Esta escola nos leva para um caminho de autoconhecimento objetivando nossa autorrealização, por direções simples e sintéticas através do Supremo Absoluto ! Rua: Coriolano 169/171 Bairro: Pompéia - São Paulo/SP Tel: 3862 7321 ------------------------------- A Suddha Dharma é a fonte das religiões do mundo que nutriram no passado e continuam a nutrir atualmente as sagradas aspirações da humanidade. Ela é a raiz da Luz. (Marinês Peçanha de Figueiredo)
quarta-feira, 26 de março de 2025
Extraído da conferência de Sri Vájera Yogui Dasa datada em 22 de julho de 1934
quinta-feira, 13 de março de 2025
Súplica a Sri Yoga Devi
Participação : Inacio A. Martins (Acharya Instrutor, Devadevi Pavana Dasa)
Mangala Gayatri
Produtor: Anderson Arantes ( Sadyogi Dasa )
sexta-feira, 7 de março de 2025
A HUMANIDADE PRIMITIVA ATUAL*
Queridos,
Postarei aqui uma dose mínima (só um deguste) do que teremos
em nosso site oficial do Ashram Sarva Mangalam, que está em nutrição e em breve
estará disponível para todos !!!!!
Escolhi para esta prévia, este texto magnífico do
"Jnana Dhata Suddhacharya", Sri Vájera Yogue Dasa, nosso Mestre
Iniciador.....
Espero que disfrutem de forma amorosa, lembrando sempre que
estes estudos, foram realizados nas primeiras décadas do século
passado...portanto merecem interpretações considerando o tempo, o lugar e todas
as limitações da época.
Boa leitura a todos(as) !
Devimarga Dasika,
(JDA)
A HUMANIDADE PRIMITIVA ATUAL*
Benjamín Guzmán Valenzuela
Si Vájera Yogui Dasa
Jnana Dhata Suddhacharya,
Aquele que ama tudo, não pode odiar nada, e quem não odeia
nada já deu um grande passo para alcançar a felicidade. Felicidade que buscamos
por todos os meios que acreditamos nos conduzir a essa bem-aventurança, que às
vezes conseguimos tocar sem poder retê-la e que sempre parece se afastar mais e
mais, quanto maiores são nossos desejos. Mas quem não deseja nada? É possível
não desejar nada? Matar o desejo? Não!
Acredito que isso não seja possível, mas sim que é lógico
selecioná-los, separar os bons dos maus, pois os maus podem ser eliminados,
vencidos. Podemos ir deixando em nossa mente apenas pensamentos elevados e
sublimes de felicidade, de paz, de amor – para nossa família, nossa pátria,
nossa humanidade – e ainda ir além, respeitando o animal, o pássaro, a flor...
Pois quanto mais bela e feliz for a humanidade como um todo, mais felizes
seremos nós, que amamos a felicidade.
Todo desejo ou ideal que busca trazer felicidade, paz ou
amor ajudará a eliminar a inveja – essa que muitos deixam crescer e se
alimentar do egoísmo, que os envenena sem que, em sua ignorância, façam algo
para se livrar desses rivais internos que os impedem de desfrutar da felicidade
dos outros.
Para muitos, pode parecer estranho sentir alegria pela
felicidade dos outros, mas, na verdade, isso é algo completamente natural.
Basta amá-los, desejar-lhes o bem. Se alguém tem felicidade – seja ela
econômica, física ou intelectual –, que isso seja para aqueles que amam a
bem-aventurança um motivo de júbilo. E se virmos alguém em desgraça, alguém
sofrendo, façamos o que estiver ao nosso alcance para aliviar ou eliminar esse
sofrimento. Nossos esforços serão recompensados com a satisfação da nossa consciência.
Sim, é na nossa consciência que receberemos nossa
recompensa, e ninguém poderá tirá-la de nós, porque nós somos os doadores e os
recebedores. Sentir-nos-emos mais felizes à medida que experimentarmos mais
alegrias em nossa consciência, que se tornará mais ampla à medida que nela
guardarmos sensações mais puras e elevadas.
Ao falar de consciência, não há dúvida de que uns
compreenderão mais e outros menos, conforme suas experiências ou conhecimentos
adquiridos pelo estudo, pela meditação ou por outros meios. Mas ninguém ousaria
pensar de si mesmo que é um inconsciente diante de todos os fatos humanos.
Não há dúvida de que quanto mais instrução e conhecimento
tivermos, melhor compreenderemos as leis humanas. Por isso, não há motivo para
não estudar e investigar as causas da dor e da felicidade.
Aqueles que se perguntam sobre o caminho a seguir para
alcançar uma felicidade segura e completa podem estudar os que mais se
aprofundaram nesse assunto e que deixaram seus ensinamentos sobre esse grande e
essencial problema. Mas antes, devemos estudar os povos, analisar os homens por
seus traços gerais, aceitos hoje por toda pessoa de ciência.
A Humanidade Primitiva Atual
Este título pode parecer contraditório e ilógico para
muitos, mas será compreendido ao se ler o que exponho a seguir.
Digo Humanidade Primitiva Atual porque farei um pequeno
resumo e comparação entre as formas de pensar e de enxergar a vida dos povos
que, em nossa era, ainda vivem e pensam como nossa raça vivia há milhares de
anos. E isso está cada vez mais documentado pelos mais recentes descobrimentos
arqueológicos, resultado dos grandes trabalhos de escavação realizados pela
Mission Scientifique da França, assim como por investigações inglesas e alemãs
nos solos do Egito, da Pérsia, da Índia, da Austrália etc.
A Religião Primitiva
A partir do resumo desses dados, podemos extrair a religião
primitiva, ou seja, a religião que existiu entre a época Terciária e a
Quaternária, que, em essência, é idêntica em todas as religiões, conforme
demonstram os estudos comparativos históricos e científicos sobre os
monumentos, cavernas repletas de desenhos e pinturas, bem como a posição dos
cadáveres encontrados adornados com colares, amuletos, fetiches etc.
Segundo os símbolos gravados nesses objetos, acreditava-se
que possuíam qualidades espirituais ou mágicas, demonstrando uma crença em um
mundo superior. O mesmo padrão pode ser observado, por analogia, em povos
indígenas da Austrália, África, os araucanos e muitas outras comunidades que
ainda se encontram no nível dos homens primitivos.
Até hoje, não existe e nunca foi encontrado um povo ou raça
que não possua a ideia ou fé em um poder consciente e criador do Universo,
secundado por legiões de forças benéficas ou malignas, que ajudam no grande
plano do Primeiro Poder.
Na África, por exemplo, o médico e o adivinho geralmente
desempenham o mesmo papel, pois acredita-se que todo mal vem de uma alma
ofendida, à qual são oferecidos sacrifícios, oferendas e rituais mágicos.
Por exemplo, é comum ver, nas costas sudoeste da África, o
Ngangga mielongo ou médico realizar a seguinte cerimônia para curar um paciente
com dor localizada:
Ele esculpe uma figura representativa do doente e a submete
a uma série de cerimônias mágicas.
Depois, coloca na boca um pedaço de madeira ou um pequeno
objeto e começa a sugar o boneco na parte correspondente à área afetada do
paciente.
Em seguida, ele cospe a madeira no fogo, onde o
"espírito do mal" é queimado e, assim, afastado do paciente.
Se a pessoa se sente aliviada, a cura foi bem-sucedida. Caso
contrário, significa que não é digna de ser curada e deve aceitar o castigo.
Os gris-gris africanos – objetos usados como talismãs contra
espíritos malignos – passam por uma série de cerimônias magnéticas, que os
colocam em uma condição vibratória capaz de afastar entidades negativas e
atrair as positivas. Entre os objetos mais comuns estão conchas nacaradas,
cabeças de serpentes e garras de animais ferozes. As serpentes, em particular,
recebem um culto especial. Em Weida (Dahomey), existe até um templo repleto de
cobras sagradas.
Isso não significa que os africanos adorem a matéria, mas
sim que veneram o espírito ou entidade que foi ligado ao objeto.
Para maior clareza, transcrevo aqui um relato do R.V. Padre
Bandin sobre a morte de um feiticeiro:
"Nas costas dos Escravos, ao falecer um grande
feiticeiro, todos os seus fetiches foram retirados de sua cabana como se fossem
meros objetos inúteis. Perguntei aos negros por que os desprezavam daquela
forma, e me responderam que os deuses já não estavam ali, pois haviam partido
com seu servidor falecido."
Isso mostra que o feiticeiro tem o poder de influenciar a
matéria, tornando-a um canal de conexão com forças espirituais.
Na realidade, essa prática ainda é realizada em todas as
religiões, mas sob nomes diferentes, como bênção ou consagração de estátuas,
imagens, cruzes ou outros objetos considerados sacramentais.
Da mesma forma, cada religião possui seus próprios signos
religiosos, representando forças espirituais de acordo com a intenção da
oração.
Por exemplo:
O deus Chatala, deus da luz, recebe orações diante de um
tabuleiro branco, pois essa é sua representação simbólica.
Oke, deus das montanhas, é representado por uma pedra.
Ogún, o ferreiro divino, é simbolizado por um pedaço de
ferro.
Isso não tem nada de ridículo, como algumas seitas
religiosas modernas tentam fazer parecer. Afinal, até no Cristianismo, são
aceitos símbolos como a cruz, o peixe, o cordeiro e o pombo, representando
estados espirituais.
Crença na Reencarnação
É uma crença comum entre os povos africanos que as almas,
após desencarnarem, voltam a nascer novamente. O R.P. Baudin relata o caso de
uma mãe que tratava seu filho com extremo carinho e se submetia a todos os seus
caprichos porque o feiticeiro havia declarado que o recém-nascido era seu avô
reencarnado. O Dr. Barret, em seu livro "África Ocidental", menciona
um caso ocorrido em Porto Novo:
"Certo dia, falava-se sobre um mago que havia morrido
em uma guerra e que, segundo diziam, acabava de renascer. O bebê possuía uma
marca acidental na testa, que foi considerada como a cicatriz da bala que o
matou na vida passada. A mãe afirmava que aquele bebê era seu falecido marido,
que havia retornado ao lar na pessoa de seu filho."
Poderia citar muitos outros exemplos relatados por geólogos,
historiadores e missionários, mas o essencial é que toda a África acredita
firmemente em um Deus supremo e na reencarnação da alma.
Digo "um Deus supremo" para esclarecer que os
africanos não são politeístas ou idólatras, como muitos pensam, mas sim que
reverenciam um ser supremo, pai e criador de seus filhos espirituais e das
diversas manifestações no plano físico.
Esse ser supremo recebe diferentes nomes em diversas
regiões:
Jonkina nas Costas do Ouro,
Olorun entre os Yorubás,
Tsuikoab entre os Hotentotes,
Ngadzi em Zanguebar, onde ele se comunica com seus iniciados
através do som de uma flauta sagrada.
Muitas vezes, os povos africanos são julgados erroneamente
como idólatras, e considerados separados da verdade. Isso ocorre, talvez, pela
falta de conhecimento comparativo entre religiões ou pela ignorância sobre o
idioma e o significado espiritual de seus ritos e palavras.
A Escolha do Feiticeiro
Vale destacar que, entre os negros, sobretudo os do Gabão,
existem classes sociais bem definidas. Aqueles que ocupam a classe mais alta
são os escolhidos para desempenhar o papel de feiticeiros. A seleção ocorre
entre crianças de sete a dez anos, que são educadas e treinadas de forma
especial para desenvolver suas habilidades espirituais.
Na revista francesa "Coloniale", é detalhada a
última cerimônia à qual um aspirante a feiticeiro é submetido. Em primeiro lugar, o aspirante é banhado com
uma infusão feita de cento e uma plantas diferentes. Em seguida, ele tem o
corpo envolto com uma faixa de palmeira jovem, e então, junto aos feiticeiros,
segue em procissão ao redor do bosque sagrado. Neste momento, acontece a
cerimônia principal: trata-se de descobrir se o Mestre aceita ou não o ministro
que lhe é oferecido.
Aquí está como ocorre a consulta:
O menino é sentado em um banco fetiche.
Os feiticeiros lavam sua cabeça novamente com a decocção de
ervas e invocam, em alta voz, o fetiche ou mestre.
O chamado é repetido três vezes, enquanto os feiticeiros
dançam e saltam ao redor do neófito, ao som ensurdecedor de tambores e
instrumentos metálicos.
Quanto mais estrondoso o barulho, mais solene é a festa,
segundo a crença dos negros.
Pouco a pouco, o aspirante começa a demonstrar sinais de
possessão espiritual:
Seu corpo treme,
Seu olhar fica perdido,
Ele entra em um estado de excitação intensa, a ponto de ser
necessário segurá-lo para evitar que se machuque ou cause danos a outros.
Nesse momento, todos os presentes aclamam o fetiche,
gritando de alegria:
"Oricha oh! É o fetiche! Orichagun oh! Ele está
possuído pelo fetiche!"
Após horas de barulho e frenesi, o objeto fetiche que esteve
em contato com o iniciado é retirado. Aos poucos, ele recupera a consciência,
saindo do estado de transe ou hipnose, para, finalmente, cair no abatimento.
Essas cerimônias são sempre acompanhadas de grandes
sacrifícios – tanto de animais quanto humanos –, onde o sangue é bebido junto
com licores fortíssimos.
Das Tradições Africanas às Americanas: Os Povos Indígenas
Agora, saindo da África e indo para a América, continuemos
nosso estudo. Vejamos, por exemplo, os Peles-Vermelhas. Eles acreditam no
Grande Sopro ou Grande Manitú, que dá vida e sustenta os manitús ou espíritos
que habitam a natureza.
Esses espíritos são reverenciados como seres extremamente
poderosos e vingativos, responsáveis por:
Criar as flores e as árvores,
Fazer correr os rios,
Acender as estrelas no céu.
Mas, por serem vingativos, não perdoam qualquer ofensa feita
a eles ou às suas criações. A única forma de obter perdão é se a ofensa for
cometida inconscientemente. Por isso, antes de irem para a guerra, os indígenas
realizam grandes cerimônias com consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pois
acreditam que os danos causados sob efeito da bebida são responsabilidade do
espírito do álcool.
Os Caribes, das Antilhas e das costas americanas, quando
foram descobertos, acreditavam que cada indivíduo possuía um espírito protetor,
chamado Chemi, que o guiava na luta diária.
Para eles, a alma humana era dividida em três partes:
A alma dos braços (ligada à força física),
A alma da cabeça (ligada à inteligência),
A alma do coração (Poyé, a única que sobrevive após a
morte).
No Brasil, entre os Botocudos, acredita-se no Espírito
Primeiro, chamado Tupã, que comanda uma hierarquia de espíritos superiores,
como:
Yurupari,
Gurupiras,
Apoyacues, entre outros.
Nas ilhas da Polinésia, acredita-se na existência de um anjo
guardião, chamado Tiki, além de divindades naturais representadas pelo Sol, as
estrelas, os rios e as fontes. Essas divindades são chamadas Atuas, mas, acima
delas, está o Grande Tiki, que governa todas as forças espirituais.
Os Samoanos acreditam que enterrar um cadáver sem cerimônia
fúnebre é o pior castigo que se pode dar a uma alma.
Na Micronésia, o culto aos mortos é considerado um dos mais
benéficos, razão pela qual guardam os crânios de seus ancestrais, pois
acreditam que neles reside a alma.
Na Austrália, há a adoração de um Grande Deus, seguido por
uma corte de divindades inferiores.
Em Madagascar, os nativos acreditam que possuem duas almas:
Saina, a alma mortal,
Matoatoa, a alma imortal.
Já nas regiões geladas da Finlândia, encontramos a fé no
Grande Pai dos Deuses, cercado por uma corte de divindades chamadas Haltias e
Tadebeyos, que determinam as felicidades e dores da vida.
Eles acreditam que são essas divindades que:
Criam as sementes das árvores,
Dão vida aos filhos das mães,
Guiam os instintos dos animais.
E assim poderíamos continuar nosso estudo sobre os poucos
povos que ainda vivem isolados da civilização moderna, sem serem afetados pelo
ruído ensurdecedor do progresso.
A Religião e a Busca pela Verdade
Ao longo dos séculos, todas as civilizações da África, Ásia,
Europa e América foram gradualmente transcrevendo seus sentimentos espirituais
em livros e escrituras sagradas.
Entretanto, essas escrituras acabaram dogmatizando e
limitando a inspiração infinita do espírito humano.
Não precisamos de livros para conhecer Deus. Basta olharmos
para a perfeita ordem da Arquitetura Cósmica, que sempre indicará a existência
de um Construtor infinitamente sábio que a criou. Os livros são apenas
registros intelectuais, fragmentos retirados por diferentes indivíduos do vasto
oceano das maravilhas criadas.
O Senhor da Criação falará a cada um conforme sua capacidade
de ouvir, sem se restringir aos limites da palavra humana, pois muitos
sentimentos internos não podem ser expressos nem por palavras, nem por gestos
ou símbolos.
Se já é difícil ou até impossível registrar a voz divina nos
limitados caracteres de um alfabeto, muito menos podemos tentar engaiolá-la em
um único livro.
No entanto, a Sua voz pode ser ouvida dentro da paz e da
tranquilidade da nossa consciência, sem limitações de qualquer espécie. E
sempre a ouviremos, até onde nossa capacidade permitir. Se não conseguirmos
compreendê-la claramente, não seremos condenados por isso, pois o Sábio conhece
a nossa pequenez e nos ajudará enquanto precisarmos de auxílio. Ele não nos
imporá obstáculos ou maldições em nossa busca por uma vida superior. Assim,
aprenderemos a reconhecer Sua voz em nós mesmos, na humanidade e na criação.
Essa voz divina, quando passa pelos povos primitivos e incultos, é expressada
de maneira selvagem. Mas, quando passa pelos sábios iniciados, é expressada com
sabedoria. Porém, em essência, é sempre a mesma voz superior, a voz do Eterno
Amor e da Paz, conduzindo a humanidade em harmonia com as leis cósmicas e o
grande ritmo da evolução do espírito.
*Tradução feita a partir do texto original em espanhol por
Kalamata Dasika (Marina Elisa), Servidora no Ashram Sarva Mangalam de São
Paulo.
LA HUMANIDAD PRIMITIVA ACTUAL
Benjamín Guzmán Valenzuela
El que lo ama Todo, no puede odiar nada y el que nada odia
ya tiene dado un gran paso para llegar a la felicidad; felicidad que buscamos
por todos los medios que creemos nos conducen a esa Dicha que a veces
alcanzamos a rozar sin poderla detener y que siempre la vemos alejarse más y
más, cuanto mayores son nuestros deseos.
¿Pero quién no desea nada? ¿Es posible no desear nada?
¿Matar el deseo? ¡No!
Creo que no es posible, pero sí que es lógico
seleccionarlos, apartar los buenos de los malos, que los podemos aniquilar,
vencer e ir dejando en nuestra mente pensamientos elevados y sublimes de
felicidad, de paz, de amor, para nuestra familia, patria, humanidad y aún
avanzar más respetando el animal, el ave, la flor…. Pues cuanto más bella y
feliz sea la humanidad toda, la creación, tanto más felices estaremos nosotros
los que amamos la felicidad.
Todo deseo o ideal que tienda a hacer feliz o a dar paz o
Amor, irá matando la envidia que muchos dejan crecer y alimentarse con el
egoísmo que los envenena, sin que hagan nada en su ignorancia por concluir con
estos rivales que no los dejan gozar con la felicidad de los demás.
Extraño será para muchos esto de gozar con la felicidad de
otros y sin embargo es tan natural, solo se necesita amarlos, querer su bien,
que si alguno tiene felicidad ya sea económica, física, intelectual, sea para
los que amamos, la dicha, un motivo de gozo, y si vemos alguna desgracia, algún
sufrimiento, tratemos lo que nos sea posible de aliviarlo o de suprimirlo,
quedando nuestros esfuerzos altamente recompensados con la satisfacción de
nuestra conciencia.
Si, en nuestra conciencia es donde recibiremos nuestro pago,
que nadie podrá quitarnos porque nosotros somos los donantes y los recibidores
y nos iremos sintiendo más felices a medida que recibamos más placeres en
nuestra conciencia que se ira haciendo mucho más amplia al guardar en ella
mejores y más puras satisfacciones.
También al decir conciencia no hay duda que unos trataran
más y otros menos, según hayan sido sus experiencias o conocimientos adquiridos
por el estudio, la meditación o por cualquier otro sistema; pero nadie se
atreverá a pensar de si mismo que es un inconsciente para todos los hechos
Humanos.
No habiendo duda que cuanto más instrucción o conocimiento
tengamos, mejor podremos comprender las leyes humanas, así es que, no hay
porque no estudiar y escudriñar las causas del dolor y de la felicidad.
Los que preguntan sobre este sentido, sobre que conducta o
que sendero se debe seguir para llega a una segura y completa dicha; pueden
estudiar a los que más han profundizado y dado sus enseñanzas sobre este
primordial y grandioso problema.
Pero antes estudiaremos los pueblos, analicemos los hombres
por sus rasgos generales aceptados hoy por todo hombre de ciencia.
La Humanidad Primitiva Actual.
Este título que parecerá a muchos contrario e ilógico se
comprenderá cuando se hayan leído lo que a continuación expongo:
Digo Humanidad Primitiva Actual, porque voy a hacer un
pequeño resumen y comparación en la forma de pensar y de contemplar la vida por
los pueblos que en nuestra actual época viven y piensan como nuestra raza vivió
hace miles de años y cuya historia cada vez más completa por los últimos
descubrimientos sacados de los grandes trabajos de excavación arqueológicas
hechas por la “Mission Scientifique” de Francia como los de igual índole
inglesa y alemana en los suelos de Egipto, Persia, India, Australia, etc.
Así que del resumen de estos datos, podemos extractar la
religión primitiva, es decir, la religión comprendida entre la época Terciaria
a la Cuaternaria que es en el fondo igual e idéntica en todas las religiones,
según se comprueba por los estudios comparados históricos y científicos del
exámen de los monumentos, cavernas llenas de dibujos y pinturas, lo mismo que
la posición o colocación de los cadáveres, con collares, amuletos, fetiches,
etc. Que según los signos en ellos grabados, debían tener cualidades
espirituales o mágicas, demostrando la creencia en un mundo superior, lo mismo
que actualmente podemos ver por analogía en los salvajes de Australia, África,
araucanos, y muchos otros pueblos que todavía se hayan al nivel de los hombres
primitivos.
Hasta ahora no existe y no se ha encontrado pueblo o raza
que no tenga la idea o fe en un poder consciente y creador del Universo,
secundado por legiones de fuerzas benéficas o malignas, que ayudan al gran plan
del Primer Poder.
En África el médico y el adivino generalmente desempeñan el
mismo oficio, pues tienen la creencia que todo mal proviene de un alma ofendida
a la cual se le ofrece toda clase de ofrendas y conjuros.
Por ejemplo es frecuente ver en las costas S.O. del África
al Ngangga mielongo o médico llevar a efecto la siguiente ceremonia para sanar
de algún dolor local a un paciente.
“Hace una figura representativa del enfermo a la cual le
hace pasar por una serie de ceremonias de magia, después de lo cual el médico
se echa a la boca un pedazo de madera o algún objeto pequeño y chupa el muñeco
en la parte que corresponde al mal que se desea sanar, después escupe el pedazo
de madera al fuego donde se quema el espíritu del mal que ha sido atraído a la
madera, por el poder del brujo médico se aleja y abandona al enfermo, que debido tal vez a la sugestión de la ceremonia
se siente aliviado. En caso contrario
quiere decir que no es digno de ser sanado y hay que conformarse con el
castigo”
Los grisgrís africanos u objetos preservativos de los
espíritus perversos pasan por una serie de ceremonias magnéticas que los ponen
en una condición vibratoria que aleja a las malas entidades y atrae a las
buenas sirviendo para este objeto nacaradas conchas, cabezas de serpientes,
garras de fiera; sobretodo a las serpientes se les da un especial culto
existiendo en Weida (Dahomey) un templo lleno de culebras sagradas.
Esto no quiere decir que el africano adore la materia, sino
que el espíritu o entidad que ha sido ligado al objeto.
Para mayor claridad transcribo aquí como relata el R.V.
Padre Bandin la muerte de un fetichero
En las costas de los
esclavos, dice:”Habiendo muerto nuestro vecino el Gran Fetichero, fueron
retirados de su cabaña todos sus fetiches como otros tantos objetos ya
inútiles. Pregunte a los negros porque los despreciaban de tal modo y me
afirmaron que ya no estaban los dioses, pues se habían ido con su servidor
difunto”
Como se comprende el Fetichero es un individuo que tiene el
poder de influir sobre la materia para hacerla atrayente a las fuerzas
suprafísicas.
Todo esto se hace y se practica hoy día por todas las
religiones con el nombre de Bendición o consagración de estatuas, imágenes,
cruces o cualquier otro objeto según ellos sacramental.
Así ellos tienen también sus signos religiosos
correspondiente a ideas de fuerzas espirituales en una u otra modalidad según
sea el sentido a que va dirigida la plegaria, representando a sus divinidades
según el signo que les corresponde.
Por ejemplo el al Dios Chatala, dios de laluz, se les hacen
sus oraciones ante un tablero blanco, que es el signo que le corresponde. Oke, dios de las montañas es representado por
una piedra, Ogún el vulcano negro, por un pedazo de hierro.
Esto no tiene nada de ridículo como algunos sectarios de
nuestras religiones modernas, pretenden hacerlas aparecer, pues aún en el
cristianismo, son aceptadas las figuras de una cruz, un pez, el cordero, el
pichón como signos representativos de estados espirituales.
Es creencia general entre los negros, que las almas una vez
desencarnadas vuelven de nuevo a repetir sus nacimientos.
El R.P. Baudin relata el caso de una madre que trataba a su
hijo con sumo cariño, y hasta se sometía a sus caprichos, porque el Fetichero
había declarado que el recién nacido era el abuelo de la madre.
El Dr. Barret, en su libro “Afrique Occidentale” dice:”Un
día residiendo yo en el Porto Novo, hablose de un mago, muerto en la guerra y
que, según decían acababa de nacer otra vez.
El niño llevaba en la frente una marca accidental, que fue declarada
proceder de la bala que lo mató; la madre afirmaba, que era su difunto marido
que reaparecía en el hogar en la persona de su hijo”
Puedo citar muchos otros ejemplos, relatados por geólogos,
historiadores o misioneros, pero baste decir que de éstos estudios se desprende
que toda el África cree positivamente en un dios superior y en un alma que
muere y vuelve a renacer.
Digo en un Dios superior para constatar que no son los
negros salvajes, una raza que adore muchos dioses, sino que reverencian a un
ser supremo, padre y formador de sus hijos espirituales, como de las diversas
manifestaciones en el plano físico.
Siendo este ser supremo, designado en las costas de oro con
el nombre de Jonkina; Oloron por los Yorubas; el gran espíritu de los
Hetentotes es Tsuikoab, o en Zanguebar el Gran Ngadzi que se comunica a sus
iniciados por el sonido de su flauta sagrada.
Se equivocan casi siempre los que juzgan a estos
pueblos, como idolatras, y enteramente separados de la verdad; debido
tal vez a la falta de comparaciones religiosas o a la ignorancia del idioma y
significado que envuelven sus ritos y palabras en el sentido del alma.
También conviene advertir que entre los negros sobre todo en
los del Gabon, existen clases sociales, siendo de la más alta clase social de
donde se escoge la persona destinada a desempeñar el oficio de Fetichero,
teniendo dicha persona de siete a diez años, al que se le educa y dirige en
forma especial.
En la revista “Coloniale francesa”, se detalla la forma de
la última ceremonia a que se somete al aspirante:
“En primer lugar se
le baña en un agua en que se han hecho hervir ciento una plantas
diferentes. Se le ciñe el cuerpo con una
cintura de palma tierna, y se sigue con los feticheros una procesión en torno
al bosquecillo sagrado, entonces se verifica la ceremonia principal. Se trata de saber si el Maestro acepta o no,
el ministro que le proponen. He aquí
como se le consulta. El niño se sienta en un banco fetiche, los feticheros le
lavan la cabeza de nuevo con la decocción de yerbas y llaman en alta voz al
fetiche o maestro, tres veces renuevan su llamamiento, y al mismo tiempo danzan
y brincan en torno al neófito, mientras tambores y herrajes de toda suerte
hacen un ruido ensordecedor, porque los negros mientras más infernal es el
estruendo, más solemne es la fiesta.
Poco a poco el aspirante que ha de mostrar a todos que el
espíritu le invade, empieza a estremecerse, su cuerpo tiembla, su mirada se
extravía y no tarda en excitarse de tal manera, que a menudo hay que sujetarlo
para impedir que se lastime o cause daño a los demás. Entonces todas las personas presentes aclaman
al fetice dando gritos de alegría, ¡Oricha oh!
¡Es el fetiche! ¡Orichagun Oh! Está poseído del fetiche”
Después de algunas horas de estruendo y frenesí retiran el
objeto fetiche puesto en contacto con el agitado, que recobra poco a poco los
sentidos, cesa su estado de furor o de hipnosis para ceder el puesto al
abatimiento.
Siempre estas fiestas y otras similares, son acompañadas de
grandes sacrificios, de animales y humanos donde la sangre se bebe junto con
los licores más espirituosos y fuertes, que es dable concebir.-
Pasemos del África a la América y sigamos nuestro estudio,
veamos por ejemplo a los pieles rojas.
Ellos creen en el gran Soplo o gran Manitú que da vida y
mantiene a los Manitus o espíritus que habitan en la naturaleza.
Reverencian a éstos soplos como a seres muy poderosos y
vengativos, encargados de formar las flores y los árboles, hacer correr los
ríos y encender las estrellas. Pero son
vengativos porque no perdonan ninguna palabra ni ningún perjuicio que sea
dirigido a ellos o a sus obras.
Únicamente son dignos de perdón cuando han hecho la
inconscientemente, así es que por esto sus guerrillas o luchas son siempre
preparadas con grandes libaciones de bebidas alcohólicas y los daños causados
de esta manera es responsable el espíritu del licor.
Los Carbes de las Antillas y de las costas Americanas creían
cuando se les descubrió en que cada individuo tenía otro espiritual denominado por ellos Chemi; que
los guiaba en la lucha diaria y el alma humana la dividían en tres categorías:
la de los brazos, la de la cabeza y la del corazón.
Al morir un ser, ellos creen que el alma muscular se
concluye, junto con el alma cerebral, para quedar únicamente el Poyé, o el alma
del corazón.
Penetramos al interior de América, al centro de los vírgenes
bosques del Brasil, e interroguemos a la tribu de los Botocudos, llamados así
por los botoques o discos que se ensartan en las orejas y nos contestaron que
el Espíritu Primero, se llama Tupán y dirige a los espíritus superiores
llamados Yurupari, Gurupiras, Apoyacues, etc.
En las Islas de Oceanía, en la Polinesia, se cree en un
ángel custodio o Tiki y en divinidades naturales cuyos símbolos son el Sol, las
estrellas, los ríos, las fuentes; divinidades llamadas Atuas, sin quitar por
esto que el gran Tiki gobierna a todas las divinidades.
Los Samoanos consideran que enterrar un cadáver sin haberle
hecho ceremonias de difuntos, es el castigo peor que se le puede dar a un alma.
El culto a los muertos en la Micronesia, es considerado como
uno de los más benéficos, por lo cual guardan los cráneos de los antepasados,
donde según ellos reside el alma.
En Australia adoran al gran Dios, seguido de su corte de
divinidades inferiores.
En Madagascar, los indígenas se creen dotados de dos almas:
Saina (alma mortal) y Matoatoa (alma inmortal).
Ahora pasando a las heladas regiones de Finlandia, volvemos
a encontrar la fé en el Gran Padre de los Dioses, rodeado de su cohorte de
dioses llamados Haltias y Tadebeyos, y son los contribuyentes en las
felicidades o dolores de la vida, siendo ellos los que forman las semillas de
los árboles, dan vida al hijo de la madre y guían al animal en sus instintos.
Y así podemos ir estudiando los pocos pueblos, que quedan
sin que haya llegado hasta ellos el ensordecedor estruendo de la moderna
civilización, a turbar la plácida quietud de sus vidas.
Toda el África, el Asia, Europa o la América civilizada, ha
ido recapitulando con el lento rodar de los siglos este grito espiritual
interno e inmenso de toda una creación, en libros o en escrituras, que muchas
de ellas bajo el título de sagradas, dogmatizan y sofocan la inspiración
ilimitada del genio humano.
No tenemos necesidad de libros para conocer a Dios, para eso
tenemos el orden perfecto de la Arquitectura Cósmica, que siempre indicará al
constructor infinitamente sabio que lo formó.
Los libros solo sirven como ilustraciones intelectuales,
sacadas por uno u otro ser del océano de las maravillas creadas. El Señor de
la creación, nos hablará a cada uno según su nota, sin ceñirse para ello
a una pauta limitada y estrecha, como es la palabra humana para dar su
sabiduría, pues hay muchos sentimientos internos que no se pueden comunicar por
la palabra ni ayudada por la acción o el signo.
Cuanto más difícil o imposible será entonces grabar su divina voz con
los limitados caracteres de un alfabeto.
Pero Su palabra, se hará oír en la paz y en la tranquilidad
de nuestra conciencia, sin limitación de ninguna especie, la oiremos siempre,
hasta donde seamos capaces de escucharla.
Y si no podemos entenderla claramente, no nos condenará, pues bien sabe
el sabio lo poco que aún somos y nos ayudará mientras necesitemos de auxilio,
sin ponernos estorbos ni maldiciones en nuestra realización de una vida
superior.
Así iremos comprendiendo más y más Su voz en nosotros
mismos, en la humanidad, en la creación, voz divina, que al pasar por los
pueblos primitivos e incultos, por las almas salvajes, es demostrada por ellos
salvajemente, lo mismo que el sabio iniciado la muestra con sabiduría, pero
siempre es la misma voz superior, de Paz y Amor Eterno, para que así marche en
armonía, con las leyes Cósmicas el gran ritmo de la evolución del espíritu.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Evento, Sri Bhagavan Mitra Deva
https://youtube.com/live/QsIAbtvK6Vw
Convidamos você para uma jornada de aprendizado e reflexão em uma sequência imperdível de 3 lives dedicadas a entender quem é Sri Bhagavan Mitra Deva, sua missão e sua atuação no momento atual. Live 01: “Origem do Suddha Dharma e seus princípios” https://www.youtube.com/watch?v=QsIAbtvK6Vw Live 02: “O Advento de Sri Bhagavan Mitra Deva” https://www.youtube.com/watch?v=A4KSc3UTT20 Live 03: “A missão de Sri Bhagavan Mitra Deva e seu futuro” https://www.youtube.com/watch?v=yNTf4YdvhGo 💡 Ministradas pelo querido Acharya Sridhar Dasa, instrutor e sacerdote do Ashram Sarva Mangalam. _____________________________ ✨ Estas lives são uma oportunidade única para aprofundar seu conhecimento sobre este avatar da síntese e sua mensagem universal!!!
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Jaya Mestre amado !
Jaya Mestre amado !
O Avatar Sri Bhagavan Mitra Deva - Mestre e Proclamador da Suddha Dharma
O Avatar Sri Bhagavan Mitra Deva - Mestre e Proclamador da
Suddha Dharma
No texto de tradução inglesa do Upodghatha de Hamsa Yogui
(Introdução ao estudo do Bhagavad Gita), publicado em um dos volumes da série
“O Suddha Dharma Mandalam”, há alusão ao nascimento de Bhagavan Mitra Deva,
como um grande Mestre.
Na época dessa
publicação pouco se conhecia sobre Ele, apenas um seleto grupo de membros do
Mandalam, que ocupavam um alto nível na Organização, sabiam a respeito.
Daquela época para cá, foi compilado um elaborado trabalho
em sânscrito para divulgar seu Advento como Mestre do Suddha Dharma Mandalam e
Sua Missão. A referida publicação servirá como uma autêntica história a
respeito do assunto para preservação nos arquivos do Mandalam.
Se esta história será publicada no futuro próximo, a fim de
ser acessível aos leitores em geral, é mais do que alguém pode predizer. Os
leitores, de qualquer forma, acharão nas páginas seguintes a tradução do resumo
do memorial sobre este assunto, compilado para fácil consulta pelos membros do
Mandalam que consideram Bhagavan Mitra Deva o esperado Mestre do Mundo.
O referido sumário
conclui com o retorno do Deva para Brahma Vanan, um dos retiros secretos do
Suddha Dharma Mandalam, nas fronteiras ao sul de Kashimir. Nenhuma informação
está ainda confirmada, nem mesmo cogitada, a respeito dos subseqüentes
movimentos do Mestre Infante, que está agora com aproximadamente seis anos de idade.
Isto é
presumivelmente exato, mas é considerado prematuro entrar nessa questão agora.
Creio que devo concluir estas poucas linhas acrescentando um
comentário que pode ser encarado como a primeira exteriorização tangível dos
eventos narrados no sumário aqui traduzido.
O entusiasmo criado entre os membros do Mandalam, com
relação a esses eventos, tem sido tão veemente a ponto de fazer muitos membros,
que até então haviam se devotado ao trabalho espiritual do silêncio,
deslocarem-se para os quatro cantos do mundo a anunciar a Suddha Dharma e a
buscar reformas na vida do povo em geral, não apenas na Índia, mas também em
outros países. Dessa maneira, contribuem para materialização do bem-estar do
mundo. Assim, quatro dos mais elevados e evoluídos membros do Mandalam, a saber,
Swami Sivananda, Swami Atreyananda e dois outros membros, todos bem fluentes na
língua inglesa, dirigiram-se aos Estados Unidos da América e estão estudando as
condições do local, antes de começarem a intervenção como pioneiros nessa linha
de trabalho.
Considerando quão bem qualificados são estes ascetas para o
nobre trabalho delegado a eles, expresso meus sinceros votos desejando que um
verdadeiro contingente de trabalhadores de caráter extraordinário possa dar
impulso à causa da reconstrução, atualmente tão urgente em todas as partes.
Possa o labor abnegado deles, através da graça de Bhagavan Narayana, em cujo
nome estarão sempre atuando, contribuir para o legítimo compartilhar
concernente à realização dessas nobres esperanças que o novo Advento, universalmente
esperado para ser próximo e ao alcance humano, possa trazer.
O Advento trará com ele fundamentais e salutares
transformações na vida social, nacional e da raça através de todo o mundo, sem
as quais não poderá ser colocado um fim aos muitos males que atualmente afligem
a humanidade, e, em conseqüência disso, melhorar a condição de todos os seres
nos séculos que virão.
Om Namo Narayanaya
Sat Chit Ananda
Om Om Om
Sri Subramanya Iyer
Guindy House Madras
Dezembro de 1923
Sri Subramanya Iyer
Dr. Sri S. Subramanya Iyer Avergal, foi juiz, Presidente da
Suprema Corte de Madras, Índia, no início do século passado, e também
vice-presidente da Sociedade Teosófica. Foi escolhido pela Grande Hierarquia
Branca do Himalaia para divulgar ao mundo, em 1915, a existência desta e os
propósitos do Suddha Dharma Mandalam.
Ele foi iniciado
pelos Mestres como Ananda, o grau mais elevado da Ordem dos Swamis, passando a
chamar-se Subramanyananda. Foi ainda a Primeira Autoridade Iniciática Externa
do Suddha Dharma Mandalam. Faleceu em 1924 deixando enorme legado de elevados
conhecimentos sobre o Yoga Brahma Vidya.
A Transição - A Profecia
Sábios perceberam que, quando é proclamado, no Bhagavad
Gita, a decadência da retidão no mundo e a virtude é submetida à falência, o
Supremo Senhor de verdadeira e imaculada Vontade e Determinação, aquele que
assumiu o pesado dever de governar o mundo, ato este que ninguém a não ser Ele
pode adequadamente desempenhar, advém. Ele faz, na execução de semelhante
dever, aparecer-se Ele mesmo, ou então, toma Avatares na pessoa de Hierarcas,
para pôr fim a toda obscuridade e para restaurar e proteger a retidão e a
virtude no mundo.
Todos os anos na Lua Cheia de Vaisakha, os Anciãos do Suddha
Dharma Mandalam, que são os Siddhas, Mahayoguins, Yoguins, Maharishis e Rishis,
reúnem-se em assembléia na região sagrada de Badarivana, conhecida como Visala
Badari. Sendo eles seres de propósitos elevados visando ao bem-estar do
planeta, presidem a grande celebração durante a qual invocam e oferecem bênçãos
para o mundo. Conforme este costume, durante a celebração que teve lugar na Lua
Cheia de Vaisakha do primeiro Parva do
500° (qüingentésimo) Sankalpa
correspondente a 11 de maio de 1892, depois das preces e bênçãos
costumeiras serem feitas, teve lugar uma importante Conferência dos Grandes
Seres ali congregados.
Vajradeva, um Siddha presente na Assembléia, levantou-se e,
com júbilo, dirigiu-se a todos com grande repercussão. Ele disse que desde o
476º (quadringentésimo septuagésimo sexto) Sankalpa e aproximadamente 1450
A.D., tem havido Avatares e outras manifestações para a propagação da Suddha
Dharma e para ensinar a Yoga Brahma Vidya, ou Ciência Sintética do Absoluto.
Ele mencionou para a audiência que, com o propósito de restabelecer o Sanátana
Dharma Ancestral e colocá-lo numa base sólida, cerca de 43 Seres, que haviam se
elevado para além das nuvens, cerca de 24 Grandes Seres que eram
verdadeiramente inspirados diretamente pelo Senhor, e ainda cerca de sete
Avatares do próprio Senhor, na pessoa de Sete Grandes Siddhas: Tépana, Badara,
Nandabhadra, Dásanatha, Rinkana, Pandara e Nakayogui têm-nos visitado, desde o
referido Sankalpa. Todas essas Manifestações aconteceram em várias localidades
e países. Uma vez alcançado o objetivo da vinda dessas excelsas manifestações e
avatares, os respectivos Grandes Seres retomaram aos seus próprios planos ou
esferas. Desde então, devido ao lapso de tempo e outras causas, a influência e
a prática do Suddha Dharma têm declinado e sua promulgação urge. De acordo com
a Vontade do Senhor, é dever dos Anciãos fazer o que for necessário para
restaurar o Dharma Ancestral.
Quando Vajradeva concluiu seu discurso, o grande
ascencionado pelo Senhor, Muktadeva, dirigiu-se à audiência. Ele endossou tudo
o que o orador anterior havia dito e acrescentou que alguém, de reconhecida
posição do Mundo Exterior, seria escolhido e através dele seria feito o
empenho, tanto quanto possível, de restaurar a prática do Dharma Suddha entre
os povos. Esta será a maneira adotada para fazer cumprir a Vontade do Senhor.
Em seguida ele declarou que a respectiva restauração iria começar aproximadamente
no fim do 500º (qüingentésimo) Sankalpa e aproximadamente 1916 A.D.,
estendendo-se durante e após o referido Sankalpa. Disse ainda que, durante o
segundo Parva do 501º (qüingentésimo primeiro) Sankalpa, em meados de
1918/1919, haveria um fragmento ou uma partícula Hamsa (raio) da sete centésima
parte (7/100) do Senhor Narayana, difundindo em todas as direções do mundo e
por toda a parte, os princípios da Suddha Dharma, cuja atuação dar-se-ia
valendo-se de um Siddha. Portanto, todos deveriam empenhar-se no que fosse
necessário para os preparativos para este Magnífico Evento. Ele concluiu
dizendo que em cada dia da Lua Cheia de Maio (Lua Cheia de Vaisakha) bênçãos
especiais poderiam ser invocadas para este Avatar e para o apropriado
cumprimento deste desígnio ou missão. A proclamação foi recebida com aclamações
de júbilo pelos Mahatmas ali presentes, todos eles elevados para além das
nuvens pelo Senhor Narayana, Nara, Yoga Devi, Dakshinamurty e os Kumaras. Treze
anos após a mencionada reunião (de 1821) no Visala Badari, no 13º Parva do 500°
(qüingentésimo) Sankalpa e aproximadamente em 1905, uma Assembléia de alguns
dos Hierarcas teve lugar no Pita do Suddha Dharma Mandalam em uma colina da
Cordilheira de Kolli Range. A reunião transcorreu sob a presidência do Siddha
Yagnanandana, o Hierarca encarregado do Pita ou Sede.
O Mahatma Dharmadeva dirigiu-se à audiência, referiu-se ao
que foi dito na Conferência de Visala Badari, e observou que havia chegado o
momento de selecionar a pessoa do Mundo Exterior que haveria de ser o canal
para a propagação da Suddha Dharma; e que os Anciãos, com a ajuda de seus
poderes yóguicos deveriam fazer o indispensável para isso. Assim, em vista da
iminência do Avatar, a introdução de certas mudanças no trabalho do Mandalam
tornava-se necessária e muitas reformas na vida do povo haveriam de brotar para
assegurar a ventura a todos os seres. Quando Dharmadeva acabou seu discurso,
sete dos Mahatmas ali presentes comprometeram-se a trabalhar para esta causa
com a contribuição de seus poderes místicos.
O Avatar
É imperativo mencionar que durante a celebração da Lua Cheia
de Vaisakha no Visala Badari, na presença de 32 Grandes Siddhas, dos Sapta
Rishis ou Senhores dos Sete Raios, e de
outros Mahatmas, quando surgiu a questão da definição dos elementos sutis,
requeridos para a formação do invólucro ao redor do qual haveria de
desenvolver-se o corpo físico a ser ocupado e usado pelo Avatar, Rinkana
ofereceu-se para supri-lo com seu próprio invólucro de Devi Prakriti, criado por
suas austeridades e pelo poder de suas meditações. Este oferecimento foi aceito
por todos.
Imediatamente uma porção da Devi Prakriti do Grande Siddha
uniu-se no tempo preciso ao feto em gestação no ventre de uma mulher santa,
esposa de um cavalheiro de nobres qualidades e residente em uma das aldeias de
Maharastra. Esta criança veio a ser o veículo de um fragmento do Senhor ou um
“Hamsa” (raio). A gestação de sua mãe foi muito peculiar, de desenvolvimento
puro e admirável, completamente diferente das gestações comuns. Foi desse corpo
puríssimo que Bhagavan Mitra Deva nasceu para ser o Mestre do Mundo, vindo à
luz no dia da Lua Cheia de Pushya, do ano Kala Yukti, a saber, no dia 16 de
janeiro do ano de 1919.
A Troca da Morada e a
Celebração de Seu Nascimento
No dia da Lua Cheia de Vaisakha (14 de maio de 1919) a
Criança Divina no colo de Sua Mãe, cujo marido há algum tempo falecera, foi
transportada sob os benéficos cuidados de Grandes Seres e alcançou Srivana ou a
Floresta Bilva, uma das cinco florestas nas proximidades de Maha Guha (Grande
Gruta). As outras quatro Florestas são conhecidas como Samyak Vana, Amra Vana,
Maha Vana ou Brahma Vana e Bakula Vana. Neste mesmo dia, foi concedida à
Criança a cerimônia de Karna Vedhana (perfuração de orelha) e Annaprasana
(ritual de alimentação) e Ele foi embalado para dormir em uma rede que
balançava entre duas árvores colossais. O Avatar continuou a conviver e a
crescer nessa morada sendo nutrido e amamentado por Espíritos da Natureza da
ordem conhecida como Gamalakas e saciado adicionalmente pelos pássaros de Nara.
Em referência e consideração a esta cerimônia de Celebração do Nascimento do
Senhor pelos Grandes Siddhas, pelos Senhores dos Sete Raios e pelos Mahatmas, a
cerimônia da Lua Cheia de Vaisakha daquele ano foi adiada por um mês, e as duas
cerimônias (de maio e de junho) foram celebradas juntas pelo Mandalam, no
abençoado dia da Lua Cheia de 13 de junho de 1919.
A Entrada em Maha-Guha
O Primeiro e o Segundo Discurso
A Iniciação Vasudeva (Vasudeva Deeksha)
No ano seguinte, na Lua Cheia de Vaisakha (4 de maio de
1920), Bhagavan Mitra Deva foi retirado dos cuidados de sua mãe, e dez grandes
Mahatmas o transportaram de volta a Maha Guha entoando em uníssono o Mangalam
Sloka (versos de bênçãos).
(1) Bendito seja Mitra Deva, filho de Ganga Devi, dotado de
substância Mahatmica, para sempre bênçãos para Vós, encarnado para a propagação
da Suddha Dharma;
(2) Bendito sejais Vós, manifestado no segundo ano do
qüinquagésimo primeiro ciclo da Era Suddha neste Kaliyuga;
(3) Bendito sejais Vós, auspiciosa e divinamente encarnado,
para a proteção de tudo, agora que o mundo está em crescente irreligiosidade, e
os Dharmas apropriados estão minguando;
(4) Bendito sejais Vós, de efulgência divina, sendo a
personificação do Dharma manifestado com um fragmento (Hamsa) do Senhor
Narayana, e encarnado para a prosperidade da humanidade;
(5) Bendito sejais Vós, o Reverenciado, aquele que surgiu
aqui revestido de Deivi Prakriti formada durante eras pelas prolongadas
austeridades (tapas) do Mahatma Rinkana;
(6) Bendito sejais Vós suplicado por Sri Yoga Devi para
instruir as raças nas verdades, na prática do Dhama Ancestral e na Ciência
Sintética do Absoluto;
(7) Bendito sejais Vós, Realizador das aspirações justas de
todos os aspirantes, para Vós Brahma Deva, supremo e universal, inspirado com
os poderes de Vossa Suddha ou transcendente meditação;
(😎 Bendito sejais Vós,
glorificado pelos homens santos, dotado de excelências yóguicas, Realizador da
ação universal, para Vós sempre de abundantes e transcendentes alegrias, Amado
por todos e Mestre da Suddha Dharma;
(9) Bem-aventurado sejais Vós, sempre centrado na verdade
transcendente, de absoluta ideação, de ação universal e de transcendente Yoga;
para Vós que morais na verdade e venerado pelos devotos da veracidade;
(10) Bênçãos para Vós, grande Mestre, aquele que, neste
Kaliyuga, foi encarnado para outorgar para todos o néctar do Yogapuro, antigo e
digno de ser partilhado por todos os povos.
MANGALAM MITRA DEVAYA
GAMGEYAYA MAHAT MANÊ
SUDDHA DHARMA RACHANARTAM
GAVATIRNAYA MANGALAM
YEGAKANDA THADADHAME
SANKALPE SUDDHA LAKSHANE
VIDDIYE VADBRANY KALOU
PRAPTA RUBAYA MANGALAM
PRAVIRDE NASTYE LOKÊ
DHARME SHINE VARAVARÊ
SARVE SHANGUTHAYE SWARTA
DIVYA DEVYAYA MANGALAM
SARVA LOKHA RACHANARTAM
SHAMBU DAYA MAJAUSAYE
NARAYANAYA AMCHA BHUDAYA
DHARMA DEVYAVA MANGALAM
MAHAT MANA RINKANÊ
NASIRAM SVATA PATHA SYDAM
DEVY MANU MADIRDAYA
SANYAT ATHYAYA MANGALAM
SUDDHA YOGA BRAHMA VIDYA
DHARMAN SAYVA SANATANAM
LOKAM SHARDYDTYDAYA
YOGA DEVYAGI MANGALAM
PRADPANNA KALPA DARAVE
PRADANNA GUNA SALINÊ
PRADCHANNA SUDDHA DADVASE
BRAHMA DEVYAYA MANGALAM
PUNNYA SLOKAYA DIRAYA
PARIPURNA GUNA ATMANE
SUDDHA NANDHAYA GANDAYA
SUDDHA DEVAYA MANGALAM
SATYAYA SATYAKAMAYA
SATYADANDAYA YOGUINE
SATYA STANAYA SATYAATCHA
PARAPIRAYA MANGALAM
KALOU YOGA AMRITHAM SUDDHAM
SARVA VOGUIAM SANATANAM
LOKAM SARVAM PRASAYATE
MAHA CHARYAYA MANGALAM
Na Maha Guha ou Sublime Caverna, o Avatar sofreu a Grandiosa
Iniciação conhecida como Vasudeva Deeksha.
A Iniciação foi dada
pessoalmente por Bhagavan Vasudeva sem os rituais mântricos usuais nos casos
comuns. O objetivo desta iniciação foi remover eventuais impurezas deixadas
pela gestação no ventre de uma mulher. Após a sua Iniciação, em 22 de outubro
do mesmo ano, enquanto o Avatar permanecia em Maha Guha, por haver sido
requisitado por Rinkana, Ele concedeu seu primeiro discurso. Falou sobre
especificidades da Suddha Dharma em geral, na presença de cerca de 100 Mahatmas,
e ainda o quinto, sexto e sétimo dos Senhores dos Sete Raios: Kaladeva,
Subramanya e Devapi.
O discurso seguinte, o segundo, foi proferido em 23 de
janeiro de 1921, e versou sobre a Missão Futura dos Hierarcas.
Retorno para Srivana
Terceiro e Quarto Discursos
No dia da Lua Cheia de Vaisakha, 21 de Maio de 1921, Ele foi
retirado da Sublime Caverna para Srivana. Sri Yoga Devi, na forma materializada
que a ocasião exigia, fez sua aparição lá e concedeu o mantra para ser usado na
invocação do Avatar. Entoamos o mantra como se segue:
Aum, Saudações a Mitra Deva, Mestre de Brahmico Resplendor.
Com o coração purificado, eu me aproximo de Ti com reverência para a legítima
assimilação da Suddha Dharma.
Eu fervorosamente invoco a Luz de Mitra Deva, de Verdade
Absoluta, para que Ele possa inspirar divinamente meu intelecto para que eu
compreenda que Narayana é o Todo.
OM OM OM HRIM HIM MAN NAMAH
OM NAMO MITRA DEVAYA
GURAVE BRAHMA VARCHASE
UPASE TWAM SUDDHA DHARMA
SIDDHAYE AMALANCHETASA
TAT SUDDHAM MITRADEVASYA
TEYAH SATYAM SUDDHYMAHI
NARAYANA PARA DIVYA
DIYOYANNAH PRACHODAYAT
OM OM OM HRIM HIM MAN NAMAH
A Suprema Deusa ordenou que, como procedimento para a
prosperidade terrena e avanço espiritual, todos os membros do Mandalam deveriam
repetir esses versos diariamente, além de fazer a recitação deles em cada dia
de Lua Cheia de Vaisakha.
O terceiro discurso do Avatar foi ofertado em 11 de outubro
de 1921, e o tema foi o Dharma desta Era. Quando Ele se pronunciou novamente em
13 de janeiro de 1922, estava em Maha Guha, local para onde havia sido
transportado neste meio tempo.
Nessa ocasião Ele
falou demoradamente sobre as futuras mudanças Dhármicas e esses Discursos foram
arquivados pelos Anciãos Maiores da Aldeia de Sankhala. Também presentes ali
estavam 136 Mahatmas provenientes da Aldeia de Brahmala. Nessa assembléia o
Senhor Narayana e Yoga Devi ascencionaram alguns dos Mahatmas presentes e, ao
final do discurso, houve uma chuva de flores perfumadas.
Yoga Devi Diksha do Avatar
A Yoga Devi Diksha é a mais elevada das sete grandiosas
Iniciações. Bhagavan Mitra Deva a recebeu em 11 de maio de 1922. Um enorme
Mantap (altar) foi erigido sob a brisa fresca de Amrita Saras, um lago em
Brahma Vana, para cenário do Yagna. A Cerimônia começou em 2 de maio de 1922 e
durou nove dias. No décimo dia, que era o dia da Lua Cheia de Vaisakha,
aproximadamente às seis horas da tarde a própria Sri Yoga Devi manifestou-se na
cena, Ela mesma em essência, com a forma requerida para a ocasião, e permaneceu
em pé no sétimo degrau da escadaria do lago que continha 108 degraus. Nessa
ocasião o Avatar estava em seus braços e sua Abhisheka (cerimônia do banho) foi
oficiada naquele momento preciso, por cada um dos sete Hierarcas, 136 Mahatmas,
sete dos 32 Siddhas todos do Comando Central da Aldeia de Brahmala. Ali
presentes estavam ainda outros 47 Siddhas e 340 yoguins.
Logo depois, Ele foi levantado no braço esquerdo de Yoga
Devi. Ela tocou sua palma direita no Seu Bramaranda (no topo da cabeça) e O
iniciou.
Houve uma radiância de suave e brilhante resplendor em
frente que se estendeu por um raio de 500 milhas e houve uma chuva de leite e
flores. Um raio de Luz emanado do centro da fronte do Avatar cresceu até o
tamanho de uma lua cheia em ascensão no horizonte, subiu alto no céu e traçou
círculos sobre uma circunferência de muitas milhares de milhas convergindo e
desaparecendo na mão direita de Sri Yoga Devi que ainda sustentava a criança
acima de sua cabeça.
A cor do raio era a
mesma de Bhagavan Mitra Deva e a sua melhor descrição seria um matiz feito de
sete partes de branco e uma de vermelho.
Os Anciãos haviam gravado em seus registros que o raio ou
facho de Luz foi visto em muitos lugares, que, em algumas localidades, pessoas
castas e que eram de mente e vidas puras foram iniciadas naquele momento, e
também que para alguns membros do Suddha Dharma Mandalam a radiância apareceu
sob a forma de uma criança.
Nesse dia, em toda a superfície do planeta, ao cair da
noite, nos respectivos lugares, o raio ficou facilmente visível e isto foi um
fenômeno extraordinário e inusitado. Foi nesse dia, quando o Avatar estava com
quatro anos de idade (e cinco incluindo o período pré-natal), que lhe foi
permitido tocar o solo pela primeira vez após seu nascimento.
Quinto e Sexto Discurso
O quinto discurso do Avatar teve lugar em 30 de setembro de
1922 e versava sobre o significado da Yoga Brahma Vidya (Ciência Sintética do
Absoluto) e seus benefícios já mencionados para o mundo. O sexto discurso foi
especificamente sobre a Missão do Avatar. Ele falou sobre o propósito de seu
novo advento e discorreu sobre as obrigações dos membros do Mandalam para a
plenitude de seu trabalho. Por esse motivo foram tomadas as seguintes decisões:
1. A formação da Mitra Brinda ou Ordem de Mitra Deva.
2. Encontros e designação de oficiais em vários lugares para
proporcionar a Iniciação.
3. Organização para a remoção e transferência dos Pitas ou
Centrais de Postos Oficiais, criando e restabelecendo Sankhus, além de investir
cada um destes centros com poder.
4. Instrumentalização e inspiração dos discípulos e membros
já engajados na disseminação da Suddha Dharma.
5. Estabelecimento de 24 Yoga-Ashrams neste país e em
outros.
6. Elucidação através de escritos autorizados sobre a
existência dos Mahatmas, que irão propagar a Suddha Dharma nesses diferentes
Centros.
A Celebração do Maha-Yagna para Cooperar com o Futuro Avatar
e para a Institucionalização da Mitra Brinda ou Ordem de Mitra Deva
O Maha-Yagna foi iniciado após um lapso de cinco dias a
partir do quinto mês do quinto aniversário de nascimento de Bhagavan Mitra
Deva, portanto 5 anos, 5 meses e 5 dias após seu nascimento. Desde quando o
Yagna começou, até a sua conclusão, Bhagavan Mitra Deva, em companhia de outros
Mahatmas, ficou em Samadhi em Brahma Vana. Ele ficou a inspirar os dois
Mahatmas, Vajradeva e Ratna Deva, na
representação do ritual em que um deles representava predominante o princípio
feminino, enquanto o outro tinha a aparência masculina. Em conexão com a
apresentação ritual deste Maha Yagna, houve uma assembléia de 24 Siddhas, 24
Maha Yoguis, 24 Maha Rishis e 24 pessoas que haviam alcançado o estado de
Ananda e 12 pessoas de outros diversos graus. Incluindo os 2 oficiantes como
Mestres, eram ao todo 110 pessoas. Ali foi consagrado o mais importante Yantra
de Mitra Brinda, em 4 de maio de 1923, e juntamente com esse Yantra foram
consagrados 64 outros Yantras menores para os vários membros da Ordem usarem em
si mesmos.
Esse Yagna foi realizado próximo a Vanga Pitta, a Sede do
Mandalam em Bengala e a Avabhritam ou a consumação final da cerimônia, foi em
um lugar ao leste do Peetta, aos pés dos Himalaias.
Este Avabhritam,
aconteceu em três fases. A primeira relacionada internamente ao próprio
Bhagavan Mitra Deva, foi concluída formalmente ali e efetivamente consumada
mais tarde em Bhrama Vana.
A segunda fase foi em intenção dos dois Mahatmas e os outros
oficiais do Mandalam; foi oficiada em 3 de julho de 1923 e somente eles
participaram dela. A terceira dizia respeito aos demais membros do Mandalam
presentes e foi iniciada em 6 de julho de 1923. Após a conclusão do segundo
Avabhritam três outros Mahatmas: Vaidurya Deva, Mukta Deva e Pravala Deva
vieram para o local do Avabhritam e em 6 de julho de 1923 um Avabhritam geral,
para todos os membros foi oficiado e todos os 5 Mahatmas participaram dele.
Na ocasião do terceiro Avabhritam, foram expostos e
guardados, na metade do evento da referida assembléia, o trono, a coroa, o
bracelete, a grinalda de pérolas, o colar de todas as pedras preciosas e outros
ornamentos e vasos de ouro para serem usados por Bhagavan Mitra Deva. Todos
esses objetos foram salpicados de água santificada. Na realidade o Avabhritam
do Avatar teve lugar efetivamente em 19 de outubro de 1923 em Maha Vana.
Ele estava sentado em
um estrado de ouro sob uma árvore Banyana. Em frente a Ele havia um Kamandalu
de ouro e uma Yogadanda, ou cetro de Yoga, também feita de ouro. Ele usava uma
vestimenta tecida totalmente em fios de ouro e trazia no pescoço colares de
pérolas.
Atrás dele estavam em pé dois Siddhas Kannikas, e a própria
Yoga Devi o banhou. Trouxeram para seu banho a água que havia sido usada no
banho de Narayana e Yoga Devi, permanente em seus próprios corpos no Uttara
Badari. Este banho do Avatar é conhecido como Yoga-Abhisheka e foi realizado
durante o Navarathri, quando Mitra Deva conduziu o Navarathri Puja de Sri Yoga
Devi.
Os Siddhas que estiveram presentes lá cantaram os poucos
versos seguintes em louvor ao Avatar:
(1 e 2) Eu invoco e aspiro a refulgência do Senhor dos
Mundos, Bhagavan Mitra Deva, o Menino dos Olhos de Lótus, com um sorriso divino
em seu semblante, que tem sido venerado por todos os Siddhas e Mahatmas e que
está sentado em um estrado de ouro, estendendo a perna esquerda e com a perna
direita dobrada;
(3) Repousando a mão esquerda no joelho esquerdo, com a mão
direita exibindo o sinal átmico (Gnana-Mudra) e radiante com efulgência divina;
(4) Servido por dois Siddhas Kannikas (ninfos celestiais) e
por Yoguins, Mahatmas, Siddhas, Maharishis, Dasas, Teerthas e outros;
(5) Assim glorificado com cânticos sagrados, usando
braceletes de ouro, vestido com túnica em ouro, grinalda de pérolas adornando o
peito e iluminado com formas divinamente auspiciosas;
(6) Empunhando o cetro de Yoga, sereno, tendo diante de si o
Kamandalu de ouro, resplendoroso de glória suprema, meditando naquele que eu
entronizo como relíquia em meu Coração.
Estas estrofes descrevem o Senhor como Ele apareceu naquela
ocasião. A Cerimônia do Navarathri do ano 1923 é especialmente sagrada, porque
o Yoga-Abisheka (banho sagrado) do Senhor foi realizado durante aquela ocasião,
e também porque Ele mesmo conduziu o culto à Yoga Devi (Pooja), geralmente
oficiada durante esse período. Sendo servido por Mahatmas e outros Seres
ascencionados e sempre velando para que a elevação e o bem-estar do planeta
prossiga, o Senhor continua habitando em Mahavana.
Notas
1. Época da publicação do texto: dezembro de 1923.
2. “Todas as vezes que há decadência da retidão no mundo,
por conseguinte, oh Bharata, Eu envio Seres avançados ao mundo. E a cada
mudança de Era, Eu faço surgir meu próprio Ser no planeta, para a proteção dos
adeptos da Justiça e para depurar, moderar ou corrigir aqueles que estão
obstruindo a evolução planetária, como também para reconstituir, restaurar ou
ajustar o Dharma Ancestral”. Bhagavad Gita Cap. III vers.13 e 14
Observação: A tradução do mesmo trecho na Edição do Bhagavad
Gita, em espanhol (Cap. III vers. 13 e 14 - Edição do Suddha Dharma) é a
seguinte: 13 “Sempre que, oh Bharata, decai a retidão e sobrevém a
preponderância da injustiça, Eu Me manifesto a Mim mesmo como um Siddha para
ensinar o verdadeiro Conhecimento do Sanátana Dharma”. 14. “Para a proteção dos
justos, para a transmutação da injustiça (Adharma) em justiça (Dharma), e para
o estabelecimento do Sanátana Dharma, manifesto-Me a Mim Mesmo em perfeitas e
saudáveis Encarnações, para ajustar o Dharma de acordo com a necessidade dos
tempos”.
3. Parvo período de um ano.
4. Sankalpa unidade de cálculo de tempo de 24 anos, usada
pelos membros do Suddha Dharma Mandalam.
5. Vajradeva é o Siddha conhecido como Madhushyanda; ele é
um dos 32 Siddhas referido na 2ª sílaba do verso “Namaste Naradevaya, Namo
Narayanayacha”. As 32 sílabas deste mantra completo são as iniciais do nome de
cada um dos 32 Grandes Siddhas da corte do Senhor Narayana.
6. Tepana é mencionado na 3ª sílaba do verso citado
anteriormente. Seu Avatar foi um guerreiro budista em Hardwar.
Badara é mencionado na 17ª sílaba. Seu Avatar surgiu em um
local do estrangeiro.
Nandabadra é mencionado na 31ª sílaba. Seu Avatar também
surgiu em um local do estrangeiro.
Dasanatha é mencionado na 18ª sílaba. Seu Avatar foi
conhecido com o nome de Lord Gauranga.
Rinkana é mencionado na 19ª sílaba. Seu Avatar foi um
Sanyasin do Distrito de Trichinopoly, em Presidency/Madras.
Pandara é mencionado na 28ª sílaba. Seu Avatar foi Karunguli
Ramalingaswamy, em Chimdambaram, em Presidency/Madras.
Nakayogui seu Avatar aconteceu em Nagai Distrito de Tanjore
em Presidency/Madras.
7. Muktadeva é o mesmo Siddha chamado de Tepana, já citado
anteriormente.
8. Yagnanandana: Existem trinta e dois grandes Seres que
inspiram o conhecimento do Dharma Suddha, dirigindo sutilmente todos os eventos
importantes da história da terra em nome de Bhagavan Narayana. Yagnanandana é
um deles. Ele é o Siddha protetor da energia de todos os membros do Suddha
Dharma Mandalam. Está sempre ocupado no Yoga (poder da Síntese) e é o Senhor
dos Montes de Kolly.
9. Sapta Rishis são Narada, Vamadeva, Kasyapa,
Chandabhanukah, Kaladeva, Subrahmanya e Devapi que são respectivamente os
Senhores dos Lokas Satya, Tapas, Gnana, Mahah, Svah, Bhuvah e Bhur.
10. Devl Prakriti: Todas as manifestações existentes,
inclusive dos regentes, são controladas pela Brahma Shakti, que é também
chamada Atma Shakti ou ainda Maya. De acordo com os Mestres da Escola de
Pensamento Suddha, o termo Maya é usado quando nos referimos a Shakti de
Brahman e nunca deveria ser interpretado como ilusão ou irrealidade. Maya é um
poder de Deus (Brahman) e é tão real quanto Seus demais poderes. Este poder
manifesta-se de três formas conhecidas como Deive Maya, Esha Maya e Gunamayi
Maya. A primeira delas (Deive Maya ou Deivi Shakti) é relativa ao Paramatma e
diz respeito ao aspecto que efetua o trabalho do Paramatma no Cosmos. É através
deste aspecto da Shakti que aqueles que alcançaram o grau de Mahatma e a
libertação, trabalham em sintonia e cooperativamente com a Suprema Causa de
Tudo. A segunda (Esha Sakti) é o instrumento usado especialmente para os
grandes propósitos dos Hierarcas e outros Grandes Seres, os quais aparecem como
Avatara-Purushas para o restabelecimento do Dharma. A terceira (Gunamayi
Shakti) diz respeito a toda a evolução humana e está atualmente avançando
progressivamente. Para que a Shakti (energia ou poder) manifeste estas funções
é necessário existir a Prakriti ou Matéria Primordial. Essa Matéria Primordial
é também dividida em três classes e são conhecidas como Deivi Prakriti, Kalyani
Prakriti e Swaroopa Prakriti. Suas funções são correlatas a Deivi Maya, Esha
Maya e Gunamayi Maya. Os egos individuais em evolução nas várias esferas
residem na Swaroopa Prakriti e são envolvidos por Gunamayi Maya. Suas funções
duram no Samsara o período necessário e eles geralmente não têm a faculdade de
exercer o próprio livre-arbítrio. Aqueles Grandes Seres, que encarnaram de
acordo com a necessidade dos tempos, deste modo, transformaram-se em canais
para a difusão do poder Brahmico, geralmente residem na Kalyani Prakriti e
exercem suas funções com Esha Maya. Eles podem, por força de sua própria e
livre vontade, regular o significado e a complexidade de suas próprias missões,
as quais podem durar apenas por um instante, como foi o caso de Narasimhavatar,
ou por eras inteiras. O Paramatma e os Senhores dos Mundos estão todos
incorporados na Deivi Prakriti e atuam na Deivi Maya. Eles são capazes de
materializar as respectivas condições para o pleno êxito de suas missões.
Quando um Avatar se manifesta, um Hamsa, ou fragmento do Senhor, surge no mundo
revestido em uma destas três Prakritis. É importante salientar que na
manifestação de um Avatar com forma material (na Prakriti), Ele submete a si
mesmo às limitações da forma de matéria na qual passa a existir. A despeito
disso, ainda que haja potência na origem da Luz, é considerado que o volume da
Luz, que poderá irradiar-se dele, irá depender da transparência do
intermediador, rendido à sua energia. Assim, quanto mais opaco o intermediador,
mais nebulosa a Luz se refletirá. Grandes Avatares de Sri Ratna e Sri Krishna
incorporaram uma porção maior de Hamsas (raios ou fragmentos de energia) do
Senhor Narayana; a Prakriti ou revestimento material escolhido por eles foi
Swarupa Prakriti. Eles selecionaram e se sujeitaram às limitações desta forma
de matéria. Surgindo como homens comuns, acomodaram-se a este estado de ser.
Bhagavan Mitra Deva, tendo encarnado na mais elevada forma de matéria e
funcionando no melhor dos aspectos do Atma Shakti, está além dessas limitações.
Portanto, encarnando o menor raio do Senhor (Hamsa), Mitra Deva é, por causa da
Prakriti na qual concebeu seu ser, capaz de maiores realizações. E é
perfeitamente natural que seja assim, uma vez que, enquanto a missão dos outros
grandes Avatares foi por uma raça específica, a meta do presente advento é pelo
bem-estar e enobrecimento do mundo inteiro, estando, portanto, compromissado
com muitas raças.
11. Gamalakas: o antigo livro Adveda usa este termo
referindo-se aos Siddhas Kannikas.
12. Samadhi: Quando uma pessoa eleva a sua consciência
individual ao nível Atmico, torna-se capaz de discernimento universal. Este
tipo de estado de consciência é conhecido como Samadhi.
13. Os 32 Siddhas que foram elevados acima das nuvens
(ascencionados) pelos Senhores Narayana, Nara, Voga Devi, Dakshinamurty e pelos
Kumaras são conhecidos coletivamente como Vajra Deva, Mukta Deva, Ratna Deva,
Pravala Deva e Vaidurya Deva. Aqueles que serviriam no Yagna são diretamente
descendentes espirituais destes grandes Siddhas.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Sri Bhagavan Mitra Deva
Sri Bhagavan Mitra Deva
por: DeviMarga Dasika .
Jnana Dhata Acharya,
Bhagavan Sri Mitra Deva é um Amsa Avatar de Sri Bhagavan Naráyana.
Este Divino Enviado nasceu no dia 16 de janeiro de 1919 e sua concepção se deu no ventre de uma senhora esposa de um Maharashtra Kshatriya da cidade de Mumbay.
Uma porção de Devi Shakti do Siddha Nayaka, chamado Rimkhana uniu-se à criança que se encontrava no ventre, para formar o corpo de Mitradeva.
A união de uma porção da Devi Prakriti do Siddha Rimkhana com o feto em gestação proporcionou seu próprio, peculiar e puro desenvolvimento, diferente do comum das crianças; esse corpo é, portanto, da mais elevada forma de matéria.
Havendo falecido o pai, os Mestres do Mandalam tomaram sob sua custódia o bebê e sua mãe.
Mitra Deva é o primeiro de nove Narayanamsa que precederão a vinda do Kalki Avatar daqui a alguns anos, dependendo do quanto a humanidade irá conseguir firmar suas vibrações para concluir este Kali Yuga.
Sua missão tem como propósito principal a instauração formal dos princípios e práticas do Suddha Dharma, a Lei da Síntese para a era atual.
Apesar de encerrar um Hamsa menor de Naráyana que Rama ou Krishna, o Senhor é capaz de realizar uma finalidade maior por causa da Prakriti mais sutil da qual se formou seu corpo.
Enquanto a missão dos outros Avataras foi para uma raça, este Advento é para o bem-estar e elevação de toda a humanidade.
Em 14 de maio de 1919, mudou-se em companhia de sua mãe para Srivana.
Em 4 de maio de 1920 foi retirado dos cuidados dos construtores da matéria, ficando sob a responsabilidade de dez Mahatmas que o conduziram à Maha Guha e o louvaram como:
1. filho de Ganga Devi que, dotado de Mahátmica Prakriti, nasceu para propagar o Suddha Dharma;
2. aquele que foi revelado no segundo ano do ciclo qüingentésimo primeiro da era Suddha, neste Kali Yuga;
3. o divinamente manifestado para proteger o mundo que se encontra irreligioso, com os Dharmas extinguindo-se;
4. a personificação do Dharma, manifestado como Hamsa (fragmento) de Naráyana, para o bem-estar da humanidade;
5. aquele, vestido com a Devi Prakriti formada durante idades pelas prolongadas austeridades do Mahatma Rimkhana;
6. subordinado a Sri Yoga Devi para instruir os seres humanos nas verdades e práticas do Sanátana Dharma e no Yoga Brahma Vidya;
7. o inspirador da justa aspiração de todos os suplicantes, através dos poderes da sua meditação Suddha;
8. o Executor da Ação Universal, Aquele que é glorificado pelos homens autorrealizados, amado de todos e Mestre do Suddha Dharma Mandalam;
9. o de ideação absoluta, sempre ocupado na Verdade Transcendental, Ação Universal e Transcendental Yoga; que mora na Verdade e recebe adoração dos verdadeiros devotos; e
10. o grande Mestre que, neste Kali Yuga, nasceu para outorgar a todos o néctar do puro e antigo Yoga, digno de ser praticado por todos os povos.
Na Maha Guha, o Avatar recebeu a Vasudeva Diksha conferida por Bhagavan Vasudeva, cujo objetivo foi remover as prováveis impurezas causadas pela gestação.
Após essa Diksha, iniciou seus discursos:
1. em 22/10/1920, discursou sobre o Suddha Dharma em geral. Estavam presentes quase cem Mahatmas, Kaladeva, Subrahmanya e Devapi, o quinto, sexto e sétimo Senhores dos Sete Raios;
2. em 23/01/1921, sobre o trabalho futuro dos Hierarcas;
3. em 11/10/1921, sobre o Dharma da época;
4. em 13/01/1921, sobre as futuras mudanças dhármicas.
Esses discursos foram proferidos em Maha Vana e foram arquivados pelos Hierarcas da Aldeia de Shankala que, juntamente com 136 Mahatmas da Aldeia de Brahmala estiveram também presentes.
Durante a quarta reunião, o Senhor Naráyana e Sri Yoga Devi manifestaram sua influência em alguns dos Mahatmas presentes.
Ao final do discurso, uma chuva de perfumadas flores foram derramadas sobre todos.
Antes de proferir o 3º. e 4º. Discursos, em 2/5/1921, Mitradeva recebeu de Sri Yoga Devi o Mantra a ser usado para a Sua invocação.
Também, antes de proferir o 5º. Discurso, em 11/5/1922, o Senhor recebeu a Yoga Devi Diksha, diretamente da Mãe Divina que lhe tocou no brahmarandra com Sua mão direita.
O Avatar tinha, então, quatro anos de idade, ou cinco, se for incluído o período pré-natal. Foi quando tocou o solo pela primeira vez depois de nascido.
5. em 30/9/1922, discursou sobre o significado do Yoga Brahma Vidya e seus benefícios para o mundo; e
6. o sexto discurso foi sobre a própria missão do Avatar.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Purnima Puja Mitra Deva Jayanti
Purnima Puja Mitra Deva Jayanti
Na lua cheia de janeiro, mês “Pushya” no calendário védico é comemorado o aniversário de nascimento de “Sri Bhagavan Mitra Deva”, nascido na lua Cheia do mês Pushya do ano de 1919.
Este é um dia muito especial a todos os iniciados e simpatizantes do Suddha Dharma Mandalam em todo o mundo.
Com esta “Lua Cheia” (Purnima Puja), recomendo que neste dia todos acordem o mais cedo possível e ainda em jejum depois de um banho de preferência com água na temperatura ambiente, sente-se virado ao nascer do sol e entoe o “Mitra Gayatri” por pelo menos 108x
Om Namo Mitradevaya
Gurave Brahma Varchase
Upase Twam Suddha Dharma
Siddhayé Malachetasa
Tat Suddham MitraDevasya
Tejhssatyam Shuddhimahi
Narayana Para Divya
Dhiyoyannah Prachodayat
OM OM OM SHRIM HIM MAM NAMAH
No decorrer do dia procure ter uma alimentação mais sattvica (leve e sem carnes), pensamentos puros, procure ter um dia mais tranquilo, mais relaxado, voltado a espiritualidade.
Em dias especiais e auspiciosos como este, além de sua prática pessoal (Sadhana) para os Iniciados é muito especial realizar o serviço desinteressado ajudando ao próximo, doando alimentos e ajudando a quem tem necessidade.
Caso esteja próximo ou frequente algum templo do Suddha Dharma Mandalam, entre em contato com o mesmo para saber sobre a programação local e como será realizado as festas neste dia.
Que todos tenham um maravilhoso “Mitra Deva Jayanti” !
Namaskaram,
Erick G. Schulz,
(Jnana Dhata Acharya do Suddha Dharma Mandalam)
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Sri Bhagavan Mitra Deva – O Avatar da Síntese
Escrito por: DeviMarga Dasika (Jnana Datha Acharya – Instrutora do SDM)
Segundo a linhagem do Suddha Dharma, desde 1450 estava
prevista a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva, que tem como um de seus propósitos
conduzir a humanidade à unificação.
Esse nascimento ocorreu em 1919, e ele não está entre nós em
nome de alguma religião ou de algum mestre.
Em tempo algum por nós conhecido a humanidade precisou tanto da ajuda e
orientação divina como agora.
Trarei a vocês o nascimento, vida, missão e doutrina do avatar Sri Bhagavan
Mitra Deva, manifestado em nossa era atual.
O nascimento de Sri Bhagavan Mitra Deva foi anunciado pelo Suddha Dharma
Mandalam há muito tempo.
Este nível de divindade escolhe interferir nos problemas da
humanidade nas fases em que a inteligência humana está desorientada, sob a
preponderância das forças assúricas (contrárias à lei natural), donde resulta
que vidas inocentes e seres desprotegidos esperam uma impiedosa extinção.
Os lamentos sinceros trazem a divindade em forma humana.
De seu estado passivo de observador silencioso e propulsor
invisível de todas as ações, o divino vem em forma humana, para proteger os
devotos e desamparados e remover as forças assúricas (egoístas) que retardam a
marcha da evolução da humanidade.
Advertindo agora sobre este ensinamento do avatar, vamos
investigar o ato do avatar; pois avatar é um ato, e o seu sentido estrito é
‘descida’.
Como o termo é geralmente usado em associações com
personalidades de uma sublime ordem de eminência espiritual, surge a questão:
se um ser humano, nascido com todas as fraquezas e debilidades, poderia, a
qualquer hora, ascender a este nível divino através de práticas, qualquer que
seja a grandeza de linha espiritual que achemos que ele tenha alcançado.
O Srimad Bhagavad Gita (“um canto ao Divino”), de Bhagavan
Sri Krishna, assegura que o ato do avatar é um monopólio divino, peculiar
somente ao Ishwara (consciência unitiva), mas os Homens geralmente não entendem
isto.
Portanto, nenhum ser humano pode transformar-se a si mesmo
em avatar.
Porém, essa tendência para homenagear meras personalidades
tornou-se um tipo de doença entre nós.
A ideia de que um homem pode se transformar em um avatar
parece estar se difundindo para saciar os desejos da mentalidade da massa.
Divulgar tal ideia é apenas a exploração do alicerce da fé.
Por isso é necessário, da parte dos que desejam conhecer
este mistério, usar a inteligência crítica para realmente entender as
verdadeiras implicações desse grande manancial de conhecimentos corretos,
provindos de esferas dimensionais superiores.
O Avatar da Sííntese
Retomando agora a intenção primeira, explanaremos sobre Sri
Bhagavan Mitra Deva, ou, em nosso idioma, “O Amigo Divino”, o “D’eus Solar”.
Desde 1450 estava prevista, segundo a linhagem do Suddha
Dharma, a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva no início do século XX, e que Ele
seria considerado como Mestre do Mundo.
Um de seus principais propósitos seria o de conduzir a
humanidade à unificação, em todos os seus níveis de evolução, independente de
credo, nacionalidade, casta e reino.
Nesse mesmo período (por volta de 1450), nasceram 43 grandes
instrutores no seio de várias religiões e Escolas Iniciáticas, espalhadas nos
quatro cantos da Terra, para divulgar em suas áreas princípios da Lei Eterna
(Suddha Dharma).
Em 1905, em um mosteiro oculto da Fraternidade Universal, os
mestres chegaram à conclusão de que era chegado o momento da exteriorização,
divulgação do Suddha Dharma, e concretização da manifestação de Sri Bhagavan
Mitra Deva.
Seu nascimento ocorreu na lua cheia, em 16 de janeiro de
1919, em Maharastra, Índia.
Seu pai faleceu alguns dias após seu nascimento, e ele e sua
mãe ficaram sob os cuidados dos mestres, na região sagrada de Badari Vana, no
bosque de Bilva, um dos cinco bosques existentes nas proximidades do Maha Guha,
lugar Sagrado onde habitam seres que são Anciões do próprio Tempo.
Nesse mesmo dia, ele foi submetido às suas duas primeiras
iniciações, e depois foi ninado em uma rede entre duas enormes árvores.
Foi nutrido e cuidado pelos espíritos da natureza, Apsaras e Gandharvas
(Elohins); e mais tarde, alimentado pelas aves de Nara – representantes da
humanidade.
Para a celebração de seu nascimento, estavam presentes todos
os siddha (videntes), os Senhores dos sete raios (Sapta Rishes-) e os mahatmas (Grandes Almas).
Logo após o nascimento do avatara, os mestres da
Fraternidade Universal deram início a um yagna (uma série de sacrifícios e
meditações) que durou 40 dias, invocando sobre Ele a Shakti (energia divina)
para o pleno êxito de sua missão.
Início do Trabalho
A preparação e o advento de Sri Bhagavan Mitra Deva ficaram
sob a tutela de um Deva (anjo) conhecido como Rinkhana; esse ser foi
responsável pela organização dos elementos atômicos que deveriam constituir a
forma física do Mestre, esotericamente conhecida como Devi Prakriti (matéria
incorruptível, divina, corpo de glória; não sujeita a enfermidades,
envelhecimento ou morte), condições fundamentais para que ele possa realizar
sua missão com absoluta perfeição e a distância, atuando simultaneamente em
todo o mundo, por meio dos seus poderes mentais e espirituais.
Após o seu nascimento, a hierarquia divina providenciou para
que todos os iniciados da Fraternidade fossem notificados para realizarem os
preparativos para o início do trabalho do Mestre.
Temos que deixar bem claro que Sri Bhagavan Mitra Deva não
está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre que esteve entre
nós, mas sim tem o objetivo único de restaurar a essência divina da Lei, que
certamente é a base de cada religião, mas totalmente adulterada pelo egoísmo e
ignorância do ser humano.
Conclui-se que Ele é um avatar, ou seja, um missionário para
toda a humanidade, sem exceção; e, para essa mesma humanidade, deverá operar
mudanças fundamentais e saudáveis na vida sociocultural, conscencional, etc.,
como nós já estamos vendo e vivenciando.
Ele vem trazer, também, a dissolução dos obstáculos, da
ignorância e da separatividade que predominam no seio da raça humana.
Sri Bhagavan Mitra Deva pode ser considerado também um
avatara oculto, o qual exerce sua elevada função de ajuda ao mundo sem que
todos os Homens o saibam.
Ele é conhecido por um número restrito de iniciados nos
chamados Mistérios Maiores (Ele atua em nosso campo mental e espiritual
independentemente de sua vinculação ao cristianismo, budismo, judaísmo,
islamismo, ateísmo etc.).
Seu trabalho também consiste em três etapas, a partir da
atuação na consciência humana:
1 – Transformar o homem besta em humano;
2 – Transformar o homem humano em santo;
3 – Transformar o homem santo em divino.
Chaves dos Mistérios
Sem sombra de dúvida, Ele é o terceiro/quarto de uma escala
de nove avataras, os quais estarão aqui para organizar e estabelecer a vinda do
Maha Avatar Kalki – no final deste kali yuga, daqui alguns anos –, conhecido no
Ocidente como Buddha Maitreya, ou o próprio Messias.
Sendo assim, o próprio avatar Sri Bhagavan Mitra Deva
instituiu uma ordem sob sua direção, chamada Mitra Brinda, a qual é composta
por seres humanos que têm uma ligação direta com Ele.
Como mensageiro da divina hierarquia, Sri Bhagavan Mitra
Deva nasceu em nossa época para trazer as chaves dos Mistérios Maiores,
ensinando o caminho direto não só para uma elite espiritual, mas para toda a
humanidade, através do sistema unitivo que consiste na vivência da síntese das
leis redentoras do amor, da sabedoria e da ação, método que hoje é
tradicionalmente conhecido como “autoconhecimento”.
O nível de compreensão e consciência se desenvolveu a tal
ponto no seio da humanidade que a maioria das pessoas de nossos tempos não mais
aceita as mensagens de alguns instrutores do passado, cujos ensinamentos
procuram se impor aos adeptos através de medos, ameaças e condenações
irreversíveis – ou pregando sistemas raciais que avivam a noção de separação
entre os povos.
Inaceitável, inócua e inútil para os nossos dias é ainda a
palavra do “Senhor dos Exércitos”, de um D’eus irado e vingativo, e das
infantilidades de raças eleitas e coisas do estilo, próprios de sistemas ocos e
inoperantes.
O conhecimento adequado ao Kali Yuga (Era da Síntese) é
denominado Suddha Dharma, e é efetuado através de iniciações; para conferi-las
às pessoas, o Senhor escolheu o Siddhavatara na forma adequada para a
necessidade.
Ele deve ser o diretor da Nova Fraternidade e felicidade
humana, e é através do caminho do mesmo Suddha Dharma que Ele costuma levar os
Homens para o grande objetivo.
No curso preparatório, que é dado àqueles que tomam o
caminho do S.D.M., pode-se descobrir aquela sublime arte da autoconfiança para
procurar a ajuda do divino, não fortuitamente, mas sabendo onde está esta
divindade.
Está perto e em nosso coração espiritual; é o caminho mais
fácil para aqueles que são almas devotas.
Este caminho fica difícil de andar se sua atenção é fixada
externamente como se D’Eus fosse um governador externo, mas Ele fica muito
simples quando você o coloca no trono do seu coração espiritual.
Isso não é possível, em absoluto, para aqueles que têm
adorado D’Eus somente como algo externo, e não como governador interno...portanto,
é a hora da mudança, mudando o foco para a realidade existente dentro de nós.
Aqueles que nunca acreditaram em D’Eus, de qualquer forma
que seja, nunca poderão imaginar e permitir a Ele um lugar neles mesmos, pois
isso seria muito inconveniente; eles são os Homens egoístas de ações cruéis que
se destinam à destruição – o mundo está repleto de tais seres em forma humana
(que tristeza ter de escrever isto, mas para mudarmos de verdade padrões
cristalizados pelas inúmeras remanifestações, temos que assumir a realidade de
peito aberto e franco).
A altura alcançada no externo precisa ser contrabalançada
pelo interno, e isso é o Ishwara – yoga – Suddha Dharma.
Esta é a nossa absoluta certeza na obra de Sri Bhagavan
Mitra Deva em nossos dias, cujos efeitos já sentimos em todos os níveis de
evolução material e espiritual nas últimas décadas, e nossa grande esperança do
início de uma fase de ascensão para todos os povos de nosso planeta.
JAYA !
OM TAT SAT.