OS PRIMEIROS PASSOS ATÉ O YOGA
Don Benjamín Guzmán Valenzuela
3 de maio de 1936
INTRODUÇÃO
A Diretoria da Seção Chilena da
Associação Suddha Dharma Mandalam acredita que a publicação destas conferências
será de proveito a tantas pessoas que não puderam assisti-las e que se privaram
das maravilhosas palavras de nosso instrutor Vajra Yogui Dasa.
É importante notar que essas
conferências são o resultado de 25 anos de experimentação espiritual de nosso
instrutor, experiência que lhe deu um conhecimento profundo das imperfeiçoes
das almas e, portanto, nelas trata de pulsar as cordas mais debilitadas de
nosso instrumento espiritual para nos prover o vigor necessário, a fim de dar o
grande passo neste caminho espiritual.
Para que essas conferências
possam ser proveitosas ao maior número de pessoas, foram ditadas em linguagem
fácil e usando as comparações por todos conhecidas.
Foram tomadas taquigraficamente[1] e
redigidas por este que aqui escreve. Naturalmente, falta nesta redação a luz
radiante e viva que inspirou o nosso instrutor que, sem necessidade de muitas
palavras, fez chegar ao mais profundo de nosso coração os grandes ensinamentos
que nos transferem os grandes Hierarcas da Loja Branca. Dom Divino! E seja o
seu eco, o que inspira ao servidor que escreve essas palavras, para que chegue
em plenitude aos corações de quem ler isto.
I
OS FINS PRINCIPAIS DA INSTITUIÇÃO
Irmãos, nesta reunião vamos
iniciar o trabalho de 1936 sobre o estudo do Yoga e espero que todos vocês
estejam muito contentes e progridam bastante no caminho espiritual.
Essas reuniões de loja seguem
principalmente dois fins:
1. Um externo (ou fim social), e
2. Outro interno (ou espiritual).
O externo (ou social) insiste
que os irmãos travem amizade, que estejam unidos pela alma, que sejam amigos e
que dentro dessa amizade se ajudem mutuamente nas distintas atividades da vida;
com esta ajuda, progridam na ordem material e desta união da comunidade, nasce
a fé que aumenta com as reuniões.
II
PERIGOS OBSERVADOS NOS PRIMEIROS PASSOS
Aqueles que desejam e seguem a
perfeição espiritual são em menor número no mundo, pois a imensa maioria está
consumida pelo materialismo e cegada pelos véus da ambição egoísta.
O homem que não percebe nem uma
chispa da verdade em si mesmo é comumente arrastado pelo pensamento coletivo e
trata com desdém ao que pensa a minoria, que neste caso, é o homem espiritual.
Disto provém o círculo social
em que atuamos, note que não estamos em sintonia com os costumes viciados
deles, o que basta para nos qualificar de raros, alheios etc.
Esta é a primeira e dura prova
que todos nós devemos passar e faz-se notar desde os primeiros passos do
ocultismo. Essa circunstância de relativo retiro social, no primeiro momento,
não é substituída pela percepção espiritual dos braços amorosos que nos estão
estendendo os Mestres que nos guiam e infundem a fé para atravessar esta ponte
obscura, ainda para nossos nascentes sentidos espirituais. Isto é o que o
grande místico católico São João da Cruz[2]
chama “a noite escura”[3],
pois impulsionados pelo amor à verdade nos afastamos de nossos amigos mundanos
e ficamos na solidão do mundo e do espírito, pois todavia não percebemos entre nossos
amigos os que são do espírito. Profunda obscuridade, que somente a vontade
extrema e fé infundida por nossos Mestres salvará.
Felizmente já são muitos os que
formam o grupo espiritual e crescem com a oposição da maioria, deixando de lado
as barreiras sociais. Essas reuniões nos trazem, portanto, a fé que poderia ter
enfraquecido no lapso de tempo em que este instituto esteve fechado.
Entre os fins internos em nosso
instituto está a instrução espiritual. Para muitas pessoas é difícil a
instrução em casa pela natural oposição de quem a rodeia, então aqui encontram
um instrutor que trata de verter para vocês a sabedoria de forma fácil e descomplicada
e o que é completado por muitos irmãos que ocupam a tribuna e expõem seus
pontos de vista sobre um mesmo aspecto da vida.
Esse trabalho de instrução,
como já expresso, é ajudado por irmãos nobres que tratam de afiançar a fé e,
por outra parte, é perturbado por irmãos contra a fé, a amizade e a instrução. Este
segundo grupo, que faz o trabalho negativo entre nós, é formado por irmãos que
entraram na instituição movidos por fins egoístas de adquirir poder para seu
êxito pessoal ou solucionar seus problemas pessoais, físicos ou morais; mas, no
curso da instrução, seus desejos não se realizam, pois para que se realizem
deveriam ter sido fundamentados no anseio do aperfeiçoamento espiritual ou com
fins altruístas. Em troca, veem que se realizam as aspirações dos irmãos
nobremente inspirados e este feito lhes exalta a inveja.
Esses esforços negativos não
geram resultados, pois se chocam contra uma rocha invencível que é a verdade e
por obra do amor de nossos Mestres, a luz divina rasgará os espessos véus que
os envolvem e receberão a intuição do caminho correto. Maravilhosa vitória da
luz sobre a sombra.
Deveríamos conhecer os laços
que tratam os que não venceram o mal, a quem começa a trilhar a senda para
assim nos proteger do perigo, enquanto nosso ser espiritual está na infância.
Primeiramente, devemos evitar os
inimigos da amizade que são os que tudo criticam e maldizem os demais; atitude
negativa de crítica insana que é levada aos maiores extremos e que culmina com
as calúnias e que somente se satisfazem quando destroem a amizade.
Logo temos os inimigos da fé.
Grandioso poder. Poder maravilhoso, que forma a ponte que separa o conhecimento
físico do conhecimento espiritual. Poder divino e transcendental que torna
possível atravessar o umbral do além. Como grande e poderosa virtude, remove
grandes e poderosos esforços do mal que tratam de frustrá-la; mas ela como
semente vigorosa e pura, antes ou depois e sempre, ergue-se e dá o saboroso
fruto espiritual.
A fé tem uma raiz profunda na
sabedoria, brota e brilha do fundo de nosso coração com todo o esplendor de
suas vidas passadas; não é o conhecimento que se adquire do estudo objetivo do
mundo. A fé é o que faz brotar a sabedoria que temos em nosso ser, fruto de
nossa evolução. Todos nós observamos que a sabedoria divina é pouco comum no
homem jovem, ao mesmo tempo que não o é sua fé no eterno.
Essa ponte que une o homem
físico ao espiritual e que é a chave da maravilhosa transmutação, é habilmente
combatida pela ignorância dos homens e a arma dessas forças obscuras, é a
dúvida. Assim, o Pandit diz que “a dúvida é um grande mal do ceticismo e é
tão perigosa como uma enfermidade”.
Temos outro poder do mal que
chega às nossas fileiras e é o que se opõe a que a instrução possa ser aproveitada
de forma completa e que dê seu máximo benefício. Esses seres induzem o principiante
no ocultismo a não assistir às aulas que são dadas, a não fazer práticas e,
enfim, a impedir todo esforço que possa resultar em desenvolvimento espiritual.
Tratam de convencê-los pela razão de que não dispõem de tempo, de ambiente para
estudar e estudar não é propício etc. Quem cai neste ardil segue pensando que,
se esta ciência é positiva, deveria ter os resultados esperados com o
insignificante esforço que faz, expectativas que naturalmente não se cumprem.
Vem, então, a perda da fé e, no geral, ingressam nas fileiras de quem os
fizeram cair, os que se opõem à instrução do Yoga.
III
A VITÓRIA DA FÉ E A VONTADE E SEU FRUTO
Quem cai nas primeiras lutas da
batalha que trava o espírito para livrar-se das cadeias da ilusão da matéria,
não deve ser desencorajado, pois perder algumas batalhas não é perdê-las todas,
e cedo ou tarde haverá a (batalha) decisiva, que marcará o glorioso triunfo do
espírito sobre a matéria e na qual o homem
tomará o caminho da ascensão espiritual.
Assim é como os irmãos que
tiveram uma tremenda vontade para romper as primeiras ligações, muito
rapidamente percebem as irradiações elevadas de seus irmãos mais adiantados e
de seus instrutores e harmonizam-se com as benéficas influências dos protetores
desse instituto, sejam anjos, Devas ou Mestres, que participam de nossas
assembleias. Recordemos as palavras de Cristo que dizem: “Onde há dois ou
três reunidos em meu nome, aí estou Eu”. Podem então imaginar, irmãos, o
enorme benefício de reunir-se onde haja duzentas ou trezentas pessoas como aqui
ocorre.
O homem que deu o passo ao
caminho espiritual e que com sua pureza e práticas harmoniza os seus veículos
sutis aproxima-se de seus Mestres, que podem já instrui-lo e ajudá-lo. Esse
benefício enorme, que se estende à prática da vida social, transcende a todos
os atos e momentos de sua vida e, assim, se for um matrimônio, este se enche de
harmonia e felicidade e maravilhado vê que todas as suas dificuldades se
solucionam em boa forma. Em troca, quem se afasta dos seres superiores, aproxima-se
dos inferiores, dos elementais e estes enchem-se de prazer e dor, mantendo-os
obscurecidos e ligados nas profundezas do mundo sensual.
Esse estado das almas pode ser
visto claramente representado no simbolismo de um sonho que teve quem relata
isso.
“Encontrava-se
em um corredor completamente escuro a representação da entrada ao mundo
espiritual de quem abandonou sua sexualidade física e que penetra pela ponte
escura da fé, em busca da manifestação espiritual. Seguindo pelo corredor e
guiado pela intuição encontrou à direita uma sala na qual havia um grande poço
retangular.
Suas
paredes de terra estavam coalhadas de alvéolos e a intuição o fez compreender e
sentir como nesses alvéolos estavam aprisionadas as almas, desaparecidas na
terra e sem luz.
Impressão sumamente sombria e triste de uma coisa sem vida, apagada e morta.
Seguiu pelo corredor escuro e entrou em outra sala, que tinha o aspecto da
anterior, porém mais sinistra, pois o poço era maior e mais profundo e forrado
em seu fundo de lama pantanosa. Isso deu um impressão muito mais forte e que as
almas ali prisioneiras estavam muito mais distantes da salvação que as
anteriores. Seguindo pelo corredor, chegou a uma nova sala que um homem
trabalhava sob os raios de uma luz artificial. Esse homem vivia continuamente
trancado e trabalhando para alcançar a verdadeira luz que lhe dará a liberdade.
Quanto mais ansioso ele ficava, mais perto estava dela, se alguém lhe tivesse
indicado o verdadeiro caminho. Mas ele vivia na encruzilhada do corredor que levava
à verdadeira luz. Será esta cruz no caminho reto dos ensinamentos religiosos
velados pela hipocrisia?
Abandonou a sala e seguiu pelo corredor reto e qual não seria a
felicidade de encontrar-se ao fim no campo livre e unido aos seres gozosos da
luz natural.
Felicidade suprema é a de passar da opressão à absoluta liberdade e em
verdade quem isto experimenta de forma real e viva, não pode menos que seguir
ansiando essa luz e esforçando-se em abrir os gloriosos sentidos espirituais. E
nasce nele o grande amor por todos os seres a quem a ignorância fez desaparecer
nas entranhas da terra e também o constante esforço para ajudá-los a se
libertarem de sua cegueira.”
O homem, então, transformou-se em
um verdadeiro irmão, é fraternal e vê que o sábio e o pecador têm a mesma essência.
Já não teme cair e as ameaças dos seres inferiores já não o perturbam mais. A
vida alheia já não o ocupa e somente cuida disso, quando pode fazer o bem sem
se importar com as circunstâncias nem pensar na recompensa. É nesse homem que
se manifesta o espírito puro com suas sete modalidades de luz, transformadas em
esplendorosa luz branca. Não é a razão a que atua nele, é seu Eu superior,
Deus.
Este é nosso ideal, irmãos, que
devemos praticar em todos os seus aspectos e, no que se refere ao instituto, já
são muitos os que praticam o altruísmo ajudando nosso trabalho, lendo trabalhos
em nossa tribuna e ajudando com flores ou obras de arte etc. Pela manutenção e
pelo engrandecimento desta nobre e elevada doutrina, que se propaga sem esperar
retribuição alguma por aqueles que a dirigem guiados pelo amor aos nossos
irmãos, a quem desejamos de todo o coração enaltecer a vida e que sejam muito
felizes.
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Texto traduzido a partir do
original em espanhol por Jaimini Dasa (Robson Gimenes),
Emissário (Acharya), do
Ashram Sarva Mangalam, da Suddha Dharma Mandalam.
LOS PRIMEROS PASOS
HACIA EL YOGA
Don Benjamín Guzmán Valenzuela
3 de mayo de 1936
INTRODUCCIÓN
El
Directorio de la Sección Chilena de la asociación Suddha Dharma Mandalam, cree
que la publicación de estas conferencias aprovechará a tantas personas que no
pudieron asistir a ellas y que se han visto privadas de las maravillosas
palabras de nuestro instructor Vajra Yogui Dasa.
Es de importancia notar de que estas
conferencias son el resultado de 25 años de experimentación espiritual de
nuestro instructor, experiencia que le ha dado un conocimiento profundo de las
imperfecciones de las almas y por lo tanto en ellas trata de pulsar las cuerdas
más debilitadas de nuestro instrumento espiritual para darnos el vigor
necesario para dar el gran paso en ese camino espiritual.
Para
que estas conferencias puedan ser provechosas al mayor número de personas, se
han dictado en lenguaje sencillo y usando las comparaciones por todos
conocidas.
Fueron
tomadas taquigráficamente y redactadas por el que esto escribe. Naturalmente,
falta en esta redacción la luz radiante y viva que inspiró a nuestro instructor
la cual, sin necesidad de muchas palabras, hizo llegar a lo más profundo de
nuestro corazón las grandes enseñanzas que nos transfieren los grandes Jerarcas
de la Logia Blanca. ¡Divino Don! Y sea su eco, el que inspira al servidor que
escribe estas palabras, para que llegue en plenitud a los corazones de quienes
esto lean.
I
LOS FINES PRINCIPALES DE LA INSTITUCIÓN
Hermanos, en esta reunión vamos a iniciar el trabajo del año 1936 sobre
el estudio del Yoga y espero que todos ustedes estén muy contentos y progresen
mucho en el camino espiritual.
Estas
reuniones de logia persiguen principalmente dos fines:
1. Uno externo o fin social y
2. Uno interno o espiritual
El
externo o social, persigue que los hermanos traben amistad, que estén unidos
por el alma, que sean amigos y que dentro de esta amista se ayuden mutuamente
en las distintas actividades de la vida; con esta ayuda progresaran en el orden
material y de esta unión de la comunidad, nace la fe que aumenta con las
reuniones.
II
PELIGROS QUE ACECHAN LOS PRIMEROS PASOS
Los
que deseamos y seguimos el perfeccionamiento espiritual son los menos en el
mundo, pues la inmensa mayoría está sumida en el materialismo y cegada por los
velos de la ambición egoísta.
El
hombre que no percibe ni una chispa de la verdad en sí mismo es comúnmente
arrastrado por el pensamiento colectivo y trata despectivamente lo que piensa
la minoría que en este caso es el hombre espiritual.
De
esto proviene que el circulo social en que actuamos, note de que no estamos a
tono con las costumbres viciadas de ellos, lo que basta para calificarnos de
raros, extraños, etc.
Es esta la primera y dura prueba que todos
nosotros debemos pasar y se hace notar desde los primeros pasos del ocultismo.
Esta circunstancia de relativo retiro social, en el primer tiempo no es
reemplazado por la percepción espiritual de los amantes brazos que nos están
tendiendo los Maestros que nos guían e infunden la fe para atravesar este
puente oscuro aún para nuestros nacientes sentidos espirituales. Este paso es
al que el gran místico católico San Juan de la Cruz llama “la noche oscura”,
pues impulsados por el amor a la verdad nos alejamos de nuestros amigos
mundanos y nos quedamos en la soledad del mundo y del espíritu, pues todavía no
percibimos a nuestros amigos los del espíritu. Profunda oscuridad, que sólo la
recia voluntad y fe infundida por nuestros Maestros salvará.
Felizmente son ya muchos los que forman el grupo espiritual y crecen con
la oposición de la mayoría, echando a un lado las barreras sociales. Estas
reuniones, nos traen por lo tanto la fe que pudo debilitarse en el lapso del
tiempo en que este instituto estuvo cerrado.
Entre
los fines internos en nuestro instituto, está la instrucción espiritual. A
muchas personas se les hace difícil la instrucción en la casa por la natural
oposición de quienes la rodean, entonces aquí encuentran un instructor que trata
de verter en ustedes la sabiduría en forma fácil y sencilla y lo que es
completado por muchos hermanos que ocupan la tribuna y exponen sus puntos de
vista sobre un mismo aspecto de la vida.
Esta
labor de instrucción como queda dicho es ayudada por hermanos nobles que tratan
de afianzar la fe y por otra parte es perturbada por hermanos contra la fe, la
amistad y la instrucción. Este segundo grupo que hace labor negativa entre
nosotros está formado por hermanos que ingresaron a la institución movidos por
fines egoístas de adquirir poder para su éxito personal o solucionar sus
personales problemas físicos o morales; pero en el curso de la instrucción, sus
deseos no se cumplen pues para que se cumplieran debieron haber sido fundados
en el anhelo de perfeccionamiento espiritual o con fines altruistas. En cambio,
ven que se realizan las aspiraciones de los hermanos noblemente inspirados y
este echo les exalta la envidia.
Estos
esfuerzos negativos no logran resultados pues se estrellan contra una roca
invencible que es la verdad y por obra del amor de nuestros Maestros, la luz
divina rasgara los espesos velos que los envuelven y recibirán la intuición del
recto camino. Maravillosa victoria de la luz sobre la sombra.
Deberíamos conocer los lazos que tienden los que no han vencido el mal a
quienes empiezan a hollar el sendero, para así protegernos del peligro mientras
nuestro hombre espiritual está en la infancia.
En
primer término, debemos evitar a los enemigos de la amistad que son quienes
todo lo critican y hallan malo en los demás; actitud negativa de insana crítica
que es llevada a los más grandes extremos y que culmina con las calumnias y que
sólo se satisfacen cuando destruyen la amistad.
Luego
tenemos a los enemigos de la fe. Grandioso poder. Poder maravilloso, que forma
el puente que separa el conocimiento físico del conocimiento espiritual. Poder
divino y trascendental que hace posible franquear el umbral del más allá. Como
virtud grande y poderosa, remueve grandes y poderosos esfuerzos del mal que
tratan de frustrarla; pero ella como vigorosa y pura semilla, antes o después y
siempre se yergue y da el sabroso fruto espiritual.
La fe
tiene una raíz profunda en la sabiduría, brota y brilla del fondo de nuestro
corazón con todo el esplendor de sus vidas pasadas; no es el conocimiento que
se adquiere del estudio objetivo del mundo. La fe es la que hace brotar la
sabiduría que tenemos en nuestro ser, fruto de nuestra evolución. Todos hemos
observado que la sabiduría divina es poco común en el hombre joven, al mismo
tiempo que no lo es su fe en lo eterno.
Este
puente que une el hombre físico con el espiritual y que es la clave de la
maravillosa transmutación, es diestramente combatido por la ignorancia de los
hombres y el arma de estas fuerzas oscuras, es la duda. Así el Pandit dice que “la
duda es un gran mal de escepticismo y es tan peligrosa como una enfermedad”.
Tenemos otro poder del mal que llega a nuestras filas y es el que se opone
a que la instrucción pueda aprovecharse en forma completa y que de su máximo
beneficio. Estos seres inducen al principiante en ocultismo a no asistir a las
clases que se dan, a no hacer las prácticas y en fin a impedir todo esfuerzo
que puede dar por resultado el desarrollo espiritual. Tratan de convencerlos
por la razón de que no disponen de tiempo, de que el ambiente para estudiar y
estudiar no es propicio, et. El que cae en este ardid, sigue pensando de que si
esta ciencia es positiva debería tener los resultados anhelados con el
insignificante esfuerzo que hace, expectativas que naturalmente no se cumplen.
Viene entonces la pérdida de la fe y por lo general ingresan a las filas de
quienes los hicieron caer, los que se oponen a la instrucción del Yoga.
III
LA VICTORIA DE LA FE Y LA VOLUNTAD Y SU FRUTO
Quienes caen en las primeras luchas de la batalla que entabla el
espíritu para librarse de las cadenas de ilusión de la materia, no deben
desalentarse pues perder unas batallas no es perderlas todas y tarde o temprano
dará la decisiva, que marcará el glorioso triunfo del espíritu sobre la materia
y en que el hombre tomará el camino de ascenso espiritual.
Así es
como los hermanos que han tenido fuerte voluntad para romper las primeras
ligaduras, muy pronto perciben las irradiaciones elevadas de sus hermanos más
adelantados y de sus instructores y se armonizan con las benéficas influencias
de los protectores de este instituto ya sean ángeles,
Devas
o Maestros que acuden a nuestras asambleas. Recordemos las palabras de Cristo
que dicen: “Donde hay dos o tres reunidos en mi nombre, ahí estoy Yo”.
Pueden entonces figurarse hermanos, el enorme beneficio de reunirse donde hay
doscientas o trecientas personas como los que aquí se realizan.
El hombre
que ha dado el paso al camino espiritual y que con su pureza y practicas
armoniza sus vehículos sutiles se acerca a sus Maestros quienes pueden ya
instruirlos y ayudarlos. Este beneficio enorme que se extiende a la práctica de
la vida social trasciende a todos los actos y momentos de su vida y así si se
trata de un matrimonio, este se llena de armonía y felicidad y maravillado ve
que todas sus dificultades se solucionan en buena forma. En cambio, quienes se
alejan de los seres superiores, se acercan a los inferiores, a los elementales
y estos les llenan de placer y dolor manteniéndolos oscurecidos y ligados en
las profundidades del mundo sensual.
Este
estado de las almas puede verse claramente representado en el simbolismo de un
sueño que tuvo quien esto relata.
“Se encontró en un pasillo
completamente oscuro representación de la entrada al mundo espiritual del que
ha abandonado su sexualismo físico y que penetra por el puente oscuro de la fe
en busca de la manifestación espiritual. Siguiendo por el pasillo y guiado por
la intuición encontró a la derecha una sala en la que había una gran fosa
rectangular.
Sus paredes de tierra estaban
cuajadas de alveolos y la intuición le hizo comprender y sentir como en esos
alveolos estaban aprisionadas las almas, sumidas en la tierra y sin luz.
Impresión sumamente lóbrega y triste
de una cosa sin vida, apagada, muerta. Siguió por el pasillo oscuro y entro a
otra sala, la que tenía el aspecto de la anterior pero más siniestro pues la
fosa era más grande y profunda y tapizada en su fondo de cenagoso fango. Esto
dio una impresión mucho más fuerte y que las almas ahí prisioneras, estaban
mucho más lejos de su salvación que las anteriores. Siguiendo por el pasillo,
llegó a una nueva sala en la que un hombre trabajaba bajo los rayos de una luz
artificial. Este hombre vivía continuamente encerrado y trabajando para
alcanzar la verdadera luz que le diera la libertad. Cuan afanosamente lo hacía
y que cerca estaba de ella, si alguien le hubiera indicado el verdadero camino.
Pero él vivía en un cruce del pasillo que llevaba a la verdadera luz. ¿Será
este cruce en el recto camino de las enseñanzas religiosas veladas por la
hipocresía?
Abandono la sala y siguió por el
recto pasillo y cuál no sería la felicidad de encontrarse al fin en el campo
libre y unido a los seres gozosos de la luz natural.
Felicidad suprema es la de pasar de
la opresión a la absoluta libertad y en verdad quién esto experimenta en forma
real y viva, no puede menos que seguir ansiando esa luz y esforzándose en abrir
los gloriosos sentidos espirituales. Y nace en él el gran amor a todos los
seres a quienes la ignorancia tiene sumidos en las entrañas de la tierra y
también el constante esfuerzo para ayudarles a liberarse de su ciega
condición.”
El
hombre entonces se ha convertido en verdadero hermano, es fraternal y ve que es
la misma esencia la que contienen el sabio y el pecador. Ya no teme caer y las
acechanzas de los seres inferiores ya no lo perturban. La vida ajena ya no le
ocupa y solo la atiende cuando puede hacer el bien sin importar las
circunstancias ni pensar en la recompensa. Es en este hombre en quien se
manifiesta el espíritu puro con sus siete modalidades de luz, refundidas en la
esplendorosa luz blanca. No es la razón la que actúa en él, es su Yo superior,
Dios.
Este
es nuestro ideal hermanos, que debemos practicar en todos sus aspectos y en
cuanto a lo que el instituto se refiere, ya son muchos los que practican el
altruismo ayudando nuestra labor, leyendo trabajos en nuestra tribuna y
ayudando con flores u obras de arte, etc. A la mantención y engrandecimiento de
esta noble y elevada doctrina que se propaga sin esperar retribución alguna
para quienes la dirigen guiados por el amor a nuestros hermanos, a quienes
deseamos de todo corazón que enaltezcan su vida y sean muy felices.
[1] A taquigrafia é um modo rápido de escrita com
símbolos, muito usado no passado para tomar notas de discursos, palestras ou
ditados. Acabado o texto, ele era reescrito na forma convencional utilizando o
nosso alfabeto.
[2] Juan de Yepes y Álvarez (Juan de la Cruz) (Fontiveros,
1542 - Úbeda, 1591). Frade católico dos Carmelitas Descalços e místico
espanhol. Foi declarado "Santo" e "Doutor da Igreja".
[3] La noche oscura del alma
(“A noite escura da alma”) é um poema escrito por João da Cruz. Depois de feito,
o próprio autor fez um tratado explicando o texto passo a passo.