Segundo as tradições do Suddha Dharma, desde 1450 estava prevista a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva, que tem como um de seus propósitos conduzir a humanidade à unificação.
Esse nascimento ocorreu em 1919, e ele não está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre.
Em tempo algum por nós conhecido a humanidade precisou tanto da ajuda e orientação divina como agora.
Trarei a vocês, em continuação ao assunto Avataras [Sexto Sentido 30], o nascimento, vida, missão e doutrina do avatar Sri Bhagavan Mitra Deva, encarnado em nossa era atual.
O nascimento de Sri Bhagavan Mitra Deva foi anunciado pelo Suddha Dharma Mandalam há muito tempo.
Este nível de divindade escolhe interferir nos problemas do Homem nas fases em que a inteligência humana está desorientada, sob a preponderância das forças assúricas (contrárias à lei), donde resulta que vidas inocentes e seres desprotegidos esperam uma impiedosa extinção.
Os lamentos sinceros trazem a divindade em forma humana.
De seu estado passivo de observador silencioso e propulsor invisível de todas as ações, o divino vem em forma humana, para proteger os devotos e desamparados e remover as forças assúricas que retardam a marcha da evolução da humanidade.
Advertindo agora sobre esta doutrina do avatar, vamos investigar o ato do avatar; pois avatar é um ato, e o seu sentido estrito é ‘descida’.
Como o termo é geralmente usado em associações com personalidades de uma sublime ordem de eminência espiritual, surge a questão: se um ser humano, nascido com todas as fraquezas e debilidades, poderia, a qualquer hora, ascender a este nível divino através de práticas, qualquer que seja a grandeza de linha espiritual que achemos que ele tenha alcançado.
O Srimad Bhagavad Gita (a “bíblia universal”), de Bhagavan Sri Krishna, assegura que o ato do avatar é um monopólio divino, peculiar somente ao Ishwara (diretor planetário), mas os Homens geralmente não entendem isto.
Portanto, nenhum ser humano pode transformar-se a si mesmo em avatar.
Porém, essa tendência para homenagear meras personalidades tornou-se um tipo de doença entre nós.
A idéia de que um homem pode se transformar em um avatar parece estar se difundindo para saciar os desejos da mentalidade da massa.
Divulgar tal idéia é apenas a exploração do alicerce da fé.
Por isso é necessário, da parte dos que desejam conhecer este mistério, usar a inteligência crítica para realmente entender as verdadeiras implicações dessa grande doutrina.
Amigo Divino
Retomando agora a intenção primeira, explanaremos sobre Sri Bhagavan Mitra Deva, ou, em nosso idioma, Amigo Divino.
Desde 1450 estava prevista, segundo tradições do Suddha Dharma, a vinda de Sri Bhagavan Mitra Deva no início do século XX, e que ele seria considerado como Mestre do Mundo.
Um de seus principais propósitos seria o de conduzir a humanidade à unificação, em todos os seus níveis de evolução, independente de credo, nacionalidade, casta e reino.
Nesse mesmo período (por volta de 1450), nasceram 43 grandes instrutores no seio de várias religiões, espalhadas nos quatro cantos da Terra, para divulgar em suas áreas princípios da Lei Eterna (Suddha Dharma).
Em 1905, em um mosteiro oculto da Fraternidade Branca, os mestres chegaram à conclusão de que era chegado o momento da exteriorização, divulgação do Suddha Dharma, e concretização da manifestação de Sri Bhagavan Mitra Deva.
Seu nascimento ocorreu na lua cheia, em 16 de janeiro de 1919, em Maharastra, Índia.
Seu pai faleceu alguns dias após seu nascimento, e ele e sua mãe ficaram sob os cuidados dos mestres, na região sagrada de Badari Vana, no bosque de Bilva, um dos cinco bosques existentes nas proximidades do Maha Guha.
Nesse mesmo dia, ele foi submetido às suas duas primeiras iniciações, e depois foi ninado em uma rede entre duas enormes árvores.
Foi nutrido e amamentado pelos espíritos da natureza; e, mais tarde, alimentado pelas aves de Nara – representante da humanidade.
Para a celebração de seu nascimento, estavam presentes todos os siddhas, os Senhores dos sete raios e os mahatmas.
Logo após o nascimento do avatara, os mestres da Fraternidade Branca deram início a um yagna (uma série de sacrifícios e meditações) que durou 40 dias, invocando sobre Ele a Shakti (energia divina) para o pleno êxito de sua missão.
Início do Trabalho
A preparação e o advento de Sri Bhagavan Mitra Deva ficaram sob a tutela de um anjo conhecido como Rinkhana; esse ser foi responsável pela organização dos elementos atômicos que deveriam constituir a forma física do Mestre, esotericamente conhecida como Devi Prakriti (matéria incorruptível, corpo de glória; não sujeita a enfermidades, envelhecimento ou morte), condições fundamentais para que ele possa realizar sua missão com absoluta perfeição e a distância, atuando simultaneamente em todo o mundo, por meio dos seus poderes mentais e espirituais.
Após o seu nascimento, a hierarquia divina providenciou para que todos os iniciados da Fraternidade fossem notificados para realizarem os preparativos para o início do trabalho do Mestre.
Temos que deixar bem claro que Sri Bhagavan Mitra Deva não está entre nós em nome de alguma religião ou de algum mestre que esteve entre nós, mas sim tem o objetivo único de restaurar a essência divina da Lei, que certamente é a base de cada religião, mas totalmente adulterada pelo egoísmo e ignorância do ser humano.
Conclui-se que Ele é um avatar, ou seja, um missionário para toda a humanidade, sem exceção; e, para essa mesma humanidade, deverá operar mudanças fundamentais e saudáveis na vida sociocultural, conscencional, etc., como nós já estamos vendo e vivenciando.
Ele vem trazer, também, a dissolução dos obstáculos, da ignorância e da separatividade que predominam no seio da raça humana.
Sri Bhagavan Mitra Deva pode ser considerado também um avatara oculto, o qual exerce sua elevada função de ajuda ao mundo sem que todos os Homens o saibam.
Ele é conhecido por um número restrito de iniciados nos chamados Mistérios Maiores (Ele atua em nosso campo mental e espiritual independentemente de sua vinculação ao cristianismo, budismo, judaísmo, islamismo, ateísmo, etc.).
Seu trabalho também consiste em três etapas, a partir da atuação na consciência humana:
1 – transformar o homem besta em humano;
2 – transformar o homem humano em santo;
3 – transformar o homem santo em divino.
Chaves dos Mistérios
Sem sombra de dúvida, Ele é o primeiro de uma escala de nove avataras, os quais virão para organizar e estabelecer a vinda do Maha Avatar Kalki – no final deste kali yuga, daqui a doze mil anos –, conhecido no Ocidente como Buddha Maitreya, ou o próprio Messias.
Sendo assim, o próprio avatar Sri Bhagavan Mitra Deva instituiu uma ordem sob sua direção, chamada Mitra Brinda, a qual é composta por seres humanos que têm uma ligação direta com Ele.
Como mensageiro da divina hierarquia, Sri Bhagavan Mitra Deva nasceu em nossa época para trazer as chaves dos Mistérios Maiores, ensinando o caminho direto não só para uma elite espiritual, mas para toda a humanidade, através do sistema unitivo que consiste na vivência da síntese das leis redentoras do amor, da sabedoria e da ação, método que hoje é tradicionalmente conhecido como “autoconhecimento”.
O nível de compreensão e consciência se desenvolveu a tal ponto no seio da humanidade que a maioria das pessoas de nossos tempos não mais aceita as mensagens de alguns instrutores do passado, cujas doutrinas procuram se impor aos adeptos através de medos, ameaças e condenações irreversíveis – ou pregando sistemas raciais que avivam a noção de separação entre os povos.
Inaceitável, inócua e inútil para os nossos dias é ainda a palavra do “Senhor dos Exércitos”, de um Deus irado e vingativo, e das infantilidades de raças eleitas e coisas do estilo, próprios de sistemas ocos e inoperantes.
O conhecimento adequado ao kali yuga é denominado Suddha Dharma, e é efetuado através de iniciações; para conferi-las às pessoas, o Senhor escolheu o siddhavatara na forma adequada para a necessidade.
Ele deve ser o diretor da Nova Ordem e felicidade humana, e é através do caminho do mesmo Suddha Dharma que Ele costuma levar os Homens para o grande objetivo.
No curso preparatório, que é dado àqueles que tomam o caminho do S.D.M., pode-se descobrir aquela sublime arte da autoconfiança para procurar a ajuda do divino, não fortuitamente mas sabendo onde está esta divindade.
Está perto e em seu coração; é o caminho mais fácil para aqueles que são almas devotas.
Este caminho fica difícil de andar se sua atenção é fixada externamente como se D’Eus fosse um governador externo, mas Ele fica muito simples quando você o coloca no trono do seu coração.
Isso não é possível, em absoluto, para aqueles que têm adorado D’Eus somente como algo externo, e não como governador interno.
Aqueles que nunca acreditaram em D’Eus, de qualquer forma que seja, nunca poderão imaginar e permitir a Ele um lugar neles mesmos, pois isso seria muito inconveniente; eles são os Homens egoístas de ações cruéis que se destinam à destruição – o mundo está repleto de tais seres em forma humana.
A altura alcançada no externo precisa ser contrabalançada pelo interno, e isso é o ishwara – yoga – Suddha Dharma.
Esta é a nossa absoluta certeza na obra de Sri Bhagavan Mitra Deva em nossos dias, cujos efeitos já sentimos em todos os níveis de evolução material e espiritual nas últimas décadas, e também nossa grande esperança do início de uma fase de ascensão para todos os povos de nosso planeta.
OM TAT SAT.
Por: Margareth Gonçalves (DeviMarga Dasika)
Jnana Dhata Acharya,