Escrito por: DeviMarga Dasika (Jnana Datha Acharya – Instrutora do SDM)
Segundo a linhagem do Suddha Dharma, desde 1450 estava
prevista a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva, que tem como um de seus propósitos
conduzir a humanidade à unificação.
Esse nascimento ocorreu em 1919, e ele não está entre nós em
nome de alguma religião ou de algum mestre.
Em tempo algum por nós conhecido a humanidade precisou tanto da ajuda e
orientação divina como agora.
Trarei a vocês o nascimento, vida, missão e doutrina do avatar Sri Bhagavan
Mitra Deva, manifestado em nossa era atual.
O nascimento de Sri Bhagavan Mitra Deva foi anunciado pelo Suddha Dharma
Mandalam há muito tempo.
Este nível de divindade escolhe interferir nos problemas da
humanidade nas fases em que a inteligência humana está desorientada, sob a
preponderância das forças assúricas (contrárias à lei natural), donde resulta
que vidas inocentes e seres desprotegidos esperam uma impiedosa extinção.
Os lamentos sinceros trazem a divindade em forma humana.
De seu estado passivo de observador silencioso e propulsor
invisível de todas as ações, o divino vem em forma humana, para proteger os
devotos e desamparados e remover as forças assúricas (egoístas) que retardam a
marcha da evolução da humanidade.
Advertindo agora sobre este ensinamento do avatar, vamos
investigar o ato do avatar; pois avatar é um ato, e o seu sentido estrito é
‘descida’.
Como o termo é geralmente usado em associações com
personalidades de uma sublime ordem de eminência espiritual, surge a questão:
se um ser humano, nascido com todas as fraquezas e debilidades, poderia, a
qualquer hora, ascender a este nível divino através de práticas, qualquer que
seja a grandeza de linha espiritual que achemos que ele tenha alcançado.
O Srimad Bhagavad Gita (“um canto ao Divino”), de Bhagavan
Sri Krishna, assegura que o ato do avatar é um monopólio divino, peculiar
somente ao Ishwara (consciência unitiva), mas os Homens geralmente não entendem
isto.
Portanto, nenhum ser humano pode transformar-se a si mesmo
em avatar.
Porém, essa tendência para homenagear meras personalidades
tornou-se um tipo de doença entre nós.
A ideia de que um homem pode se transformar em um avatar
parece estar se difundindo para saciar os desejos da mentalidade da massa.
Divulgar tal ideia é apenas a exploração do alicerce da fé.
Por isso é necessário, da parte dos que desejam conhecer
este mistério, usar a inteligência crítica para realmente entender as
verdadeiras implicações desse grande manancial de conhecimentos corretos,
provindos de esferas dimensionais superiores.
O Avatar da Sííntese
Retomando agora a intenção primeira, explanaremos sobre Sri
Bhagavan Mitra Deva, ou, em nosso idioma, “O Amigo Divino”, o “D’eus Solar”.
Desde 1450 estava prevista, segundo a linhagem do Suddha
Dharma, a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva no início do século XX, e que Ele
seria considerado como Mestre do Mundo.
Um de seus principais propósitos seria o de conduzir a
humanidade à unificação, em todos os seus níveis de evolução, independente de
credo, nacionalidade, casta e reino.
Nesse mesmo período (por volta de 1450), nasceram 43 grandes
instrutores no seio de várias religiões e Escolas Iniciáticas, espalhadas nos
quatro cantos da Terra, para divulgar em suas áreas princípios da Lei Eterna
(Suddha Dharma).
Em 1905, em um mosteiro oculto da Fraternidade Universal, os
mestres chegaram à conclusão de que era chegado o momento da exteriorização,
divulgação do Suddha Dharma, e concretização da manifestação de Sri Bhagavan
Mitra Deva.
Seu nascimento ocorreu na lua cheia, em 16 de janeiro de
1919, em Maharastra, Índia.
Seu pai faleceu alguns dias após seu nascimento, e ele e sua
mãe ficaram sob os cuidados dos mestres, na região sagrada de Badari Vana, no
bosque de Bilva, um dos cinco bosques existentes nas proximidades do Maha Guha,
lugar Sagrado onde habitam seres que são Anciões do próprio Tempo.
Nesse mesmo dia, ele foi submetido às suas duas primeiras
iniciações, e depois foi ninado em uma rede entre duas enormes árvores.
Foi nutrido e cuidado pelos espíritos da natureza, Apsaras e Gandharvas
(Elohins); e mais tarde, alimentado pelas aves de Nara – representantes da
humanidade.
Para a celebração de seu nascimento, estavam presentes todos
os siddha (videntes), os Senhores dos sete raios (Sapta Rishes-) e os mahatmas (Grandes Almas).
Logo após o nascimento do avatara, os mestres da
Fraternidade Universal deram início a um yagna (uma série de sacrifícios e
meditações) que durou 40 dias, invocando sobre Ele a Shakti (energia divina)
para o pleno êxito de sua missão.
Início do Trabalho
A preparação e o advento de Sri Bhagavan Mitra Deva ficaram
sob a tutela de um Deva (anjo) conhecido como Rinkhana; esse ser foi
responsável pela organização dos elementos atômicos que deveriam constituir a
forma física do Mestre, esotericamente conhecida como Devi Prakriti (matéria
incorruptível, divina, corpo de glória; não sujeita a enfermidades,
envelhecimento ou morte), condições fundamentais para que ele possa realizar
sua missão com absoluta perfeição e a distância, atuando simultaneamente em
todo o mundo, por meio dos seus poderes mentais e espirituais.
Após o seu nascimento, a hierarquia divina providenciou para
que todos os iniciados da Fraternidade fossem notificados para realizarem os
preparativos para o início do trabalho do Mestre.
Temos que deixar bem claro que Sri Bhagavan Mitra Deva não
está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre que esteve entre
nós, mas sim tem o objetivo único de restaurar a essência divina da Lei, que
certamente é a base de cada religião, mas totalmente adulterada pelo egoísmo e
ignorância do ser humano.
Conclui-se que Ele é um avatar, ou seja, um missionário para
toda a humanidade, sem exceção; e, para essa mesma humanidade, deverá operar
mudanças fundamentais e saudáveis na vida sociocultural, conscencional, etc.,
como nós já estamos vendo e vivenciando.
Ele vem trazer, também, a dissolução dos obstáculos, da
ignorância e da separatividade que predominam no seio da raça humana.
Sri Bhagavan Mitra Deva pode ser considerado também um
avatara oculto, o qual exerce sua elevada função de ajuda ao mundo sem que
todos os Homens o saibam.
Ele é conhecido por um número restrito de iniciados nos
chamados Mistérios Maiores (Ele atua em nosso campo mental e espiritual
independentemente de sua vinculação ao cristianismo, budismo, judaísmo,
islamismo, ateísmo etc.).
Seu trabalho também consiste em três etapas, a partir da
atuação na consciência humana:
1 – Transformar o homem besta em humano;
2 – Transformar o homem humano em santo;
3 – Transformar o homem santo em divino.
Chaves dos Mistérios
Sem sombra de dúvida, Ele é o terceiro/quarto de uma escala
de nove avataras, os quais estarão aqui para organizar e estabelecer a vinda do
Maha Avatar Kalki – no final deste kali yuga, daqui alguns anos –, conhecido no
Ocidente como Buddha Maitreya, ou o próprio Messias.
Sendo assim, o próprio avatar Sri Bhagavan Mitra Deva
instituiu uma ordem sob sua direção, chamada Mitra Brinda, a qual é composta
por seres humanos que têm uma ligação direta com Ele.
Como mensageiro da divina hierarquia, Sri Bhagavan Mitra
Deva nasceu em nossa época para trazer as chaves dos Mistérios Maiores,
ensinando o caminho direto não só para uma elite espiritual, mas para toda a
humanidade, através do sistema unitivo que consiste na vivência da síntese das
leis redentoras do amor, da sabedoria e da ação, método que hoje é
tradicionalmente conhecido como “autoconhecimento”.
O nível de compreensão e consciência se desenvolveu a tal
ponto no seio da humanidade que a maioria das pessoas de nossos tempos não mais
aceita as mensagens de alguns instrutores do passado, cujos ensinamentos
procuram se impor aos adeptos através de medos, ameaças e condenações
irreversíveis – ou pregando sistemas raciais que avivam a noção de separação
entre os povos.
Inaceitável, inócua e inútil para os nossos dias é ainda a
palavra do “Senhor dos Exércitos”, de um D’eus irado e vingativo, e das
infantilidades de raças eleitas e coisas do estilo, próprios de sistemas ocos e
inoperantes.
O conhecimento adequado ao Kali Yuga (Era da Síntese) é
denominado Suddha Dharma, e é efetuado através de iniciações; para conferi-las
às pessoas, o Senhor escolheu o Siddhavatara na forma adequada para a
necessidade.
Ele deve ser o diretor da Nova Fraternidade e felicidade
humana, e é através do caminho do mesmo Suddha Dharma que Ele costuma levar os
Homens para o grande objetivo.
No curso preparatório, que é dado àqueles que tomam o
caminho do S.D.M., pode-se descobrir aquela sublime arte da autoconfiança para
procurar a ajuda do divino, não fortuitamente, mas sabendo onde está esta
divindade.
Está perto e em nosso coração espiritual; é o caminho mais
fácil para aqueles que são almas devotas.
Este caminho fica difícil de andar se sua atenção é fixada
externamente como se D’Eus fosse um governador externo, mas Ele fica muito
simples quando você o coloca no trono do seu coração espiritual.
Isso não é possível, em absoluto, para aqueles que têm
adorado D’Eus somente como algo externo, e não como governador interno...portanto,
é a hora da mudança, mudando o foco para a realidade existente dentro de nós.
Aqueles que nunca acreditaram em D’Eus, de qualquer forma
que seja, nunca poderão imaginar e permitir a Ele um lugar neles mesmos, pois
isso seria muito inconveniente; eles são os Homens egoístas de ações cruéis que
se destinam à destruição – o mundo está repleto de tais seres em forma humana
(que tristeza ter de escrever isto, mas para mudarmos de verdade padrões
cristalizados pelas inúmeras remanifestações, temos que assumir a realidade de
peito aberto e franco).
A altura alcançada no externo precisa ser contrabalançada
pelo interno, e isso é o Ishwara – yoga – Suddha Dharma.
Esta é a nossa absoluta certeza na obra de Sri Bhagavan
Mitra Deva em nossos dias, cujos efeitos já sentimos em todos os níveis de
evolução material e espiritual nas últimas décadas, e nossa grande esperança do
início de uma fase de ascensão para todos os povos de nosso planeta.
JAYA !
OM TAT SAT.