quarta-feira, 26 de março de 2025

Extraído da conferência de Sri Vájera Yogui Dasa datada em 22 de julho de 1934

 

Quando um homem quer fazer outro progredir, ele pode castiga-lo. Se eu castigo meu filho, não é por prazer em puni-lo, mas para que ele aprenda, para que evolua. Mas eu sou um homem, tenho um tempo limitado neste mundo e, por isso, faço isso. Deus, por outro lado, tem milhões de anos para guiar a evolução de todos os seres. Portanto, a ideia de um inferno eterno, onde não há progresso nem utilidade, seria apenas uma vingança cruel e sem sentido. Segundo os brâmanes, Deus possui uma sabedoria infinita e não condena um único ser. Além disso, dizem que até os átomos vibrantes nas montanhas, emitindo elétrons, estão em processo de evolução. Com o tempo, através das forças de atração e repulsão que atuam durante milhões de anos, esses átomos evoluirão. A força de atração representa o amor, e a repulsão, o ódio. No entanto, chegará um momento em que nem o amor nem o ódio existirão.




quinta-feira, 13 de março de 2025

sexta-feira, 7 de março de 2025

A HUMANIDADE PRIMITIVA ATUAL*

 

Queridos,

 

Postarei aqui uma dose mínima (só um deguste) do que teremos em nosso site oficial do Ashram Sarva Mangalam, que está em nutrição e em breve estará disponível para todos !!!!!

 

Escolhi para esta prévia, este texto magnífico do "Jnana Dhata Suddhacharya", Sri Vájera Yogue Dasa, nosso Mestre Iniciador.....

 

Espero que disfrutem de forma amorosa, lembrando sempre que estes estudos, foram realizados nas primeiras décadas do século passado...portanto merecem interpretações considerando o tempo, o lugar e todas as limitações da época.

 

Boa leitura a todos(as) !

 

Devimarga Dasika,

(JDA)







A HUMANIDADE PRIMITIVA ATUAL*

 

Benjamín Guzmán Valenzuela

Si Vájera Yogui Dasa

Jnana Dhata Suddhacharya,

 

Aquele que ama tudo, não pode odiar nada, e quem não odeia nada já deu um grande passo para alcançar a felicidade. Felicidade que buscamos por todos os meios que acreditamos nos conduzir a essa bem-aventurança, que às vezes conseguimos tocar sem poder retê-la e que sempre parece se afastar mais e mais, quanto maiores são nossos desejos. Mas quem não deseja nada? É possível não desejar nada? Matar o desejo? Não!

Acredito que isso não seja possível, mas sim que é lógico selecioná-los, separar os bons dos maus, pois os maus podem ser eliminados, vencidos. Podemos ir deixando em nossa mente apenas pensamentos elevados e sublimes de felicidade, de paz, de amor – para nossa família, nossa pátria, nossa humanidade – e ainda ir além, respeitando o animal, o pássaro, a flor... Pois quanto mais bela e feliz for a humanidade como um todo, mais felizes seremos nós, que amamos a felicidade.

Todo desejo ou ideal que busca trazer felicidade, paz ou amor ajudará a eliminar a inveja – essa que muitos deixam crescer e se alimentar do egoísmo, que os envenena sem que, em sua ignorância, façam algo para se livrar desses rivais internos que os impedem de desfrutar da felicidade dos outros.

Para muitos, pode parecer estranho sentir alegria pela felicidade dos outros, mas, na verdade, isso é algo completamente natural. Basta amá-los, desejar-lhes o bem. Se alguém tem felicidade – seja ela econômica, física ou intelectual –, que isso seja para aqueles que amam a bem-aventurança um motivo de júbilo. E se virmos alguém em desgraça, alguém sofrendo, façamos o que estiver ao nosso alcance para aliviar ou eliminar esse sofrimento. Nossos esforços serão recompensados com a satisfação da nossa consciência.

Sim, é na nossa consciência que receberemos nossa recompensa, e ninguém poderá tirá-la de nós, porque nós somos os doadores e os recebedores. Sentir-nos-emos mais felizes à medida que experimentarmos mais alegrias em nossa consciência, que se tornará mais ampla à medida que nela guardarmos sensações mais puras e elevadas.

Ao falar de consciência, não há dúvida de que uns compreenderão mais e outros menos, conforme suas experiências ou conhecimentos adquiridos pelo estudo, pela meditação ou por outros meios. Mas ninguém ousaria pensar de si mesmo que é um inconsciente diante de todos os fatos humanos.

Não há dúvida de que quanto mais instrução e conhecimento tivermos, melhor compreenderemos as leis humanas. Por isso, não há motivo para não estudar e investigar as causas da dor e da felicidade.

Aqueles que se perguntam sobre o caminho a seguir para alcançar uma felicidade segura e completa podem estudar os que mais se aprofundaram nesse assunto e que deixaram seus ensinamentos sobre esse grande e essencial problema. Mas antes, devemos estudar os povos, analisar os homens por seus traços gerais, aceitos hoje por toda pessoa de ciência.

A Humanidade Primitiva Atual

Este título pode parecer contraditório e ilógico para muitos, mas será compreendido ao se ler o que exponho a seguir.

Digo Humanidade Primitiva Atual porque farei um pequeno resumo e comparação entre as formas de pensar e de enxergar a vida dos povos que, em nossa era, ainda vivem e pensam como nossa raça vivia há milhares de anos. E isso está cada vez mais documentado pelos mais recentes descobrimentos arqueológicos, resultado dos grandes trabalhos de escavação realizados pela Mission Scientifique da França, assim como por investigações inglesas e alemãs nos solos do Egito, da Pérsia, da Índia, da Austrália etc.

A Religião Primitiva

A partir do resumo desses dados, podemos extrair a religião primitiva, ou seja, a religião que existiu entre a época Terciária e a Quaternária, que, em essência, é idêntica em todas as religiões, conforme demonstram os estudos comparativos históricos e científicos sobre os monumentos, cavernas repletas de desenhos e pinturas, bem como a posição dos cadáveres encontrados adornados com colares, amuletos, fetiches etc.

Segundo os símbolos gravados nesses objetos, acreditava-se que possuíam qualidades espirituais ou mágicas, demonstrando uma crença em um mundo superior. O mesmo padrão pode ser observado, por analogia, em povos indígenas da Austrália, África, os araucanos e muitas outras comunidades que ainda se encontram no nível dos homens primitivos.

Até hoje, não existe e nunca foi encontrado um povo ou raça que não possua a ideia ou fé em um poder consciente e criador do Universo, secundado por legiões de forças benéficas ou malignas, que ajudam no grande plano do Primeiro Poder.

Na África, por exemplo, o médico e o adivinho geralmente desempenham o mesmo papel, pois acredita-se que todo mal vem de uma alma ofendida, à qual são oferecidos sacrifícios, oferendas e rituais mágicos.

Por exemplo, é comum ver, nas costas sudoeste da África, o Ngangga mielongo ou médico realizar a seguinte cerimônia para curar um paciente com dor localizada:

Ele esculpe uma figura representativa do doente e a submete a uma série de cerimônias mágicas.

Depois, coloca na boca um pedaço de madeira ou um pequeno objeto e começa a sugar o boneco na parte correspondente à área afetada do paciente.

Em seguida, ele cospe a madeira no fogo, onde o "espírito do mal" é queimado e, assim, afastado do paciente.

Se a pessoa se sente aliviada, a cura foi bem-sucedida. Caso contrário, significa que não é digna de ser curada e deve aceitar o castigo.

Os gris-gris africanos – objetos usados como talismãs contra espíritos malignos – passam por uma série de cerimônias magnéticas, que os colocam em uma condição vibratória capaz de afastar entidades negativas e atrair as positivas. Entre os objetos mais comuns estão conchas nacaradas, cabeças de serpentes e garras de animais ferozes. As serpentes, em particular, recebem um culto especial. Em Weida (Dahomey), existe até um templo repleto de cobras sagradas.

Isso não significa que os africanos adorem a matéria, mas sim que veneram o espírito ou entidade que foi ligado ao objeto.

Para maior clareza, transcrevo aqui um relato do R.V. Padre Bandin sobre a morte de um feiticeiro:

"Nas costas dos Escravos, ao falecer um grande feiticeiro, todos os seus fetiches foram retirados de sua cabana como se fossem meros objetos inúteis. Perguntei aos negros por que os desprezavam daquela forma, e me responderam que os deuses já não estavam ali, pois haviam partido com seu servidor falecido."

Isso mostra que o feiticeiro tem o poder de influenciar a matéria, tornando-a um canal de conexão com forças espirituais.

Na realidade, essa prática ainda é realizada em todas as religiões, mas sob nomes diferentes, como bênção ou consagração de estátuas, imagens, cruzes ou outros objetos considerados sacramentais.

Da mesma forma, cada religião possui seus próprios signos religiosos, representando forças espirituais de acordo com a intenção da oração.

Por exemplo:

O deus Chatala, deus da luz, recebe orações diante de um tabuleiro branco, pois essa é sua representação simbólica.

Oke, deus das montanhas, é representado por uma pedra.

Ogún, o ferreiro divino, é simbolizado por um pedaço de ferro.

Isso não tem nada de ridículo, como algumas seitas religiosas modernas tentam fazer parecer. Afinal, até no Cristianismo, são aceitos símbolos como a cruz, o peixe, o cordeiro e o pombo, representando estados espirituais.

Crença na Reencarnação

É uma crença comum entre os povos africanos que as almas, após desencarnarem, voltam a nascer novamente. O R.P. Baudin relata o caso de uma mãe que tratava seu filho com extremo carinho e se submetia a todos os seus caprichos porque o feiticeiro havia declarado que o recém-nascido era seu avô reencarnado. O Dr. Barret, em seu livro "África Ocidental", menciona um caso ocorrido em Porto Novo:

"Certo dia, falava-se sobre um mago que havia morrido em uma guerra e que, segundo diziam, acabava de renascer. O bebê possuía uma marca acidental na testa, que foi considerada como a cicatriz da bala que o matou na vida passada. A mãe afirmava que aquele bebê era seu falecido marido, que havia retornado ao lar na pessoa de seu filho."

Poderia citar muitos outros exemplos relatados por geólogos, historiadores e missionários, mas o essencial é que toda a África acredita firmemente em um Deus supremo e na reencarnação da alma.

Digo "um Deus supremo" para esclarecer que os africanos não são politeístas ou idólatras, como muitos pensam, mas sim que reverenciam um ser supremo, pai e criador de seus filhos espirituais e das diversas manifestações no plano físico.

Esse ser supremo recebe diferentes nomes em diversas regiões:

Jonkina nas Costas do Ouro,

Olorun entre os Yorubás,

Tsuikoab entre os Hotentotes,

Ngadzi em Zanguebar, onde ele se comunica com seus iniciados através do som de uma flauta sagrada.

Muitas vezes, os povos africanos são julgados erroneamente como idólatras, e considerados separados da verdade. Isso ocorre, talvez, pela falta de conhecimento comparativo entre religiões ou pela ignorância sobre o idioma e o significado espiritual de seus ritos e palavras.

A Escolha do Feiticeiro

Vale destacar que, entre os negros, sobretudo os do Gabão, existem classes sociais bem definidas. Aqueles que ocupam a classe mais alta são os escolhidos para desempenhar o papel de feiticeiros. A seleção ocorre entre crianças de sete a dez anos, que são educadas e treinadas de forma especial para desenvolver suas habilidades espirituais.

Na revista francesa "Coloniale", é detalhada a última cerimônia à qual um aspirante a feiticeiro é submetido.  Em primeiro lugar, o aspirante é banhado com uma infusão feita de cento e uma plantas diferentes. Em seguida, ele tem o corpo envolto com uma faixa de palmeira jovem, e então, junto aos feiticeiros, segue em procissão ao redor do bosque sagrado. Neste momento, acontece a cerimônia principal: trata-se de descobrir se o Mestre aceita ou não o ministro que lhe é oferecido.

Aquí está como ocorre a consulta:

O menino é sentado em um banco fetiche.

Os feiticeiros lavam sua cabeça novamente com a decocção de ervas e invocam, em alta voz, o fetiche ou mestre.

O chamado é repetido três vezes, enquanto os feiticeiros dançam e saltam ao redor do neófito, ao som ensurdecedor de tambores e instrumentos metálicos.

Quanto mais estrondoso o barulho, mais solene é a festa, segundo a crença dos negros.

Pouco a pouco, o aspirante começa a demonstrar sinais de possessão espiritual:

Seu corpo treme,

Seu olhar fica perdido,

Ele entra em um estado de excitação intensa, a ponto de ser necessário segurá-lo para evitar que se machuque ou cause danos a outros.

Nesse momento, todos os presentes aclamam o fetiche, gritando de alegria:

"Oricha oh! É o fetiche! Orichagun oh! Ele está possuído pelo fetiche!"

Após horas de barulho e frenesi, o objeto fetiche que esteve em contato com o iniciado é retirado. Aos poucos, ele recupera a consciência, saindo do estado de transe ou hipnose, para, finalmente, cair no abatimento.

Essas cerimônias são sempre acompanhadas de grandes sacrifícios – tanto de animais quanto humanos –, onde o sangue é bebido junto com licores fortíssimos.

Das Tradições Africanas às Americanas: Os Povos Indígenas

Agora, saindo da África e indo para a América, continuemos nosso estudo. Vejamos, por exemplo, os Peles-Vermelhas. Eles acreditam no Grande Sopro ou Grande Manitú, que dá vida e sustenta os manitús ou espíritos que habitam a natureza.

Esses espíritos são reverenciados como seres extremamente poderosos e vingativos, responsáveis por:

Criar as flores e as árvores,

Fazer correr os rios,

Acender as estrelas no céu.

Mas, por serem vingativos, não perdoam qualquer ofensa feita a eles ou às suas criações. A única forma de obter perdão é se a ofensa for cometida inconscientemente. Por isso, antes de irem para a guerra, os indígenas realizam grandes cerimônias com consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pois acreditam que os danos causados sob efeito da bebida são responsabilidade do espírito do álcool.

Os Caribes, das Antilhas e das costas americanas, quando foram descobertos, acreditavam que cada indivíduo possuía um espírito protetor, chamado Chemi, que o guiava na luta diária.

Para eles, a alma humana era dividida em três partes:

A alma dos braços (ligada à força física),

A alma da cabeça (ligada à inteligência),

A alma do coração (Poyé, a única que sobrevive após a morte).

No Brasil, entre os Botocudos, acredita-se no Espírito Primeiro, chamado Tupã, que comanda uma hierarquia de espíritos superiores, como:

Yurupari,

Gurupiras,

Apoyacues, entre outros.

Nas ilhas da Polinésia, acredita-se na existência de um anjo guardião, chamado Tiki, além de divindades naturais representadas pelo Sol, as estrelas, os rios e as fontes. Essas divindades são chamadas Atuas, mas, acima delas, está o Grande Tiki, que governa todas as forças espirituais.

Os Samoanos acreditam que enterrar um cadáver sem cerimônia fúnebre é o pior castigo que se pode dar a uma alma.

Na Micronésia, o culto aos mortos é considerado um dos mais benéficos, razão pela qual guardam os crânios de seus ancestrais, pois acreditam que neles reside a alma.

Na Austrália, há a adoração de um Grande Deus, seguido por uma corte de divindades inferiores.

Em Madagascar, os nativos acreditam que possuem duas almas:

Saina, a alma mortal,

Matoatoa, a alma imortal.

Já nas regiões geladas da Finlândia, encontramos a fé no Grande Pai dos Deuses, cercado por uma corte de divindades chamadas Haltias e Tadebeyos, que determinam as felicidades e dores da vida.

Eles acreditam que são essas divindades que:

Criam as sementes das árvores,

Dão vida aos filhos das mães,

Guiam os instintos dos animais.

E assim poderíamos continuar nosso estudo sobre os poucos povos que ainda vivem isolados da civilização moderna, sem serem afetados pelo ruído ensurdecedor do progresso.

A Religião e a Busca pela Verdade

Ao longo dos séculos, todas as civilizações da África, Ásia, Europa e América foram gradualmente transcrevendo seus sentimentos espirituais em livros e escrituras sagradas.

Entretanto, essas escrituras acabaram dogmatizando e limitando a inspiração infinita do espírito humano.

Não precisamos de livros para conhecer Deus. Basta olharmos para a perfeita ordem da Arquitetura Cósmica, que sempre indicará a existência de um Construtor infinitamente sábio que a criou. Os livros são apenas registros intelectuais, fragmentos retirados por diferentes indivíduos do vasto oceano das maravilhas criadas.

O Senhor da Criação falará a cada um conforme sua capacidade de ouvir, sem se restringir aos limites da palavra humana, pois muitos sentimentos internos não podem ser expressos nem por palavras, nem por gestos ou símbolos.

Se já é difícil ou até impossível registrar a voz divina nos limitados caracteres de um alfabeto, muito menos podemos tentar engaiolá-la em um único livro.

No entanto, a Sua voz pode ser ouvida dentro da paz e da tranquilidade da nossa consciência, sem limitações de qualquer espécie. E sempre a ouviremos, até onde nossa capacidade permitir. Se não conseguirmos compreendê-la claramente, não seremos condenados por isso, pois o Sábio conhece a nossa pequenez e nos ajudará enquanto precisarmos de auxílio. Ele não nos imporá obstáculos ou maldições em nossa busca por uma vida superior. Assim, aprenderemos a reconhecer Sua voz em nós mesmos, na humanidade e na criação. Essa voz divina, quando passa pelos povos primitivos e incultos, é expressada de maneira selvagem. Mas, quando passa pelos sábios iniciados, é expressada com sabedoria. Porém, em essência, é sempre a mesma voz superior, a voz do Eterno Amor e da Paz, conduzindo a humanidade em harmonia com as leis cósmicas e o grande ritmo da evolução do espírito.

 

 

*Tradução feita a partir do texto original em espanhol por Kalamata Dasika (Marina Elisa), Servidora no Ashram Sarva Mangalam de São Paulo.

 

LA HUMANIDAD PRIMITIVA ACTUAL

Benjamín Guzmán Valenzuela

El que lo ama Todo, no puede odiar nada y el que nada odia ya tiene dado un gran paso para llegar a la felicidad; felicidad que buscamos por todos los medios que creemos nos conducen a esa Dicha que a veces alcanzamos a rozar sin poderla detener y que siempre la vemos alejarse más y más, cuanto mayores son nuestros deseos.

¿Pero quién no desea nada? ¿Es posible no desear nada? ¿Matar el deseo?  ¡No!

Creo que no es posible, pero sí que es lógico seleccionarlos, apartar los buenos de los malos, que los podemos aniquilar, vencer e ir dejando en nuestra mente pensamientos elevados y sublimes de felicidad, de paz, de amor, para nuestra familia, patria, humanidad y aún avanzar más respetando el animal, el ave, la flor…. Pues cuanto más bella y feliz sea la humanidad toda, la creación, tanto más felices estaremos nosotros los que amamos la felicidad.

Todo deseo o ideal que tienda a hacer feliz o a dar paz o Amor, irá matando la envidia que muchos dejan crecer y alimentarse con el egoísmo que los envenena, sin que hagan nada en su ignorancia por concluir con estos rivales que no los dejan gozar con la felicidad de los demás.

Extraño será para muchos esto de gozar con la felicidad de otros y sin embargo es tan natural, solo se necesita amarlos, querer su bien, que si alguno tiene felicidad ya sea económica, física, intelectual, sea para los que amamos, la dicha, un motivo de gozo, y si vemos alguna desgracia, algún sufrimiento, tratemos lo que nos sea posible de aliviarlo o de suprimirlo, quedando nuestros esfuerzos altamente recompensados con la satisfacción de nuestra conciencia.

Si, en nuestra conciencia es donde recibiremos nuestro pago, que nadie podrá quitarnos porque nosotros somos los donantes y los recibidores y nos iremos sintiendo más felices a medida que recibamos más placeres en nuestra conciencia que se ira haciendo mucho más amplia al guardar en ella mejores y más puras satisfacciones.

También al decir conciencia no hay duda que unos trataran más y otros menos, según hayan sido sus experiencias o conocimientos adquiridos por el estudio, la meditación o por cualquier otro sistema; pero nadie se atreverá a pensar de si mismo que es un inconsciente para todos los hechos

Humanos.

No habiendo duda que cuanto más instrucción o conocimiento tengamos, mejor podremos comprender las leyes humanas, así es que, no hay porque no estudiar y escudriñar las causas del dolor y de la felicidad.

Los que preguntan sobre este sentido, sobre que conducta o que sendero se debe seguir para llega a una segura y completa dicha; pueden estudiar a los que más han profundizado y dado sus enseñanzas sobre este primordial y grandioso problema.

Pero antes estudiaremos los pueblos, analicemos los hombres por sus rasgos generales aceptados hoy por todo hombre de ciencia.

 

La Humanidad Primitiva Actual.

Este título que parecerá a muchos contrario e ilógico se comprenderá cuando se hayan leído lo que a continuación expongo:

Digo Humanidad Primitiva Actual, porque voy a hacer un pequeño resumen y comparación en la forma de pensar y de contemplar la vida por los pueblos que en nuestra actual época viven y piensan como nuestra raza vivió hace miles de años y cuya historia cada vez más completa por los últimos descubrimientos sacados de los grandes trabajos de excavación arqueológicas hechas por la “Mission Scientifique” de Francia como los de igual índole inglesa y alemana en los suelos de Egipto, Persia, India, Australia, etc.

Así que del resumen de estos datos, podemos extractar la religión primitiva, es decir, la religión comprendida entre la época Terciaria a la Cuaternaria que es en el fondo igual e idéntica en todas las religiones, según se comprueba por los estudios comparados históricos y científicos del exámen de los monumentos, cavernas llenas de dibujos y pinturas, lo mismo que la posición o colocación de los cadáveres, con collares, amuletos, fetiches, etc. Que según los signos en ellos grabados, debían tener cualidades espirituales o mágicas, demostrando la creencia en un mundo superior, lo mismo que actualmente podemos ver por analogía en los salvajes de Australia, África, araucanos, y muchos otros pueblos que todavía se hayan al nivel de los hombres primitivos.

Hasta ahora no existe y no se ha encontrado pueblo o raza que no tenga la idea o fe en un poder consciente y creador del Universo, secundado por legiones de fuerzas benéficas o malignas, que ayudan al gran plan del Primer Poder.

En África el médico y el adivino generalmente desempeñan el mismo oficio, pues tienen la creencia que todo mal proviene de un alma ofendida a la cual se le ofrece toda clase de ofrendas y conjuros.

Por ejemplo es frecuente ver en las costas S.O. del África al Ngangga mielongo o médico llevar a efecto la siguiente ceremonia para sanar de algún dolor local a un paciente.

“Hace una figura representativa del enfermo a la cual le hace pasar por una serie de ceremonias de magia, después de lo cual el médico se echa a la boca un pedazo de madera o algún objeto pequeño y chupa el muñeco en la parte que corresponde al mal que se desea sanar, después escupe el pedazo de madera al fuego donde se quema el espíritu del mal que ha sido atraído a la madera, por el poder del brujo médico se aleja y abandona al enfermo, que  debido tal vez a la sugestión de la ceremonia se siente aliviado.  En caso contrario quiere decir que no es digno de ser sanado y hay que conformarse con el castigo”

Los grisgrís africanos u objetos preservativos de los espíritus perversos pasan por una serie de ceremonias magnéticas que los ponen en una condición vibratoria que aleja a las malas entidades y atrae a las buenas sirviendo para este objeto nacaradas conchas, cabezas de serpientes, garras de fiera; sobretodo a las serpientes se les da un especial culto existiendo en Weida (Dahomey) un templo lleno de culebras sagradas.

Esto no quiere decir que el africano adore la materia, sino que el espíritu o entidad que ha sido ligado al objeto.

Para mayor claridad transcribo aquí como relata el R.V. Padre Bandin la muerte de un fetichero

 En las costas de los esclavos, dice:”Habiendo muerto nuestro vecino el Gran Fetichero, fueron retirados de su cabaña todos sus fetiches como otros tantos objetos ya inútiles. Pregunte a los negros porque los despreciaban de tal modo y me afirmaron que ya no estaban los dioses, pues se habían ido con su servidor difunto”

Como se comprende el Fetichero es un individuo que tiene el poder de influir sobre la materia para hacerla atrayente a las fuerzas suprafísicas.

Todo esto se hace y se practica hoy día por todas las religiones con el nombre de Bendición o consagración de estatuas, imágenes, cruces o cualquier otro objeto según ellos sacramental.

Así ellos tienen también sus signos religiosos correspondiente a ideas de fuerzas espirituales en una u otra modalidad según sea el sentido a que va dirigida la plegaria, representando a sus divinidades según el signo que les corresponde.

Por ejemplo el al Dios Chatala, dios de laluz, se les hacen sus oraciones ante un tablero blanco, que es el signo que le corresponde.  Oke, dios de las montañas es representado por una piedra, Ogún el vulcano negro, por un pedazo de hierro.

Esto no tiene nada de ridículo como algunos sectarios de nuestras religiones modernas, pretenden hacerlas aparecer, pues aún en el cristianismo, son aceptadas las figuras de una cruz, un pez, el cordero, el pichón como signos representativos de estados espirituales.

Es creencia general entre los negros, que las almas una vez desencarnadas vuelven de nuevo a repetir sus nacimientos.

El R.P. Baudin relata el caso de una madre que trataba a su hijo con sumo cariño, y hasta se sometía a sus caprichos, porque el Fetichero había declarado que el recién nacido era el abuelo de la madre.

El Dr. Barret, en su libro “Afrique Occidentale” dice:”Un día residiendo yo en el Porto Novo, hablose de un mago, muerto en la guerra y que, según decían acababa de nacer otra vez.  El niño llevaba en la frente una marca accidental, que fue declarada proceder de la bala que lo mató; la madre afirmaba, que era su difunto marido que reaparecía en el hogar en la persona de su hijo”

Puedo citar muchos otros ejemplos, relatados por geólogos, historiadores o misioneros, pero baste decir que de éstos estudios se desprende que toda el África cree positivamente en un dios superior y en un alma que muere y vuelve a renacer.

Digo en un Dios superior para constatar que no son los negros salvajes, una raza que adore muchos dioses, sino que reverencian a un ser supremo, padre y formador de sus hijos espirituales, como de las diversas manifestaciones en el plano físico.

Siendo este ser supremo, designado en las costas de oro con el nombre de Jonkina; Oloron por los Yorubas; el gran espíritu de los Hetentotes es Tsuikoab, o en Zanguebar el Gran Ngadzi que se comunica a sus iniciados por el sonido de su flauta sagrada.

Se equivocan casi siempre los que juzgan a estos pueblos,  como idolatras,  y enteramente separados de la verdad; debido tal vez a la falta de comparaciones religiosas o a la ignorancia del idioma y significado que envuelven sus ritos y palabras en el sentido del alma.

También conviene advertir que entre los negros sobre todo en los del Gabon, existen clases sociales, siendo de la más alta clase social de donde se escoge la persona destinada a desempeñar el oficio de Fetichero, teniendo dicha persona de siete a diez años, al que se le educa y dirige en forma especial.

En la revista “Coloniale francesa”, se detalla la forma de la última ceremonia a que se somete al aspirante:

 “En primer lugar se le baña en un agua en que se han hecho hervir ciento una plantas diferentes.  Se le ciñe el cuerpo con una cintura de palma tierna, y se sigue con los feticheros una procesión en torno al bosquecillo sagrado, entonces se verifica la ceremonia principal.  Se trata de saber si el Maestro acepta o no, el ministro que le proponen.  He aquí como se le consulta. El niño se sienta en un banco fetiche, los feticheros le lavan la cabeza de nuevo con la decocción de yerbas y llaman en alta voz al fetiche o maestro, tres veces renuevan su llamamiento, y al mismo tiempo danzan y brincan en torno al neófito, mientras tambores y herrajes de toda suerte hacen un ruido ensordecedor, porque los negros mientras más infernal es el estruendo, más solemne es la fiesta.

Poco a poco el aspirante que ha de mostrar a todos que el espíritu le invade, empieza a estremecerse, su cuerpo tiembla, su mirada se extravía y no tarda en excitarse de tal manera, que a menudo hay que sujetarlo para impedir que se lastime o cause daño a los demás.  Entonces todas las personas presentes aclaman al fetice dando gritos de alegría, ¡Oricha oh!

¡Es el fetiche! ¡Orichagun Oh! Está poseído del fetiche”

Después de algunas horas de estruendo y frenesí retiran el objeto fetiche puesto en contacto con el agitado, que recobra poco a poco los sentidos, cesa su estado de furor o de hipnosis para ceder el puesto al abatimiento.

Siempre estas fiestas y otras similares, son acompañadas de grandes sacrificios, de animales y humanos donde la sangre se bebe junto con los licores más espirituosos y fuertes, que es dable concebir.-

 

Pasemos del África a la América y sigamos nuestro estudio, veamos por ejemplo a los pieles rojas.

Ellos creen en el gran Soplo o gran Manitú que da vida y mantiene a los Manitus o espíritus que habitan en la naturaleza.

Reverencian a éstos soplos como a seres muy poderosos y vengativos, encargados de formar las flores y los árboles, hacer correr los ríos y encender las estrellas.  Pero son vengativos porque no perdonan ninguna palabra ni ningún perjuicio que sea dirigido a ellos o a sus obras.

Únicamente son dignos de perdón cuando han hecho la inconscientemente, así es que por esto sus guerrillas o luchas son siempre preparadas con grandes libaciones de bebidas alcohólicas y los daños causados de esta manera es responsable el espíritu del licor.

Los Carbes de las Antillas y de las costas Americanas creían cuando se les descubrió en que cada individuo tenía otro  espiritual denominado por ellos Chemi; que los guiaba en la lucha diaria y el alma humana la dividían en tres categorías: la de los brazos, la de la cabeza y la del corazón.

Al morir un ser, ellos creen que el alma muscular se concluye, junto con el alma cerebral, para quedar únicamente el Poyé, o el alma del corazón.

Penetramos al interior de América, al centro de los vírgenes bosques del Brasil, e interroguemos a la tribu de los Botocudos, llamados así por los botoques o discos que se ensartan en las orejas y nos contestaron que el Espíritu Primero, se llama Tupán y dirige a los espíritus superiores llamados Yurupari, Gurupiras, Apoyacues, etc.

En las Islas de Oceanía, en la Polinesia, se cree en un ángel custodio o Tiki y en divinidades naturales cuyos símbolos son el Sol, las estrellas, los ríos, las fuentes; divinidades llamadas Atuas, sin quitar por esto que el gran Tiki gobierna a todas las divinidades.

Los Samoanos consideran que enterrar un cadáver sin haberle hecho ceremonias de difuntos, es el castigo peor que se le puede dar a un alma.

El culto a los muertos en la Micronesia, es considerado como uno de los más benéficos, por lo cual guardan los cráneos de los antepasados, donde según ellos reside el alma.

En Australia adoran al gran Dios, seguido de su corte de divinidades inferiores.

En Madagascar, los indígenas se creen dotados de dos almas: Saina (alma mortal) y Matoatoa (alma inmortal).

Ahora pasando a las heladas regiones de Finlandia, volvemos a encontrar la fé en el Gran Padre de los Dioses, rodeado de su cohorte de dioses llamados Haltias y Tadebeyos, y son los contribuyentes en las felicidades o dolores de la vida, siendo ellos los que forman las semillas de los árboles, dan vida al hijo de la madre y guían al animal en sus instintos.

Y así podemos ir estudiando los pocos pueblos, que quedan sin que haya llegado hasta ellos el ensordecedor estruendo de la moderna civilización, a turbar la plácida quietud de sus vidas.

Toda el África, el Asia, Europa o la América civilizada, ha ido recapitulando con el lento rodar de los siglos este grito espiritual interno e inmenso de toda una creación, en libros o en escrituras, que muchas de ellas bajo el título de sagradas, dogmatizan y sofocan la inspiración ilimitada del genio humano.

No tenemos necesidad de libros para conocer a Dios, para eso tenemos el orden perfecto de la Arquitectura Cósmica, que siempre indicará al constructor infinitamente sabio que lo formó.

Los libros solo sirven como ilustraciones intelectuales, sacadas por uno u otro ser del océano de las maravillas creadas.  El Señor de  la creación, nos hablará a cada uno según su nota, sin ceñirse para ello a una pauta limitada y estrecha, como es la palabra humana para dar su sabiduría, pues hay muchos sentimientos internos que no se pueden comunicar por la palabra ni ayudada por la acción o el signo.  Cuanto más difícil o imposible será entonces grabar su divina voz con los limitados caracteres de un alfabeto.

Pero Su palabra, se hará oír en la paz y en la tranquilidad de nuestra conciencia, sin limitación de ninguna especie, la oiremos siempre, hasta donde seamos capaces de escucharla.  Y si no podemos entenderla claramente, no nos condenará, pues bien sabe el sabio lo poco que aún somos y nos ayudará mientras necesitemos de auxilio, sin ponernos estorbos ni maldiciones en nuestra realización de una vida superior.

Así iremos comprendiendo más y más Su voz en nosotros mismos, en la humanidad, en la creación, voz divina, que al pasar por los pueblos primitivos e incultos, por las almas salvajes, es demostrada por ellos salvajemente, lo mismo que el sabio iniciado la muestra con sabiduría, pero siempre es la misma voz superior, de Paz y Amor Eterno, para que así marche en armonía, con las leyes Cósmicas el gran ritmo de la evolución del espíritu.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Evento, Sri Bhagavan Mitra Deva

https://youtube.com/live/QsIAbtvK6Vw






 Convidamos você para uma jornada de aprendizado e reflexão em uma sequência imperdível de 3 lives dedicadas a entender quem é Sri Bhagavan Mitra Deva, sua missão e sua atuação no momento atual.

Live 01: “Origem do Suddha Dharma e seus princípios” https://www.youtube.com/watch?v=QsIAbtvK6Vw Live 02: “O Advento de Sri Bhagavan Mitra Deva” https://www.youtube.com/watch?v=A4KSc3UTT20 Live 03: “A missão de Sri Bhagavan Mitra Deva e seu futuro” https://www.youtube.com/watch?v=yNTf4YdvhGo 💡 Ministradas pelo querido Acharya Sridhar Dasa, instrutor e sacerdote do Ashram Sarva Mangalam. _____________________________ ✨ Estas lives são uma oportunidade única para aprofundar seu conhecimento sobre este avatar da síntese e sua mensagem universal!!!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Jaya Mestre amado !

 Jaya Mestre amado !

Exímio feitor de nossas consciências...
A humanidade reconhece e agradece sua dedicação e servidão....
Trabalhador incansável para que saiamos da condição de "homens bestas" e conquistemos nossa morada definitiva na edificação de nós mesmos, conquistando a condição de "homens Divinos" por puro mérito de nossos Dharmas realizados.
Ki Jay.....
DeviMarga Dasika,

O Avatar Sri Bhagavan Mitra Deva - Mestre e Proclamador da Suddha Dharma

 


O Avatar Sri Bhagavan Mitra Deva - Mestre e Proclamador da Suddha Dharma

No texto de tradução inglesa do Upodghatha de Hamsa Yogui (Introdução ao estudo do Bhagavad Gita), publicado em um dos volumes da série “O Suddha Dharma Mandalam”, há alusão ao nascimento de Bhagavan Mitra Deva, como um grande Mestre.

 Na época dessa publicação pouco se conhecia sobre Ele, apenas um seleto grupo de membros do Mandalam, que ocupavam um alto nível na Organização, sabiam a respeito.

Daquela época para cá, foi compilado um elaborado trabalho em sânscrito para divulgar seu Advento como Mestre do Suddha Dharma Mandalam e Sua Missão. A referida publicação servirá como uma autêntica história a respeito do assunto para preservação nos arquivos do Mandalam.

Se esta história será publicada no futuro próximo, a fim de ser acessível aos leitores em geral, é mais do que alguém pode predizer. Os leitores, de qualquer forma, acharão nas páginas seguintes a tradução do resumo do memorial sobre este assunto, compilado para fácil consulta pelos membros do Mandalam que consideram Bhagavan Mitra Deva o esperado Mestre do Mundo.

 O referido sumário conclui com o retorno do Deva para Brahma Vanan, um dos retiros secretos do Suddha Dharma Mandalam, nas fronteiras ao sul de Kashimir. Nenhuma informação está ainda confirmada, nem mesmo cogitada, a respeito dos subseqüentes movimentos do Mestre Infante, que está agora com aproximadamente seis anos de idade.

 Isto é presumivelmente exato, mas é considerado prematuro entrar nessa questão agora.

Creio que devo concluir estas poucas linhas acrescentando um comentário que pode ser encarado como a primeira exteriorização tangível dos eventos narrados no sumário aqui traduzido.

O entusiasmo criado entre os membros do Mandalam, com relação a esses eventos, tem sido tão veemente a ponto de fazer muitos membros, que até então haviam se devotado ao trabalho espiritual do silêncio, deslocarem-se para os quatro cantos do mundo a anunciar a Suddha Dharma e a buscar reformas na vida do povo em geral, não apenas na Índia, mas também em outros países. Dessa maneira, contribuem para materialização do bem-estar do mundo. Assim, quatro dos mais elevados e evoluídos membros do Mandalam, a saber, Swami Sivananda, Swami Atreyananda e dois outros membros, todos bem fluentes na língua inglesa, dirigiram-se aos Estados Unidos da América e estão estudando as condições do local, antes de começarem a intervenção como pioneiros nessa linha de trabalho.

Considerando quão bem qualificados são estes ascetas para o nobre trabalho delegado a eles, expresso meus sinceros votos desejando que um verdadeiro contingente de trabalhadores de caráter extraordinário possa dar impulso à causa da reconstrução, atualmente tão urgente em todas as partes. Possa o labor abnegado deles, através da graça de Bhagavan Narayana, em cujo nome estarão sempre atuando, contribuir para o legítimo compartilhar concernente à realização dessas nobres esperanças que o novo Advento, universalmente esperado para ser próximo e ao alcance humano, possa trazer.

O Advento trará com ele fundamentais e salutares transformações na vida social, nacional e da raça através de todo o mundo, sem as quais não poderá ser colocado um fim aos muitos males que atualmente afligem a humanidade, e, em conseqüência disso, melhorar a condição de todos os seres nos séculos que virão.

Om Namo Narayanaya

Sat Chit Ananda

Om Om Om

Sri Subramanya Iyer

Guindy House Madras

Dezembro de 1923

Sri Subramanya Iyer

Dr. Sri S. Subramanya Iyer Avergal, foi juiz, Presidente da Suprema Corte de Madras, Índia, no início do século passado, e também vice-presidente da Sociedade Teosófica. Foi escolhido pela Grande Hierarquia Branca do Himalaia para divulgar ao mundo, em 1915, a existência desta e os propósitos do Suddha Dharma Mandalam.

 Ele foi iniciado pelos Mestres como Ananda, o grau mais elevado da Ordem dos Swamis, passando a chamar-se Subramanyananda. Foi ainda a Primeira Autoridade Iniciática Externa do Suddha Dharma Mandalam. Faleceu em 1924 deixando enorme legado de elevados conhecimentos sobre o Yoga Brahma Vidya.

A Transição - A Profecia

Sábios perceberam que, quando é proclamado, no Bhagavad Gita, a decadência da retidão no mundo e a virtude é submetida à falência, o Supremo Senhor de verdadeira e imaculada Vontade e Determinação, aquele que assumiu o pesado dever de governar o mundo, ato este que ninguém a não ser Ele pode adequadamente desempenhar, advém. Ele faz, na execução de semelhante dever, aparecer-se Ele mesmo, ou então, toma Avatares na pessoa de Hierarcas, para pôr fim a toda obscuridade e para restaurar e proteger a retidão e a virtude no mundo.

Todos os anos na Lua Cheia de Vaisakha, os Anciãos do Suddha Dharma Mandalam, que são os Siddhas, Mahayoguins, Yoguins, Maharishis e Rishis, reúnem-se em assembléia na região sagrada de Badarivana, conhecida como Visala Badari. Sendo eles seres de propósitos elevados visando ao bem-estar do planeta, presidem a grande celebração durante a qual invocam e oferecem bênçãos para o mundo. Conforme este costume, durante a celebração que teve lugar na Lua Cheia de Vaisakha do primeiro Parva  do 500° (qüingentésimo) Sankalpa  correspondente a 11 de maio de 1892, depois das preces e bênçãos costumeiras serem feitas, teve lugar uma importante Conferência dos Grandes Seres ali congregados.

Vajradeva, um Siddha presente na Assembléia, levantou-se e, com júbilo, dirigiu-se a todos com grande repercussão. Ele disse que desde o 476º (quadringentésimo septuagésimo sexto) Sankalpa e aproximadamente 1450 A.D., tem havido Avatares e outras manifestações para a propagação da Suddha Dharma e para ensinar a Yoga Brahma Vidya, ou Ciência Sintética do Absoluto. Ele mencionou para a audiência que, com o propósito de restabelecer o Sanátana Dharma Ancestral e colocá-lo numa base sólida, cerca de 43 Seres, que haviam se elevado para além das nuvens, cerca de 24 Grandes Seres que eram verdadeiramente inspirados diretamente pelo Senhor, e ainda cerca de sete Avatares do próprio Senhor, na pessoa de Sete Grandes Siddhas: Tépana, Badara, Nandabhadra, Dásanatha, Rinkana, Pandara e Nakayogui têm-nos visitado, desde o referido Sankalpa. Todas essas Manifestações aconteceram em várias localidades e países. Uma vez alcançado o objetivo da vinda dessas excelsas manifestações e avatares, os respectivos Grandes Seres retomaram aos seus próprios planos ou esferas. Desde então, devido ao lapso de tempo e outras causas, a influência e a prática do Suddha Dharma têm declinado e sua promulgação urge. De acordo com a Vontade do Senhor, é dever dos Anciãos fazer o que for necessário para restaurar o Dharma Ancestral.

Quando Vajradeva concluiu seu discurso, o grande ascencionado pelo Senhor, Muktadeva, dirigiu-se à audiência. Ele endossou tudo o que o orador anterior havia dito e acrescentou que alguém, de reconhecida posição do Mundo Exterior, seria escolhido e através dele seria feito o empenho, tanto quanto possível, de restaurar a prática do Dharma Suddha entre os povos. Esta será a maneira adotada para fazer cumprir a Vontade do Senhor. Em seguida ele declarou que a respectiva restauração iria começar aproximadamente no fim do 500º (qüingentésimo) Sankalpa e aproximadamente 1916 A.D., estendendo-se durante e após o referido Sankalpa. Disse ainda que, durante o segundo Parva do 501º (qüingentésimo primeiro) Sankalpa, em meados de 1918/1919, haveria um fragmento ou uma partícula Hamsa (raio) da sete centésima parte (7/100) do Senhor Narayana, difundindo em todas as direções do mundo e por toda a parte, os princípios da Suddha Dharma, cuja atuação dar-se-ia valendo-se de um Siddha. Portanto, todos deveriam empenhar-se no que fosse necessário para os preparativos para este Magnífico Evento. Ele concluiu dizendo que em cada dia da Lua Cheia de Maio (Lua Cheia de Vaisakha) bênçãos especiais poderiam ser invocadas para este Avatar e para o apropriado cumprimento deste desígnio ou missão. A proclamação foi recebida com aclamações de júbilo pelos Mahatmas ali presentes, todos eles elevados para além das nuvens pelo Senhor Narayana, Nara, Yoga Devi, Dakshinamurty e os Kumaras. Treze anos após a mencionada reunião (de 1821) no Visala Badari, no 13º Parva do 500° (qüingentésimo) Sankalpa e aproximadamente em 1905, uma Assembléia de alguns dos Hierarcas teve lugar no Pita do Suddha Dharma Mandalam em uma colina da Cordilheira de Kolli Range. A reunião transcorreu sob a presidência do Siddha Yagnanandana, o Hierarca encarregado do Pita ou Sede.

O Mahatma Dharmadeva dirigiu-se à audiência, referiu-se ao que foi dito na Conferência de Visala Badari, e observou que havia chegado o momento de selecionar a pessoa do Mundo Exterior que haveria de ser o canal para a propagação da Suddha Dharma; e que os Anciãos, com a ajuda de seus poderes yóguicos deveriam fazer o indispensável para isso. Assim, em vista da iminência do Avatar, a introdução de certas mudanças no trabalho do Mandalam tornava-se necessária e muitas reformas na vida do povo haveriam de brotar para assegurar a ventura a todos os seres. Quando Dharmadeva acabou seu discurso, sete dos Mahatmas ali presentes comprometeram-se a trabalhar para esta causa com a contribuição de seus poderes místicos.

O Avatar

É imperativo mencionar que durante a celebração da Lua Cheia de Vaisakha no Visala Badari, na presença de 32 Grandes Siddhas, dos Sapta Rishis  ou Senhores dos Sete Raios, e de outros Mahatmas, quando surgiu a questão da definição dos elementos sutis, requeridos para a formação do invólucro ao redor do qual haveria de desenvolver-se o corpo físico a ser ocupado e usado pelo Avatar, Rinkana ofereceu-se para supri-lo com seu próprio invólucro de Devi Prakriti, criado por suas austeridades e pelo poder de suas meditações. Este oferecimento foi aceito por todos.

Imediatamente uma porção da Devi Prakriti do Grande Siddha uniu-se no tempo preciso ao feto em gestação no ventre de uma mulher santa, esposa de um cavalheiro de nobres qualidades e residente em uma das aldeias de Maharastra. Esta criança veio a ser o veículo de um fragmento do Senhor ou um “Hamsa” (raio). A gestação de sua mãe foi muito peculiar, de desenvolvimento puro e admirável, completamente diferente das gestações comuns. Foi desse corpo puríssimo que Bhagavan Mitra Deva nasceu para ser o Mestre do Mundo, vindo à luz no dia da Lua Cheia de Pushya, do ano Kala Yukti, a saber, no dia 16 de janeiro do ano de 1919.

A Troca da Morada e a

Celebração de Seu Nascimento

No dia da Lua Cheia de Vaisakha (14 de maio de 1919) a Criança Divina no colo de Sua Mãe, cujo marido há algum tempo falecera, foi transportada sob os benéficos cuidados de Grandes Seres e alcançou Srivana ou a Floresta Bilva, uma das cinco florestas nas proximidades de Maha Guha (Grande Gruta). As outras quatro Florestas são conhecidas como Samyak Vana, Amra Vana, Maha Vana ou Brahma Vana e Bakula Vana. Neste mesmo dia, foi concedida à Criança a cerimônia de Karna Vedhana (perfuração de orelha) e Annaprasana (ritual de alimentação) e Ele foi embalado para dormir em uma rede que balançava entre duas árvores colossais. O Avatar continuou a conviver e a crescer nessa morada sendo nutrido e amamentado por Espíritos da Natureza da ordem conhecida como Gamalakas e saciado adicionalmente pelos pássaros de Nara. Em referência e consideração a esta cerimônia de Celebração do Nascimento do Senhor pelos Grandes Siddhas, pelos Senhores dos Sete Raios e pelos Mahatmas, a cerimônia da Lua Cheia de Vaisakha daquele ano foi adiada por um mês, e as duas cerimônias (de maio e de junho) foram celebradas juntas pelo Mandalam, no abençoado dia da Lua Cheia de 13 de junho de 1919.

A Entrada em Maha-Guha

O Primeiro e o Segundo Discurso

A Iniciação Vasudeva (Vasudeva Deeksha)

No ano seguinte, na Lua Cheia de Vaisakha (4 de maio de 1920), Bhagavan Mitra Deva foi retirado dos cuidados de sua mãe, e dez grandes Mahatmas o transportaram de volta a Maha Guha entoando em uníssono o Mangalam Sloka (versos de bênçãos).

(1) Bendito seja Mitra Deva, filho de Ganga Devi, dotado de substância Mahatmica, para sempre bênçãos para Vós, encarnado para a propagação da Suddha Dharma;

(2) Bendito sejais Vós, manifestado no segundo ano do qüinquagésimo primeiro ciclo da Era Suddha neste Kaliyuga;

(3) Bendito sejais Vós, auspiciosa e divinamente encarnado, para a proteção de tudo, agora que o mundo está em crescente irreligiosidade, e os Dharmas apropriados estão minguando;

(4) Bendito sejais Vós, de efulgência divina, sendo a personificação do Dharma manifestado com um fragmento (Hamsa) do Senhor Narayana, e encarnado para a prosperidade da humanidade;

(5) Bendito sejais Vós, o Reverenciado, aquele que surgiu aqui revestido de Deivi Prakriti formada durante eras pelas prolongadas austeridades (tapas) do Mahatma Rinkana;

(6) Bendito sejais Vós suplicado por Sri Yoga Devi para instruir as raças nas verdades, na prática do Dhama Ancestral e na Ciência Sintética do Absoluto;

(7) Bendito sejais Vós, Realizador das aspirações justas de todos os aspirantes, para Vós Brahma Deva, supremo e universal, inspirado com os poderes de Vossa Suddha ou transcendente meditação;

(😎 Bendito sejais Vós, glorificado pelos homens santos, dotado de excelências yóguicas, Realizador da ação universal, para Vós sempre de abundantes e transcendentes alegrias, Amado por todos e Mestre da Suddha Dharma;

(9) Bem-aventurado sejais Vós, sempre centrado na verdade transcendente, de absoluta ideação, de ação universal e de transcendente Yoga; para Vós que morais na verdade e venerado pelos devotos da veracidade;

(10) Bênçãos para Vós, grande Mestre, aquele que, neste Kaliyuga, foi encarnado para outorgar para todos o néctar do Yogapuro, antigo e digno de ser partilhado por todos os povos.

MANGALAM MITRA DEVAYA

GAMGEYAYA MAHAT MANÊ

SUDDHA DHARMA RACHANARTAM

GAVATIRNAYA MANGALAM

YEGAKANDA THADADHAME

SANKALPE SUDDHA LAKSHANE

VIDDIYE VADBRANY KALOU

PRAPTA RUBAYA MANGALAM

PRAVIRDE NASTYE LOKÊ

DHARME SHINE VARAVARÊ

SARVE SHANGUTHAYE SWARTA

DIVYA DEVYAYA MANGALAM

SARVA LOKHA RACHANARTAM

SHAMBU DAYA MAJAUSAYE

NARAYANAYA AMCHA BHUDAYA

DHARMA DEVYAVA MANGALAM

MAHAT MANA RINKANÊ

NASIRAM SVATA PATHA SYDAM

DEVY MANU MADIRDAYA

SANYAT ATHYAYA MANGALAM

SUDDHA YOGA BRAHMA VIDYA

DHARMAN SAYVA SANATANAM

LOKAM SHARDYDTYDAYA

YOGA DEVYAGI MANGALAM

PRADPANNA KALPA DARAVE

PRADANNA GUNA SALINÊ

PRADCHANNA SUDDHA DADVASE

BRAHMA DEVYAYA MANGALAM

PUNNYA SLOKAYA DIRAYA

PARIPURNA GUNA ATMANE

SUDDHA NANDHAYA GANDAYA

SUDDHA DEVAYA MANGALAM

SATYAYA SATYAKAMAYA

SATYADANDAYA YOGUINE

SATYA STANAYA SATYAATCHA

PARAPIRAYA MANGALAM

KALOU YOGA AMRITHAM SUDDHAM

SARVA VOGUIAM SANATANAM

LOKAM SARVAM PRASAYATE

MAHA CHARYAYA MANGALAM

Na Maha Guha ou Sublime Caverna, o Avatar sofreu a Grandiosa Iniciação conhecida como Vasudeva Deeksha.

 A Iniciação foi dada pessoalmente por Bhagavan Vasudeva sem os rituais mântricos usuais nos casos comuns. O objetivo desta iniciação foi remover eventuais impurezas deixadas pela gestação no ventre de uma mulher. Após a sua Iniciação, em 22 de outubro do mesmo ano, enquanto o Avatar permanecia em Maha Guha, por haver sido requisitado por Rinkana, Ele concedeu seu primeiro discurso. Falou sobre especificidades da Suddha Dharma em geral, na presença de cerca de 100 Mahatmas, e ainda o quinto, sexto e sétimo dos Senhores dos Sete Raios: Kaladeva, Subramanya e Devapi.

O discurso seguinte, o segundo, foi proferido em 23 de janeiro de 1921, e versou sobre a Missão Futura dos Hierarcas.

Retorno para Srivana

Terceiro e Quarto Discursos

No dia da Lua Cheia de Vaisakha, 21 de Maio de 1921, Ele foi retirado da Sublime Caverna para Srivana. Sri Yoga Devi, na forma materializada que a ocasião exigia, fez sua aparição lá e concedeu o mantra para ser usado na invocação do Avatar. Entoamos o mantra como se segue:

Aum, Saudações a Mitra Deva, Mestre de Brahmico Resplendor. Com o coração purificado, eu me aproximo de Ti com reverência para a legítima assimilação da Suddha Dharma.

Eu fervorosamente invoco a Luz de Mitra Deva, de Verdade Absoluta, para que Ele possa inspirar divinamente meu intelecto para que eu compreenda que Narayana é o Todo.

OM OM OM HRIM HIM MAN NAMAH

OM NAMO MITRA DEVAYA

GURAVE BRAHMA VARCHASE

UPASE TWAM SUDDHA DHARMA

SIDDHAYE AMALANCHETASA

TAT SUDDHAM MITRADEVASYA

TEYAH SATYAM SUDDHYMAHI

NARAYANA PARA DIVYA

DIYOYANNAH PRACHODAYAT

OM OM OM HRIM HIM MAN NAMAH

A Suprema Deusa ordenou que, como procedimento para a prosperidade terrena e avanço espiritual, todos os membros do Mandalam deveriam repetir esses versos diariamente, além de fazer a recitação deles em cada dia de Lua Cheia de Vaisakha.

O terceiro discurso do Avatar foi ofertado em 11 de outubro de 1921, e o tema foi o Dharma desta Era. Quando Ele se pronunciou novamente em 13 de janeiro de 1922, estava em Maha Guha, local para onde havia sido transportado neste meio tempo.

 Nessa ocasião Ele falou demoradamente sobre as futuras mudanças Dhármicas e esses Discursos foram arquivados pelos Anciãos Maiores da Aldeia de Sankhala. Também presentes ali estavam 136 Mahatmas provenientes da Aldeia de Brahmala. Nessa assembléia o Senhor Narayana e Yoga Devi ascencionaram alguns dos Mahatmas presentes e, ao final do discurso, houve uma chuva de flores perfumadas.

Yoga Devi Diksha do Avatar

A Yoga Devi Diksha é a mais elevada das sete grandiosas Iniciações. Bhagavan Mitra Deva a recebeu em 11 de maio de 1922. Um enorme Mantap (altar) foi erigido sob a brisa fresca de Amrita Saras, um lago em Brahma Vana, para cenário do Yagna. A Cerimônia começou em 2 de maio de 1922 e durou nove dias. No décimo dia, que era o dia da Lua Cheia de Vaisakha, aproximadamente às seis horas da tarde a própria Sri Yoga Devi manifestou-se na cena, Ela mesma em essência, com a forma requerida para a ocasião, e permaneceu em pé no sétimo degrau da escadaria do lago que continha 108 degraus. Nessa ocasião o Avatar estava em seus braços e sua Abhisheka (cerimônia do banho) foi oficiada naquele momento preciso, por cada um dos sete Hierarcas, 136 Mahatmas, sete dos 32 Siddhas todos do Comando Central da Aldeia de Brahmala. Ali presentes estavam ainda outros 47 Siddhas e 340 yoguins.

Logo depois, Ele foi levantado no braço esquerdo de Yoga Devi. Ela tocou sua palma direita no Seu Bramaranda (no topo da cabeça) e O iniciou.

Houve uma radiância de suave e brilhante resplendor em frente que se estendeu por um raio de 500 milhas e houve uma chuva de leite e flores. Um raio de Luz emanado do centro da fronte do Avatar cresceu até o tamanho de uma lua cheia em ascensão no horizonte, subiu alto no céu e traçou círculos sobre uma circunferência de muitas milhares de milhas convergindo e desaparecendo na mão direita de Sri Yoga Devi que ainda sustentava a criança acima de sua cabeça.

 A cor do raio era a mesma de Bhagavan Mitra Deva e a sua melhor descrição seria um matiz feito de sete partes de branco e uma de vermelho.

Os Anciãos haviam gravado em seus registros que o raio ou facho de Luz foi visto em muitos lugares, que, em algumas localidades, pessoas castas e que eram de mente e vidas puras foram iniciadas naquele momento, e também que para alguns membros do Suddha Dharma Mandalam a radiância apareceu sob a forma de uma criança.

Nesse dia, em toda a superfície do planeta, ao cair da noite, nos respectivos lugares, o raio ficou facilmente visível e isto foi um fenômeno extraordinário e inusitado. Foi nesse dia, quando o Avatar estava com quatro anos de idade (e cinco incluindo o período pré-natal), que lhe foi permitido tocar o solo pela primeira vez após seu nascimento.

Quinto e Sexto Discurso

O quinto discurso do Avatar teve lugar em 30 de setembro de 1922 e versava sobre o significado da Yoga Brahma Vidya (Ciência Sintética do Absoluto) e seus benefícios já mencionados para o mundo. O sexto discurso foi especificamente sobre a Missão do Avatar. Ele falou sobre o propósito de seu novo advento e discorreu sobre as obrigações dos membros do Mandalam para a plenitude de seu trabalho. Por esse motivo foram tomadas as seguintes decisões:

1. A formação da Mitra Brinda ou Ordem de Mitra Deva.

2. Encontros e designação de oficiais em vários lugares para proporcionar a Iniciação.

3. Organização para a remoção e transferência dos Pitas ou Centrais de Postos Oficiais, criando e restabelecendo Sankhus, além de investir cada um destes centros com poder.

4. Instrumentalização e inspiração dos discípulos e membros já engajados na disseminação da Suddha Dharma.

5. Estabelecimento de 24 Yoga-Ashrams neste país e em outros.

6. Elucidação através de escritos autorizados sobre a existência dos Mahatmas, que irão propagar a Suddha Dharma nesses diferentes Centros.

A Celebração do Maha-Yagna para Cooperar com o Futuro Avatar e para a Institucionalização da Mitra Brinda ou Ordem de Mitra Deva

O Maha-Yagna foi iniciado após um lapso de cinco dias a partir do quinto mês do quinto aniversário de nascimento de Bhagavan Mitra Deva, portanto 5 anos, 5 meses e 5 dias após seu nascimento. Desde quando o Yagna começou, até a sua conclusão, Bhagavan Mitra Deva, em companhia de outros Mahatmas, ficou em Samadhi em Brahma Vana. Ele ficou a inspirar os dois Mahatmas, Vajradeva  e Ratna Deva, na representação do ritual em que um deles representava predominante o princípio feminino, enquanto o outro tinha a aparência masculina. Em conexão com a apresentação ritual deste Maha Yagna, houve uma assembléia de 24 Siddhas, 24 Maha Yoguis, 24 Maha Rishis e 24 pessoas que haviam alcançado o estado de Ananda e 12 pessoas de outros diversos graus. Incluindo os 2 oficiantes como Mestres, eram ao todo 110 pessoas. Ali foi consagrado o mais importante Yantra de Mitra Brinda, em 4 de maio de 1923, e juntamente com esse Yantra foram consagrados 64 outros Yantras menores para os vários membros da Ordem usarem em si mesmos.

Esse Yagna foi realizado próximo a Vanga Pitta, a Sede do Mandalam em Bengala e a Avabhritam ou a consumação final da cerimônia, foi em um lugar ao leste do Peetta, aos pés dos Himalaias.

 Este Avabhritam, aconteceu em três fases. A primeira relacionada internamente ao próprio Bhagavan Mitra Deva, foi concluída formalmente ali e efetivamente consumada mais tarde em Bhrama Vana.

A segunda fase foi em intenção dos dois Mahatmas e os outros oficiais do Mandalam; foi oficiada em 3 de julho de 1923 e somente eles participaram dela. A terceira dizia respeito aos demais membros do Mandalam presentes e foi iniciada em 6 de julho de 1923. Após a conclusão do segundo Avabhritam três outros Mahatmas: Vaidurya Deva, Mukta Deva e Pravala Deva vieram para o local do Avabhritam e em 6 de julho de 1923 um Avabhritam geral, para todos os membros foi oficiado e todos os 5 Mahatmas participaram dele.

Na ocasião do terceiro Avabhritam, foram expostos e guardados, na metade do evento da referida assembléia, o trono, a coroa, o bracelete, a grinalda de pérolas, o colar de todas as pedras preciosas e outros ornamentos e vasos de ouro para serem usados por Bhagavan Mitra Deva. Todos esses objetos foram salpicados de água santificada. Na realidade o Avabhritam do Avatar teve lugar efetivamente em 19 de outubro de 1923 em Maha Vana.

 Ele estava sentado em um estrado de ouro sob uma árvore Banyana. Em frente a Ele havia um Kamandalu de ouro e uma Yogadanda, ou cetro de Yoga, também feita de ouro. Ele usava uma vestimenta tecida totalmente em fios de ouro e trazia no pescoço colares de pérolas.

Atrás dele estavam em pé dois Siddhas Kannikas, e a própria Yoga Devi o banhou. Trouxeram para seu banho a água que havia sido usada no banho de Narayana e Yoga Devi, permanente em seus próprios corpos no Uttara Badari. Este banho do Avatar é conhecido como Yoga-Abhisheka e foi realizado durante o Navarathri, quando Mitra Deva conduziu o Navarathri Puja de Sri Yoga Devi.

Os Siddhas que estiveram presentes lá cantaram os poucos versos seguintes em louvor ao Avatar:

(1 e 2) Eu invoco e aspiro a refulgência do Senhor dos Mundos, Bhagavan Mitra Deva, o Menino dos Olhos de Lótus, com um sorriso divino em seu semblante, que tem sido venerado por todos os Siddhas e Mahatmas e que está sentado em um estrado de ouro, estendendo a perna esquerda e com a perna direita dobrada;

(3) Repousando a mão esquerda no joelho esquerdo, com a mão direita exibindo o sinal átmico (Gnana-Mudra) e radiante com efulgência divina;

(4) Servido por dois Siddhas Kannikas (ninfos celestiais) e por Yoguins, Mahatmas, Siddhas, Maharishis, Dasas, Teerthas e outros;

(5) Assim glorificado com cânticos sagrados, usando braceletes de ouro, vestido com túnica em ouro, grinalda de pérolas adornando o peito e iluminado com formas divinamente auspiciosas;

(6) Empunhando o cetro de Yoga, sereno, tendo diante de si o Kamandalu de ouro, resplendoroso de glória suprema, meditando naquele que eu entronizo como relíquia em meu Coração.

Estas estrofes descrevem o Senhor como Ele apareceu naquela ocasião. A Cerimônia do Navarathri do ano 1923 é especialmente sagrada, porque o Yoga-Abisheka (banho sagrado) do Senhor foi realizado durante aquela ocasião, e também porque Ele mesmo conduziu o culto à Yoga Devi (Pooja), geralmente oficiada durante esse período. Sendo servido por Mahatmas e outros Seres ascencionados e sempre velando para que a elevação e o bem-estar do planeta prossiga, o Senhor continua habitando em Mahavana.

Notas

1. Época da publicação do texto: dezembro de 1923.

2. “Todas as vezes que há decadência da retidão no mundo, por conseguinte, oh Bharata, Eu envio Seres avançados ao mundo. E a cada mudança de Era, Eu faço surgir meu próprio Ser no planeta, para a proteção dos adeptos da Justiça e para depurar, moderar ou corrigir aqueles que estão obstruindo a evolução planetária, como também para reconstituir, restaurar ou ajustar o Dharma Ancestral”. Bhagavad Gita Cap. III vers.13 e 14

Observação: A tradução do mesmo trecho na Edição do Bhagavad Gita, em espanhol (Cap. III vers. 13 e 14 - Edição do Suddha Dharma) é a seguinte: 13 “Sempre que, oh Bharata, decai a retidão e sobrevém a preponderância da injustiça, Eu Me manifesto a Mim mesmo como um Siddha para ensinar o verdadeiro Conhecimento do Sanátana Dharma”. 14. “Para a proteção dos justos, para a transmutação da injustiça (Adharma) em justiça (Dharma), e para o estabelecimento do Sanátana Dharma, manifesto-Me a Mim Mesmo em perfeitas e saudáveis Encarnações, para ajustar o Dharma de acordo com a necessidade dos tempos”.

3. Parvo período de um ano.

4. Sankalpa unidade de cálculo de tempo de 24 anos, usada pelos membros do Suddha Dharma Mandalam.

5. Vajradeva é o Siddha conhecido como Madhushyanda; ele é um dos 32 Siddhas referido na 2ª sílaba do verso “Namaste Naradevaya, Namo Narayanayacha”. As 32 sílabas deste mantra completo são as iniciais do nome de cada um dos 32 Grandes Siddhas da corte do Senhor Narayana.

6. Tepana é mencionado na 3ª sílaba do verso citado anteriormente. Seu Avatar foi um guerreiro budista em Hardwar.

Badara é mencionado na 17ª sílaba. Seu Avatar surgiu em um local do estrangeiro.

Nandabadra é mencionado na 31ª sílaba. Seu Avatar também surgiu em um local do estrangeiro.

Dasanatha é mencionado na 18ª sílaba. Seu Avatar foi conhecido com o nome de Lord Gauranga.

Rinkana é mencionado na 19ª sílaba. Seu Avatar foi um Sanyasin do Distrito de Trichinopoly, em Presidency/Madras.

Pandara é mencionado na 28ª sílaba. Seu Avatar foi Karunguli Ramalingaswamy, em Chimdambaram, em Presidency/Madras.

Nakayogui seu Avatar aconteceu em Nagai Distrito de Tanjore em Presidency/Madras.

7. Muktadeva é o mesmo Siddha chamado de Tepana, já citado anteriormente.

8. Yagnanandana: Existem trinta e dois grandes Seres que inspiram o conhecimento do Dharma Suddha, dirigindo sutilmente todos os eventos importantes da história da terra em nome de Bhagavan Narayana. Yagnanandana é um deles. Ele é o Siddha protetor da energia de todos os membros do Suddha Dharma Mandalam. Está sempre ocupado no Yoga (poder da Síntese) e é o Senhor dos Montes de Kolly.

9. Sapta Rishis são Narada, Vamadeva, Kasyapa, Chandabhanukah, Kaladeva, Subrahmanya e Devapi que são respectivamente os Senhores dos Lokas Satya, Tapas, Gnana, Mahah, Svah, Bhuvah e Bhur.

10. Devl Prakriti: Todas as manifestações existentes, inclusive dos regentes, são controladas pela Brahma Shakti, que é também chamada Atma Shakti ou ainda Maya. De acordo com os Mestres da Escola de Pensamento Suddha, o termo Maya é usado quando nos referimos a Shakti de Brahman e nunca deveria ser interpretado como ilusão ou irrealidade. Maya é um poder de Deus (Brahman) e é tão real quanto Seus demais poderes. Este poder manifesta-se de três formas conhecidas como Deive Maya, Esha Maya e Gunamayi Maya. A primeira delas (Deive Maya ou Deivi Shakti) é relativa ao Paramatma e diz respeito ao aspecto que efetua o trabalho do Paramatma no Cosmos. É através deste aspecto da Shakti que aqueles que alcançaram o grau de Mahatma e a libertação, trabalham em sintonia e cooperativamente com a Suprema Causa de Tudo. A segunda (Esha Sakti) é o instrumento usado especialmente para os grandes propósitos dos Hierarcas e outros Grandes Seres, os quais aparecem como Avatara-Purushas para o restabelecimento do Dharma. A terceira (Gunamayi Shakti) diz respeito a toda a evolução humana e está atualmente avançando progressivamente. Para que a Shakti (energia ou poder) manifeste estas funções é necessário existir a Prakriti ou Matéria Primordial. Essa Matéria Primordial é também dividida em três classes e são conhecidas como Deivi Prakriti, Kalyani Prakriti e Swaroopa Prakriti. Suas funções são correlatas a Deivi Maya, Esha Maya e Gunamayi Maya. Os egos individuais em evolução nas várias esferas residem na Swaroopa Prakriti e são envolvidos por Gunamayi Maya. Suas funções duram no Samsara o período necessário e eles geralmente não têm a faculdade de exercer o próprio livre-arbítrio. Aqueles Grandes Seres, que encarnaram de acordo com a necessidade dos tempos, deste modo, transformaram-se em canais para a difusão do poder Brahmico, geralmente residem na Kalyani Prakriti e exercem suas funções com Esha Maya. Eles podem, por força de sua própria e livre vontade, regular o significado e a complexidade de suas próprias missões, as quais podem durar apenas por um instante, como foi o caso de Narasimhavatar, ou por eras inteiras. O Paramatma e os Senhores dos Mundos estão todos incorporados na Deivi Prakriti e atuam na Deivi Maya. Eles são capazes de materializar as respectivas condições para o pleno êxito de suas missões. Quando um Avatar se manifesta, um Hamsa, ou fragmento do Senhor, surge no mundo revestido em uma destas três Prakritis. É importante salientar que na manifestação de um Avatar com forma material (na Prakriti), Ele submete a si mesmo às limitações da forma de matéria na qual passa a existir. A despeito disso, ainda que haja potência na origem da Luz, é considerado que o volume da Luz, que poderá irradiar-se dele, irá depender da transparência do intermediador, rendido à sua energia. Assim, quanto mais opaco o intermediador, mais nebulosa a Luz se refletirá. Grandes Avatares de Sri Ratna e Sri Krishna incorporaram uma porção maior de Hamsas (raios ou fragmentos de energia) do Senhor Narayana; a Prakriti ou revestimento material escolhido por eles foi Swarupa Prakriti. Eles selecionaram e se sujeitaram às limitações desta forma de matéria. Surgindo como homens comuns, acomodaram-se a este estado de ser. Bhagavan Mitra Deva, tendo encarnado na mais elevada forma de matéria e funcionando no melhor dos aspectos do Atma Shakti, está além dessas limitações. Portanto, encarnando o menor raio do Senhor (Hamsa), Mitra Deva é, por causa da Prakriti na qual concebeu seu ser, capaz de maiores realizações. E é perfeitamente natural que seja assim, uma vez que, enquanto a missão dos outros grandes Avatares foi por uma raça específica, a meta do presente advento é pelo bem-estar e enobrecimento do mundo inteiro, estando, portanto, compromissado com muitas raças.

11. Gamalakas: o antigo livro Adveda usa este termo referindo-se aos Siddhas Kannikas.

12. Samadhi: Quando uma pessoa eleva a sua consciência individual ao nível Atmico, torna-se capaz de discernimento universal. Este tipo de estado de consciência é conhecido como Samadhi.

13. Os 32 Siddhas que foram elevados acima das nuvens (ascencionados) pelos Senhores Narayana, Nara, Voga Devi, Dakshinamurty e pelos Kumaras são conhecidos coletivamente como Vajra Deva, Mukta Deva, Ratna Deva, Pravala Deva e Vaidurya Deva. Aqueles que serviriam no Yagna são diretamente descendentes espirituais destes grandes Siddhas.

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Sri Bhagavan Mitra Deva

 Sri Bhagavan Mitra Deva




por: DeviMarga Dasika .

Jnana Dhata Acharya,


Bhagavan Sri Mitra Deva é um Amsa Avatar de Sri Bhagavan Naráyana.

Este Divino Enviado nasceu no dia 16 de janeiro de 1919 e sua concepção se deu no ventre de uma senhora esposa de um Maharashtra Kshatriya da cidade de Mumbay.

Uma porção de Devi Shakti do Siddha Nayaka, chamado Rimkhana uniu-se à criança que se encontrava no ventre, para formar o corpo de Mitradeva.

A união de uma porção da Devi Prakriti do Siddha Rimkhana com o feto em gestação proporcionou seu próprio, peculiar e puro desenvolvimento, diferente do comum das crianças; esse corpo é, portanto, da mais elevada forma de matéria.

Havendo falecido o pai, os Mestres do Mandalam tomaram sob sua custódia o bebê e sua mãe.

Mitra Deva é o primeiro de nove Narayanamsa que precederão a vinda do Kalki Avatar daqui a alguns anos, dependendo do quanto a humanidade irá conseguir firmar suas vibrações para concluir este Kali Yuga.

Sua missão tem como propósito principal a instauração formal dos princípios e práticas do Suddha Dharma, a Lei da Síntese para a era atual.

Apesar de encerrar um Hamsa menor de Naráyana que Rama ou Krishna, o Senhor é capaz de realizar uma finalidade maior por causa da Prakriti mais sutil da qual se formou seu corpo.

Enquanto a missão dos outros Avataras foi para uma raça, este Advento é para o bem-estar e elevação de toda a humanidade.

Em 14 de maio de 1919, mudou-se em companhia de sua mãe para Srivana.

Em 4 de maio de 1920 foi retirado dos cuidados dos construtores da matéria, ficando sob a responsabilidade de dez Mahatmas que o conduziram à Maha Guha e o louvaram como:

1. filho de Ganga Devi que, dotado de Mahátmica Prakriti, nasceu para propagar o Suddha Dharma;

2. aquele que foi revelado no segundo ano do ciclo qüingentésimo primeiro da era Suddha, neste Kali Yuga;

3. o divinamente manifestado para proteger o mundo que se encontra irreligioso, com os Dharmas extinguindo-se;

4. a personificação do Dharma, manifestado como Hamsa (fragmento) de Naráyana, para o bem-estar da humanidade;

5. aquele, vestido com a Devi Prakriti formada durante idades pelas prolongadas austeridades do Mahatma Rimkhana;

6. subordinado a Sri Yoga Devi para instruir os seres humanos nas verdades e práticas do Sanátana Dharma e no Yoga Brahma Vidya;

7. o inspirador da justa aspiração de todos os suplicantes, através dos poderes da sua meditação Suddha;

8. o Executor da Ação Universal, Aquele que é glorificado pelos homens autorrealizados, amado de todos e Mestre do Suddha Dharma Mandalam;

9. o de ideação absoluta, sempre ocupado na Verdade Transcendental, Ação Universal e Transcendental Yoga; que mora na Verdade e recebe adoração dos verdadeiros devotos; e

10. o grande Mestre que, neste Kali Yuga, nasceu para outorgar a todos o néctar do puro e antigo Yoga, digno de ser praticado por todos os povos.

Na Maha Guha, o Avatar recebeu a Vasudeva Diksha conferida por Bhagavan Vasudeva, cujo objetivo foi remover as prováveis impurezas causadas pela gestação.

Após essa Diksha, iniciou seus discursos:

1. em 22/10/1920, discursou sobre o Suddha Dharma em geral. Estavam presentes quase cem Mahatmas, Kaladeva, Subrahmanya e Devapi, o quinto, sexto e sétimo Senhores dos Sete Raios;

2. em 23/01/1921, sobre o trabalho futuro dos Hierarcas;

3. em 11/10/1921, sobre o Dharma da época;

4. em 13/01/1921, sobre as futuras mudanças dhármicas.

Esses discursos foram proferidos em Maha Vana e foram arquivados pelos Hierarcas da Aldeia de Shankala que, juntamente com 136 Mahatmas da Aldeia de Brahmala estiveram também presentes.

Durante a quarta reunião, o Senhor Naráyana e Sri Yoga Devi manifestaram sua influência em alguns dos Mahatmas presentes.

Ao final do discurso, uma chuva de perfumadas flores foram derramadas sobre todos.

Antes de proferir o 3º. e 4º. Discursos, em 2/5/1921, Mitradeva recebeu de Sri Yoga Devi o Mantra a ser usado para a Sua invocação.

Também, antes de proferir o 5º. Discurso, em 11/5/1922, o Senhor recebeu a Yoga Devi Diksha, diretamente da Mãe Divina que lhe tocou no brahmarandra com Sua mão direita.

O Avatar tinha, então, quatro anos de idade, ou cinco, se for incluído o período pré-natal. Foi quando tocou o solo pela primeira vez depois de nascido.

5. em 30/9/1922, discursou sobre o significado do Yoga Brahma Vidya e seus benefícios para o mundo; e

6. o sexto discurso foi sobre a própria missão do Avatar.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Purnima Puja Mitra Deva Jayanti

 Purnima Puja Mitra Deva Jayanti



Na lua cheia de janeiro, mês “Pushya” no calendário védico é comemorado o aniversário de nascimento de “Sri Bhagavan Mitra Deva”, nascido na lua Cheia do mês Pushya do ano de 1919.

Este é um dia muito especial a todos os iniciados e simpatizantes do Suddha Dharma Mandalam em todo o mundo.

Com esta “Lua Cheia” (Purnima Puja), recomendo que neste dia todos acordem o mais cedo possível e ainda em jejum depois de um banho de preferência com água na temperatura ambiente, sente-se virado ao nascer do sol e entoe o “Mitra Gayatri” por pelo menos 108x

Om Namo Mitradevaya

Gurave Brahma Varchase

Upase Twam Suddha Dharma

Siddhayé Malachetasa

Tat Suddham MitraDevasya

Tejhssatyam Shuddhimahi

Narayana Para Divya

Dhiyoyannah Prachodayat

OM OM OM SHRIM HIM MAM NAMAH

No decorrer do dia procure ter uma alimentação mais sattvica (leve e sem carnes), pensamentos puros, procure ter um dia mais tranquilo, mais relaxado, voltado a espiritualidade.

Em dias especiais e auspiciosos como este, além de sua prática pessoal (Sadhana) para os Iniciados é muito especial realizar o serviço desinteressado ajudando ao próximo, doando alimentos e ajudando a quem tem necessidade.

Caso esteja próximo ou frequente algum templo do Suddha Dharma Mandalam, entre em contato com o mesmo para saber sobre a programação local e como será realizado as festas neste dia.

Que todos tenham um maravilhoso “Mitra Deva Jayanti” !

Namaskaram,

Erick G. Schulz,

(Jnana Dhata Acharya do Suddha Dharma Mandalam)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Sri Bhagavan Mitra Deva – O Avatar da Síntese

 




Escrito por: DeviMarga Dasika (Jnana Datha Acharya – Instrutora do SDM)


Segundo a linhagem do Suddha Dharma, desde 1450 estava prevista a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva, que tem como um de seus propósitos conduzir a humanidade à unificação.

Esse nascimento ocorreu em 1919, e ele não está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre.

Em tempo algum por nós conhecido a humanidade precisou tanto da ajuda e orientação divina como agora.

Trarei a vocês o nascimento, vida, missão e doutrina do avatar Sri Bhagavan Mitra Deva, manifestado em nossa era atual.

O nascimento de Sri Bhagavan Mitra Deva foi anunciado pelo Suddha Dharma Mandalam há muito tempo.


Este nível de divindade escolhe interferir nos problemas da humanidade nas fases em que a inteligência humana está desorientada, sob a preponderância das forças assúricas (contrárias à lei natural), donde resulta que vidas inocentes e seres desprotegidos esperam uma impiedosa extinção.

 

Os lamentos sinceros trazem a divindade em forma humana.

 

De seu estado passivo de observador silencioso e propulsor invisível de todas as ações, o divino vem em forma humana, para proteger os devotos e desamparados e remover as forças assúricas (egoístas) que retardam a marcha da evolução da humanidade.

 

Advertindo agora sobre este ensinamento do avatar, vamos investigar o ato do avatar; pois avatar é um ato, e o seu sentido estrito é ‘descida’.

 

Como o termo é geralmente usado em associações com personalidades de uma sublime ordem de eminência espiritual, surge a questão: se um ser humano, nascido com todas as fraquezas e debilidades, poderia, a qualquer hora, ascender a este nível divino através de práticas, qualquer que seja a grandeza de linha espiritual que achemos que ele tenha alcançado.

 

O Srimad Bhagavad Gita (“um canto ao Divino”), de Bhagavan Sri Krishna, assegura que o ato do avatar é um monopólio divino, peculiar somente ao Ishwara (consciência unitiva), mas os Homens geralmente não entendem isto.

 

Portanto, nenhum ser humano pode transformar-se a si mesmo em avatar.

 

Porém, essa tendência para homenagear meras personalidades tornou-se um tipo de doença entre nós.

 

A ideia de que um homem pode se transformar em um avatar parece estar se difundindo para saciar os desejos da mentalidade da massa.

 

Divulgar tal ideia é apenas a exploração do alicerce da fé.

 

Por isso é necessário, da parte dos que desejam conhecer este mistério, usar a inteligência crítica para realmente entender as verdadeiras implicações desse grande manancial de conhecimentos corretos, provindos de esferas dimensionais superiores.

 

 

O Avatar da Sííntese

 

Retomando agora a intenção primeira, explanaremos sobre Sri Bhagavan Mitra Deva, ou, em nosso idioma, “O Amigo Divino”, o “D’eus Solar”.

 

Desde 1450 estava prevista, segundo a linhagem do Suddha Dharma, a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva no início do século XX, e que Ele seria considerado como Mestre do Mundo.

 

Um de seus principais propósitos seria o de conduzir a humanidade à unificação, em todos os seus níveis de evolução, independente de credo, nacionalidade, casta e reino.

 

Nesse mesmo período (por volta de 1450), nasceram 43 grandes instrutores no seio de várias religiões e Escolas Iniciáticas, espalhadas nos quatro cantos da Terra, para divulgar em suas áreas princípios da Lei Eterna (Suddha Dharma).

 

Em 1905, em um mosteiro oculto da Fraternidade Universal, os mestres chegaram à conclusão de que era chegado o momento da exteriorização, divulgação do Suddha Dharma, e concretização da manifestação de Sri Bhagavan Mitra Deva.

 

Seu nascimento ocorreu na lua cheia, em 16 de janeiro de 1919, em Maharastra, Índia.

 

Seu pai faleceu alguns dias após seu nascimento, e ele e sua mãe ficaram sob os cuidados dos mestres, na região sagrada de Badari Vana, no bosque de Bilva, um dos cinco bosques existentes nas proximidades do Maha Guha, lugar Sagrado onde habitam seres que são Anciões do próprio Tempo.

 

Nesse mesmo dia, ele foi submetido às suas duas primeiras iniciações, e depois foi ninado em uma rede entre duas enormes árvores.


Foi nutrido e cuidado pelos espíritos da natureza, Apsaras e Gandharvas (Elohins); e mais tarde, alimentado pelas aves de Nara – representantes da humanidade.

 

Para a celebração de seu nascimento, estavam presentes todos os siddha (videntes), os Senhores dos sete raios (Sapta Rishes-)  e os mahatmas (Grandes Almas).

 

Logo após o nascimento do avatara, os mestres da Fraternidade Universal deram início a um yagna (uma série de sacrifícios e meditações) que durou 40 dias, invocando sobre Ele a Shakti (energia divina) para o pleno êxito de sua missão.

 

Início do Trabalho

A preparação e o advento de Sri Bhagavan Mitra Deva ficaram sob a tutela de um Deva (anjo) conhecido como Rinkhana; esse ser foi responsável pela organização dos elementos atômicos que deveriam constituir a forma física do Mestre, esotericamente conhecida como Devi Prakriti (matéria incorruptível, divina, corpo de glória; não sujeita a enfermidades, envelhecimento ou morte), condições fundamentais para que ele possa realizar sua missão com absoluta perfeição e a distância, atuando simultaneamente em todo o mundo, por meio dos seus poderes mentais e espirituais.

 

Após o seu nascimento, a hierarquia divina providenciou para que todos os iniciados da Fraternidade fossem notificados para realizarem os preparativos para o início do trabalho do Mestre.

 

Temos que deixar bem claro que Sri Bhagavan Mitra Deva não está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre que esteve entre nós, mas sim tem o objetivo único de restaurar a essência divina da Lei, que certamente é a base de cada religião, mas totalmente adulterada pelo egoísmo e ignorância do ser humano.

 

Conclui-se que Ele é um avatar, ou seja, um missionário para toda a humanidade, sem exceção; e, para essa mesma humanidade, deverá operar mudanças fundamentais e saudáveis na vida sociocultural, conscencional, etc., como nós já estamos vendo e vivenciando.

 

Ele vem trazer, também, a dissolução dos obstáculos, da ignorância e da separatividade que predominam no seio da raça humana.

 

Sri Bhagavan Mitra Deva pode ser considerado também um avatara oculto, o qual exerce sua elevada função de ajuda ao mundo sem que todos os Homens o saibam.

 

Ele é conhecido por um número restrito de iniciados nos chamados Mistérios Maiores (Ele atua em nosso campo mental e espiritual independentemente de sua vinculação ao cristianismo, budismo, judaísmo, islamismo, ateísmo etc.).

 

Seu trabalho também consiste em três etapas, a partir da atuação na consciência humana:

1 – Transformar o homem besta em humano;

2 – Transformar o homem humano em santo;

3 – Transformar o homem santo em divino.


 

Chaves dos Mistérios

Sem sombra de dúvida, Ele é o terceiro/quarto de uma escala de nove avataras, os quais estarão aqui para organizar e estabelecer a vinda do Maha Avatar Kalki – no final deste kali yuga, daqui alguns anos –, conhecido no Ocidente como Buddha Maitreya, ou o próprio Messias.

 

Sendo assim, o próprio avatar Sri Bhagavan Mitra Deva instituiu uma ordem sob sua direção, chamada Mitra Brinda, a qual é composta por seres humanos que têm uma ligação direta com Ele.

 

Como mensageiro da divina hierarquia, Sri Bhagavan Mitra Deva nasceu em nossa época para trazer as chaves dos Mistérios Maiores, ensinando o caminho direto não só para uma elite espiritual, mas para toda a humanidade, através do sistema unitivo que consiste na vivência da síntese das leis redentoras do amor, da sabedoria e da ação, método que hoje é tradicionalmente conhecido como “autoconhecimento”.

 

O nível de compreensão e consciência se desenvolveu a tal ponto no seio da humanidade que a maioria das pessoas de nossos tempos não mais aceita as mensagens de alguns instrutores do passado, cujos ensinamentos procuram se impor aos adeptos através de medos, ameaças e condenações irreversíveis – ou pregando sistemas raciais que avivam a noção de separação entre os povos.

 

Inaceitável, inócua e inútil para os nossos dias é ainda a palavra do “Senhor dos Exércitos”, de um D’eus irado e vingativo, e das infantilidades de raças eleitas e coisas do estilo, próprios de sistemas ocos e inoperantes.

 

O conhecimento adequado ao Kali Yuga (Era da Síntese) é denominado Suddha Dharma, e é efetuado através de iniciações; para conferi-las às pessoas, o Senhor escolheu o Siddhavatara na forma adequada para a necessidade.

 

Ele deve ser o diretor da Nova Fraternidade e felicidade humana, e é através do caminho do mesmo Suddha Dharma que Ele costuma levar os Homens para o grande objetivo.

 

No curso preparatório, que é dado àqueles que tomam o caminho do S.D.M., pode-se descobrir aquela sublime arte da autoconfiança para procurar a ajuda do divino, não fortuitamente, mas sabendo onde está esta divindade.

 

Está perto e em nosso coração espiritual; é o caminho mais fácil para aqueles que são almas devotas.

 

Este caminho fica difícil de andar se sua atenção é fixada externamente como se D’Eus fosse um governador externo, mas Ele fica muito simples quando você o coloca no trono do seu coração espiritual.

 

Isso não é possível, em absoluto, para aqueles que têm adorado D’Eus somente como algo externo, e não como governador interno...portanto, é a hora da mudança, mudando o foco para a realidade existente dentro de nós.

 

Aqueles que nunca acreditaram em D’Eus, de qualquer forma que seja, nunca poderão imaginar e permitir a Ele um lugar neles mesmos, pois isso seria muito inconveniente; eles são os Homens egoístas de ações cruéis que se destinam à destruição – o mundo está repleto de tais seres em forma humana (que tristeza ter de escrever isto, mas para mudarmos de verdade padrões cristalizados pelas inúmeras remanifestações, temos que assumir a realidade de peito aberto e franco).

 

A altura alcançada no externo precisa ser contrabalançada pelo interno, e isso é o Ishwara – yoga – Suddha Dharma.

 

Esta é a nossa absoluta certeza na obra de Sri Bhagavan Mitra Deva em nossos dias, cujos efeitos já sentimos em todos os níveis de evolução material e espiritual nas últimas décadas, e nossa grande esperança do início de uma fase de ascensão para todos os povos de nosso planeta.

JAYA !

OM TAT SAT.