Don Benjamín Guzmán Valenzuela
3 de novembro de 1929
Seguindo o fio de minhas
conferências anteriores, vou explicar três palavras que se encontram na Filosofia
Hindu. A primeira é PRAKRITI, que significa “Matéria”; a segunda, ATMAN, que
significa “Espírito”; e, a terceira, PURUSHA, que significa “Consciência”.
PRAKRITI (“Matéria”): os
Mestres da Índia ensinam que a matéria não teve princípio e que não terá fim. O
Cosmos está cheio de matéria e essa matéria sofre contínuas transformações, mas
não se desmaterializa jamais.
Pode o gelo se converter em
água, a água em vapor, em nuvens, as nuvens podem se converter em oxigênio, em
hidrogênio, mas a matéria segue cada vez mais sutil. Do estado mais sutil ao
mais denso, o primeiro que temos de ter em conta é que a matéria consta de
partes, já as chamamos moléculas, átomos ou partículas. Todos os átomos estão
formados de éteres denominados Tattvas. Todos os tattvas (ou toda a matéria)
têm uma origem comum, de um único Tattva, de uma única matéria se diferenciam
todos os tipos que vemos. Este Tattva do qual tudo se forma é o que se chama
Akasha. O Akasha, como é matéria, consta de partes e cada parte de Akasha
(átomo akáshico) vibra de 24 maneiras diferentes. Vocês recordam que eu disse
que os Vedas tinham como chave o número 24; essas 24 maneiras ou formas que têm
de vibrar os átomos de Akasha produzem 24 tipos de matéria, conforme vibra um
átomo mais repetido ou menos, em um sentido ou em outro, nossos sentidos o
percebem de diferentes formas. Isso explicarei quando eu expuser mais
internamente os éteres. As 24 formas de vibrar do Akasha se agrupam em cinco
grupos principais:
Do primeiro grupo de onde
nascem todos os demais, leva o seu nome, o grupo akáshico.
·
O Akasha produz
principalmente sons; quando vibra esse plano ou o átomo akáshico produz o som.
·
Em seguida, vem
o Tejas Tattva, ou seja, quando vibra o átomo de Akasha com uma velocidade tal
que para nós produz luz ou calor.
·
Na sequência, vem
o outro grupo chamado Vayu, que produz os gases, toda a matéria gasosa está
composta por aquela vibração do Akasha, chamada Vayu.
·
Seguindo, entramos
em outra divisão, que se chama Apas Tattva.
·
E, por último,
temos Pritivi.
Cada um desses modos de vibrar
o éter akáshico nos permite desenvolver certos sentidos.
Assim, Pritivi nos permite
desenvolver o tato, Apas o sentido do gosto, Vayu nos permite o cheiro, Tejas
nos dá a visão e Akasha nos permite ouvir.
Temos então: tocar, sentir, cheirar,
ver e ouvir. Quando se examinam esses éteres que reunimos em cinco partes,
vemos que seu modo de atuar se divide em sete partes cada um; daqui surge a
chave do número 7 da Bíblia, mas em certo sentido porque como vimos há vários.
O mais conhecido desses éteres que se pode comprovar facilmente é o Tejas Tattva,
que corresponde às sete cores fundamentais. Poderia se mesclar uma cor com
outra, mas as cores são sempre sete. Em seguida, no éter sonoro (o Akasha)
também encontramos os sete sons. Os sons fundamentais são sete, podem se
mesclar os sons, mas sempre serão sete; poderá tocar o tom mais alto, mais
baixo, mas a onda será a mesma.
Basta saber então que Pritivi,
principalmente, se diferencia dos demais éteres que vamos estudar e que se
divide em partes; a matéria é atômica, é molecular, desde seu grau mais denso
ao mais sutil. Um átomo da matéria densa pode ser sutilizado cada vez mais, mas
chegando ao Akasha, ali já não podemos sutilizar. Mas através de todos esses
átomos, moléculas e partículas que formam os corpos, existe outra coisa que é
como uma luz que ecoa em todo o universo e essa luz que não contém partes, é o
que se chama Atman (o Espírito). Essa é a segunda palavra sânscrita que queria
explicar: Atman, o Espírito. O Espírito, tampouco, teve princípio nem terá jamais
fim; é, segundo o que chamam os Brâmanes, o Maha Tattva (o Supremo de Todos os
Éteres); mas se diferencia de todos os demais, porque não se divide em partes; é
substância única, indivisível, que tudo compenetra, preenchendo o Absoluto e
preenchendo o Infinito. Essa Luz, esse Atman, esse Espírito Universal é o que
sustenta todos os mundos, toda a matéria podemos dizer, como flutuando dentro
do Atman, supondo que são milhões de esponjas compenetradas de água; a esponja
seria a matéria, a água seria a luz do Atman. Essa Luz, esse Atman ou esse Éter,
o Espírito infinito é o que empresta qualidades à matéria. A matéria por si
mesma não tem qualidades, seu movimento, a vida que tem, toda a ordem material
está baseada em sua raiz, que é o Atman.
Um exemplo: se olhamos a lua
cheia com todo o seu brilho. Esse brilho da lua é uma qualidade emprestada pelo
sol, ainda que nós não vejamos o sol; assim, todas as qualidades da matéria são
emprestadas pelo Atman, mesmo quando não vemos o Atman. Um exemplo além desse
da lua, poderia ser os raios-X. Não são exemplos precisos, mas para dar uma
ideia, nós não vemos os raios-X; podem ser vistos quando há uma coisa ou
matéria que obstaculiza o seu caminho. Tudo o compenetra sem se destruir. E,
além disso, pondo o similar dos raios-X, o Atman ou o Espírito que compenetra
tanto o sagrado quanto o profano, o santo como o imundo, está em todas as
partes, dando suas qualidades, mas permanecendo sempre puro.
Se os raios-X compenetram todo
o nosso corpo ou qualquer outra matéria, a energia é igual permanecendo pura,
mesmo quando atravessa todas as impurezas de nosso organismo. Devem então vocês
pensar o que é o Atman ou o Espírito Divino: uma coisa, uma substância
indivisível; estende-se por todo o infinito e nos está compenetrando a todos.
Toda a matéria se move, todos os mundos, mas o Atman está fixo, imutável,
sereno e puro. Dentro, ou mais além, ou como resultado ou qualidade do Atman
está o Purusha, ou seja, a Consciência.
Vamos explicar outra palavra.
Explicamos a primeira, que coisa é, explicamos também que é o Atman (Espírito)
e agora vamos explicar o Purusha (Consciência). Essas três palavras se
encontram continuamente dentro da Filosofia Hindu. O Purusha é a Suprema
Consciência, é Deus. Assim como nosso Espírito (Atman) está compenetrando todo
o nosso ser e dentro desse Atman há uma Consciência que está em todas as partes
igualmente, o Purusha está na mesma forma em todo o universo, atuando por meio
do Atman (Espírito). Esse Purusha Universal (Espírito Universal) está através
de todas as formas, desenvolvendo em cada forma qualidades distintas chamadas Purushartas
e que são em número de quatro.
Se vocês compreendem que a
Consciência Universal está em todas as partes, essa Consciência Universal está
se manifestando no átomo ou no elétron, ou no que vocês quiserem; está se
manifestando na forma apropriada que essa matéria lhe permite manifestar, não
há nada no Universo que não seja vivificado pela Consciência Divina, tudo está
vivo.
O Caibalion[1],
por exemplo, diz que tudo no Universo é mente, é sabedoria, é consciência. Essa
consciência que se vai desenvolvendo em quatro partes, explicarei em outra
conferência, porque o tema de hoje será passado assim, em geral, basta que vocês
se deem conta que a Consciência Infinita está dando a vida a todos os seres,
não somente a nós, que já somos seres mais superiores, mas até o menor átomo
está compenetrado da Consciência Divina e se manifesta na forma adequada ao
átomo no qual reside.
Estes átomos de Akasha, quantos
são? Serão milhões de milhões?, quantos serão? São infinitos, porque o espaço é
infinito e como eles no Infinito são infinitos, não têm fim. Então, esses
átomos, devido ao encadeamento das causas e efeitos começam a vibrar em
determinadas formas. Começa a vibrar mais ou menos forte a Consciência nesse
átomo que estava adormecido, mas não estava morto; desde o princípio nunca
havia deixado de ser. Por isso, nós, como veremos depois, não tivemos nem
princípio e como tal, tampouco, teremos fim. O que não teve princípio não pode
ter fim. Diz a filosofia vedanta: “O que tem princípio tem fim”. Esse átomo de
Akasha que começa a vibrar ou a tomar distinta vibração da que tinha em seu
estado latente, mas com vida, faz atrair a si mesmo maior ou menor quantidade
de matéria akáshica (sonora). Coloquemos, por exemplo, uma pessoa que dorme:
está a Consciência nela, mas está ali quieta; está como morte, mas a vida está
nela. Então, o encadeamento das causas e efeitos da vida, um golpe, um ruído,
uma luz que se acende, faz despertar para que recorra à vida. Quando o átomo de
Akasha viaja, todos os Sons, sua vibração fica mais lenta e sua lentidão o faz
converter-se em Tejas; viaja pelos sete graus das cores, conhece todos... da
luz, da cor e começa a fazer parte dos gases, viaja por todos os... desse plano
e chega ao da água, depois a Pritivi. Viaja por todos os graus da matéria.
Viaja pelo reino mineral em todos os seus aspectos. Um átomo vai se convertendo
em terra, em cobre, em ouro etc. Mas uma vez que viajou por todo o reino
mineral vai fazer parte do reino vegetal. O átomo, que não vibra da matéria que
vai ingressar no reino vegetal, não absorve planta alguma. Em seguida, ao reino
vegetal, os animais absorvem os vegetais e se esse átomo estiver preparado para
passar ao reino animal, começa a fazer parte do corpo do animal, se faz carne
animal.
Aquele átomo já vinha tomando
consciência. Depois de passar por todo o reino animal desde o mais ínfimo dos
micróbios até o mais alto dos animais, então entra aquele átomo que vibra, que
pode receber a Consciência Divina, começa a fazer parte do reino humano. Seria
conveniente dizer mais ou menos como se faz, mas vou explicar outra coisa. Não
creiam que aqui termina a evolução; não, esse átomo, ou como o denominam os Brâmanes,
que começa a fazer parte do ser humano, é o que a Consciência cristaliza,
quando vibrou na forma mais alta a que se pode chegar dentro do reino humano,
deixa o reino humano e entra em outro reino: o reino dévico.
Nesse reino dévico chega a ser
Anjo e quando termina a sua evolução de anjo segue a Arcanjo e daí segue a
Querubim. Isto é, como podemos dizer, a Escada de Jacó: alguns sobem, outros
descem, nunca acaba.
Claro que o reino humano também
tem a sua evolução. Como vocês sabem, desde o selvagem até o sábio todos
progridem. Assim como a molécula, o que separa do reino animal, como disse que
vai passando desde a forma mais inferior até a mais superior, como nos animais,
acontece com o homem. Desde o selvagem até o sábio, todos progridem, passam do
grau mais inferior ao mais elevado.
Diz-se, como vocês já ouviram,
que o animal não tem alma. Isso é correto até certo ponto, mas sob outro
aspecto errôneo. O animal não tem alma própria, individualizada, como podemos
dizer, somos exclusivamente responsáveis. Não. A alma do animal é uma espécie
de nuvem. A vibração dos átomos se junta em uma grande nuvem, e essa nuvem se
une ao corpo do animal; existe a comunhão dos átomos dentro daqueles átomos de
animais. Um animal quando nasce recebe um destes átomos e uma parte desses
átomos o segue penetrando, dentro do ser lhe dá uma consciência, mas própria,
senão que a consciência coletiva. Por isso, é que desde que nasce se nota o
instinto de cada um. Um pintinho, desde que nasce come; sabe que tem que comer
como se já tivesse vivido; porque a alma coletiva está trabalhando em forma de
pintinho. O pato, desde que nasce vai para a água. Isso é o que se chama
instinto. Um animal superior, por exemplo, quando chega a entrar em uma alma de
cachorro ou gato já está em um reino superior. Esse animal, um cachorro, por
exemplo, está unido por esse cordão sutil à alma que lhe está dando o instinto,
que lhe dá a sua inteligência. Mas não somente um cachorro, senão que cem ou
duzentos cachorros estão se alimentando dessa alma como se fosse um grande
polvo. Todos os animais que vivem dependem dessa alma-grupo e vibram com cores
que... devido a isso, a alma-grupo vai vibrando de diferentes formas. A alma-grupo
de um animal tem uma cor e a outra tem outra cor, depende... mas pode chegar um
momento em que um cachorro por um castigo que seu dono vai lhe dar, o temor
seja tão imenso, como às vezes acontece que o dono lhe pega até matá-lo, essa
dor do animal vibra de tal forma que não consegue resistir e se rompe; é como
um vidro que quando pisamos se quebra e surgindo vários pedaços. Como disse com
a dor, igual passa com o amor, com as carícias. O animal vibra de amor e pode
vibrar de tal forma, que essa vibração o destrói, parte, quebra. Uma vez
cortado o fio, o animal morre; seja por amor ou por dor, porque já vibrou muito
forte. É como uma árvore que dá frutos, mas alguns amadurecem porque tiveram
mais sol, mas outros ainda estão verdes. O menor vento lança os frutos maduros,
mas os verdes ficam na árvore. O animal que não alcança seu desenvolvimento
fica, mas o que o alcança se desprende; teve cortado o fio que unia o animal
com a alma do grupo. Então, aquele átomo que já não é... quando se corta de
todas as emoções que teve quando foi animal, toda a parte que tomou do Astral
fica vibrando no átomo akáshico. Com essas qualidades animais começa a fazer
parte do reino humano. Vai até aquela mãe, pai ou raça que o recebe, que têm
seu corpo semelhante aos animais. Não direi seu corpo físico, senão seu corpo
sutil. A eles vai o ego que acaba de se individualizar. Esta entrada do animal
no reino humano não se faz como muitos poderiam crer na tribos da África, em
tribos muito selvagens, animais; nos subúrbios, nos pais degenerados, com
instintos animais, com ideias pequenas, ali esses seres encontram a sua
vibração similar e acabam por ficar.
Ficaria muito tarde seguir com
a explicação, como a evolução segue, mas creio que nessa ocasião fiz uma
síntese um pouco clara a respeito da vida até chegar ao ser humano. Fiz uma
síntese a mais clara possível e espero no próximo domingo a tenham em mente
para podermos entrar na evolução do conhecimento, do desejo e da ação da espécie
humana.
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Texto traduzido a partir do
original em espanhol por Jaimini Dasa (Robson Gimenes),
Emissário (Acharya), do
Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam.
MATERIA, ESPÍRITU Y
CONSCIENCIA
Don Benjamín Guzmán Valenzuela
3 de noviembre de 1929
Siguiendo el hilo de mis conferencias
anteriores, voy a explicar tres palabras que se encuentran dentro de la
Filosofía Hindú. La primera es PRAKRITI
que significa materia, la segunda ATMAN, que significa espíritu; la tercera
PURUSA que significa conciencia.
PRAKRITI o Materia, enseñan los Maestros de la
India que la materia no ha tenido principio y que ella no tendrá fin. El Cosmos está pleno de materia, esta materia
sufre continuas transformaciones, pero no se desmaterializa jamás.
Puede el hielo convertirse en agua, el agua en
vapor, en nubes, las nubes pueden convertirse en oxígeno, en hidrógeno, pero la
materia sigue cada vez más sutil. Del
estado más sutil al más denso, lo primero que hay que tener en cuenta es que la
materia consta de partes, ya las llamemos moléculas, átomos o partículas. Todos los átomos están formaos de éteres
denominados Tattvas, todos los Tattvas o toda la materia tiene un origen común,
de un solo Tattva, de una sola materia se diferencian todas las clases que
vemos. Este Tattva del cual todo se
forma es el que se llama Akasha. El
Akasha, como es materia consta de partes y cada parte de Akasha o átomo
Akáshico vibra de 24 maneras diferentes.
Recordaran ustedes que dije que los Vedas tenían de clave el número 24;
estas 24 maneras o formas que tienen para vibrar los átomos de Akasha producen
24 clases de materia, según como vibre un átomo más repetido o menos, en un
sentido o en otro, nuestros sentidos lo perciben en diferentes formas. Esto lo explicare cuando explique más internamente
los éteres. Las
24 formas de vibrar el Akasha se agrupan en cinco grupos principales:
Del primer grupo de donde nacen
todos los demás, lleva su nombre, el grupo Akáshico.
·
El Akasha produce
principalmente sonidos; cuando vibra ese plano o el átomo Akáshico produce el
sonido.
·
Enseguida viene el
Tejas Tattva o sea cuando vibra el átomo de Akasha con una velocidad tal que
para nosotros produce luz o calor.
·
Enseguida viene el otro
grupo llamado Vayú. Este Vayú produce
los gases, toda la materia gaseosa está compuesta por aquella vibración del
Akasha que se llama Vayú.
·
Enseguida entramos a
otra división que se llama Apas Tattva.
·
Y por último tenemos el
Pritivi.
Cada uno de estos modos de vibrar el
éter Akashico, nos permite desarrollar ciertos sentidos.
Así el Pritivi nos permite
desarrollar el tacto, el Apas el sentido del gusto, el Vayú nos permite oler,
el Tejas nos da la vista y el Akasha nos permite oír.
Tenemos entonces: palpar, gustar,
ver, oler y oír. Cuando se examinan estos éteres que hemos reunido en cinco
partes vemos que su modo de actuar es en siete partes cada uno; de aquí viene
la clave del número 7 de la Biblia, pero en cierto sentido porque como hemos
visto hay varios. El más conocido de
estos éteres que se puede comprobar fácilmente es en el Tejas Tattva que
corresponde a los siete colores fundamentales.
Podría mezclarse un color con otro, pero los colores son siempre
siete. Enseguida en el éter sonoro o el
Akasha también encontramos los 7 sonidos.
Los sonidos fundamentales son 7, se pueden mezclar los sonidos, pero
siempre serán 7; podrá tocar el tono más alto, más bajo, pero la onda será la
misma.
Basta saber entonces que el Pritivi o la
materia principalmente se diferenciar de los demás éteres que vamos a estudiar
en que consta de partes; la materia es atómica, es molecular, desde su grado
más denso al más sutil. Un átomo de la
materia densa lo podemos ir sutilizando cada vez más, pero llegando al Akasha,
allí ya no podemos sutilizar. Pero a
través de todos estos átomos, moléculas y partículas que forman los cuerpos,
existe otra cosa que es como una luz que trasminara todo el universo y esta luz
que no consta de partes es lo que se llama el Atman o el Espíritu. Esta es la segunda palabra sánscrita que
quería explicar; el Atman, el Espíritu.
El espíritu tampoco ha tenido principio, ni tendrá jamás fin, es según
lo llaman los Brahmanes el Maha Tattva o el supremo de todos los éteres; pero
se diferencia de todos los demás porque no consta de partes; es una sustancia
única, indivisible que todo lo compenetra llenando el absoluto, llenando el
infinito. Esta luz, este Atman, este
Espíritu Universal es lo que sostiene todos los mundos, toda la materia esta se
puede decir, como flotando dentro del Atman, suponed que son millones de
millones de esponjas compenetradas de agua; la esponja sería la materia, el
agua sería la luz del Atman. Esta luz,
este Atman o este éter infinito, el Espíritu infinito es lo que le presta
cualidades a la materia, la materia por si misma no tiene cualidades, su
movimiento, la vida que tiene, todo el orden material está basado en su raíz
que es el Atman. Un ejemplo: si miramos
la luna llena con todo su brillo, el brillo de la luna es una cualidad prestada
por el sol, aunque nosotros no veamos el sol; así, todas las cualidades de la
materia son prestadas por el Atman, aun cuando no veamos el Atman. Un ejemplo además de este de la luna podría
ponerse con los rayos X. no son ejemplos
precisos, pero para dar una idea, nosotros no vemos los rayos X; se vienen a
ver cuando hay una cosa o materia que obstaculiza su paso. Todo lo compenetran sin destruirse. Y además poniendo el similar de los rayos X,
el Atman o el Espíritu que compenetra tanto lo sagrado como lo profano, lo
santo como lo inmundo, está en todas partes dando sus cualidades, pero
permaneciendo siempre puro.
Si los rayos X compenetran todo nuestro cuerpo
o cualquier otra materia, la energía es igual permaneciendo pura aun cuando
atraviese todas las impurezas de nuestro organismo. Deben entonces ustedes pensar lo que es el
Atman o el Espíritu Divino: una cosa, una substancia indivisible; se extiende
por todo el infinito y nos está compenetrando a todos. Toda la materia se mueve, todos los mundos,
pero el Atman está fijo, inmutable, sereno y puro. Dentro, o más allá o como resultado o
cualidad del Atman está el Purusha o sea la Conciencia.
Vamos a entrar a explicar la otra palabra,
hemos explicado la primera, que cosa es, explicamos también que es el Atman o
Espíritu y vamos a explicar el Purusha o Conciencia. Estas tres palabras se encuentran
continuamente dentro de la filosofía hindú.
El Purusha es la Suprema Conciencia, es Dios. Así como nuestro espíritu o Atman está
compenetrando todo nuestro ser y dentro de este Atman hay una Conciencia que
está en todas partes igualmente, el Purusha está en la misma forma en todo el
universo, actuando por medio del Atman o espíritu. Este Purusha Universal o espíritu universal
está a través de todas las formas, va desarrollando en cada forma distintas
cualidades llamadas purushartas. el
Purusha desarrolla distintos purushartas, estos purushartas son cuatro.
Si ustedes comprenden esto de la Conciencia
Universal que está en todas partes, esta conciencia universal se está
manifestando en el átomo o en el electrón o en lo que ustedes quieran; se está
manifestando en la forma apropiada que esa materia le permite manifestarse, no
hay nada en el Universo que no sea vivificado por la Conciencia Divina, todo
está vivo. En el Kibalión por ejemplo se dice que todo en el Universo es mente,
es sabiduría, es Conciencia, esa
Conciencia que dije que se iba desarrollando en cuatro partes, la explicare en
otra conferencia porque el tema de ahora lo pasaré así, en general, basta que
ustedes se den cuenta que la Conciencia Infinita le está dando la vida a todos
los seres, no solo a nosotros que somos ya seres más superiores, sino que hasta
el más ínfimo átomo está compenetrado de la Conciencia divina y se manifiesta
en forma adecuada al átomo en el cual reside.
Ahora, estos átomos de Akasha, cuántos son: ¿serán millones de millones?,
cuantos serán: son infinitos porque el espacio es infinito y como ellos llenas
el Infinito son infinitos, no tienen término.
Entonces estos átomos debido al encadenamiento de las causas y efectos
comienzan a vibrar en determinadas formas.
Comienza a hacer vibrar más o menos fuerte la Conciencia que está en ese
átomo que estaba dormido; pero no estaba muerto. Ahora, una cosa desde el principio nunca
había dejado de ser. Por eso nosotros
como veremos después no hemos tenido jamás principio y como tal, tampoco
tendremos fin. Lo que no ha tenido
principio no puede tener fin. Dice la
filosofía Vedanta “Lo que tiene principio, tiene fin”. Ese átomo de Akasha que comienza a vibrar o a
tomar distinta vibración de la que tenía en su estado latente, pero con vida,
lo hace atraer a si mismo mayor o menor cantidad de materia akáshica o
sonora. Pongamos por ejemplo una persona
que duerme: está la Conciencia en ella, pero está ahí quieta; está como muerta,
pero la vida está en ella. Ahora, el
encadenamiento de las causas y efectos de la vida, un golpe, un ruido, una luz
que se enciende, lo hace despertar para que recorra la vida. Cuando el átomo de Akasha recorre todos los….
Sonoros, su vibración se pone más lenta y su lentitud lo hace convertirse en
Teejas; recorre los siete grados de los colores, conoce todos los …. De la luz,
del color y entra a formar parte de los gases; recorre todos los…. De ese plano
y llega al del agua, después al Pritivi.
Recorre todos los grados de la materia.
Recorre el reino mineral en todos sus aspectos. Un átomo se va convirtiendo en tierra en
cobre, en oro, etc. Pero una vez que ha
recorrido todo el reino mineral va a formar parte del reino vegetal. El átomo que no vibra de la materia que va a
ingresar al reino vegetal, no lo absorbe ninguna planta. Enseguida del reino vegetal, los animales absorben los vegetales y si ese
átomo está preparado para pasar al reino animal, entra a formar parte del
cuerpo del animal, se hace carne animal.
Ahora, aquel átomo, ya venía tomando conciencia. Después de pasar por todo el reino animal
desde el más ínfimo de los microbios hasta el más alto de los animales,
entonces entra aquél átomo que vibra, que puede recibir la Conciencia Divina,
entra a formar parte del reino humano.
Ahora convendría decir más o menos como se hace, pero entonces voy a
explicar otra cosa. No crean que aquí
termina la evolución; no, este átomo o
…. como lo denominan los Bramanes, que entra a formar parte del ser
humano es lo que la Conciencia cristaliza, cuando ha vibrado en la forma más
alta a que se puede llegar dentro del reino humano, deja el reino humano y entra
a otro reino: el reino Dévico. En este
reino Dévico llega a ser Ángel y cuando termina su evolución de ángel sigue a
Arcángel y de ahí sigue a Querubín. Esto
es, como podemos decir, la Escala de Jacob: unos van subiendo, otros bajando,
sin terminar nunca. Claro que el reino
humano también tiene su evolución; como ustedes saben, desde el salvaje hasta
el sabio todos van progresando. Así como
la molécula o lo que separa del reino animal, como dije que iba pasando desde
la forma más inferior hasta la más superior, como en los animales, pasa en el
hombre. Desde el salvaje hasta el sabio
todos van progresando, van pasando del grado más inferior al más elevado. Ahora, se dice, como ustedes habrán oído, que
el animal no tiene alma. Esto es cierto
hasta cierto punto, pero bajo otro aspecto erróneo. El animal no tiene alma propia,
individualizada, como nosotros que podemos decir, somos exclusivamente
responsables. No. El alma del animal es una especie de
nube. La vibración de los átomos se
junta en una gran nube; y esta nube se une al cuerpo del animal; existe la
comunión de los átomos dentro de aquellos átomos de animales. Un animal cuando nace recibe uno de estos
átomos y una parte de estos átomos le sigue penetrando, dentro del ser le da
una conciencia, pero propia, sino que la conciencia colectiva. Por eso es que desde que nace se nota el
instinto de cada uno. Un pollito, desde
que nace come; sabe que tiene que comer como si hubiese vivido; porque el alma
colectiva está trabajando en forma de pollito.
El pato, desde que nace va al agua.
Esto es lo que se llama instinto.
Un animal superior, por ejemplo, cuando a llegado a entrar en un alma de
perro o gato ya está en un reino superior; este animal, un perro por ejemplo,
está unido por ese cordón sutil al alma que le está dando el instinto, que le
da su inteligencia. Pero no solo un
perro, sino que cien o doscientos perros están alimentándose por esa alma como
si fuera un gran pulpo. Todos los
animales que viven dependen de esa alma grupo y vibran con colores que…… Debido a esto el alma grupo va vibrando en
diferentes formas. El alma grupo de un
animal tiene un color, y el otro tiene otro color. Depende de los….. Pero puede llegar un momento en que un perro
por un castigo que le vaya a dar su amo, el temor sea tan inmenso, como a veces
pasa que el amo le pega hasta matarlo, ese dolor del animal vibra en tal forma
que no lo puede resistir y se rompe; pasa como con un vidrio que lo pisamos, el
vidrio se rompe, se hace pedazos. Como
he dicho con el dolor, igual pasa con el amor, con las caricias; el animal
vibra de amor y puede vibrar en tal forma, que esa vibración lo triza, lo
parte, lo quiebra. Una vez cortado el
hilo, el animal muere; sea de amor o de dolor, porque ya vibro muy fuerte. Es como un árbol que da frutos; pero unos
frutos maduran porque les da más el sol, pero otros están verdes. El menor viento bota los frutos maduros pero
los verdes se quedan en el árbol. El
animal que no alcanza su desarrollo se queda, pero el que lo alcanza se desprende;
se cortó el hilo que unía al animal con el alma del grupo. Entonces aquel átomo que ya no es……… cuando
se corta de todas las emociones que tuvo cuando fue animal, toda la parte que
tomó del Astral se queda vibrando en el átomo Akáshico. Con estas cualidades animales entra a formar
parte del reino humano. Va a aquella
madre, padre o raza que lo reciben, que tienen su cuerpo casi semejante a los
animales. No diré su cuerpo físico sino
su cuerpo sutil. A ellos va el ego que
acaba de individualizarse. Esta entrada
del animal al reino humano no se hace como muchos pudieran creer en las tribus
de Africa, en tribus muy salvajes, animales; en los suburbios, en los padres
degenerados, con instintos animales, con bajas ideas, allí vienen estos seres a
encontrar su vibración similar, y allí se quedan.
Se me haría muy tarde seguir la explicación de
esto, como sigue la evolución, pero creo que en esta ocasión he hecho una
síntesis más o menos clara desde el origen de la vida hasta llegar al ser
humano. He hecho una síntesis lo más
clara que he podido y espero que el próximo Domingo lo tengan presente para
entrar entonces a la evolución del conocimiento, del deseo y de la acción en el
género humano.
[1] N. do T.: Caibalion (ou Kybalion)
é um famoso livro esotérico, de 1908, baseado nos ensinamentos de Hermes
Trismegistos do Egito e da Grécia. Sua autoria é de Os Três Iniciados. Embora
não se tenha certeza, há quem diga que o autor seja William Walker Atkinson,
também conhecido como Yogue Ramacháraka.