sexta-feira, 29 de julho de 2022

CONCEITO SOBRE DEUS.

 



 



CONCEITO SOBRE DEUS.

Por Benjamín Guzmán Valenzuela
(Sri Vájera Yogui Dasa)

Quando se diz Deus, não devemos imaginar um ser com forma, mas sim um Espírito que está através de todo o Universo.

Mas existe o hábito de imaginarmos Deus como um homem e não só com a forma de homem, mas com qualidades de homem.
 Assim tem pessoas que pensam que Deus é um ser vingativo, que pune pelo gosto de punir uma falta, sem levar em seu pensamento a ideia da correção do castigo.
 Por exemplo: um castigo eterno, que leva o ser para um inferno do qual o condenado nunca sairá.

A vingança não leva a correção dos atos, muito melhor um distanciamento daquilo que nos torna inferior, de ser bárbaro, do que  se vingar do mal com uma punição severa.
Outros tem o pensamento de que Deus é um Ser bravo continuamente, raivoso e que descarrega essa ira sobre os homens, sobre os povos e isto porque vão aplicando as qualidades dos homens a este Ser Divino, como consequência de que é a nossa imagem, por isto, estas palavras de que Deus é à nossa imagem, deve ser claramente entendida para não cair no erro de colocar qualidades a Deus, porque Deus transcende, supera todas as qualidades e estando acima delas, é transcendente.

Deus não é bom nem mau, está livre de criar méritos para si, nem adquirir maior glória por isto ou aquilo, e que se lhe falta glória, nós poderíamos Lhe dar.
A Deus jamais falta glória, nem méritos, transcende essas qualidades, é Absoluto, é Imutável, é Invariável, pela singela razão de Deus ser a Consciência do Universo, não um ser.
É a vida que palpita em todos os lugares, é a vida que vibra em nosso coração.

Assim como nossa vida particular, microscópica está trancada dentro do nosso ser, a consciência que dirige todo nosso corpo, nossos músculos, nossos ossos, nossos movimentos, nossos pensamentos, estão dirigidas por uma Consciência Central, todo nosso corpo está cheio de vida do espírito interior; assim é a semelhança de Deus, a Consciência de Deus, o espírito de Deus está em todos os átomos do mundo, do Universo, não como um ser, mas sim como o espírito está em nosso corpo, o Espírito de Deus, está em todo o corpo cósmico.

Então, quando se pensa em Deus, tente sentir o espírito próprio, o espírito individual unificado a Deus, é dizer que o nosso espírito é como se fosse uma gotinha de azeite que se espalha no azeite Universal, nossa gotinha de azeite se mistura em todo o universo, sem desengatar o eixo central do nosso eu pessoal, cujo eixo está aqui, mas cujos raios da roda vão se ampliando para o infinito, unificando-se à roda cósmica.

Essa roda cósmica, é aquela que tem a Suprema Energia, a Suprema Inteligência, o Supremo Poder, ela dá movimento as engrenagens do Universo, mas a roda cósmica é infinita, imóvel, de maneira que, se vocês pensarem em Deus, pense pois em unificar-se a este Espírito, adorar a Deus em Espírito, não adorar a Deus em forma de ser.

Dessas rodas que vão unificadas à roda cósmica, há algumas que apenas começam a andar; há algumas que são rodas grandes, que podem fazer grandes trabalhos, suportar grandes pesos e se ocupam para ajudar as engrenagens e eixos das rodinhas menores.

Diz-se que atualmente, uma destas grandes rodas, que gira na evolução deste planeta, está pronta para trabalhar entre nós humanos;
 A esta roda é chamada de Mestre Bhagavan Mitra Deva e diz-se, que os raios deste eixo, desta roda, de Bhagavan Mitra Deva, já são tão poderosos que abarcam a terra inteira.

Magnéticamente, a consciência deste ser, deste novo profeta, deste novo Senhor Redentor da nossa época (que vocês compreendem que é preciso, pois o mundo sofre de uma era de guerra e uma crise formidável, além da degeneração dos costumes) é necessário a vinda de um Grande Ser, de uma grande roda, que nos ensine a girar retamente, sem sairmos da via em que se deve seguir.

Pois bem, esse raio, a roda da consciência de Bhagavan Mitra Deva, atualmente está dentro de nós, e Ele, mesmo que seja um Ser Superior, não é de forma alguma o Deus da Consciência Cósmica de que estava falando, são deuses menores.

Também a Sri Yoga Devi é dado o nome de Deus que quer dizer Divina, mas de forma alguma se deve entender que este Ser apenas individual e pessoal, vá ser o Deus Cósmico, ou seja o Supremo Deus, entenda-se claro, são rodas , mas nem pensar em rodas cósmicas.

Nós com nossa vontade, podemos entrar magnéticamente em contato e receber a força, a ajuda desses Seres conforme seja nossa intenção, nossa vocação.

Nesta cerimônia, invocaremos a força e o poder de Bhagavan Mitra Deva e tentaremos entrar em contato com Ele para ampliarmos nossa inteligência; entrar em uma paz profunda, que não nos permita em sermos incomodados em nada.
Sem paz não há progresso, por isso é tão necessário se impregnar de paz.
 Dizem que os anjos cantavam quando veio o Mestre Jesus: ′′ Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade ", ou seja, o que mais pediam era paz.

Assim nós nos unificamos a Bhagavan Mitra Deva e Ele vai nos preenchendo o coração de uma paz profunda.

Ainda a maior incompreensão, a maior ingratidão, que é o que mais dói na terra, não nos comoverá.
 Muitas vezes não importa perder a fortuna, não importa uma doença, mas sim uma ingratidão, uma incompreensão, mata, destrói.
Por isso é tão conveniente mergulhar numa paz profunda, que nem mesmo os mais grosseiros insultos chegam a comover o eixo central do nosso espírito, que será tão poderoso que nenhuma circunstância da vida enfraquecerá nosso espírito.

Isso trará a você felicidade, paz e quando passarem uma situação difícil, vocês vão se lembrar desta sensação, vão sentir esta paz profunda e assim saberão dominar as situações com esta paz.
Esta paz nos leva à glória, é a paz que nos torna inteligentes, a paz que nos faz ativos e saudáveis, porque aquele que não tem paz vibracional em seu corpo e mente, são tomados pelo medo e assim adoecem dos nervos.
A paz tão necessária e conquistada, adquire-se pela tranquilidade do ser imutável, que não tem impulsos de iras nem tem impulsos de amor, é sempre o mesmo, é imutável, puro e sereno.

Então, nesta cerimónia de hoje, vamos pensar em nós nesta roda de Bhagavan Mitra Deva e vamos pensar principalmente nesta qualidade de paz, para que a sua tranquilidade seja colada a nós.
Que venha a nós, o seu magnetismo durante esta cerimónia.
 Fechem os olhos e mergulhem na paz de Bhagavan Mitra Deva.


Revisão feita por:

Jnana Datha Acharya, Devi Marga Dasika
Margareth Gonçalves




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CONCEPTO ACERCA DE DIOS

 

Por Benjamín Guzmán Valenzuela

 

Cuando se dice Dios, no debemos nosotros imaginarnos un ser con forma, sino un Espíritu que está a través de todo el Universo.

 

Pero existe la costumbre de imaginarnos a Dios como un hombre, y no sólo con la forma de hombre, sino con cualidades de hombre. Así hay personas que piensan que Dios, es un ser vengativo que castiga por el gusto de castigar una falta, sin llevar en su pensamiento la idea de la corrección del castigado. Por ejemplo: un castigo eterno, que entra el ser a un infierno del cual el condenado no sale jamás.

 

La venganza no lleva por fin el corregir, sino más bien un cierto desquite de ser inferior, de ser bárbaro, de vengarse del mal con un castigo severo. Otros llevan el pensamiento de que Dios es un Ser airado continuamente, que tiene ira y esta ira la descarga sobre los hombres, sobre los pueblos y esto porque van aplicando las cualidades de los hombres a este Ser Divino, como consecuencia de que es a nuestra imagen, por esto, estas palabras de que Dios es a nuestra imagen, debe entenderse claramente para no caer en el error de poner cualidades a Dios, porque Dios trasciende, supera todas las cualidades, está sobre ellas, es trascendente.

 

Dios no es bueno ni malo, está libre de méritos, Dios no puede hacer méritos ni tener mayor gloria porque querría decir aquello, que a dios le falta gloria y que nosotros podríamos dársela. A Dios jamás le falta gloria, ni méritos, trasciende estas cualidades, es Absoluto, es Inmutable, es Invariable, por la sencilla razón de que Dios es la Conciencia del Universo, no un ser. Es la vida que palpita en todas partes, es la vida que vibra en nuestro corazón.

 

Así como nuestra vida particular, microscópica está encerrada dentro de nuestro ser, la conciencia que dirige todo nuestro cuerpo, nuestros músculos, nuestros huesos, nuestros movimientos, nuestros pensamientos, están dirigidas por una Conciencia Central, todo nuestro cuerpo está lleno de vida del espíritu interior; así es la semejanza de Dios, la Conciencia de Dios, el espíritu de Dios está en todos los átomos del mundo, del Universo, no como un ser, sino así como el espíritu está en nuestro cuerpo, el Espíritu de Dios, está en todo el cuerpo cósmico.

 

De modo que cuando uno piensa en Dios, entonces trata uno de sentir el espíritu propio, el espíritu individual unificado a Dios, es decir que nuestro espíritu como si fuera una gotita de aceite que se esparce en el aceite Universal, nuestra gotita de aceite se esparciera en todo el Universo, sin desasirse el eje central de nuestro yo personal, cuyo eje está aquí, pero cuyos rayos de la rueda se van extendiendo hasta el infinito, unificándose a la rueda cósmica.

 

Esta rueda cósmica, es la que tiene la Suprema energía, la suprema Inteligencia, el supremo Poder, ella da movimiento a las ruedecillas del Universo, pero la rueda cósmica es infinita, inmóvil, de manera que, si ustedes piensan en Dios, piensen pues en unificarse a este Espíritu, adorar a Dios en espíritu, no adorar a Dios en forma de ser.

 

De estas ruedas que van unificadas a la rueda cósmica, hay algunas que apenas comienzan a caminar; hay algunas que son ruedas grandes, que pueden hacer grandes trabajos, soportar grandes pesos y se ocupan para ayudar a las ruedecillas y ejes de las ruedecitas menores.

 

Se dice que actualmente, una de estas grandes ruedas, que gira en la evolución de este planeta, está pronta a trabajar entre los vivos, entre nosotros; a esta rueda la llaman el Maestro Bhagavan Mitra Deva y se dice, que los rayos de este eje, de esta rueda, de Bhagavan Mitra Deva, son ya tan poderosas que abarcan la tierra entera.

 

Magnéticamente, la conciencia de este Ser, de este nuevo profeta, de este nuevo Señor Redentor de nuestra época (que ustedes comprenden que se necesita, ya que el mundo sufre de una era de guerra y una crisis formidable, además de la degeneración de las costumbres) es necesario la venida de un Gran Ser, de una gran rueda, que nos enseñe a girar rectamente, sin salirnos de la vía en que se debe actuar.

 

Pues bien, este rayo, la rueda conciencia de Bhagavan Mitra Deva, actualmente está dentro de nosotros, y Él, aun cuando es un Ser Superior, no es de ninguna manera el Dios de la Conciencia Cósmica del que estaba hablando, son dioses menores.

 

También a Sri Yoga Devi se le da el nombre de Dios que quiere decir Divina, pero de ninguna manera se debe entender que este Ser solo individual y personal, vaya a ser el Dios Cósmico, es decir el Supremo Dios, entiéndase claro, son ruedas, pero de ninguna manera ruedas cósmicas.

Nosotros con nuestra voluntad, podemos ponernos magnéticamente en contacto y recibir la fuerza, la ayuda de estos seres según sea nuestra intención, nuestra vocación.

 

En esta ceremonia, invocaremos la fuerza y el poder de Bhagavan Mitra Deva y trataremos nosotros, de ponernos magnéticamente en contacto con Él para subir de inteligencia; entrar en una paz profunda, que no nos pueda llegar a perturbar nadie. Sin paz no hay progreso, por esto es tan necesario impregnarse de paz. Dicen que los ángeles cantaban cuando vino el Maestro Jesús: “Gloria a Dios en las alturas y paz en la tierra a los hombres de buena voluntad”, es decir que lo que más pedían era paz.

 

Así nosotros nos unificamos a Bhagavan Mitra Deva y Él nos va llenando el corazón de una paz profunda.

 

Aun la más grande incomprensión, la más grande ingratitud, que es lo que más duele en la tierra, no nos conmoverá. Muchas veces no importa perder la fortuna, no importa una enfermedad, pero sí una ingratitud, una incomprensión, mata, destruye. Por esto es tan conveniente sumergirse en una paz profunda, que ni aun los más groseros insultos lleguen a conmover el eje central de nuestro espíritu, que será tan poderoso que ninguna circunstancia llegue a hacer temblar nuestro espíritu.

 

Esto traerá a usted felicidad, paz y cuando pasen una situación difícil, ustedes se van a acordar de esta sensación, van a sentir esta paz profunda y van ustedes a saber dominar las situaciones con esta paz. Esta paz nos lleva a la gloria, es la paz que nos hace inteligentes, la paz que nos hace activos y sanos, porque el que no tiene paz que vibre en su cuerpo y mente, lo asaltan el temor y van enfermando de los nervios. La paz es tan necesaria y lograda se adquiere esa tranquilidad del ser inmutable, que no tiene arranques de iras ni tiene arranques de amor, es siempre el mismo, es inmutable, puro y sereno.

 

De modo que, en esta ceremonia de hoy día, vamos a pensar en nosotros en esta rueda de Bhagavan Mitra Deva y vamos a pensar principalmente en esta cualidad de paz, para que Su tranquilidad se nos pegue a nosotros, nos venga Su magnetismo, durante esta ceremonia, cierren los ojos y se sumergen en la paz de Bhagavan Mitra Deva.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Sri Subbier Subramania Iyer, o Grande Ancião do Sul da Índia

 

Radiante perfil do “Dharma-Rakshaka” (Defensor do Dharma) Sri Subbier Subramania Iyer, o Grande Ancião do Sul da Índia

O primeiro episódio do brilhante esboço autobiográfico de Sri S. Subramania Iyer, o pai do (Home Rule) Movimento de Autogoverno da Índia, eminente advogado e um luminar multifacetado da luta libertária indiana.

 

Por Sandeep Balakrishna

 

Prefácio

 

A LISTA DE MEUS CRESCENTES DÉBITOS com Shatavadhani Dr. Ganesh aumentou recentemente depois que ele me enviou um vídeo interessante de uma excelente palestra de Sriram V, intitulada Some Lawyers of Madras and their Cultural Influence (“Alguns Advogados de Madras e Sua Influência Cultural”)[1]. Se nosso suposto sistema educacional tivesse algum mínimo de sentido fundamental, tais palestras teriam sido impressas e feitas leitura prescrita para estudantes do ensino médio.

Entre os luminares legais e judiciários que o Sr. Sriram menciona na palestra, o nome de Subbier Subramania Iyer (popularmente, Sir S. Subramania Iyer) chamou a minha atenção para uma evocação bastante afetuosa: um perfil que DVG (D. V. Gundappa, escritor indiano) escreveu sobre este baluarte. É talvez o melhor perfil de Subramania Iyer escrito em inglês. Na verdade, é uma guirlanda perfumada de oferta que DVG colocou aos pés de Sri Subramania Iyer.

Cerca de meio século separou Sri Subramania Iyer e D. V. Gundappa. Em certo sentido, DVG foi tanto o beneficiário quanto discípulo indireto de Sri Subramania Iyer. Assim, quando ele escreveu o esboço biográfico de Sri Iyer em 7 de junho de 1918, DVG estava de certa forma oferecendo uma espécie de Guru Dakshina sincera, espalhada por trinta e quatro enobrecedoras páginas. Sri Subramania Iyer viveu setenta e seis anos, praticamente quase como um Sanyasi.

DVG escreveu em sua capacidade múltipla como um homem de eminência pública, um editor de revistas, um lutador da liberdade, um estadista, um legislador  e um contemporâneo júnior de Sri Iyer. Esses papéis combinados encarnados no DVG deram-lhe o tipo de autoridade que gerações posteriores de biógrafos naturalmente não podem possuir.

A essa distância no tempo e graças mais uma vez a um “sistema educacional” que criou ingratidão para nossos sábios passados - mesmo da safra recente – o nome Sri Subramania Iyer nem sequer ocorre como uma nota de rodapé em nossa memória nacional. Mas bem na primeira década de “independência”, seu nome figurava com destaque e várias vezes como o Pai do Home Rule (“Movimento de Autogoverno da Índia”), que ele fundou com Annie Besant. Seu papel e os sucessos que o Movimento de Regras Domésticas anotou naquela época foi o verdadeiro material das lendas. Sri Iyer também conta como um dos construtores seminais que transformaram Madras em um próspero ponto comercial, político e cultural durante o século 1860-1960. Sua casa em essência era lar da cultura, música, aprendizado, bolsa de estudos e publicação. Acima de tudo, ele ganhou uma residência permanente de distinção e reverência no Coração Hindu daquele período por seu serviço instintivo de devoção ao Dharma através de duas grandes instituições que fundou e alimentou: o Dharma Rakshana Sabha e a Suddha Dharma Mandalam. E é o suficiente.

Sem mais delongas, considero meu dever e com muito orgulho de ofertar este primeiro episódio de uma série contendo excertos tirados do perfil de DVG de Sri S. Subramania Iyer, intitulado Sri Subramania Iyer: Uma Introdução Biográfica. Algumas mudanças estilísticas foram feitas, mas o texto original não foi alterado.

Uma feliz leitura!

– I –

O ILUSTRE PATRIOTA fornece um exemplo evidente da verdade de que o caráter é mais do que opinião. A influência de uma ideia sobre a mente popular depende não apenas de sua própria solidez ética ou utilitária, mas também o valor moral e prático de seu promulgador. Assim foi com Sir S. Subramania Iyer. Parece que os deuses em sua bondade presidiram atentamente a vida deste grande filho da Índia e o guiaram ao longo dos caminhos que eventualmente a trouxeram ao seu destino atual.

– II –

Sir S. Subramania Iyer era um rapaz de 15 anos quando a Índia fez o primeiro sinal surpreendente da sua persistência do instinto de autopreservação. O motim indiano não era, na verdade, uma mera ascensão dos sipais[2], nem um ataque frenético de ignorância nativa sobre a iluminação estrangeira; foi a autoafirmação da nação contra o autoengrandecimento do poder estrangeiro.

Os anos de 1857 e 1917 - cobrindo entre si um ciclo hindu completo - marcam dois estágios notáveis na história de apenas um princípio, o princípio da autoconsciência nacional. Os interesses, ideias, paixões e esperanças que eletrificaram o ar que respiramos hoje, começaram a agitar a atmosfera em que Sir Subramania Iyer teve de passar os anos impressionáveis da juventude.

Nascido em 1º de outubro de 1842 e criado em meio às circunstâncias animadoras e castigadoras de uma família de Brâmanes[3] que havia sido poupada tanto da degradação da pobreza quanto da desmoralização da riqueza, ele teve acesso à educação em inglês muito cedo na vida, de modo que sua mente estava aberta em seu período formativo às influências energizantes que o Ocidente havia introduzido. Seu pai Subbaiyer era o oficial de confiança ou agente do Zemindar de Ramnad (Distrito de Madura), e ele era, como sua denominação popular Suravally (redemoinho) indica, uma pessoa de energia marcada e aptidão para assuntos práticos. Essas qualidades foram a única fortuna que ele (desde que morreu em 1844) foi capaz de conferir ao seu terceiro filho Subramania.

A criança de dois anos cresceu sob os cuidados de sua mãe, que viveu para vê-lo no auge da prosperidade, e que, nos primeiros anos de sua viuvez, teve o apoio de seu devotado primeiro filho Ramaswamy Aiyer, que subiu ao posto de Huzur Sheristadar[4] do Distrito de Madura. Tendo passado pelo curso fundamental primeiro em uma escola mantida por um alfaiate, depois em uma dirigida por uma Missão Cristã, e por último em uma aberta por um certo Krishnaswami Chettiar, o jovem Subramania ingressou na Zilla High School[5], em 1856. O chefe daquela instituição, o Sr. William Williams era um inglês culto de ampla simpatia, e ele foi rápido em discernir o valor latente de seu novo aluno. Subramania logo foi premiado com uma bolsa mensal de 5 rúpias, e ganhando prêmio após prêmio, ele passou com sucesso no exame mais alto daquela escola, em 1859.

Seu nome apareceu na Gazeta Oficial e chamou a atenção do Coletor do Distrito que, ao ser questionado, soube que seu portador era irmão de seu próprio secretário-chefe. Muito em breve, o jovem bem-sucedido foi capaz de começar sua carreira no serviço do governo como funcionário em 20 rúpias por mês - de certa alguma uma posição insignificante naqueles dias.

Estes vários fatos servem para mostrar que o personagem de Subramania Iyer foi moldado em nenhum ambiente maçante ou langoroso. O acesso a novos caminhos mentais, um generoso incentivo ao esforço próprio e um contato íntimo com a vida geral do país - essas eram as vantagens que ele tinha no período mais plástico da vida.

Continua.

Fonte: https://www.dharmadispatch.in/author/sandeep-balakrishna
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Texto traduzido a partir do original em inglês por Jaimini Dasa (Robson Gimenes),

 Emissário(Acharya), do Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam.


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https://www.dharmadispatch.in/culture/a-radiant-profile-of-dharma-rakshaka-sri-subbier-subramania-iyer-the-grand-old-man-of-south-india?fbclid=IwAR13nQpXlKvPBZFu4QsB3z8DQRqNyTsjohLExkdBCO-L1cZOTJoeCrV6Hg4



[1] Eis o link da palestra: https://www.youtube.com/watch?v=eCXWSr5clk8

[2] Sepoys: os sipais eram soldados indianos que serviam no exército da Companhia Britânica das Índias Orientais.

[3] A mais alta das castas da Índia.

[4] Um alto funcionário público local.

[5] Escola de nível médio atual (o nosso antigo colegial).

O serviço de Sri S. Subramania Iyer ao Dharma Rakshana Sabha





O serviço de Sri S. Subramania Iyer ao Dharma Rakshana Sabha

Neste episódio, temos um vislumbre do serviço dedicado do Sri S. Subramania Iyer ao Dharma Rakshana Sabha para reformar a gestão dos templos.

 

Por Sandeep Balakrishna

 

APESAR DE POSSUIR UM PROBLEMA OCULAR PERSISTENTE — em vez disso, devido a uma consciência muito sensível, S. Subramania Iyer pediu permissão para se aposentar do serviço, o que ele fez em 13 de novembro de 1907. Ele poderia facilmente ter estendido por mais oito meses e conseguiria ganhar uma pensão anual de 1.200 libras, em vez das atuais 880 libras. O Dirigente do Conselho, em um Diário Extraordinário, registrou o seu apreço pelos “serviços eminentes”, prestados por Sir S. Subramania Iyer, K.C.I.E.[1], durante seu longo mandato como Juiz da Suprema Corte. Foi ainda dito:

As altas qualidades jurídicas, a independência de caráter e o profundo aprendizado que ele sempre demonstrou ao longo de sua longa carreira lhe renderam um nome que por muito tempo será mantido em reverência e estima pelo Governo e pelo público.

   Em 1896, ele havia sido feito um Dewan Bahadur[2]; algum tempo depois, foi elevado a Companheiro da Ordem do Império Britânico; e, em 1900, recebeu a investidura de K.C.I.E. (“Cavaleiro-Comandante da Ordem do Império Indiano”), com direito de usar o título de “Sir”. Ele fez um discurso inspirador aos graduados do ano na Convocação da Universidade de Madras, em cujo bem-estar ele sempre teve um especial e pessoal interesse pessoal. Ele defendeu o abrandamento dos encargos dos alunos, para a minimização dos problemas do exame, para a difusão da cultura liberal e a extensão do ensino superior. Tais serviços para a Universidade tiveram um forte apreço e assim ele foi honrado com o cargo de Vice-Chanceler, uma honra nunca estendida a um indiano até então.

– VII –

Nos anos anteriores da aposentadoria, o impulso que buscava se realizar era o impulso soberano da alma. De fato, sua paixão pelas coisas do espírito pode-se dizer que estavam no fundo de todas as outras paixões de alta ascensão de sua vida. Dedicado como sempre, foi ao estudo das escrituras antigas de sua religião e ao desenrolar de seus mistérios, ele poderia dar mais tempo à contemplação de suas verdades e ao cultivo de seus ascetismos agora que o manto do cargo tinha sido finalmente jogado fora. Mas o feitiço do Yoga não poderia durar por muito tempo. Para nenhuma alma profunda, a religião jamais significou o abandono de toda a preocupação com os males dos semelhantes. Pelo contrário, parecia a todas essas almas que a religião seria uma coisa totalmente estéril e inútil - um mero alívio para silenciar a consciência - se não resulte em uma busca frenética da tarefa de aperfeiçoamento humano.

 

Dharma Rakshana Sabha

   É o zelo religioso de SIR SUBRAMANIA AIYER que deu permanência ao seu interesse na reforma do sistema de administração de doações religiosas e de caridade, e o levou a organizar e dirigir o Dharma Rakshana Sabha, que era um órgão registrado e reconhecido para checar e as contas e relatar a condição dos templos e instituições de caridade. É o mesmo zelo que inspirou seus apelos comoventes para a liberalização das instituições sociais hindus, e o levou a organizar conferências dos Pandits — como as realizadas em Conjeevaram e Tiruvadi, para modernizar sua perspectiva sobre a vida. É o mesmo zelo que respira em suas mensagens para a juventude do país. É, mais uma vez, o mesmo zelo que está mantendo sua fé no valor potente do nacionalismo indiano como uma força para o bem da raça. É o mesmo zelo que garantiu sua lealdade à causa da democracia que lhe é nada mais do que o trabalho prático fora do princípio sagrado da fraternidade. É, naturalmente, o mesmo zelo religioso que o levou a seguir em frente para tomar o lugar que ele poderia ter tomado entre as forças do Home Rule (Movimento de Autogoverno da Índia) com a maior consequência possível.

   Ele que tinha assistido ao nascimento do Congresso em 1884, retornou ao seu serviço em 1914, como presidente do Comitê de Recepção, em Madras.

   O que o profeta inicia, o estadista consuma: martírio e oportunismo (no melhor sentido) são processos complementares no progresso da reforma. Para Sir S. Subramania Iyer pertence à distinção de estar entre aqueles a quem o destino nomeia.

   A Pátria é seu principal interesse. Política é apenas um dos meios.

   Geralmente, toda a vida de um grande homem é considerada dominada ou permeada por uma qualidade imponente da cabeça ou do coração. Pode ser força de vontade, pode ser ousadia intelectual, pode ser a busca de um ideal desconhecido, pode ser filantropia, pode até ser o desejo de popularidade ou de fama. No caso de Sir Subramania Aiyer, é magnanimidade. É sua natureza ser magnânimo. Mesmo suas falhas aparentes devem ser atribuídas a essa nobreza natural e imutável da alma. Ele ajudou a um grande número de jovens a se educar; e, de fato, nenhum aluno em dificuldades jamais foi até ele sem obter os meios necessários de alívio.

   O Ranganatha Mudaliyar Memorial Hostel, agora chamado Victoria Hostel, deve sua existência à sua iniciativa, que, naturalmente, foi apoiada por uma bela assinatura. Enquanto ele liderava o tribunal, seus subalternos tiveram uma ampla participação em sua prosperidade, e foi sua mão que levantou o finado Sr. P. B. Sundara Iyer e o finado Sr. Y. Krishnaswami Iyer da obscuridade comparativa à eminência que eles finalmente ocuparam. O falecido Swami Vivekananda, quando seu objeto era tudo menos para louvar teosofistas, sentiu que era necessário falar do

MM. Juiz Subramania Iyer a quem minha mais profunda gratidão é devida. Ele tem a visão de gênio, e é um dos amigos mais importantes que tenho nesta vida, um verdadeiro amigo, de fato, um verdadeiro filho da Índia.

   Uma natureza tão sem arte, tão sincera e tão ardente em sua devoção deve necessariamente ser tão rápida para ser movida à indignação. Uma vez que toda a fala prossegue em tal caso fora da plenitude do coração, a expressão da desaprovação deve ser tão boca cheia quanto a expressão de simpatia ou apreço. Daí a nota ocasional de veemência no discurso de Sir Subramania Iyer, quando diz respeito àqueles que lhe parecem estar entre o país e o que ele considera ser seu destino legítimo.

Continua

Fonte: https://www.dharmadispatch.in/author/sandeep-balakrishna



[1] O título foi concedido pelo governo de Sua Majestade a Rainha Vitória, por uma indicação do Vice-Rei da Índia, o Lord Curzon, em 1900.

[2] Dewan Bahadur ou Diwan Bahadur foi um título de alta honra concedido pelo governo britânico na Índia. Era concedido a indivíduos que desempenharam um serviço fiel ou atos de bem-estar público à nação. Poucas pessoas ilustres tiveram a honra de recebê-lo. Os agraciados em sua maioria eram os governantes dos principados do Império Indiano (Marajás, Rajás, Primeiros-Ministros etc.).

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Texto traduzido a partir do original em inglês por Jaimini Dasa (Robson Gimenes),

Emissário (Acharya), do Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam.

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https://www.dharmadispatch.in/culture/sri-s-subramania-iyers-service-to-the-dharma-rakshana-sabha?fbclid=IwAR0_yo64YoILrZ9VYjZKGAlXgkqrvmuMum6HziFQBGx0-ISCJuLwbaZLgbw





quarta-feira, 13 de julho de 2022

Guru Purnima Puja

 



Hoje, dia 13 de julho, é um dia muito especial chamado GURU PURNIMA.

 

Cada tradição possui uma forma de contemplar e agradecer sua linhagem de GURUS (mestres e professores) ...

No Suddha Dharma Mandalam não é diferente, possui sua metodologia própria, pois de acordo com as lições e sistemas que o Dasa (devoto) vai recebendo vai tendo contato com todos os detalhes e toda a linhagem de Gurus representativos da SDM e assim podemos não só os agradecer mas tbm ter contato com Eles.


Asmat Gurubhyo Namah:

Asmat Parama Gurubhyo Namah:

Asmat Sarva Gurubhyo Namah:


Representando aqui toda essa linhagem numa forma mais externa, nada melhor que o Yantra de Mitra Deva, que em Sânscrito descreve todos os detalhes, silabas e outros detalhes dessa linhagem e acima de tudo, representa o nosso Guru maior manifestado Sri Bhagavan Mitra Deva.

Que nesse dia possamos meditar, fazer nossas preces, rituais e tals, agradecendo nossos professores, mestres, gurus, acharyas, swamis, babas, rishis e assim por diante..... que trabalharam incansavelmente em prol do Sanatana Dharma... e é graças a estes movimentos que este vasto conhecimento chegou até os dias atuais.

Obrigado a todos os mestres e professores que tive até hj, que me ensinaram através do conhecimento e do exemplo.... e agradeço desde já, aos muitos que ainda irei conhecer !

Guru Purnima Ki Jaya !


SUBHAMASTU SARVA JAGATAM

OM NAMAH SRI PARAMA RISHIBHYO YOGUIBHIYAH:


Um Abraço do amigo Erick G. Schulz

(Jnana Dhatha Acharya do SDM - Ashram "Sarva Mangalam")


                                                             Sri Bhagavan Mitra Deva 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

OS SONHOS DE VIDAS PASSADAS

 

 




Don Benjamin Gúsman Valenzuela
Sri Vájera Yogui Dasa (Autoridade Iniciática Ocidental do SDM)

Pergunta: A quarta classe em que os sonhos foram divididos, isto é, sonhos proféticos, tem mais atração para mim. Você não acha extraordinário que o que nós sonhamos agora se realize exatamente igual dois ou mais anos depois? Que esses mesmos sonhos nos previnam de males ou nos guiem ao sucesso?

Resposta: Não há dúvida de que os sonhos proféticos são muito importantes, mas você verá que o mais interessante é a quinta e última subdivisão. É claro que essa fase da ciência dos sonhos é difícil de ser provada pelos seres do mundo corrente. Vou começar essa explicação contando uma experiência minha.

Quando criança, eu costumava ter um pesadelo terrível. Foi repetido para mim com um intervalo de dois ou três anos. No começo desse pesadelo, eu disse a mim mesmo no mesmo sonho: "Isso eu já sonhei". E como a visão era assustadora, repeti a mim mesmo: "Isso é assustador, eu não quero sonhar de novo." Mas parece que o registro gravado em minha alma foi forçado a terminar seu desenvolvimento por uma força oculta interna. Apesar do imenso esforço que eu fazia para impedir a repetição da marcha das visões desagradáveis, com suas respectivas sensações e pensamentos, o pesadelo se realizava até terminar completamente seu desenlace.

O sonho se tratava do seguinte: eu me via passar por uma floresta enorme, acompanhado de um amigo. Em uma parte do caminho eu via uma cobra que pula sobre mim e me morde, inoculando em mim seu veneno mortal. Eu também vi que meu amigo corre onde eu estou, com o propósito de me defender e matar a cobra. Mas, infelizmente, a víbora também pula nele e o morde.

Eu, como se realmente estivesse vivendo isso, me sentia morrendo e, com grande desespero, gritava chamando a minha mãe. Eu perdi o conhecimento. Era a morte. Naquele momento, eu acordei banhada em transpiração, com meu coração batendo intensamente e todo o meu “Eu” envolvido em terror.

Passaram-se muitos anos e eu já tinha uns quarenta anos, quando, por conta de uma iniciação especial, os Mestres da Mandalam, através de seus poderes místicos, examinaram minhas vidas passadas. Ao fazer exame tão transcendente, uma noite eu tornei a sonhar o pesadelo da serpente, com uma série de detalhes, interessantes apenas para mim, e qual não foi minha surpresa ao receber dias depois uma carta do mestre iniciador Srinivasachariar, que me comunicava o resultado do exame da minha vida anterior. Nessa carta, que eu mantenho como relíquia, os Mestres, ao descrever minha existência anterior, me relatam a morte que eu tive na minha vida anterior e este relato era consistente com o pesadelo que, com tanto horror, foi repetido para mim desde a minha infância. E o mais surpreendente é que eu nunca havia comunicado tal sonho a ninguém e aquele que me escreveu morava do outro lado do mundo. Depois disso, estudando os livros sagrados da Índia, cheguei à conclusãode que, quando um sonho se repete da mesma forma, é quase certo que se trata de memória espiritual de uma experiência de vidas passadas.

Pergunta: Diga-me ... como essas memórias de vidas passadas são produzidas se o ego ou espírito está encarnado em um novo corpo e, portanto, tem outro cérebro?

Resposta: Memória, inteligência e vontade são as três grandes faculdades do espírito. O cérebro físico não tem qualquer faculdade, é apenas o instrumento ou veículo onde a alma manifesta as qualidades do espírito. Quando o cérebro físico é ferido ou intoxicado, a memória que pode ser transmitida pelo espírito, através desse veículo material, é obstruída.

Pergunta: Então, a memória só está no espírito?

Resposta: Sem espírito ou, como um brâmane diria, sem o Atma não há vida. O Atma ou vida se manifesta através de formas como: memória, inteligência, vontade e atividade. O Atma é o Indivíduo Eterno, ou seja, é o disco espiritual indestrutível que registra e preserva todos os eventos que acontecem a um ser na vida. O Atma ou Purusha, como também é chamado, registra até os pensamentos mais insignificantes. Tudo o que sentimos, vimos, ouvimos, comemos ou provamos permanece indelevelmente inscrito no Ego por toda a eternidade. Quando algum alto iniciado entra em contato com uma faceta daquele repositório de memória, ele vê, sente e entende o passado como se realmente estivesse vivendo naquele exato momento.

Este é o caso de Teresa Neuman, a alemã estigmatizada. Naturalmente, há cenas de vidas passadas que, devido à maior força com que foram impressas, destacam-se acima das outras ou antes das mais fracas. Essas experiências ou eventos registrados em nosso Purusha, com maior intensidade, são os que afloram primeiro, geralmente de forma espontânea quando meditamos, enquanto dormimos ou quando somos submetidos à regressão de memória mediante o hipnotismo ou catalepsia.

Mas, os grandes iniciados que receberam a Diksha Yoga Devi podem lembrar, com perfeita clareza, várias encarnações passadas com apenas um esforço de vontade. Dessa forma, eles sabem quem foram em outras vidas, onde viveram e o que fizeram.

Mesmo que não corresponda ao tema dos sonhos repetidos, sobre os quais estamos falando agora; no entanto, acho conveniente dizer que quem quer que tenha o domínio de examinar seu próprio espírito e examinar suas vidas passadas, também pode fazê-lo com os demais homens. Eu lembro que Jesus Cristo perguntou aos seus discípulos: Quem os homens dizem que eu sou? E um respondeu: "Você era Elijah". Outro disse: "João Batista", e eles continuaram a nomear outros profetas do passado. E Jesus, sabendo quem ele era antes, negava os nomes equivocados, até que sua verdadeira identidade foi apontada a ele. Um grande Mestre pode examinar no Atma as diferentes reencarnações de nosso espírito e revelar para nós quem fomos antes. Por enquanto, só quero dizer que os sonhos que se repetem com insistência, quase certamente, são memórias de passagens culminantes de nossas vidas anteriores.

Pergunta: Que explicação notável para um mistério tão oculto.

Resposta: O conhecimento desses fatos traz à nossa consciência a imensa satisfação de nos saber eternos em termos de indivíduos espirituais. E que tudo o que somos é o resultado da maior ou menor pureza e ação de nosso ser através das formas materiais que são organizadas na vida visível. Daí o fato da herança física e espiritual. Essas duas heranças serão tratadas quando analisarmos o tema das reencarnações.

 

Tradução de:

Acharya, Vidya Vinayaka Dasa
Augusto Simões Cunha

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LOS SUEÑOS DE VIDAS PASADAS (3° parte)

Don Benjamin Gúsman Valenzuela
Sri Vájera Yogui Dasa (Autoridade Iniciática Ocidental do SDM)

Pregunta: La cuarta clase en que se dividió los sueños, es decir los sueños Proféticos,

tiene mayor atracción para mí, ¿No le parece extraordinario que lo que hemos soñado ahora, se realice exactamente igual dos o más años después? ¿Qué esos mismos sueños nos prevengan de males o nos guíen al éxito?

Respuesta: No hay duda que los sueños proféticos tienen gran importancia, pera ya verá

usted, cuanto más interesante es la quinta y última sub-división. Claro que esta fase de la ciencia de los sueños es difícil que la comprueben los seres del mundo corriente. Comenzaré esta explicación relatando una experiencia mía.

Yo, cuando niño, solía tener una tremenda pesadilla. Se me repetía con intervalo de dos o tres años. Al comenzar dicha pesadilla, yo me decía en el mismo sueño: “Esto ya lo he soñado”. Y como la visión era espantosa, yo mismo repetía. “Esto es tremendo, no quiero volver a soñarlo”. Pero parece que el disco grabado en mi alma era forzado a terminar su desarrollo por una interna fuerza oculta. A pesar del inmenso esfuerzo que hacía para detener la repetición de la marcha de las desagradables visiones con sus respectivas sensaciones y pensamientos, la pesadilla se realizaba hasta terminar completamente su desenlace.

Se trataba de esto: me veía ir por un bosque inmenso, acompañado de un amigo. En una parte del sendero veo una culebra que salta sobre mí y me muerde, inoculándome su mortífero veneno. Vi también que mi amigo corre donde estoy, con el propósito de defenderme y matar a la serpiente. Más, desgraciadamente, la víbora salta también sobre él y lo muerde.

Yo, tal como si lo estuviera realmente viviendo, me sentía, morir y, con gran desesperación, gritaba llamando a mi madre. Perdía el conocimiento. Era la muerte. En ese momento despertaba bañado de transpiración, con el corazón latiendo intensamente y todo mi Yo envuelto por el terror.

Pasaron así muchos años y yo tendría ya unos cuarenta años, cuando por motivo de una iniciación especial, los Maestros del Mandalam, por medio de sus místicos poderes, examinaron mis vidas pasadas. Al hacer tan trascendente examen, una noche volví a soñar la pesadilla de la serpiente, con una serie de detalles, solamente interesantes para mí, y, cuál no sería mi sorpresa, al recibir días después una carta aérea del Iniciador Srinivasachariar, el cual me comunicaba el resultado del examen de mi vida anterior. En esa carta, que conservo como reliquia, al describir los Maestros mi anterior existencia, me relatan la muerte que yo tuve en mi vida anterior y dicho relato concordaba con la pesadilla que, con tanto espanto se me repetía desde mi niñez. Y lo asombroso es que yo nunca había comunicado a nadie tal sueño y el que me escribía, vivía al otro lado del mundo. Después de esto, estudiando los libros sagrados de la India, llegue al conocimiento de que cuando un sueño se repite en idéntica forma, es casi seguro que se trata del recuerdo espiritual de alguna experiencia de vidas pasadas.

Pregunta: Dígame… ¿cómo se producen esos recuerdos de las vidas pasadas si el ego o espíritu está encarnado en un nuevo cuerpo y por lo tanto posee otro cerebro?

Respuesta: La memoria, la inteligencia y la voluntad son las tres grandes facultades del espíritu. El cerebro físico no tiene ninguna facultad, es solamente el instrumento o vehículo donde el alma manifiesta las cualidades del espíritu. Cuando el cerebro físico se lesiona o intoxica, la memoria que puede transmitir el espíritu, a través de ese vehículo material se entorpece.

Pregunta: Entonces, ¿La memoria solo radica en el espíritu?

Respuesta: Sin espíritu o como diría un Brahman, sin Atma no hay vida. El Atma o la vida se manifiesta a través de las formas como: Memoria, inteligencia, voluntad y actividad. El Atma es el Eterno Individuo, es decir es el Indestructible disco espiritual que registra y conserva grabados todos los acontecimientos que le suceden a un ser en la vida. El Atma o Purusha, como también es denominado, registra hasta los más insignificantes pensamientos. Todo lo que hemos sentido, visto, oído, palpado o gustado, queda indeleblemente inscrito en el Ego por toda la eternidad. Cuando algún alto Iniciado toma contacto con una faceta de ese repositorio de la memoria, ve, siente y comprende el pasado como si realmente lo estuviera viviendo en ese preciso instante.

Es el caso de Teresa Neuman, la estigmatizada alemana. Naturalmente, hay escenas de las vidas pasadas que, debido a la mayor fuerza con que fueron impresas, resaltan sobre las otras o antes que las más débiles. Esas experiencias o acontecimientos grabados en nuestro Purusha, con mayor intensidad, son los que afloran primero, generalmente, en forma espontánea cuando meditamos, mientras dormimos o cuando se nos somete a la regresión de la memoria mediante el hipnotismo o catalepsia.

Pero, los grandes iniciados que han recibido la Yoga Devi Diksha pueden recordar con perfecta claridad, varias encarnaciones pasadas con sólo un esfuerzo de voluntad. De esa manera, ellos saben quiénes han sido en otras vidas, donde han vivido y lo que han hecho.

Aun cuando no corresponda al tema de los sueños repetidos, sobre los que estamos hablando ahora; sin embargo, creo conveniente decir que quien alcanza la maestría de examinar su propio espíritu y escudriñar sus vidas anteriores, también puede hacerlo con los demás hombres. Recuerdo que Jesucristo preguntó a sus discípulos: ¿Quién dicen los hombres que soy Yo? Y uno respondió: “Tú fuiste Elías”. Otro dijo: “Juan el Bautista”, y continuaron nombrando otros profetas del pasado. Y Jesús, sabedor de quien había sido antes, negaba los nombres equivocados, hasta que su verdadera identidad le fue señalada. Un gran Maestro puede examinar en el Atma las diferentes reencarnaciones de nuestro espíritu y revelarnos quienes hemos sido antes. Por el momento, solo quiero decir que los sueños que se repiten con insistencia, casi con seguridad son recuerdos de culminantes pasajes de nuestras vidas anteriores.

Pregunta: Que notable explicación de tan oculto misterio.

Respuesta: El conocimiento de estos hechos trae a nuestra conciencia la satisfacción inmensa de sabernos eternos en cuanto a individuos espirituales. Y que todo lo que somos es el resultado de la mayor o menor pureza y actuación de nuestro ser a través de las formas materiales que se organizan en la vida visible. De aquí se deduce el hecho de la herencia física y espiritual. Estas dos herencias serán tratadas cuando analicemos el tema de las reencarnaciones.