Sri T. M. Janárdana
Qualquer que seja a modalidade de Yoga a que nos
dediquemos, quer seja do tipo Prakrita,
Atmiya ou Suddha, a meditação – Dhyana – é o único meio legítimo ou o
mais eficaz para possibilitar ao homem a realização das excelentes
auspiciosidades e beatitudes – Vibhutis
– próprias destes três Yogas principais.
O Prakrita
Yoga tem por objetivo a obtenção de propósitos materialistas.
O Atmiya
Yoga é dirigido, exclusivamente, à realização do Princípio Espiritual
denominado Átman, que o ser humano leva no mais íntimo de seu ser.
No Suddha
Yoga, nossas aspirações se orientam para esses elevadíssimos planos de
interminável aproximação à Transcendência Eterna – o Suddha Brahm.
Contudo, podem-se contemplar suas manifestações
Átmica e Prakrítica (material), fato que está de acordo com a profunda
afirmação contida nos seguintes aforismos:
VASUDEVAM SARVAM: tudo isto é Vasudeva, e
SARVAM TAD KALVIDAM BRAHM: verdadeiramente, tudo é Brahm.
No Suddha Yoga, nossas
aspirações se orientam para esses elevadíssimos planos de interminável
aproximação à Transcendência Eterna – Suddha
Brahm.
É óbvio, por certo, que se deve alcançar uma compreensão plena do
profundo significado da meditação, e não permanecer ufanamente na cômoda crença
de que, pelo fato de se haver traduzido Dhyana por meditação, já sabemos tudo.
Não, não pode ser, porque a meditação dificilmente poderá ser compreendida e,
menos ainda, ser praticada, se não se conhecer seu processo, em que plano
funciona, quais são os benefícios que traz consigo e quais são os demais
fatores que nos conduzem ao seu conhecimento exato, verdadeiro e completo, a
fim de adquirir a eficiência necessária e habilidade em seu exercício.
Dhyana, ou meditação, é o nome
técnico com que se designa aquele processo mental que se exercita com o
propósito de tomar contato com a DIVINDADE em seu aspecto de transcendência
máxima – SUDDHA BRAHM -, conhecido com os nomes de Suddhátman, ou Paramátman.
Estritamente falando, este nome técnico não é aplicável ao aspecto espiritual
desta Divindade Transcendente, comumente chamada de Átman, Kevalátman, Nirgunátman, Sákshi, a testemunha, nem tampouco aos seus aspectos materiais, ou
de forma, chamados Sagunátman, ou Samsarátman, que iniciam os inumeráveis
processos evolutivos mundiais.
Somente por uma cortesia, tornada tradição, se
lhes aplica a palavra meditação.
Na realidade, estes dois aspectos Espiritual e
Material ou Nirguna e Saguna, têm relação direta com o
funcionamento cósmico e se lhes considera Asuddha,
enquanto que o transcendente Brahm, que é Suddham,
ou Suddhátman, lhes proporciona,
eternamente, a vida necessária e é, portanto, a meta mais elevada das
aspirações e destinos humanos.
As três variedades de Yoga, acima mencionadas, têm relação,
respectivamente, com a Divindade Transcendente, em seus três aspectos
fundamentais.
Consequentemente, não é empírica a formulação dos três Yogas
principais, pois isso está de acordo com a modalidade da tríplice percepção (Dhrishti), inerente a cada alma
individual (Jiva) que começa a
funcionar na roda evolutiva dos processos mundiais (Samsara).
Empenhado em alcançar os resultados que essa percepção
revela, o Jiva adora a Divindade em seus três aspectos principais, recorrendo
para isso a esses três meios mais importantes.
O que aqui se designa como percepção (Dhrishti), está relacionado com o Conhecimento (Gnana).
Todo conhecimento é só para a
ação e toda ação vai sempre ligada aos resultados de uma ou outra classe.
Quando o Eu egoísta (Swartha) exerce
sua influência predominante sobre o Jiva apegado aos resultados, este,
sensivelmente, se torna asúrico e
isso conduz à escravidão e à morte; quando se elimina esse egoísmo, geram–se
qualidades angélicas (dévicas) que
conduzem à liberação e à imortalidade.
Tríplice Percepção e Adoração
As três modalidades de percepção (Dhrishti),
a que nos referimos, se denominam:
1)
Guna-Para
2)
Atma-Para
3)
Brahma-Para
O homem, no transcurso das quatro etapas principais de seu
desenvolvimento – da infância à adolescência, daí ao estado adulto e,
finalmente, à velhice – desenvolve também estas percepções; delas, a primeira é
a Guna-Para.
1) Guna-Para
“Guna-Para” significa “ligado às qualidades” (gunas),
ou seja, orientado para o objetivo.
Todas as coisas que revestem formas são qualitativas por sua própria natureza.
A alma individual se inicia, normalmente, desde a sua infância, com percepção
objetiva (“Guna-para-dhristi”).
Qualidade, ou guna, está se
referindo ao bem conhecido trio de Satwas
(luz, ou inteligência), Rajas
(atividade externa) e Tamas
(obscuridade, inércia, ignorância ou perversão).
A totalidade da Criação
sensível, sem exceção alguma, quer se trate dos Devas ou de homens, está
sujeita à influência destas três qualidades.
“na tadasi pritivyam va divi
deveshu va punaha, satwam prakritijirmuktan yadebhihi ayattri-bhirgunihi”
“Nada existe na terra nem entre os Devas no Céu, que esteja livre da
influência destas três qualidades engendradas pela matéria”.
Por meio de milhões de combinações de diversos graus,
estas três qualidades se projetam através dos múltiplos objetos do mundo,
criando intermináveis fascinações (moha), e a alma individual, cuja mirada que, em primeiro,
está orientada objetivamente, vai em busca destas fascinações para realizar qualitativamente
as matérias externas.
O conhecimento e o método para tal realização constituem
o conteúdo dos VEDAS, que tratam
principalmente destes fatores qualitativos, de sua adaptação e de sua
realização (trigunya vishaya veda).
Para a realização desses objetos qualitativos,
recorre-se à adoração da Divindade dotada de formas, ou seja, ao seu aspecto Saguna.
Nos tempos primitivos, foi
fundamental a adoração de formas (“Saguna”), tais como Mitra, Varuna, Vayu, Agni etc.
Depois,
a adoração passou para as formas de Devas, tais como Indra; posteriormente, com o crescimento
da percepção, tomou as formas de imagens de encarnações divinas (Avatara-Purushas).
Nesta modalidade de adoração,
concebe-se a Divindade plena de excelentes qualidades que alguém seja capaz de
visualizar.
As melhores formas para esta adoração Saguna são as seguintes: Rama
junto com seu irmão Lakshmana, Sri Krishna e Shiva com sua consorte Parvati ou
Uma.
1)
Atma-Para
A percepção Atma-Para é de natureza espiritual,
enquanto a Guna-Para é material.
Aqueles que possuem esta percepção espiritual procuram tomar contato com o Princípio Espiritual chamado Átman, que reside no profundo do coração de todo ser humano. O Átman está livre das perturbações trigúnicas e, portanto, é Nirguna: possui a dimensões do nosso dedo polegar (angushtamatra purusha).
O resultado desse contato com o Átman é o fruto da renúncia (Samnyasa); esta, por certo, não consiste,
simplesmente, em vestir uma túnica alaranjada, mas em executar toda ação
necessária, alheios a todo interesse egoísta (Swarta-Dosha). O resultado que se consegue é a liberação (Moksha) da iniludível cadeia de
reencarnações e mortes.
Como condição prévia a esse contato, é necessário
investigar o que seja o Átman (Atma-vichara). O sentido da doutrina Vedanta
facilita essa investigação e a
compreensão correspondente.
Vedanta significa “final dos Vedas”; por isso é
considerado um tratado sobre Moksha Dharma, sendo este o quarto purusharta ou objetivo do ser humano. Também o estudo dos Vedas
conduz à realização dos três purushartas,[1]
que são: Dharma: proteção; Kama: desfrutar e Artha: conhecimento das ciências
inferiores, ou Aparavidya.
Os UPANISHADS, cujo tema é a Para-Vidya, ou ciência superior, constitui o Moksha Dharma, e é disto que se ocupa o estudo
Vedanta.
Mas o mero estudo Vedanta não pode, por si só, conduzir ao contato
desejado com o Nirguna
ou Kevalátman,
pois tal estudo gera, quando muito, um conceito intelectual desse princípio
espiritual, ou átmico.
As conhecidas BRAHMA-VIDYAS, que são trinta e duas, contêm os diversos métodos
ou disciplinas mediante as quais se toma contato com este princípio átmico em
seus múltiplos aspectos.
Esta prática, atingindo êxito, é denominada Yoga Garbhatwa, ou seja, o Yoga em seu interior;
mas não é Yoga como tal.
1) Brahma-Para
Aqueles que estão dotados de Percepção Brahma-Para são os verdadeiros Yogues,
pois seu objetivo está dirigido ao Suddhátman,
ou Paramátman. Este é, ao mesmo
tempo, Saguna e Nirguna (nirgunam
gunabhoktrucha), também permanecendo eternamente transcendente (Turiya) como Satyam Gnanam Anantam Brahm (Verdade, Sabedoria e Glória é
Brahm).
Esses Yogues estão dotados das oito qualidades
átmicas, que são: anasuya: sem
inveja; daya: compaixão; shanti: tranquilidade; aspruha: sem cobiça; chowcha: pureza; akarpanya: impessoalidade; anayasa:
infatigabilidade; mangalam: orar
pelo bem-estar de todos. Essas pessoas recorrem ao estudo do Yoga Brahma Vidya, nome esse tão
acertadamente traduzido por Ciência Sintética do Absoluto.
Este Yoga Brahma
Vidya é a trigésima terceira vidya, o Mahavidya
(as trinta e duas vidyas anteriores se chamam Brahma-Vidyas).
O resultado dos
empenhos e dedicação destes Yogues é que conseguem realizar, no mais recôndito
de seu próprio coração, o Princípio Sintético que a tudo compenetra: Antaryami Paramatma, ou também Satchitanandaruga.
Este Yoga Brahma Vidya é considerado como Parama-Vidya, ou seja, aspecto supremo da essência superior;
enquanto que os Upanishads denominam a Para-Vidya, a que nos havíamos referido, de Aparama-Vidya, ou ciência inferior, quando é comparada com aquela.
A disciplina, neste caso, é a de completa entrega de
si mesmo (Tyaga) e passa a se
associar com a renúncia (Samnyasa)
para atingir essa realização.
O SRI BHAGAVAD GITA, que é o texto do Yoga Brahma
Vidya, gera a suficiente percepção sintética (sama-gnana) que conduz ao Yoga (Samatwan yoga uchyate), e
isto é tomar contato Suddhátmico, ou Paramátmico, no quarto plano denominado Turiya.
OS TRÊS TIPOS DE DHYANA
A fim de atingir a realização dos respectivos
objetivos destas três modalidades de percepção, recorre-se à Dhyana, denominada
categoricamente Saguna Dhyana, Nirguna
Dhyana e Suddha Dhyana de acordo
com a situação.
Isto equivale a dizer que Dhyana
constitui um processo em sequência para aquisição do conhecimento.
Em
outras palavras, se não se possuem
conhecimentos, ou seja, uma
compreensão intelectual dos objetivos anelados, Dhyana dificilmente poderá ser
frutífera.
Aqueles que se propõem a praticar o Dhyana devem estar
obviamente cientes da importância de adquirir o conhecimento como primeiro
passo, visto que o Dhyana só pode ser executado, eficientemente, se esse
exercício estiver de acordo com a percepção correspondente, fato que a própria
definição de Dhyana deixa bem claro.
Vejamos, agora, o que é que nos destaca
tal definição.
Definição de Dhyana
Dhyana é da forma de chinta (“Dhyanam
chintarupámsyat”).
Chinta significa reflexão.
A diferença do mero ato de
pensar, há em Chinta frequência, repetição, uma constante concentração em uma
só ideia.
Portanto, Dhyana não é meramente “chinta”, mas “chinta-rupa”, ou seja, forma reflexionada.
Isto significa que é
preciso se formar na mente uma figura sobre a qual se pode enfocar a reflexão.
A definição “chinta-rupa” apresentada acima deveria ajudar-nos a formar uma
ideia mais clara e exata de seu verdadeiro alcance:
“Chinta-rupa é
aquele objeto outorgador de glória agradável, de acordo com o respectivo motivo
da percepção”.
“tat tad vishaya niradisayananda vastu
chinta-rupa”.
É imperativo ter presente na mente uma figura que
representa o objeto outorgador de glória (Ananda-vastu),
e, além do mais, esta figura tem de representar o tema, ou motivo respectivo (tat-tad vishaya), e isto se refere às
três modalidades de percepção já mencionadas.
Estas três percepções criam, respectivamente, na
mente, uma figura dos objetos outorgadores de glória; a percepção Guna-Para cria a forma Saguna; a
percepção Atma-Para, a forma
Nirguna; e a percepção Brahma-Para,
a forma Suddha. Chinta-rupa
corresponde a quaisquer destes três objetos de glória.
É necessário ficar bem estabelecido que, no Dhyana, é imperativo visualizar a
forma, pois se ela não é visualizada, o ato será simplesmente chinta, isto é, mera reflexão sobre uma ideia, e
isto não é Dhyana.
Também é necessário estar presente o efeito que produz
glória; se este efeito é doloroso, desagradável, não houve Dhyana, posto que a
mente estará ocupada pensando como se safar daquilo para se livrar da dor.
Uma ideia poderá proporcionar glória agradável;
entretanto, a forma que a ideia é
capaz de criar é o único que poderá causar a continuidade do efeito da glória
para os fins da reflexão.
Portanto, chinta-rupa
é forma e não uma simples ideia.
Temos, então, que Dhyana, definida como chinta-rupa, pode ser explicada assim:
denomina-se Dhyana a essa modalidade de esforço que facilita a retenção, na
memória, daqueles objetos de glória que
haverão de ser percebidos (tad-tad vastu vishaka smrityanukula vyapara
rupamcha hi dhyanam vignayate).
Em outras palavras, todos aqueles esforços de pensamento, de palavra e de fatos que
auxiliam a mente a reter, em si mesma, a memória de algum determinado objeto de
glória pertencem à categoria de Dhyana.
O essencial é a retenção perpétua na
memória, pois, do contrário, é muito provável que o objeto se apague da mente,
deixando somente uma ideia e, em consequência, se estingue o entusiasmo.
É
plenamente evidente, então, que se deve intensificar a atividade, a fim de
poder reter a memória da forma por meio do Dhyana.
Isto é óbvio por demais.
O
resultado de tudo isto será a realização das virtudes correspondentes aos
objetos de adoração que se deseja.
Na realização das virtudes, ou beatitudes (vibhutis), por meio do Dhyana, se pode
distinguir a diferença de seus méritos.
Enquanto o Nirguna Dhyana e o Suddha
Dhyana nos conduzem às suas respectivas beatitudes, o Saguna Dhyana nos oferece duas distintas categorias de resultados.
Assim, por exemplo, quando as formas nas quais meditamos são as das Divindades
dotadas das qualidades auspiciosas que já mencionamos, se atingem bons
resultados na vida material, paz e abundância, e se afirma que o devoto alcançará
o Céu Mental (swarga) depois que
tenha deixado seu corpo físico.
Entretanto, quando esta Meditação está dirigida
unicamente aos objetos prazerosos de ordem material, mesmo que os consiga, o
homem terminará finalmente na dor que o conduzirá ao inferno aqui e mais além.
O BHAGAVAD GITA destaca isto com muita ênfase:
“Aquele que se
dedica às coisas dos sentidos, desperta em si mesmo um apego por elas, do apego
brotam as paixões, e das paixões, a ira; pela ira, perde-se a claridade mental
e, após isso, a memória é obscurecida; por isso, a inteligência é debilitada e,
nesse estado de decadência, o homem perde sua razão de ser e não alcança
Samya-Yoga” (V. 5-6).
“dhyayato viyhayam pumsaha sangastes-hupajayate, sangat sanjayate
kamaha, kamat krodhobi jayate krodhadbhavanti sammoha, sa
ohatsmritivibrahmaha,smritibrahmsat buddhinasaha buddhinasat pranasyati”O exposto acima tem de deixar bem claro que, se se
medita em objetos de mero prazer físico, empenhando-se em alcançá-los, a
memória gradualmente se debilita. Para evitar semelhante calamidade, há de se
recorrer ao Dhyana de formas auspiciosas
e divinas, já que isto contribui para fortalecer a memória (smriti), e é
precisamente este o propósito do Dhyana.
A definição desta palavra assim o demonstra. A segunda guerra do século XX é um exemplo claro do uso pervertido do princípio do Dhyana com fins meramente materialistas, que se podem empregar para diversos fins, bons ou maus, de acordo com a inclinação do indivíduo e, por sua vez, esta inclinação dependerá da classe de conhecimento a que a educação o tenha preparado.
Isto nos está demonstrado de maneira óbvia quão grande importância tem a aquisição de conhecimentos sãos, desde a nossa mais tenra idade, tanto na ordem espiritual quanto na material.
A definição desta palavra assim o demonstra. A segunda guerra do século XX é um exemplo claro do uso pervertido do princípio do Dhyana com fins meramente materialistas, que se podem empregar para diversos fins, bons ou maus, de acordo com a inclinação do indivíduo e, por sua vez, esta inclinação dependerá da classe de conhecimento a que a educação o tenha preparado.
Isto nos está demonstrado de maneira óbvia quão grande importância tem a aquisição de conhecimentos sãos, desde a nossa mais tenra idade, tanto na ordem espiritual quanto na material.
Natureza do plano subjetivo
em que o Dhyana atua
Do que foi explicado na primeira parte, não é necessário
dizer que Dhyana é um ato mental. Pode-se afirmar que, por meio da meditação,
se reforça a memória (smriti).
Ainda que ambos os processos pertencem à categoria de funções mentais; contudo, são aspectos diferentes porque correspondem a dois planos distintos da Mente.
Ainda que ambos os processos pertencem à categoria de funções mentais; contudo, são aspectos diferentes porque correspondem a dois planos distintos da Mente.
Aquilo que o conceito filosófico do Ocidente define
como “Mente” é esse algo que procura nos dar uma ideia da soma total dos fenômenos
que ocorrem dentro das regiões subjetivas do homem, compreendidas todas essas
séries de funções diversas, tais como, pensar, raciocinar, sentir, emocionar,
de volição e de outras faculdades, mescla confusa de precisão ou do contrário,
cujo funcionamento tem sua esfera objetiva dominante em certas manifestações
externas que se denominam vida.
Segundo o pensamento filosófico Yogue, as funções subjetivas da mente se
agrupam sob dois títulos distintos: Intelectuais e Emocionais.
As funções intelectuais abarcam tudo o que se
relaciona com o conhecimento (gnana), e a isto se denomina “Plano de Mahat”.
Por outro lado, as funções emocionais correspondem ao plano de Manas (mente) no qual as manifestações do desejo (iccha) adquirem toda a sua força.
Por outro lado, as funções emocionais correspondem ao plano de Manas (mente) no qual as manifestações do desejo (iccha) adquirem toda a sua força.
O plano Mahat se caracteriza pelo que se denomina consciência
e consciente (Chetana), enquanto que
o Manas é caracterizado pelas qualidades duais, tais como preferências e
desagrados (iccha, dwesha), prazer e
dor (sukha, dukha) etc.
Mahat é considerada mais sutil que Manas; é capaz de
influenciá-lo e é chamada também Adi,
ou o mais elevado, o plano primeiro. Por outro lado, a essência de Manas é a
inclinação à oração (prartana).
Mahat literalmente significa grande e se caracteriza
pela profundidade de discernimento e a amplitude de visão.
Manas restringe o campo destas faculdades para a nossa
própria e pequeníssima personalidade e ao meio ambiente.
No Manas, está radicado o foco principal do egoísmo humano – o Ahamkara.
No Manas, está radicado o foco principal do egoísmo humano – o Ahamkara.
Estes dois planos Mahat e Manas, comumente designados
como grupos das faculdades (Tatwa-kutas)
e que estão dotados de certas características definidas que lhes são próprias,
são eternamente diferentes um do outro, mesmo quando reciprocamente se estancam,
e só podem ser reconhecidos separadamente por certas forças qualitativas (sháktis) que liberam quando se atua
sobre eles.
Mahat e Manas são, de por si, inanimados, posto que
estão formados de matéria (prakriti).
Sem dúvida alguma, que é a alma individual (Jiva) que põeem
atividade Mahat e Manas, em virtude de que de cuja ativação
se liberam suas energias. Quando isto ocorre, o Jiva se apodera dessas energias
e as exercita de acordo com sua própria natureza, atingindo, assim, os
resultados que deseja conseguir.
Sem dúvida alguma, que é a alma individual (Jiva) que põe
Do plano Mahat, posto assim em atividade, são
projetadas seis forças ou energias (sháktis), que são:
1. Buddhi, a inteligência discriminativa;
2. Pragna, o estado de alerta ou de vigilância;
3. Upaladbhi, a compreensão;
4. Kyati, o sentido laudatório ou de adoração;
5. Dhriti, o sentido de unidade; e
6. Smriti, a memória ou evocação.
Conclui-se, a partir disso, que smriti (memória), a qual Dhyana procura reavivar, pertence a Mahat,
ou seja, à faculdade do conhecimento.
É a memória que vigoriza a Buddhi, ou a inteligência discriminativa (discernimento), mediante a qual o homem funciona durante a sua existência.
Se não se possui memória, a Buddhi não pode funcionar devidamente e a existência termina em desastre, tal como o Senhor declarou numa frase que já citamos.
É a memória que vigoriza a Buddhi, ou a inteligência discriminativa (discernimento), mediante a qual o homem funciona durante a sua existência.
Se não se possui memória, a Buddhi não pode funcionar devidamente e a existência termina em desastre, tal como o Senhor declarou numa frase que já citamos.
Estas forças (sháktis) possuem duas linhas de ação,
uma delas dirigida objetivamente (pravritti)
e a outra ao inverso, subjetivamente (nivritti).
Das seis forças já indicadas, Buddhi,
Pragna e Upaladbhi se dirigem para o exterior, objetivamente, enquanto que
as outras três Kyati, Dhriti e Smriti, apontam para o interior, para dentro, subjetivamente.
Buddhi, a primeira destas forças, é a que possibilita o
funcionamento inteligente, no meio das multiplicidades, mediante a seleção,
enquanto Dhriti procura captar a
unidade essencial que se oculta nas multiplicidades da existência. Por isso, é
denominada Yoga-Shákti.
Por sua vez, Buddhi, funcionando na multiplicidade,
está dotada de cinco faculdades auxiliares primárias que facilitam seu
funcionamento. São as seguintes:
1. Ishtanishta
vipatti: as preferências e as
aversões;
2. Vyavasaya:
o funcionamento;
3. Samadhita:
o exame por abstração;
4. Samsaya:
a dúvida; e
5. Pratipatti:
a aplicação.
Com estas faculdades auxiliares, a Buddhi da alma
individual (Jiva) se encaminha pela
senda da objetividade (Pravriti-marga),
dirigindo, nesse sentido, a sua atenção.
Já havíamos mencionado que a característica dominante
de Manas é iccha-dwesha, ou seja,
preferências e aversões ou ódio.
Uma das particularidades da Buddhi também é denominada “a calamidade das preferências e aversões” (ishtanishta vipatti).
O atributo de calamidade (vipatti) atribuído ao fenômeno dual das preferências se justifica, já que os opostos desastrosos e as multiplicidades em conflito somente são geradas nestas dualidades.
A alma individual (Jiva) submetida à influência funesta das dualidades, é incapaz de se liberar dela e se debate na existência cíclica (samsara) durante uma longa série de reencarnações e mortes. O Senhor disse:
Uma das particularidades da Buddhi também é denominada “a calamidade das preferências e aversões” (ishtanishta vipatti).
O atributo de calamidade (vipatti) atribuído ao fenômeno dual das preferências se justifica, já que os opostos desastrosos e as multiplicidades em conflito somente são geradas nestas dualidades.
A alma individual (Jiva) submetida à influência funesta das dualidades, é incapaz de se liberar dela e se debate na existência cíclica (samsara) durante uma longa série de reencarnações e mortes. O Senhor disse:
“Ó Bhárata,
associado ao duplo fenômeno das preferências e aversões, todos os seres iniciam
seu percurso na Criação. Ó Parantapa, obscurecida a sua visão de que a essência
átmica é uma só”.
“iccha
dwesha samuttena dwandwa mohena bharata, sarvabhutani sammcham sargeyanti
parantapa”.
O afirmado acima permitirá reconhecer facilmente que Manas é somente a
Buddhi modificada e dotada da faculdade especial desta última, isto é, as
preferências e aversões, com o propósito evidente de multiplicar as
diversidades. Contudo, não é verdadeira esta faculdade dual, já que no Manas
ela é somente uma modificação da Buddhi; a isto se deve que, quando os homens
caem sob sua influência funesta, não tendo compreendido o que esta é realmente,
e sendo incapazes de abstrair-se da ideia das dualidades opostas, caem subjugados
por dwandwa moha, que os conduz à
ignorância e à morte.
Com relação ao adjetivo “moha”
ao qual se atribuiu “dwandwa”, ou
dualidade, poder-se-ia traduzi-lo por “fascinante” ou “enganoso”; entretanto,
está aí para indicar, antes de mais nada, a influência da energia transformadora,
tão conhecida pelo Nome de Maya, ou Yoga Maya, ou Maya-Maya, que converte a unidade em multiplicidade.[2]
Firmemente assentada no veículo Manas do homem, esta Maya pode operar
para o seu bem ou para a sua ruína, de acordo com a compreensão que ele tenha da
influência todo-poderosa e inegável que ela exerce.
Maya não deixa ninguém livre, quer se tratem de homens, de Anjos ou do mesmíssimo Ishwara.
Maya não deixa ninguém livre, quer se tratem de homens, de Anjos ou do mesmíssimo Ishwara.
No Ishwara, ela existe como Devi-Maya,
Devi-Shákti, para criar os
inumeráveis processos evolutivos mundiais. Nos Devas e Hierarcas, que descem
como Avataras, ela recebe o nome de Esha-Maya
ou Esha Shákti e, dotados desta
maneira, eles promulgam as eras auspiciosas para o bem-estar do mundo.
Associada ao homem, existe a denominada Gunamayi-Maya ou Gunamayi-Shákti;
neste caso, a energia transformadora – Maya – se modifica outra vez de forma
tríplice, constituindo as qualidades – gunas
– que já mencionamos com os nomes de Satwa,
Rajas e Tamas.
No BHAGAVAD GITA, o Senhor define como insuperável a influência desta
tríplice Maya (Deivi esha gunamayi mama maya dhuratyaya).
O veículo Manas do homem, quando se encontra sob a influência da
Gunamayi-Shákti (Satwa, Rajas e Tamas), promove as inumeráveis multiplicidades
de formas.
Por sua própria natureza, está orientado objetivamente, já que é uma
forma modificada da igualmente objetivista Buddhi (pravritta buddhi) e, com suas características bem definidas de
dualidades de preferências e aversões, é o assento principal de “moha”
(ilusão).
Deste Manas dual ativado pelo Jiva, se projetam primeiramente seis
modificações similares à de Mahat, mas do tipo mais denso, para facilitar o
múltiplo funcionamento físico. Essas seis modificações são:
1. – Kama: intensidade de
desejo;
2. – Iccha: desejo;
3. – Samkalpa: resolução;
4. – Dhyana: meditação.
5. – Bhakti: devoção.
Pode-se compreender claramente, por isto, que Dhyana é uma das
particularidades do veículo Manas.
Igualmente ao que ocorre com o Mahat, no veículo Manas, que se dirige
naturalmente para o mundo exterior, Kama,
Iccha e Samkalpa se inclina mais ainda para os objetos externos,
empenhando-se vigorosamente nesse sentido (pravritti);
entretanto, os outros três: Chinta, Dhyana e Bhakti, dirigem-se para o interno (Nivritti).
Das forças que estão orientadas
objetivamente, kama (intensidade de desejo) é a que provoca a materialização
destas formas concretas representadas como corpos.
Estes corpos estão constituídos por uma combinação dos cinco principais elementos materiais com que foram criados todos os corpos físicos. Estes elementos são: PRITHVI, AP, TEJAS, VAYU e AKASHA.
Estes corpos estão constituídos por uma combinação dos cinco principais elementos materiais com que foram criados todos os corpos físicos. Estes elementos são: PRITHVI, AP, TEJAS, VAYU e AKASHA.
Prithvi, a Terra, forma o Corpo físico externo, com seu odor característico.
Ap, a Água, facilita a formação do sangue.
Teyas, o Fogo, auxilia a função digestiva e facilita a visão.
Vayu, o Ar, é o gerador da respiração e a sua regulação.
Akasha, o Éter, gera o som e a audição.
A este respeito, há de se ter bem presente que a característica física
(swarupa) de cada alma individual se determina pela natureza de sua intensidade
de desejo (kama), característica do
Manas, de tal maneira que o desejo constitui o agente ativo na construção de
determinadas formas físicas. Por conseguinte, se denomina a cada alma
individual no mundo de kama-rupa
(uma forma de desejo intenso), e, ao nascer o corpo físico, este vai tomando a forma
correspondente a tal desejo.
Não se deve jamais considerar kama,
em geral, como perverso, porque isso significaria que todos os seres do mundo
sejam maus.
O desejo, sim, que é malvado quando se torna apaixonado sob a influência do egoísmo separatista (dushta-ahamkara).
O desejo, sim, que é malvado quando se torna apaixonado sob a influência do egoísmo separatista (dushta-ahamkara).
A crueldade (himsa), a
falsidade (anruta), o egoísmo (awartha), a cobiça e a desejo (parigraha) exclusivamente por coisas
materiais (ou objetos materiais) às expensas do próximo, constituem a natureza
humana.
Tais pessoas são consideradas seres inferiores (asuras). Delas, o GITA se expressa da seguinte forma:
Tais pessoas são consideradas seres inferiores (asuras). Delas, o GITA se expressa da seguinte forma:
“Ó Partha! Orgulho, arrogância,
vaidade, ira, crueldade e ignorância à existência do Princípio de Vida, é a
herança dos homens que só buscam proveito próprio.”
“dhambo darpo
abhimanasha krodhaha parushyamevacha agnanam chapi jatasha partha
sampadamasurim.”
“Por causa de sua ignorância da natureza
do Princípio Vital, considera que sua existência física e de tudo é a razão de ser da existência cíclica; por isso
mesmo, não se dão curso evolutivo e involutivo de tal Princípio de Vida, ou
Átman, que ocupa muitos corpos (jivas) para o seu necessário próprio desenvolvimento”.
“Os asuras conhecem o sentido do funcionamento
objetivo e subjetivo da alma”.
“pravrittimcha nivrittimcha janana vidhru-suraha”.
Quando a intensidade do desejo (kama) se transforma em apaixonada
cobiça pelas coisas materiais, como é o caso dos asuras influenciados pelo
egoísmo, esse desejo se considera perverso. Porém, o desejo imenso
é uma necessidade já que é uma força impulsionadora, e se considera divino
quando está em sintonia com as leis transcendentais da existência cósmica, ou seja, com o Sanáthana Dharma. Sobre isso, o GITA
declara:
“Ó, primeiro
entre os Bháratas, eu sou o desejo intenso, que não é incompatível com o Dharma”.
“dharmaviruddho bhuteshu kamosmi
bharatarshabha”.
As pessoas que se sentem impulsionadas por semelhante
desejo (kama) são
chamadas de seres divinos (dharma kamaha).
Neste caso, kama apresenta duas fases: uma que leva para cima e outra para baixo; porém, em ambas, o grau de intensidade de kama, quer seja em concordância com o dharma ou em desacordo com ele, é o que determina, respectivamente, a bondade ou a malignidade de sua natureza.
Neste caso, kama apresenta duas fases: uma que leva para cima e outra para baixo; porém, em ambas, o grau de intensidade de kama, quer seja em concordância com o dharma ou em desacordo com ele, é o que determina, respectivamente, a bondade ou a malignidade de sua natureza.
Os asuras, de natureza apaixonada, cujos atos obedecem, exclusivamente,
a impulsos do corpo físico e que ignoram o que é Pravritti e Nivritti da Alma, dificilmente
poderíamos esperar que se interessassem por Dhyana, porque este é um processo
de Nivritti, ou de interiorização, ou contração, cuja base hipotética é um
poder oculto: o Ishwara.
Eles poderão ter o propósito de alcançar os fins próprios de sua paixão, mais ainda, pode ser que creiamem
um Deus , produto de sua própria e temível imaginação, a quem
atribuem suas próprias qualidades de apegos e aversões e, talvez, lhe ofereçam
suas orações e sua devoção externamente, com grande pompa, para glorificação de
si mesmos. Entretanto, tudo isto não é Dhyana.
Eles poderão ter o propósito de alcançar os fins próprios de sua paixão, mais ainda, pode ser que creiam
De maneira, pois, que os únicos seres humanos, que
podem entregar-se com toda a naturalidade ao Dhyana, são os de qualidades
Divinas (Dévicas),
porque existe neles o propósito de recobrar a memória perdida acerca da Unidade
existente nas diversidades, e também de chegar a estabelecer contato com o
Princípio Divino, sobre cuja natureza já tiveram a oportunidade de se instruir,
por meio dos ensinamentos recebidos de um Instrutor Divino, o Sat Guru.
Funcionamento da Criação Divina
Quando a alma individual inicia o seu processo
evolutivo, esquece que, na totalidade da existência, interior e exteriormente,
está em essência a Unidade Divina.
O nome Jiva, ou Jivátman, a Alma individual, tem referência àquele aspecto do Princípio Vital, o Átman Único que se multiplicaem incontáveis Jivas
para os fins de suas próprias experiências (purusha sukhadukhanam bhohrutve), quando o impulso criador desperta no Supremo
Brahman (Bhahusyam
prajayeyeti) “eu serei muitos”.
O nome Jiva, ou Jivátman, a Alma individual, tem referência àquele aspecto do Princípio Vital, o Átman Único que se multiplica
Aquelas pessoas que sabem como se multiplica um organismo unicelular
poderão compreender o método da Criação Brâhmica.
A matéria reunida para dar forma a um Corpo é manejada pelo Princípio Vital, o Átman, e, em seu início, esta matéria é atômica, resultando assim a criação de inumeráveis Jivas, mas o próprio Átman permanece alheio a isto, sem tomar parte, sendo uma simples testemunha da atividade dos Jivas.
Este estado de simples observador, por parte do Átman, se denomina testemunha (sakshi), ou Nirguna; ao contrário, a existência atômica do Jiva, que é para o funcionamento, se chama Saguna, ou seja, o estado de formas. Aquilo que se deleita desfrutando é denominado Jivátman (Jeevyati, kreedati jivatma), este toma o corpo para o seu próprio prazer.
A analogia com o próton estático e elétrons girando ao seu redor, segundo a Física, serve muito bem, respectivamente com a condição de testemunha própria do Átman e a dos Jivas observando em torno deste Átman (brahmayati).
A matéria reunida para dar forma a um Corpo é manejada pelo Princípio Vital, o Átman, e, em seu início, esta matéria é atômica, resultando assim a criação de inumeráveis Jivas, mas o próprio Átman permanece alheio a isto, sem tomar parte, sendo uma simples testemunha da atividade dos Jivas.
Este estado de simples observador, por parte do Átman, se denomina testemunha (sakshi), ou Nirguna; ao contrário, a existência atômica do Jiva, que é para o funcionamento, se chama Saguna, ou seja, o estado de formas. Aquilo que se deleita desfrutando é denominado Jivátman (Jeevyati, kreedati jivatma), este toma o corpo para o seu próprio prazer.
A analogia com o próton estático e elétrons girando ao seu redor, segundo a Física, serve muito bem, respectivamente com a condição de testemunha própria do Átman e a dos Jivas observando em torno deste Átman (brahmayati).
A condição do Princípio Vital único (Átman) atuando
como testemunha e as multiplicidades das almas individuais (Jivas) girando ao seu redor é somente
subsequente a este estado de Transcendência, eterno e inseparável, denominado Paramátmico, Suddhátmico ou Brâhmico que, mediante sua própria energia denominada Yoga Shákti, ou Yoga-Maya, cria o Universo no
qual reside como Átman único e cria também os inumeráveis Jivas (ekatwena pratakwena bhahuda
viswato mukham).
De modo que os aspectos Nirguna (testemunha) e Saguna (ativação) se referem ao Cosmos criado e, por conseguinte, são considerados asuddha; por outro lado, a Transcendência é diferente e superior e é denominada Suddha.
De modo que os aspectos Nirguna (testemunha) e Saguna (ativação) se referem ao Cosmos criado e, por conseguinte, são considerados asuddha; por outro lado, a Transcendência é diferente e superior e é denominada Suddha.
A matéria constituinte desta formação de Uno e
Múltiplo recebe o nome de Matéria Raiz (Mula-Prakriti). Esta matéria se encontra latente no estado
Paramátmico de Transcendência, ou Estado de Síntese (Samasthi), expressado sinteticamente como OM.
Daí a verdade de que Espírito e Matéria são eternos (Prakritim Purusham chiva vidyanati abhavapi).
Em outros termos, o estado sintético de Samasti, o Suddha Yoga, o Suddha Brahm, ou OM.
Mesmo quando o surgimento da criação se transforma na Multiplicidade (sankhya), este estado sintético desaparece; daí aquele postulado acerca de sua Omnipresença (Antaryami), ou seja, que é um só na diversidade da existência.
Daí a verdade de que Espírito e Matéria são eternos (Prakritim Purusham chiva vidyanati abhavapi).
Em outros termos, o estado sintético de Samasti, o Suddha Yoga, o Suddha Brahm, ou OM.
Mesmo quando o surgimento da criação se transforma na Multiplicidade (sankhya), este estado sintético desaparece; daí aquele postulado acerca de sua Omnipresença (Antaryami), ou seja, que é um só na diversidade da existência.
O estado de unidade indivisível se denomina,
tecnicamente, Samahara;
esta condição é um pouco menos que a de Yoga e também se a designa como Sankhya Yoga ou Suddha Yoga.
Também se diferencia do mero Sankhya ou Kevala Sankhya que é um pouco inferior.
Portanto, Sankhya Yoga ocupa uma posição média entre Sankhya e Yoga propriamente dito.
O estado de diversidade chamado Sankhya não é nada mais que a soma de Gnana, Iccha e Kriya, que são as três primeiras energias do processo mundial. Estas três, juntas com o seu estado sincronizado de Yoga, constituem a chave da existência total e recebem o nome de Tritwikatwa, que significa “três e um”, sendo esta a base de toda investigação filosófica e também denominadas tecnicamente de Vyashti.
Também se diferencia do mero Sankhya ou Kevala Sankhya que é um pouco inferior.
Portanto, Sankhya Yoga ocupa uma posição média entre Sankhya e Yoga propriamente dito.
O estado de diversidade chamado Sankhya não é nada mais que a soma de Gnana, Iccha e Kriya, que são as três primeiras energias do processo mundial. Estas três, juntas com o seu estado sincronizado de Yoga, constituem a chave da existência total e recebem o nome de Tritwikatwa, que significa “três e um”, sendo esta a base de toda investigação filosófica e também denominadas tecnicamente de Vyashti.
Aqueles que desejam adentrar as transcendentes
regiões do Suddha Yoga,
que superam ao Sabda-Brahm (outro nome dado à condição
Cósmica de Tritwikatwa), somente poderão fazê-lo auxiliados pelo conhecimento
do Pranava OM, tanto em
seu aspecto sintético como no analítico (samashti e vyashti). Isto demonstra quão importante é o Pranava Shastra, ou Ensinamento Sagrado do
Pranava, para os estudantes principiantes de Yoga, pois isto facilita a análise
acurada dos diversos aspectos do pensamento, das palavras e atos, porque ajuda a efetuar uma
sincronização correta destes elementos entre si, como também individualmente.
Já expusemos que o Princípio Vital, ou Átman, se
transforma em inumeráveis
Jivas , com a finalidade de formar corpos para o seu prazer (atmabhogayatanam sariram).
Pois bem, a primeira condição atômica criada pelo Princípio Vital forma principalmente quatro planos de estrutura atômica.
O primeiro destes planos é o Avyakta que é um estado de fusão do Princípio Vital, da Matéria e da Energia (Átman, Prakriti e Shákti), também conhecido com o nome de Samahara, já referido antes, que é anterior do de verdadeiro Yoga.
O segundo plano é Mahat, o terceiro Manas, já explicado antes, e o quarto Indriya, ou corpo físico.
Pois bem, a primeira condição atômica criada pelo Princípio Vital forma principalmente quatro planos de estrutura atômica.
O primeiro destes planos é o Avyakta que é um estado de fusão do Princípio Vital, da Matéria e da Energia (Átman, Prakriti e Shákti), também conhecido com o nome de Samahara, já referido antes, que é anterior do de verdadeiro Yoga.
O segundo plano é Mahat, o terceiro Manas, já explicado antes, e o quarto Indriya, ou corpo físico.
O explicado anteriormente evidencia que o estado
atômico não se limita exclusivamente ao plano físico, mas também aos outros
três planos que, igualmente, estão formados de matéria.
Portanto, assim como as investigações acerca dos átomos físicos se realizam, utilizando as condições que um laboratório externo oferece, a investigação da estrutura atômica dos outros três deve ser praticada da mesma maneira, exceto que, neste caso, o nosso próprio corpo físico há de ser considerado como um laboratório.
Esta modalidade de investigação é o que se denomina Yoga, com suas diversas leis chamadas Dharmas.
Esta investigação se efetua com a ajuda de sons chamados Bijaksharas e o procedimento que se segue denomina-se Dhyana.
Os resultados são alcançáveis no curso desta mesma existência evolutiva mundial ou Samsara.
Portanto, assim como as investigações acerca dos átomos físicos se realizam, utilizando as condições que um laboratório externo oferece, a investigação da estrutura atômica dos outros três deve ser praticada da mesma maneira, exceto que, neste caso, o nosso próprio corpo físico há de ser considerado como um laboratório.
Esta modalidade de investigação é o que se denomina Yoga, com suas diversas leis chamadas Dharmas.
Esta investigação se efetua com a ajuda de sons chamados Bijaksharas e o procedimento que se segue denomina-se Dhyana.
Os resultados são alcançáveis no curso desta mesma existência evolutiva mundial ou Samsara.
Toda investigação que se empreende é unicamente com o
objetivo de incrementar os conhecimentos e, com isso, a felicidade; entretanto,
só se pode atingir se se parte de uma hipótese correta.
Este espírito de investigação e exame no plano físico é o que tem tido como resultado a considerável produção de comodidades materiais e o seu aproveitamento.
Este espírito de investigação e exame no plano físico é o que tem tido como resultado a considerável produção de comodidades materiais e o seu aproveitamento.
Da mesma forma, o exame e investigação semelhantes no
plano superior ou espiritual conduzem à felicidade Átmica, tanto que a
investigação e exame yogues dão por resultado
atingir a glória, não só no que se refere ao físico e espiritual, mas
também no relativo ao funcionamento cósmico, em virtude do contato Brâhmico
gerado por este Yoga.
Como funciona Chinta
Tudo o que expusemos antes é possível; só depende da
capacidade de investigar que o Jiva que a isso aspira possui.
Com o propósito de incrementar esta capacidade ou Shákti que possuímos, os seres humanos recorrem à reflexão, como passo preliminar, ao estudo e outros meios similares.
Este poder (Shákti) que é o objetivo de Chinta, para começar, recebe o nome de Yoga-Shákti, em sua mais elevada condição, e os aspirantes lhe oferecem sua adoração na forma de Yoga Devi, porque, sem o auxílio desta Shákti, nada, absolutamente nada seria possível alcançar nos diversos planos da existência humana.
Por isso, é de tanta importância invocar esta Shákti, louvando-a com o nome de MA, ou Mãe Divina, e outros mais.
Com o propósito de incrementar esta capacidade ou Shákti que possuímos, os seres humanos recorrem à reflexão, como passo preliminar, ao estudo e outros meios similares.
Este poder (Shákti) que é o objetivo de Chinta, para começar, recebe o nome de Yoga-Shákti, em sua mais elevada condição, e os aspirantes lhe oferecem sua adoração na forma de Yoga Devi, porque, sem o auxílio desta Shákti, nada, absolutamente nada seria possível alcançar nos diversos planos da existência humana.
Por isso, é de tanta importância invocar esta Shákti, louvando-a com o nome de MA, ou Mãe Divina, e outros mais.
A reflexão (Chinta), a que se recorre para adquirir
esta energia (Shákti), se diz que segue certa direção para cinco objetivos
diferentes.
Como já foi exposto, Chinta pertence à categoria de funcionamento subjetivo
(Nivritti), e, por norma, tende a conservar e aumentar as nossas capacidades e
energias, da mesma maneira que Pravritti tende a dissipá-las.
Ante o fato de que, durante a existência evolutiva do homem, suas energias e capacidades estão em perpétuo desgaste e decadência, é-lhe aconselhado recorrer, voluntariamente, à Nivritti como meio de compensar a perda.
Tendente a isto, a natureza impôs ao homem o recurso do sono, que contribui para conservar o equilíbrio dia após dia, mas que jamais poderá impedir o enfraquecimento de suas energias em sua totalidade, à medida que os anos vão passando.
Em contrapartida, a reflexão – Chinta – é o primeiro passo encaminhado para deter esse desgaste e aumentar as nossas energias, como também para adquirir novas forças.
Qualquer um poderá verificar isto por experiência; entretanto, isto pressupõe que já se possuam os conhecimentos precisos.
Ante o fato de que, durante a existência evolutiva do homem, suas energias e capacidades estão em perpétuo desgaste e decadência, é-lhe aconselhado recorrer, voluntariamente, à Nivritti como meio de compensar a perda.
Tendente a isto, a natureza impôs ao homem o recurso do sono, que contribui para conservar o equilíbrio dia após dia, mas que jamais poderá impedir o enfraquecimento de suas energias em sua totalidade, à medida que os anos vão passando.
Em contrapartida, a reflexão – Chinta – é o primeiro passo encaminhado para deter esse desgaste e aumentar as nossas energias, como também para adquirir novas forças.
Qualquer um poderá verificar isto por experiência; entretanto, isto pressupõe que já se possuam os conhecimentos precisos.
Para aqueles que recorrem à reflexão, os cinco
objetivos ou direções que esta segue são:
1.- Vibhuti-chinta, que vai dirigida à felicidade (sukha), de diversas
classes, tais como prakrita
(material), atmiya
(espiritual), ou Suddha
(transcendental).
2.- Gnana-chinta, relacionada com a aquisição do conhecimento dessa
ciência que facilita a felicidade.
3.- Sankalpa-chinta, dirigida à execução de atos motivados por nossos
próprios desejos.
4.- Karma-chinta, quando se traça um plano de ação para conseguir um
determinado resultado.
5.- Brahma-chinta, abarca todos os anteriores, vivificando-os,
orientados todos a Brahm, a grande Fonte de Origem de tudo quanto existe. Este Brahma-chinta é o que se conhece com o nome de Dhyana, ou meditação.
Pela constante reflexão e meditação nesta Fonte de
Origem, e ocupando-se de atividades em sintonia com ela, depois de um tempo, os
homens recuperam, gradualmente, a memória de seu esquecido grau divino, o qual,
por sua vez, não só lhe estimula a buddhi (intelecto), co-auxiliando para um funcionamento
sadio na existência evolutiva, como também gera o que se denomina dhriti, a energia unificadora, ou Yoga-Shákti, mediante a qual se consegue tomar
contato com o estado Paramátmico, que lhe permitirá uma maior elevação de
funções.
O Manas Tríplice
Antes de começar a explicar o verdadeiro processo de
Dhyana como tal, devemos nos aprofundar um pouco mais na natureza de Manas,
veículo onde funciona a meditação.
Manas se divide em três partes: Asuddha, impuro; Suddha, puro; e Brahma ou transcendente. Esta divisão do Manas possui também a tríplice modalidade de reflexão a
que já nos referimos. Vejamos:
Por meio de Saguna-Dhyana, toma-se contato com a
forma Saguna no Asuddha-Manas.
Pelo Nirguna-Dhyana, toma-se contato com a forma Nirguna no Suddha-Manas e, por meio de Suddha Dhyana,
consegue-se tomar contato com a forma Paramátmica no Brahma-Manas.
De acordo com o que foi recentemente exposto, o
estado de transe meditativo (Samadhi), ou equanimidade, é o seguinte: Savikalpa (com forma), Nirvikalpa (imanente) e Suddha (transcendente), respectivamente.
Os movimentos do Jiva evolucionante correspondem, em geral, à Pravritti, a
Nivritti ou a Suddha, e a glória resultante (ananda) é Pravibhakta (de desapego, mas alternando-se
com a dor), Karanananda
(glória átmica), ou Suddhananda
(êxtase transcendente).
Na obtenção destes resultados, quer sejam estes de
ordem material, espiritual ou transcendental, a firmeza de propósitos, que é a
que assinala a linha de ação para chegar a esta realização, ocorre unicamente
neste plano Manas, e como é somente por intermédio do Manas que são
impulsionados todos os atos e obtidos os resultados, costuma designá-lo como o
próprio Ishwara. Porém, estes resultados dependem do grau de pureza de Manas,
pois somente assim se consegue desenvolver a firmeza mental que dará origem a
todos os atos correspondentes.
A pureza mental mencionada aqui não deve ser confundida
com o que já denominamos Suddha-Manas.
Este se refere ao veículo que gera a felicidade
proveniente do contato atingido com o nível Nirguna da Divindade, enquanto que
aquela (a pureza mental) é referente à maneira de atuar em determinada linha de
conduta, quer seja esta pessoal (sat) ou impessoal (asat), pura (dévica) ou de ordem inferior (asúrica).
Neste caso, a atitude de firmeza mental se deve à
pureza de Manas, atitude que é toda o contrário dessas pessoas de natureza
vacilante, instável e desconfiada, incapazes de resolver atuar em determinado
sentido. Este estado mental é semelhante
ao que se abateu sobre Arjuna na véspera da batalha e, por isso, se considera
impuro (asuddha).
Esta classe de pureza mental diz respeito à ação seja
lá qual for. Porém, só para a ação depende da amplitude dos conhecimentos que
se conseguiu adquirir quanto à maneira de executar tal ação. E esta classe de
pureza nada tem a ver com a realização das virtudes divinas transcendentes
Saguna, Nirguna e Suddha, obtidas mediante a meditação (Dhyana).
Com o que foi exposto, está claramente estabelecido
que a pureza de Manas, no que diz respeito à ação e à pureza de Manas para
alcançar a realização divina, são duas fases muito diferentes. É preciso por
muita atenção a isto e saber diferenciá-las.
O processo da Meditação – Dhyana
Vamos agora expor como é o próprio processo de Dhyana
que ocorre no plano de Manas.
Dhyana consiste em reunir todos os pensamentos
díspares, contrapostos, dispersos etc. e anulá-los mentalmente em Brahm, que é
a Fonte Única Universal. Feito isto, deve-se manter neste estado durante um
tempo de acordo com as nossas possibilidades, mas sem se forçar.
Em seguida, deixam-se esses pensamentos ligados que se retornem ao seu estado anterior de diversidade. Este processo deve ser repetido de maneira lenta, segura e incessante até que, finalmente, a fusão (laya) desses pensamentos.
Em seguida, deixam-se esses pensamentos ligados que se retornem ao seu estado anterior de diversidade. Este processo deve ser repetido de maneira lenta, segura e incessante até que, finalmente, a fusão (laya) desses pensamentos.
Para o principiante, este processo resultará
fatigante e até provocativo; inclusive, poderá se tornar sensivelmente
impossível, porque, quando se procura desviar para o interior, o Manas que, em
geral, está dirigido para o mundo exterior, naturalmente se revolta.
Por isso, aqueles que abriguem o propósito de se dedicar a esta prática, fariam muito bem em ter permanentemente presentes estas palavras pronunciadas pelo Senhor:
Por isso, aqueles que abriguem o propósito de se dedicar a esta prática, fariam muito bem em ter permanentemente presentes estas palavras pronunciadas pelo Senhor:
“Lenta e gradualmente aquietado”
– sani sanihi uparamet”.
A tranquilização de Manas só se poderá atingir, de
maneira eficiente, se previamente o discípulo assimilar conhecimentos de
síntese – buddhya
drithi visuddhaya.
Possuindo tais conhecimentos, as dificuldades iniciais são superadas facilmente quando se pratica Dhyana e a prática resulta simples, o que entusiasma também o aspirante.
Possuindo tais conhecimentos, as dificuldades iniciais são superadas facilmente quando se pratica Dhyana e a prática resulta simples, o que entusiasma também o aspirante.
Durante o Dhyana, não se requer pensar, mas sim
evocar, frequentemente, a ideia de que todos os fatores visíveis e invisíveis
da existência, em sua totalidade e sem nenhuma exceção, emanaram da Suprema
Fonte Única e com ela haverão de convergir.
Ao praticar isso, há de se visualizar, de acordo com as explicações já apresentadas, um quadro mental dessa Fonte Única, quer seja da forma Saguna, Nirguna ou Suddha.
O quadro que se visualize dependerá, por certo, da índole do indivíduo e do objetivo a que se propõe. Não importa qual seja a forma, o importante é que esteja presente a ideia de que ela é a Origem Única e Última.
Em geral, para a maioria dos seres humanos, será apresentada a forma Saguna, e os principiantes farão muito bem em preferir unicamente esta forma para começar, não obstante o que lhes tenham ensinado outras escolas acerca das demais formas.
Como as formas Nirguna e Suddha correspondem a aspectos mais sutis e intensos da Divindade, pode-se evocá-los com bons resultados mais adiante, na medida em que se progride.
Ao praticar isso, há de se visualizar, de acordo com as explicações já apresentadas, um quadro mental dessa Fonte Única, quer seja da forma Saguna, Nirguna ou Suddha.
O quadro que se visualize dependerá, por certo, da índole do indivíduo e do objetivo a que se propõe. Não importa qual seja a forma, o importante é que esteja presente a ideia de que ela é a Origem Única e Última.
Em geral, para a maioria dos seres humanos, será apresentada a forma Saguna, e os principiantes farão muito bem em preferir unicamente esta forma para começar, não obstante o que lhes tenham ensinado outras escolas acerca das demais formas.
Como as formas Nirguna e Suddha correspondem a aspectos mais sutis e intensos da Divindade, pode-se evocá-los com bons resultados mais adiante, na medida em que se progride.
Para muitas pessoas, poderá parecer pouco conveniente
esta insistência na forma após a ideia; não são uma exceção nem sequer as pessoas
educadas que estão acostumadas a pensar sobre ideias nascidas de sua própria e acalorada
imaginação; e, mais ainda, para outros poderá parecer que isto é uma espécie de
auto-sugestão. Ajudá-los, parece-nos impossível.
O único meio, que nos permitirá conhecer a verdade, é o processo alcançado por meio das práticas feitas com toda devoção e a firme resolução de atingir o objetivo ansiado.
Assim como o maior gigante da vida materialista é só uma criança em questões espirituais, assim também o maior gigante espiritual é um simples bebê no que se refere às verdades transcendentais do Suddha Brahm.
O único meio, que nos permitirá conhecer a verdade, é o processo alcançado por meio das práticas feitas com toda devoção e a firme resolução de atingir o objetivo ansiado.
Assim como o maior gigante da vida materialista é só uma criança em questões espirituais, assim também o maior gigante espiritual é um simples bebê no que se refere às verdades transcendentais do Suddha Brahm.
A prática de reduzir o múltiplo à unidade e
vice-versa está magistralmente expressa no GITA:
“quando o
aspirante consegue perceber a multiplicidade concentrada na Unidade e, por sua
vez, emanando e irradiando desta, então terá compreendido Brahm”.
“yada
bhuta prithak bhavam ekatwan anupasyati tada evacha vistaram Brahma sampadyate
tada”.
Brahm é o
mais excelso estado a que se pode aspirar.
A prática
mental de reduzir a diversidade à unidade e vice-versa leva o nome de Ptanyama, a qual já foi objeto de estudo em
outra oportunidade.
Dhyana começa
quando, como resultado desta prática, se atinge, no Manas, o estado de fusão
denominado laya e, como
resultado, se obtém, a visão das beatitudes (vibhutis) Brâhmicas.
Este êxito de visão se denomina tecnicamente Sakshátara, ou seja, o contato com a forma em que se meditou.
Este êxito de visão se denomina tecnicamente Sakshátara, ou seja, o contato com a forma em que se meditou.
No princípio,
este contato será só momentâneo; porém, sua duração irá aumentando com a
prática. Pode-se afirmar ser este o ponto de partida do que se chama “atingir a
Brahm” (Brahma
sampadyate). Começa com seu aspecto Saguna,
como Samsarátman,
ou Jivátman,
representado idealmente por Rama ou Krishna. Daí, ao seu aspecto Nirguna, como
Sakshi, ou testemunha que tem a dimensão do nosso dedo polegar (angushta matra purusha).
Daí em diante, é uma interminável aproximação a Brahm – o contato atingido com o Suddhátman, ou Satchitanandarupa (forma de sabedoria, Verdade e Glória). Isto assegura ao discípulo-aspirante um grau dentro da Hierarquia Divina da SUDDHA DHARMA MANDALAM, cujo Supremo Diretor é Bhagavan Sri Naráyana.
Daí em diante, é uma interminável aproximação a Brahm – o contato atingido com o Suddhátman, ou Satchitanandarupa (forma de sabedoria, Verdade e Glória). Isto assegura ao discípulo-aspirante um grau dentro da Hierarquia Divina da SUDDHA DHARMA MANDALAM, cujo Supremo Diretor é Bhagavan Sri Naráyana.
Resultados Gerais de Dhyana
Os benefícios
obtidos por aqueles que se dedicam à modalidade correta de meditação são
múltiplos e de vastas projeções.
Destes benefícios, o mais importante é a purificação de todos os veículos (corpos) (bhutasuddhi): significa que a estrutura atômica de nossos veículos mortais vai se refinando ou se sutilizando cada vez mais, aumentando, assim, a sua sensibilidade para captar as forças superiores, e isto traz consigo a glória.
O ser humano consegue a longevidade; é amado por todos e, em consequência, chega a ser supremo; incrementam-se suas energias físicas, como também seus poderes mentais e intelectuais; seu aspecto se torna juvenil; desenvolve uma percepção amplíssima e, com ela, todas aquelas virtudes que trazem consigo o funcionamento divino.
Também atinge, sem sombra de dúvidas, a recordação de suas vidas passadas. Enfim, cumprem-se todas as aspirações daquele que se dedica às práticas de meditação.
Destes benefícios, o mais importante é a purificação de todos os veículos (corpos) (bhutasuddhi): significa que a estrutura atômica de nossos veículos mortais vai se refinando ou se sutilizando cada vez mais, aumentando, assim, a sua sensibilidade para captar as forças superiores, e isto traz consigo a glória.
O ser humano consegue a longevidade; é amado por todos e, em consequência, chega a ser supremo; incrementam-se suas energias físicas, como também seus poderes mentais e intelectuais; seu aspecto se torna juvenil; desenvolve uma percepção amplíssima e, com ela, todas aquelas virtudes que trazem consigo o funcionamento divino.
Também atinge, sem sombra de dúvidas, a recordação de suas vidas passadas. Enfim, cumprem-se todas as aspirações daquele que se dedica às práticas de meditação.
Os Hierarcas
dos processos evolutivos mundiais, tais como Brahma, Vishnu e Maheshwara, com
outros mais, alcançaram, exclusivamente por meio do Dhyana Yoga, o elevado grau
de Adeptos no que se relaciona com suas respectivas funções.
Tão-só por meio de Dhyana, sabem introduzir, eficazmente, toda medida que seja necessária para o bem-estar dos mundos; podem, ainda, continuar indefinidamente as suas funções.
Tão-só por meio de Dhyana, sabem introduzir, eficazmente, toda medida que seja necessária para o bem-estar dos mundos; podem, ainda, continuar indefinidamente as suas funções.
Seres humanos
de grande eminência, entregues às práticas meditativas, conseguem tomar contato
com a Brahma-Shákti, que é a fonte de poder e energia única, eterna e
imperecível.
Desta forma,
a meditação, quer seja da modalidade Saguna, Nirguna ou Suddha, é para os
Yogues e Devotos, como também para os Sábios, o único meio para alcançar
elevadíssima e máxima auspiciosidade. O resultado para os Devotos é a
realização de Deus; os Sábios e Filantropos alcançam a grande paz; para aqueles
que estão se desempenhando no vasto processo evolutivo mundial, a meditação
traz liberação.
Os Gnanis alcançam a Glória Eterna; os Yogues alcançam facilmente o estado de Samadhi; enquanto que os Vedantinos conseguem adquirir a natureza brâhmica.
Em realidade, a meditação é o único e mais adequado meio para capacitar os seres humanos a realizar os grandes Purushartas, denominados, respectivamente, dharma, artha, kama, moksha e prapty, já referidos por nós.
Os Gnanis alcançam a Glória Eterna; os Yogues alcançam facilmente o estado de Samadhi; enquanto que os Vedantinos conseguem adquirir a natureza brâhmica.
Em realidade, a meditação é o único e mais adequado meio para capacitar os seres humanos a realizar os grandes Purushartas, denominados, respectivamente, dharma, artha, kama, moksha e prapty, já referidos por nós.
Por isso, se
exorta a todos e a cada um que pratiquem Dhyana, pois conhecerão, assim, os
excelentes benefícios que traz consigo, por meio do estudo devido, com um
conceito legítimo proveniente deste estudo, e desempenhando os atos que lhes
cabe executar.
Estes três são requisitos necessários para uma meditação plena de êxito.
Estes três são requisitos necessários para uma meditação plena de êxito.
Que o Ishwara, entronizado no coração de todos os
seres, impulsione e conduza todos pelo Suddha Dhyana e Suddha Yoga até alcançar
a Grande Realização: o SUDDHA BRAHM!
AUM : TAT : SAT : OM