OS SONHOS PROFÉTICOS
Don Benjamin Gúsman Valenzuela
Sri Vájera Yogui Dasa
(Primeira Autoridade Iniciática Externa no Ocidente do SDM)
Pergunta: Se bem me lembro, você disse que na ciência
religiosa revelada pelos Mahatmas da Índia, os sonhos são divididos em cinco
partes e até agora você fez referência a apenas dois, isto é, aos sonhos
correntes e aos simbólicos.
A explicação que você nos deu abriu um novo mundo com
infinitas possibilidades, tanto científicas quanto poéticas, peço-lhe que
continue com as explicações tão interessantes.
Resposta: A poesia e a beleza em todas as manifestações da
arte pura, na escultura, pintura, dança, música, canto e literatura, são
algumas das artes promovidas pelas religiões da Índia, sem esquecer que eles
também transmitem alegria e paz através de seus sacramentos, cerimônias e
orações chamadas: Mantras, Yapas, Kirtan e Dhyanas.
Pergunta: O Suddha Dharma Mandalam não infunde aos seus
discípulos o temor de Deus, o medo ou aversão a um demônio ou o terror a um
inferno eterno?
Resposta: Muito distantes estão os sábios brâmanes para usar
a ideia de um Deus e de sua criação para produzir terror, ódio ou exasperar
seus seguidores. Fazer isto seria para os sacerdotes brâmanes uma heresia
criminosa, que resulta apenas em más sugestões produtoras de aberrações
formadas por terror, produzindo esta torpe instrução a pior loucura, que é a
loucura do temor místico.
Quantas pessoas existem neste mundo que odeiam a Deus e
quantas são as que o negam? E tudo por causa da filosofia errada que induz ao
medo.
Pergunta: Mas você não acha que há muitos que se abstêm de
fazer o mal, porque temem a Deus e sentem temor do inferno eterno?
Resposta: Ser um homem inofensivo apenas por ser
influenciado pelo terror de um castigo eterno, não produz qualquer avanço
evolutivo para o espírito deste homem. Ser algemado pelo medo é como o ladrão
não poder roubar, porque suas mãos estão fortemente atadas por fortes algemas,
mas o desejo do roubo está latente dentro dele. Veremos como, com o estudo dos
sonhos, entenderemos a orientação divina de amar a um Deus sem temê-lo,
procurando seguir suas leis, influenciados pelo verdadeiro conhecimento das
mesmas; esse amor vindo a ser automático, fluente, contínuo e imenso. Agora,
para você se lembrar de uma das maneiras que Deus tem para nos guiar, vou me referir
à Terceira Fase dos sonhos. São os Sonhos Proféticos, formados por memórias de
ações que ocorrem em nós durante o sono, as quais, ao despertar, lembramos de
seu desenvolvimento perfeitamente normal. Não como os sonhos simbólicos, que,
como expressei anteriormente, sofrem na lembrança as distorções que os tornam,
em certo sentido, inverossímeis. Os sonhos proféticos são lembrados com grande
clareza. Há muitos deles que, após um curto período de tempo, são exatamente os
mesmos que foram vistos, outras vezes levam um mês, um ano ou muitos anos para
serem concluídos. A quarta categoria de sonhos também são proféticos, mas eles
são apagados da nossa mente física e são lembrados quando estamos em um lugar
onde fomos pela primeira vez, levando-nos a impressão exata de ter estado lá
antes.
Acontece também que, ao encontrar pessoas estranhas em uma
reunião, temos claramente a lembrança de ter feito tal reunião em um tempo sem
tempo. Estas memórias pertencem à categoria de "premonições" e, como
elas não foram suficientemente gravadas em nosso cérebro físico, ao acordar
foram esquecidas, mas não deixaram de estar na memória da alma, aflorando na
superfície física quando algo nos comove.
Quando os sonhos são fortemente impressos no cérebro físico,
então nos lembramos deles ao acordar e sua memória perdura por vários anos ou
por toda a vida. Vou começar a explicar uma das maneiras pelas quais os sonhos
proféticos ocorrem.
Lembre-se de que quando dormimos, nossa alma vai para o
plano astral ou Kama loka, ou o que é o mesmo, chegamos à localidade das
sensações, como também podemos alcançar o plano mental onde vivem os grandes
seres, quer sejam santos ou anjos, Rishis ou Devas, assim chamado pelos
sacerdotes brâmanes, podendo tais Devas fazer contato com nossa consciência, se
eles veem a necessidade de avisar-nos de algum infortúnio ou guiar-nos a uma
situação melhor. Os Devas, com seus cérebros fluidos e com as suas capacidades
búdicas, são mil vezes superiores aos homens em sabedoria e desvelam, desde as
esferas causais, as raízes dos acontecimentos. Ao relacionar tais raízes, eles
se antecipam aos eventos que irão produzir as inúmeras causas no futuro.
Imagine que alguém está no topo de uma montanha e de lá vê
que nas suas encostas corre velozmente um carro, que vai atravessar uma ponte
que tem um ou dois pilares soltos e carcomidos, faltando apenas uma pequena
sacudida para haver o colapso da ponte. Ele se comunica telepaticamente com o
motorista do carro, ou com qualquer dos passageiros, sobre o perigo que enfrentam,
dizendo-lhes: "a ponte está ruim, se você passar com o carro ela vai
cair". Então a pessoa advertida terá um palpite de que algo ruim vai
acontecer ou imagina uma ponte caindo e um carro que caminha no vazio,
antecipando assim a um fato ruim evidente. Quando é necessário dar um aviso, os
anjos dos planos superiores alertam em sonhos para os perigos, ou nos indicam
pessoas que vamos encontrar, locais que vamos conhecer ou outras circunstâncias
da vida.
Ao se comunicar mentalmente, a entidade espiritual forma
claramente em nossa poderosa imaginação do “mental superior” as imagens
correspondentes, que são transferidas para nossa memória desperta. Quando essas
experiências são bem registradas, uma das causas dos sonhos premonitórios se
produz em nossa memória física.
Pergunta: Então ... Existem outras causas que podem produzir
premonições?
Resposta: Diz-se também que, estando todos os acontecimentos
na mente onisciente do Deus na Terra, aquele que consegue fazer contato
consciente com sua Sabedoria Divina e se lembra do que não viu, não entendeu ou
não experimentou, também alcança o dom dos sonhos proféticos.
Tradução de:
Acharya, Vidya Vinayaka Dasa (Augusto Simões Cunha)
Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam
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LOS SUEÑOS PROFETICOS
Sri Vájera Yogui Dasa
(Don Benjamin Gúsman Valenzuela)
Pregunta: Según recuerdo, usted, dijo que en la ciencia
religiosa que revelan los
Mahatmas de la India, los sueños se dividen en cinco partes
y hasta ahora solamente ha hecho referencia a dos, es decir, a los sueños
corrientes y a los simbólicos.
La explicación que dio nos ha abierto un mundo nuevo con
infinitas posibilidades, tanto científicas como poéticas, le ruego continuar
con tan interesantes explicaciones.
Respuesta: La poesía y la belleza en todas las
manifestaciones del arte puro, en la
escultura, pintura, danza, música, canto y literatura, son
algunas de las artes propiciadas por las religiones de la India, sin que
olvidemos que también ellas trasmiten alegría y paz a través de sus
sacramentos, ceremoniales y oraciones llamadas: Mantras, Yapas, Kirtan y
Dhyanas.
Pregunta: El Suddha Dharma Mandalam ¿No infunde a sus
discípulos temor a Dios,
espanto ni aborrecimiento a un demonio o terror a un
infierno eterno?
Respuesta: Muy lejos están los sabios Brahmanes de emplear
la ideación de un Dios y de
su creación para producir terror, odio o exasperar a sus
adeptos. Proceder así es para los sacerdotes Brahmanes una criminal herejía,
que redunda solamente, en malas sugestiones productoras de aberraciones
formadas por el terror, produciendo esta torpe instrucción la peor locura, que
es la locura del temor místico.
¿Cuántas personas hay en este mundo que odian a Dios y
cuantas hay que lo niegan? Y todo ello por la filosofía errónea que induce al
miedo.
Pregunta: ¿Pero, no cree usted que son muchos los que se
retienen de hacer el mal, por
temor a Dios y al infierno eterno?
Repuesta: Ser un hombre inofensivo solamente por estar
sugestionado por el espanto de
un castigo eterno, que no produce ningún avance evolutivo al
espíritu del mismo hombre. El estar encadenado por el miedo es como el ladrón
que no puede robar, porque sus manos están fuertemente atadas a seguros
grillos, pero el deseo del robo está latente dentro de él. Veremos como con el
estudio de los sueños, comprenderemos la guía divina amando a un Dios sin
temerle, esforzándonos en seguir sus leyes, influenciados por el verdadero
conocimiento de ellas; llegando ese amor a ser automático, fluyente, continuo e
inmenso. Ahora, para que usted recuerde una de las maneras que tiene Dios para
guiarnos, me referiré a la Tercera Fase de los sueños. Ella constituye los
Sueños Proféticos, formados por recuerdos de actuaciones que se producen en
nosotros durante el sueño, las que, al despertar, las recordamos en su
desarrollo perfectamente normal. No como los sueños simbólicos, los cuales,
como lo exprese anteriormente, adolecen en el recuerdo de distorsiones que los
hacen, en cierto sentido, inverosímiles. Los sueños proféticos son recordados
con una gran claridad. Hay muchos de estos que, al poco tiempo se realizan
exactamente igual como fueron vistos, otras veces demoran en realizarse un mes,
un año, o muchos años más. La cuarta categoría de sueños, son también proféticos,
pero ellos se borran de nuestra mente física y vienen a ser recordados cuando
nos encontramos en un lugar donde hemos ido por primera vez, produciéndonos la
impresión exacta de haber estado ahí antes.
También sucede que, encontrándonos con personas extrañas en
una reunión, tengamos nítidamente el recuerdo de haber efectuado dicha reunión
en el tiempo sin tiempo. Estos recuerdos pertenecen a la categoría de las
“premoniciones” y, como no fueron suficientemente grabados en nuestro cerebro
físico, al despertar fueron olvidadas, pero no por ello dejaron de estar en el
recuerdo del alma, aflorando a la superficie física cuando hay algo que los
conmueve.
Cuando los sueños son fuertemente impresos en el cerebro
físico, entonces los recordamos al despertar y la memoria de ellos perdura por
años o por toda la vida. Comenzaré a explicarle una de las maneras de cómo se
producen los sueños proféticos.
Recuerde que cuando dormimos, nuestra alma pasa al plano
astral o Kama loka, o lo que es lo mismo, llegamos a la localidad de las
sensaciones, como también podemos alcanzar el plano mental donde viven Grandes
Seres, ya sean santos o ángeles, Rishis o Devas, denominados así por los
sacerdotes Brahmanes, pudiendo dichos Devas tomar contacto con nuestra
conciencia, si es que ellos ven la necesidad de prevenirnos de alguna desgracia
o guiarnos a una mejor situación. Los Devas con sus cerebros fluidos y con sus
capacidades búdicas, son mil veces superiores a los hombres en sabiduría y
divisan desde las esferas causales, las raíces de los acontecimientos y
relacionándolas se anticipan a los hechos que producirán las incontables causas
en el futuro.
Hágase cuenta que alguien está en la cima de una montaña y
desde ahí ve que en las faldas de ella corre velozmente un automóvil que atravesará
un puente que tiene uno o dos pilares sueltos y carcomidos, faltándole
solamente un pequeño remezón para que el puente se derrumbe, y le comunica
telepáticamente al chofer del automóvil o a alguno de los pasajeros el peligro
que enfrentan, diciéndoles: “el puente está malo, si pasan con el auto se
derrumbará”, la persona advertida tendrá “la corazonada” o imaginará un puente
que se derrumba y un auto que rueda al vacío, anticipándose así a un hecho
evidente. Cuando es necesario dar un aviso, los ángeles desde los planos
superiores, advierten en el sueño los peligros, o nos indican personas que
vamos a encontrar, sitios que conoceremos u otras circunstancias de la vida.
Al hablarnos mentalmente, la entidad espiritual forma con
claridad en nuestra poderosa imaginación del “mental superior” las imágenes
correspondientes las cuales son traspasadas a nuestra memoria de vigilia.
Cuando estas experiencias son bien grabadas, en nuestra memoria física se
produce una de las causas de los sueños premonitores
Pregunta: Entonces… ¿Hay otras causas que puedan producir
las premoniciones?
Respuesta: Se dice también que, estando todo acontecimiento
en la mente Omnisciente del Dios de la tierra, el que logra tomar contacto
consciente con su Divina Sabiduría y recordar lo que ahí vio, comprendió o
experimentó, alcanza también el Don de los sueños proféticos.