terra os elementos necessários para seu crescimento e total desenvolvimento. Mas, ao mesmo tempo, flui de dentro de si mesma, uma tremenda força para que os brotos rompam a casca, empurrem a terra, aflore à superfície e continue crescendo até dar seus frutos. Existe uma força, como disse no prágrafo anterior, que chega de fora e penetra ao interior. Ao mesmo tempo, há outra energia, que surge do mais íntimo e se esparrama para o exterior.
Os iniciadores regam com seus fluídos espirituais a semente de nosso ser, plantado em nosso próprio coração. E nós, ao mesmo tempo, seguindo suas indicações, fazemos o esforço diário de purificar e abrir a alma e ascender a luz divina que existe no coração. Assim o dedicado discípulo, por sua vez, se converte em um iniciado portador da tocha da iluminação. Ascenderá a luz do íntimo de seu ser, irradiando para fóra o explendor da glória. Observando as práticas que nos ensinam os Hierarcas do Mandalam, descerramos as portas do céu e entramos no reino do D'eus pessoal. Será cumprida a sentença pronunciada por Jesus Cristo: “ Entrai primeiro no reino dos Céus e todo o mais lhe será dado”.
Executando com afinco as orações e as práticas espirituais, fazendo juntamente o que é devido e  esforçando-nos para alcançar o que realmente necessitamos, sem dúvida que seremos sempre socorridos pelas hostes invisíveis de Anjos e Deuses. 


Nota: 
Importantíssimo lembrar que, Sri Vájera escreveu seus artigos a quase 100 anos atrás.
Ele morava em Santiafo/ Chile, um país essencialmente Católico.
Sendo assim, para não sofrer rejeições, optou por sempre  mencionar inúmeras citações da Bíblia Cristã como exemplos de suas idéias.
Segundo seu entendimento, isso facilitaria a compreensão de seus leitores, já que a cultura oriental é bastante diferente da ususal.
Portanto, temos que elaborar nossa mente para um entendimento mais próximo do original, tendo sempre como ponto de partida, a aceitação de que Suddha Dharma NÃO é religião....e que esta Ciência está além do discernimento humano, porém como Ela é adaptável em Tempo, Lugar e Circunstância, Ela é moldável e expressiva em qualquer filosofia ou religião deste reino hominal.