sexta-feira, 25 de novembro de 2022

 


PALESTRA DITADA POR VÁJERA YOGUI DASA

 

Don Benjamín Guzmán Valenzuela

1984

 

Dedicado com profundo carinho a Vájera,

Que foi meu Mestre e Guia no maravilhoso Caminho do Yoga.

Sandra Naumann, 2002.

 

   A Suddha Dharma Mandalam ensina uma antiquíssima Ciência da Índia, baseada em postulados científicos, sociais e individuais. É uma ciência que abrange todas as artes, a filosofia e a atividade de todas as pessoas. Neles existem postulados que mudam conforme o ciclo da vida, mas nesse período os Mestres pedem principalmente que se pratiquem dois deles que são: o AMOR e a ALEGRIA. O amor sem trava alguma, até todas as coisas e até todos os seres, tanto os inferiores como os superiores. E a Alegria pura, alegria radiante que alcance a todos os seres para que sejam felizes.

   Essa Ciência se denomina Suddha Brahma Vidya, a Sagrada Ciência Espiritual, quem se dedica ao estudo dela se transforma em discípulo aprendendo a irradiar Amor e Alegria, transforma-se em um sol radiante de Glória e Amor.

   Nós sempre repetimos um mantra antes de começar as nossas reuniões, que começa com a palavra AUM, que significa “O Supremo Deus do Universo, o Som Cósmico. O Verbo Divino que está com Deus, é Vibração Divina.” Começamos invocando a Deus, AUM, em seguida dizemos a palavra NAMO, que significa: “Glória, Felicidade, Alegria.” Todas estas palavras têm o mesmo significado, talvez se dê maior consciência à palavra Glória, maior que a da palavra Alegria.

   A palavra NAMO, além de Glória e Alegria, também significa “Entrega; Feliz Rendição.” Não uma rendição morta ou escravizada. É uma rendição Livre e Feliz ao Supremo Senhor, ao Supremo Deus.

   Eu me entrego ao Deus Cósmico, eu me rendo à Divina Vontade do Deus criador da Terra e do nosso Céu, de nossa Terra onde estamos vivendo. Nosso Deus que guia a evolução de todos os seres deste mundo terrestre, o Senhor NARÁYANA.

   Nós invocamos ao Senhor, ao Deus deste mundo, entregando-nos a Ele, rendendo-nos a Ele com amor e com alegria: “Faça-se Tua Vontade no Céu e na Terra.”

   Dizem os nossos instrutores que é quase inútil produzir um efeito insignificante, dizer às pessoas: “Ame o teu próximo, você tem de amar a todos os seres.” Não leva a nada, ou quase nada. Porque dizer “Ame o teu próximo, ame o teu inimigo, ame a todos os seres”. Creio que ficamos igual, não leva a nada; mas se nós cumprimos o que os Mestres nos indicam, que devemos ao mesmo tempo fazer a Radiância do Amor do coração, expandindo a nossa alma, a nossa aura até o infinito, expandindo-a com amor, então cria-se o costume de sempre irradiar amor. Não se sente ódio, desliza sobre a pessoa e não penetra.

   O mesmo ocorre com a prática do “Faça-se a tua Vontade no Céu e na Terra”. Milhões de católicos pronunciam esta frase no Pai-Nosso, mas a qualquer coisinha que lhes ocorra, já se esquecem da Vontade de Deus; mas nós temos de estar sempre entregues à sua Divina Vontade e então vem ao ser, aconteça o que acontecer, ocorra o que tiver de ocorrer, que já está instalado o costume dessa paz e não se incomoda nem se perturba, porque já está acostumado a vibrar cheio de paz, amor e alegria.

   Vamos continuar com o estudo sobre os Mantras do Sistema Bhadraketu.

   O primeiro Mantra refere-se ao Espírito de Deus Puro, sem mescla alguma, pensar no Espírito de Deus Puríssimo, que é o que está dando a vida a todos os seres, a nós mesmos, dentro da luz do coração, como milhões de sóis resplandecentes.

   O segundo Mantra já não é tão puro, já não se refere aos milhões de sóis, a não ser que pensemos no Espírito de Deus unido, junto através da matéria, então está velado, não é mais tão limpo, tão puro, então não é mais Koti Surya, mas Koti Purni, como milhões de luas cheias, por estar velado pela matéria.

   O Espírito puro não tem poder algum. A matéria sozinha tampouco tem poder, mas juntando as duas coisas, Espírito e Matéria, produzem a Shakti, o Poder Cósmico.

   Um exemplo disso podemos ver na eletricidade. O polo positivo sozinho não tem nenhum poder ou potência, e o polo negativo também não. Mas aplicando os dois polos, positivo e negativo, temos o poder, a energia para produzir a luz, mover motores, indústrias etc.

   Assim o Espírito e a Matéria tomam o poder.

   Segundo os Mestres da Índia, cabe esta pergunta: Quem veio primeiro o Espírito ou a Matéria? Não há primeiros, pois eternamente têm estado juntos. Espírito e Matéria sempre estiveram ligados. Ambos compõem eternamente a Criação do Universo.

   Estes são os dois primeiros Mantras, primeiro o Espírito Puro e segundo o Espírito através da Matéria.

   O terceiro Mantra já não é nem Espírito nem a Matéria, senão que o Yogue faz uma abstração de tudo e mergulha no Infinito, sem separar Espírito nem Matéria, uma única coisa, uma única unidade, Espírito e Matéria, Universo eterno, o Corpo de Deus, tudo junto no Absoluto, não há diferença. A mesma coisa ocorre conosco, sem o nosso espírito, a matéria não tem poder algum. O espírito que sai de nós, vai aos planos com diferentes qualidades de matéria até que chega a uma Matéria Divina, a Devi Prakriti, que é onde nosso espírito desenvolve todos os poderes divinos, mas sempre unido à matéria.

   Por isso se diz que o Espírito também é Matéria, que é de uma substância puríssima, é um Éter, ou uma “Substância Pura”, que está compenetrando todo o Universo, presente sempre com toda a sua Potência.

   O Mantra que se refere ao Espírito com a Matéria, diz assim: “Não Nascido”, não há nascimento da matéria, pois igual que o Espírito não foram nascidos. A matéria se transforma, mas não se anula nunca, sempre há maiores transformações.

   Eles põem o seguinte exemplo: “Assim como na atmosfera existem juntos o Oxigênio e o Hidrogênio e formam as nuvens, que já é uma matéria sutil; mas o frio condensa estes elementos e cai a água, que é mais densa que a nuvem. Em maior frio, todavia, a água se converte em neve. E a neve sob um frio ainda maior se converte em gelo, o qual não é outra coisa que o Oxigênio e Hidrogênio condensados. O gelo com o calor começa a sutilizar-se até chegar o estado de vapor de água e se perde no Infinito. Este fenômeno vai e vem na natureza. E o Espírito e a Matéria se condensam e se sutilizam.”

   Alguns Mestres dizem que este jogo na Índia chama-se Lila, por ser um jogo de troca completa. No Universo tudo está mudando, nunca fica igual.

   Uma pessoa também tem mudanças. Em um segundo pode variar seu sangue, seu estado psíquico, sua força, sempre mudando, mais ainda quando há mudanças, há uma raiz interior, um eixo, por meio do qual se conserva.

   Tudo muda, mas um resíduo permanece, que é a individualidade, que leva eternamente ao caminho do progresso.

   Voltando ao Mantra, temos “Não nascido, origem das Três Gunas”, quer dizer, o Espírito junto com a Matéria produz as três Gunas, as três qualidades:

v  Tamásica = O inerte, o peso, como uma mesa;

v Rajásica = Poder explosivo, como uma bomba atômica, como um vulcão que explode, como uma pessoa louca pulando;

v  Sátvica = A rítmica, a criativa, que não destrói, mas sempre entra em forma harmônica.

   Estes são os três graus da Matéria, chamadas as três Gunas.

   Em toda pessoa há estas três Gunas: Tamásica, de fraqueza; Rajásica, de excitação, e a Sátvica, a ordem e a harmonia. Nem sempre estão no mesmo grau, então o Yogue tenta superar a qualidade “tamásica” pela atividade, ou seja, pela “rajásica” e esta, por sua vez, pela “sátvica”, para que toda a atividade seja harmoniosa, e não de forma rajásica, louca e destrutiva. As três Gunas sempre caminham juntas.

   “Fonte de todos os poderes.” O Espírito com as três Gunas é a fonte de todos os poderes, que são obtidos quando o espírito está em um estado harmonioso com a matéria.

   “Como milhões de luas resplandecentes, natureza de todas as formas.”

   O Espírito coberto com as telas não parece tão resplandecente.

   “Natureza de todos os EUs.” É aqui a origem de todas as formas, desde o gelo, as folhas das árvores, a grama, toda a forma é efetuada devido à união do Espírito com a Matéria.

   “Substância de todos os EUs”. O Espírito com a substância mais sutil, chamada AKASHA. Esta forma é chamada Espírito, ou seja, JYOTI. E esse Espírito está dentro do coração, formado pelo Espírito e o sutilíssimo AKASHA.

   Os éteres são 24, chamados Tatwas, cujo nome nos foi ensinado pelos Mestres da Índia.

   Este estudo é tão delicado quanto estudar o sangue, que antigamente se acreditava que era tudo igual e, sem dúvida, hoje conhecemos muito sobre os grupos sanguíneos, que mal aplicados a uma pessoa pode levá-la à morte.

   Os graus da Matéria, os graus do Tatwa. Cada Tatwa vibra de forma diferente e cada um tem um som distinto; mas se reduzem a sete, que são os sete sons da natureza, que também estão na música; também há sete cores fundamentais.

   O universo se forma em sete graus vibratórios em cada plano e toma todas as formas de acordo com os sons e a cada pessoa, cada ser ou cada animal, mesmo que seja um inseto. O espírito do inseto tem seu som próprio, que vibra, cada átomo vibra de forma distinta; cada molécula vibra e toda vibração é som e cor.

   Os Mestres, os Grandes Seres, podem dar à pessoa o seu próprio som, o som de seu espírito, o qual leva o nome EKAKSHARA. Há pessoas diferentes que têm o mesmo som e isso explica porque há matrimônios perfeitos, de compreensão, de amor recíproco, porque vibram igual, se querem igualmente, por isso o amor dura por toda a vida.

   Mas, se alguém se apaixona por uma pessoa que não tem o mesmo som, a mesma vibração, rapidamente se chocarão. As vibrações entram em choque e destrói-se a harmonia.

   Este é um estudo dos Mestres para consertar os matrimônios, mas há uma infinidade de casos em que se casam amando um ao outro e com o tempo passam a se odiar. Suas auras não se encaixam. Tudo isso depende do som.

   Um som harmônico, como um LÁ se junta com outro LÁ; um som desarmônico desafina e não se une.

   “Substância de todos os EUs, a forma Átmica”, faz a chama interna.

   “Corpórea e condicionada”, tem forma corpórea. Isso todos os Místicos veem, aqueles que desenvolvem o “Terceiro Olho”, veem a forma do EU, do espírito. Por isso vocês conhecem a imagem do Coração de Jesus rodeado de um sol e em cima há uma chama, que é a chama do espírito, JYOTI. Essa chama está condicionada pelos éteres que a cobrem. Quanto mais puros são os éteres, quanto mais puro o corpo, melhor se desenvolve o espírito. Dando um exemplo, quanto mais perfeitos são os tubos ou transístores de um rádio ou TV, melhor se manifestam as transmissões dentro do rádio ou da TV; mas se o rádio, assim como o ser humano, estiver desgastado, não funcionará adequadamente.

   O ser humano se desgasta pelas preocupações, rancores, ódio, sensualidade, então, o espírito fica turvo e esse Ser já não funciona bem.

   Com álcool, toxinas de cigarros, LSD, maconha, e tantas outras coisas prejudiciais que são consumidas, o espírito fica condicionado.

   Antigamente, para manter a pureza de certos monges em seus conventos, eles só comiam com base no naturismo e estabeleceram para os paroquianos a ordem permanente de manter a Sexta-Feira Santa, comendo apenas vegetais.

   Ficou provado que quanto mais puro o corpo, melhor o espírito se manifesta.

   Um corpo alcoolizado e viciado em maconha não pode ser capaz de evoluir. O espírito dessa pessoa não funciona porque está condicionado.

   Todas as recomendações que são feitas para “não fumar”, “não beber”, “evitar o excesso”, não são para agradar a Deus, mas para o próprio benefício do discípulo. Ainda mais, é recomendado preservar a força vital e não desperdiçá-la em assuntos amorosos. Assim, a pessoa será mais forte e terá mais energia, mais inteligência e maior resistência às doenças e viverá longos anos.

   Essa disciplina deve começar desde a infância para ter melhor memória e maior capacidade de estudo. Sem força vital, eles serão fracos, doentes, sem energia para seus estudos ou trabalho. É essencial preservar a força vital ao longo da vida.

   A força vital dá força à pessoa que se reflete em toda sua aura, fora da força mental, fora da força que estende sua vida. Dá-lhe força hipnótica e força de comando. Toda pessoa que teve grande comando na vida é porque ele foi casto.

   Lembre-se do caso de Hitler, que pertenceu a uma organização tibetana secreta. Ele era um homem faminto e insignificante. Nessa organização ele passou vários anos meditando e a ele foi exigida a castidade absoluta (ele era casto!). Ele desenvolveu poderes e este homenzinho insignificante empoderou-se com orgulho para dominar a Europa. Primeiro dominou todo o exército alemão sem ser militar. Toda a Alemanha caiu sob o seu domínio, inflamando a juventude. Ele atacou e exterminou milhões de judeus, e todos caíram sob o peso do poder desse homem, mas Eva Braun entrou em sua vida, prendeu-o em seus laços e com isso o poderoso ditador sucumbiu.

   A Igreja Católica exige e obriga que seus sacerdotes mantenham a castidade, para que eles se desenvolvam e tenham poder para dominar o rebanho.

   Em tudo isso há muita ciência que poderia beneficiar o mundo, mas há muito o que estudar.

   O poder vital preservado dá vitalidade, força, dinamismo sátvico à pessoa. Por outro lado, a vida desordenada cheia de vícios, está prejudicando o espírito, leva à perda da Glória Divina.  É por isso que se diz que o espírito está condicionado.

   “Gloriosa, em posse de todos os benéficos poderes”, esta luz que temos dentro de nós, envolta, possui todos os poderes e é gloriosa.

   “OM AIM, eu medito.” Medito no Espírito Universal, dando-me a vida dentro de mim e pronuncio as sílabas OM AIM.

-----

Texto traduzido a partir do original em espanhol por Jaimini Dasa (Robson Gimenes),

Emissário (Acharya), do Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam.

 

CHARLA DICTADA POR

VAYERA YOGUI DASA

1984

 

Dedicado con profundo cariño a Vayera

Quien fuera mi Maestro  y Guía en el maravilloso Sendero del Yoga

Sandra Naumann 2002.

 

El Suddha Dharma Mandalam enseña una antiquísima  Ciencia de la India, está basada en postulados científicos, sociales e individuales.  Es una Ciencia que abarca todas las artes, la filosofía y la actividad  de todas las personas.  En ellos existen postulados que cambian según el ciclo de la vida;  pero en este período los Maestros piden principalmente que se practiquen dos de ellos que son:  EL AMOR Y LA ALEGRÍA.- El Amor sin traba alguna, hacia todas las cosas y hacia todos los seres, tanto los inferiores como los superiores. Y la Alegría pura, alegría radiante que alcance a todos los seres para que sean felices.

 

Esta Ciencia que se estudia se denomina Suddha Brahma Vidya o  Sagrada Ciencia Espiritual, quienes se dedican al estudio de ella se transforman en discípulos aprendiendo a irradiar Amor y Alegría, se transforman en un sol radiante de Gloria y Amor.

Nosotros repetimos siempre un Mantram antes de comenzar nuestras reuniones que comienza con la palabra AUM, que significa:  El Supremo Dios del Universo, el Sonido Cósmico.  El Verbo Divino que está con Dios, es Vibración Divina.  Comenzamos invocando a Dios, AUM, enseguida decimos la palabra NAMO que significa: Gloria, Felicidad, Alegría.  Todas estas palabras tienen el mismo significado, tal vez, uno le da mayor conciencia a la palabra Gloria, mayor que la de Alegría.

La palabra NAMO, además de gloria y alegría, también significa Entrega, Rendición Feliz.  No una rendición muerta o esclavizada. Es una rendición Libre y Feliz al Supremo Señor, al Supremo Dios.

Yo me entrego al Dios Cósmico, yo me rindo a la Divina Voluntad del Dios creador de la tierra y el cielo nuestro, de nuestra tierra, donde nosotros estamos viviendo. Nuestro Dios que guía la evolución de todos los seres de este mundo terrestre, el Señor NARAYANA.

Nosotros invocamos al Señor, al Dios de este mundo, entregándonos a Él, rindiéndonos a Él con amor y con alegría.

“Hágase Tu Voluntad en Cielo y en la Tierra”.

Dicen nuestros instructores que es casi inútil producir un efecto insignificante decirle a las personas “Ame usted a su prójimo, usted tiene que amar a todos los seres”.  No se saca gran cosa, o casi nada.  Porque decir “Ame usted a su prójimo, ame usted a su enemigo, ame usted a todos los seres”.  Creo que quedamos igual, no sacamos nada; pero si nosotros cumplimos con lo que los Maestros nos indican, que debemos al mismo tiempo hacer la Radiancia de Amor del corazón expandiendo nuestra alma, nuestra aura hacia todo el infinito, expandiéndola con amor, entonces se va creando la costumbre de siempre irradiar amor.  Uno no siente odio, éste resbala encima de uno, no penetra.

Lo mismo ocurre con la práctica de “Hágase Tu Voluntad en el Cielo y en la Tierra”.  Millones de católicas pronuncian esta frase en el Padre nuestro, pero a cualquier cosita que les ocurre, ya se olvidan de la Voluntad de Dios; pero nosotros tenemos que estar siempre entregados a su Divina Voluntad y entonces viene en el ser, pase lo que pase, suceda lo que suceda, ya está la costumbre de esa paz y uno no se turba ni se perturba porque uno ya está acostumbrado a vibrar lleno de paz, amor y alegría.

Vamos a continuar con el estudio sobre los Mantrams del Sistema Bhadraketu.

El primer Mantram  se refiere al Espíritu de Dios Puro, sin mezcla alguna, pensar en el Espíritu de Dios Purísimo que es lo que le está dando la vida a todos los seres, a nosotros mismos, dentro de la luz del corazón. Como millones de soles resplandecientes.

El segundo Mantram ya no es tan puro, ya no se refiere a los millones de soles sino que pensamos en el Espíritu de Dios unido, junto a través de la materia entonces está envelado, ya no está tan limpio, tan puro, entonces ya no es Koti Surya, sino Koti Purni, como millones de lunas llenas, por estar envelado por la materia.

El Espíritu puro no tiene ningún poder.  La materia sola tampoco tiene poder, pero juntando las dos cosas: Espíritu y Materia, producen la Shakti, el Poder Cósmico.

Un ejemplo de esto nos lo da la electricidad.  El polo positivo sólo, no tiene ningún poder o potencia, y el polo negativo sólo tampoco.  Pero aplicando los dos polos, positivo y negativo, tenemos el poder, la energía para producir la luz, mover motores, industrias, etc.

Así el Espíritu y la Materia toman el poder.

Según los Maestros de la India cabe esta pregunta: ¿Fue primero el Espíritu o fue primero la Materia?.  No hay primeros, pues eternamente han estado juntos.  Espíritu y Materia han estado ligados.  Ambos han formado eternamente la Creación del Universo.

Estos son los dos primeros Mantrams, primero el Espíritu Puro y segundo el Espíritu a través de la Materia.

El tercer Mantram, ya no es ni el Espíritu ni la Materia, sino que el Yogui hace una abstracción de todo y se sumerge en el Infinito, sin separar Espíritu ni Materia, una sola cosa, una sola unidad, espíritu y Materia, Universo entero, el Cuerpo de Dios, todo junto en el absoluto, no hace diferencia.  Igual cosa ocurre con nosotros, si se sale nuestro espíritu, la materia no tiene ningún poder.  El espíritu que sale de nosotros, va a los planos con diferentes calidades de materia hasta que llega a una Materia Divina, la “Deviprakriti”, que es donde nuestro espíritu desarrolla todos los poderes divinos, pero siempre unido a la materia.

Por eso se dice que el espíritu es también materia, que es de una sustancia purísima, es un Eter, o una “Sustancia Pura” que está compenetrando todo el Universo, presente siempre con toda su Potencia.

El Mantram que se refiere al Espíritu con la Materia, dice así: “No Nacido”, no hay nacimiento de la materia, pues al igual que el Espíritu no fueron nacidos.  La materia se transforma pero no se anula nunca, siempre hay mayores transformaciones.

Ellos ponen el siguiente ejemplo: “Así como en la atmósfera existen juntos el Oxígeno y el Hidrógeno y forman las nubes, lo cual ya es una materia sutil; pero el frío condensa estos elementos y cae el agua, la cual es más densa que la nube.  A mayor frío todavía el agua se convierte en nieve.  Y la nieve bajo un frío aún mayor se convierte en hielo, el cual no es otra cosa que el Oxígeno e Hidrógeno condensados.

El hielo con el calor comienza a sutilizarse hasta llegar al estado de vapor de agua y se pierde en el Infinito.  Este fenómeno va y viene en  la naturaleza.  Es Espíritu y Materia, se condensan y se utilizan.

Algunos Maestros dicen que este juego en la India lo llaman “LILA”, por ser un juego de cambio completo.  En el Universo todo  está cambiando, nunca está igual.

Una persona también tiene cambios, en un segundo puede variar su sangre, su estado síquico, su fuerza, siempre cambiando, pero aún cuando hay cambios hay una raíz interior, un eje, por medio del cual se conserva.

Todo cambia, pero va quedando un residuo que es la individualidad, la que lleva eternamente al sendero del progreso.

Volviendo al Mantram, tenemos “No nacido, origen de las tres Gunas, es decir, el Espíritu junto con la Materia, produce las tres Gunas, las tres cualidades, la:

v  Tamásica = Lo inerte, la pesadez, como una mesa

v  Rayásica  = El poder explosivo, una bomba atómica; un volcán que revienta, una

   persona loca que salta

v  Sátvica     = La rítmica, la creativa, que no destruye, sino que va siempre en forma

  Armónica

Estos son los tres grados de la Materia, llamadas las tres Gunas.

En toda persona están estas tres Gunas: Tamásica, de flojera; Rayásico, de excitación, y Sátvica, el orden y la armonía.  No siempre están en el mismo grado, entonces el Yogui, trata que la cualidad “Tamásica” sea superada por la actividad, es decir, por la “Rayásica” y esta a su vez, por la “Sátvica” para que toda la actividad sea armónica, y no en una forma rayásica, loca y destructiva.  Las tres Gunas van siempre juntas.

“Fuente de todos los poderes”  El Espíritu con las tres Gunas es fuente de todos los poderes, los cuales se obtienen cuando el Espíritu está en estado armónico con la materia.

“Como millones de lunas resplandecientes, naturaleza de todas las formas”.

El Espíritu cubierto con las pantallas no se ve tan resplandeciente.

“Naturaleza de todos los Yo” Es aquí el origen de todas las formas desde el hielo, las hojas de los árboles, la hierba, toda forma se efectúa debido a la unión del Espíritu con la Materia.

“Sustancia de todos los Yo”, El Espíritu con la sustancia más sutil que se denomina AKASHA. Esta forma la llama del Espíritu, o sea, el YOTI.  Y ese Espíritu está dentro del corazón, formando por el Espíritu y el sutilísimo “AKASHA”.

Los éteres son 24, cuyo nombre es “Tatwas”, que enseñan los Maestros de la India.

Este estudio es tan delicado como estudiar la sangre., que antiguamente se creía que era toda igual y, sin embargo, hoy conocemos mucho sobre los grupos sanguíneos, que mal aplicados a una persona puede producirle la muerte.

Los grados de la materia, los grados del “Tatwa”  Cada Tatwa vibra de distinta manera y cada uno tiene distinto sonido; pero se reducen a siete, que son los siete sonidos de la naturaleza, que también están en la música; también hay siete colores fundamentales.

El Universo va formándose en siete grados vibratorios en cada plano y va tomando todas las formas de acuerdo a los sonidos y a cada persona, cada ser o cada animal, aunque sea un bichito.  El Espíritu del bichito tiene su sonido propio, que vibra, cada átomo vibra en distinta forma; cada molécula vibra y toda vibración es sonido y color.

Los Maestros, los Grandes Seres, pueden dar a la persona su propio sonido, el sonido de su espíritu, el cual lleva el nombre de AKSHARA.  Hay diferentes personas que tienen el mismo sonido y esto explica porque hay matrimonios perfectos, de comprensión, de amor recíproco, porque vibran igual, se quieren igual, por lo que su amor dura toda la vida.

Pero si alguien se enamora de una persona que no tiene el mismo sonido, la misma vibración, ligerito están chocando.  Las vibraciones chocan y se destruye la armonía.

Esto es un estudio de los Maestros para concertar los matrimonios, pero hay infinidad de casos en que se casan amándose y andando el tiempo se van odiando.  Sus auras no calzan.  Todo esto depende del sonido.

Un sonido armónico, como un LA se junta con otro LA; un sonido desarmónico, desafina y no se junta.

“Sustancia de todos los YO, Atmica forma”, hace la llama interna.

“Corpórea y condicionada”, tiene forma corpórea.  Esto lo ven todos los Místicos, aquellos que desarrollan el “Tercer ojo”, ven la forma del YO, del espíritu.  Por esto ustedes conocen la imagen del Corazón de Jesús rodeado de un sol y encima tiene una llama, esa es la llama del YOTI, del espíritu.  Esta llama está condicionada por los éteres que la cubren.  Mientras más puros son los éteres, mientras más puro el cuerpo, mejor se desarrolla el espíritu.  Poniendo un ejemplo, mientras más perfectos son los tubos o transistores de una radio o TV., mejor se manifiestan las transmisiones dentro de la radio o TV.; pero si la radio, al igual que el ser humano, esta desgastado, no funciona bien.

El ser humano se desgasta por las preocupaciones, los rencores, el odio, la sensualidad, entonces el espíritu está turbio y ese Ser ya no funciona bien.

Con alcohol, toxinas de cigarrillos, con LSD, marihuana, y tantas otras cosas dañinas que se consumen, el espíritu esta condicionado.

Antiguamente, para mantener la pureza de ciertos monjes en sus conventos, sólo se comía en base al naturismo y se había establecido para los feligreses la orden permanente de guardar el día Viernes Santo, comiendo solamente vegetales.

Se ha comprobado que mientras más puro es el cuerpo, mejor se manifiesta el espíritu.

Un cuerpo alcoholizado y enviciado en marihuana, no puede ser apto para evolucionar.  A esa persona no le funciona el espíritu porque está condicionado.

Todas las recomendaciones que se hacen de “no fumar”, “no beber”, “evitar el exceso”, no son para agradar  a Dios, sino, para el propio beneficio del discípulo.  Aún más se recomienda conservar la fuerza vital y no derrocharla en amoríos.  Así la persona será más fuerte y tendrá más energía, más inteligencia y mayor resistencia a las enfermedades y vivirá  largos años.

Esta disciplina debe comenzar desde la infancia para tener mejor memoria y mayor capacidad para estudiar.  Sin fuerza vital, serán débiles, enfermizos, sin energía para sus estudios o trabajo.  Es indispensable conservar la fuerza vital toda la vida.

La fuerza vital le da la fortaleza a la persona que se refleja en toda su aura, fuera de la fuerza mental, fuera de la fuerza que le alarga la vida.  Le da fuerza hipnótica, fuerza de mando.  Toda persona que ha tenido un gran mando en la vida, es porque ha sido casto. 

Recuerden el caso de Hitler, perteneció a una organización secreta, tibetana.  Era un hombre insignificante famélico.  En esa organización estuvo varios años meditando, le exigieron la castidad absoluta, fue casto.  Desarrollo poderes y este hombrecito insignificante, tomó los poderes con orgullo, para dominar Europa.  Dominó primero todo un ejercito alemán y él no era militar.  Toda Alemania cayó bajo dominio, encendiendo a las juventudes.  Atacó y destruyó a millones de Judíos, y todo sucumbía bajo el peso del poder de este hombre; pero llegó a su vida Eva Braun, lo atrapó en sus lazos y con eso se acabó el poderoso dictador.

La Iglesia Católica exige y obliga a sus sacerdotes a mantener la castidad para que desarrollen y tengan poder para dominar la Grey. 

En todo esto hay mucha ciencia que podría beneficiar al mundo, pero hay mucho que estudiar.

El poder vital conservado le da vitalidad, fuerza, dinamismo sátvico a la persona. En cambio la vida desordenada llena de vicios, va perjudicando el espíritu, va perdiendo Gloria Divina.  Por eso se dice que el espíritu es condicionado.

“Gloriosa, en posesión de todos los benéficos poderes”, esta luz que tenemos dentro, envuelta, tiene todos los poderes y es Gloriosa.

“OM AIM, yo medito”.  Se medita en el Espíritu Universal, dándome la vida dentro de mí y pronuncio las sílabas OM AIM-.